GEOPOLÍTICA Apocalíptica e Escatológica

GEOPOLÍTICA Apocalíptica e Escatológica

 

GEOPOLÍTICA Apocalíptica e Escatológica

Desde que o pecado entrou no mundo através do primeiro homem criado por Deus, nunca se ouviu falar de um povo ou nação que tivesse vivido integralmente de maneira justa, santa e piedosa, não somente na relação de seus próprios compatriotas mutuamente, como também em relação às demais nações.

Todavia, mesmo tendo Deus amaldiçoado a Terra pela condição ruim a que ela foi sujeitada por causa do pecado da humanidade, e por ter comprovado pela Lei que lhe dera, em que revela não somente o Seu caráter totalmente justo, santo e bom, e a obrigação da criatura em relação ao Seu Criador, pela qual se comprova a condição ruim da alma humana que é incapaz de guardar perfeitamente a Lei divina, ainda há não poucos que sonham em lutar pela formação de um mundo em que todos vivam em perfeita paz e segurança, enganando deste modo a si mesmos, e por influência do pai do engano e da mentira, Satanás, o diabo, que passou a ter autoridade sobre a natureza decaída da humanidade em razão do pecado, levando-os a crer que é possível trazer luz a este mundo tenebroso pelo empenho da própria humanidade em tal sentido.

Mas, o que se tem visto na realidade é que há um conflito interno em cada pessoa, em razão da cegueira espiritual que é tanto mais densa quanto mais se encontrar afastada de uma união pessoal com Deus, através de Jesus Cristo, por uma genunína conversão a ele, e quanto mais isto é visto nas relações interpessoais com o seu próximo, seja a nível nacional ou internacional. Esta cegueira espiritual que consiste na ignorância de qual seja de fato a boa, perfeita e agradável vontade de Deus, ainda é agravada pelo fato de que o simples conhecimento de tal vontade ainda não nos capacita a viver do modo que seja aceitável ao Senhor, pois é necessário uma real e constante devoção a Ele, pela transformação e renovação da nossa mente pelo Espírito Santo.

O impedimento para a paz a segurança total no mundo encontra-se portanto, no próprio homem, individualmente considerado, em que sempre haverá uma tendência maior a se ter um pendor, uma inclinação, para o que é carnal e mundano, do que para o que é espiritual, celestial e divino.

É principalmente com a consideração deste norteamento que se deve tentar compreender a geopolítica, sobretudo neste tempo do fim, em que se vê claramente o paradoxo de uma luta ainda mais intensa na busca de uma governança mundial globalista, pensando-se que isto possa promover a paz e segurança almejados, ao mesmo tempo em que há não somente uma guerra comercial e ideológica e um crescente conflito armado entre várias nações que apontam para uma possível terceira grande guerra mundial, que segundo a profecia bíblica, conduzirá em sua fase final à batalha do Armagedom, que precipitará o retorno imediato de Jesus Cristo com poder e grande glória para poder estabelecer a verdadeira paz e segurança no mundo com aqueles que amam e temem verdadeiramente a Deus.

Para o desenvolvimento deste assunto, escolhemos duas porções bíblicas escatológicas; sendo a primeira no Evangelho de Mateus, e a segunda no livro de Apocalipse:

Mateus 24

1 Tendo Jesus saído do templo, ia-se retirando, quando se aproximaram dele os seus discípulos para lhe mostrar as construções do templo.

2 Ele, porém, lhes disse: Não vedes tudo isto? Em verdade vos digo que não ficará aqui pedra sobre pedra que não seja derribada.

3 No monte das Oliveiras, achava-se Jesus assentado, quando se aproximaram dele os discípulos, em particular, e lhe pediram: Dize-nos quando sucederão estas coisas e que sinal haverá da tua vinda e da consumação do século.

4 E ele lhes respondeu: Vede que ninguém vos engane.

5 Porque virão muitos em meu nome, dizendo: Eu sou o Cristo, e enganarão a muitos.

6 E, certamente, ouvireis falar de guerras e rumores de guerras; vede, não vos assusteis, porque é necessário assim acontecer, mas ainda não é o fim.

7 Porquanto se levantará nação contra nação, reino contra reino, e haverá fomes e terremotos em vários lugares;

8 porém tudo isto é o princípio das dores.

9 Então, sereis atribulados, e vos matarão. Sereis odiados de todas as nações, por causa do meu nome.

10 Nesse tempo, muitos hão de se escandalizar, trair e odiar uns aos outros;

11 levantar-se-ão muitos falsos profetas e enganarão a muitos.

12 E, por se multiplicar a iniquidade, o amor se esfriará de quase todos.

13 Aquele, porém, que perseverar até o fim, esse será salvo.

14 E será pregado este evangelho do reino por todo o mundo, para testemunho a todas as nações. Então, virá o fim.

15 Quando, pois, virdes o abominável da desolação de que falou o profeta Daniel, no lugar santo (quem lê entenda),

16 então, os que estiverem na Judeia fujam para os montes;

17 quem estiver sobre o eirado não desça a tirar de casa alguma coisa;

18 e quem estiver no campo não volte atrás para buscar a sua capa.

19 Ai das que estiverem grávidas e das que amamentarem naqueles dias!

20 Orai para que a vossa fuga não se dê no inverno, nem no sábado;

21 porque nesse tempo haverá grande tribulação, como desde o princípio do mundo até agora não tem havido e nem haverá jamais.

22 Não tivessem aqueles dias sido abreviados, ninguém seria salvo; mas, por causa dos escolhidos, tais dias serão abreviados.

23 Então, se alguém vos disser: Eis aqui o Cristo! Ou: Ei-lo ali! Não acrediteis;

24 porque surgirão falsos cristos e falsos profetas operando grandes sinais e prodígios para enganar, se possível, os próprios eleitos.

25 Vede que vo-lo tenho predito.

26 Portanto, se vos disserem: Eis que ele está no deserto!, não saiais. Ou: Ei-lo no interior da casa!, não acrediteis.

27 Porque, assim como o relâmpago sai do oriente e se mostra até no ocidente, assim há de ser a vinda do Filho do Homem.

28 Onde estiver o cadáver, aí se ajuntarão os abutres.

29 Logo em seguida à tribulação daqueles dias, o sol escurecerá, a lua não dará a sua claridade, as estrelas cairão do firmamento, e os poderes dos céus serão abalados.

30 Então, aparecerá no céu o sinal do Filho do Homem; todos os povos da terra se lamentarão e verão o Filho do Homem vindo sobre as nuvens do céu, com poder e muita glória.

31 E ele enviará os seus anjos, com grande clangor de trombeta, os quais reunirão os seus escolhidos, dos quatro ventos, de uma a outra extremidade dos céus.

32 Aprendei, pois, a parábola da figueira: quando já os seus ramos se renovam e as folhas brotam, sabeis que está próximo o verão.

33 Assim também vós: quando virdes todas estas coisas, sabei que está próximo, às portas.

34 Em verdade vos digo que não passará esta geração sem que tudo isto aconteça.

35 Passará o céu e a terra, porém as minhas palavras não passarão.

36 Mas a respeito daquele dia e hora ninguém sabe, nem os anjos dos céus, nem o Filho, senão o Pai.

37 Pois assim como foi nos dias de Noé, também será a vinda do Filho do Homem.

38 Porquanto, assim como nos dias anteriores ao dilúvio comiam e bebiam, casavam e davam-se em casamento, até ao dia em que Noé entrou na arca,

39 e não o perceberam, senão quando veio o dilúvio e os levou a todos, assim será também a vinda do Filho do Homem.

40 Então, dois estarão no campo, um será tomado, e deixado o outro;

41 duas estarão trabalhando num moinho, uma será tomada, e deixada a outra.

42 Portanto, vigiai, porque não sabeis em que dia vem o vosso Senhor.”

Apocalipse 17

1 Veio um dos sete anjos que têm as sete taças e falou comigo, dizendo: Vem, mostrar-te-ei o julgamento da grande meretriz que se acha sentada sobre muitas águas,

2 com quem se prostituíram os reis da terra; e, com o vinho de sua devassidão, foi que se embebedaram os que habitam na terra.

3 Transportou-me o anjo, em espírito, a um deserto e vi uma mulher montada numa besta escarlate, besta repleta de nomes de blasfêmia, com sete cabeças e dez chifres.

4 Achava-se a mulher vestida de púrpura e de escarlata, adornada de ouro, de pedras preciosas e de pérolas, tendo na mão um cálice de ouro transbordante de abominações e com as imundícias da sua prostituição.

5 Na sua fronte, achava-se escrito um nome, um mistério: BABILÔNIA, A GRANDE, A MÃE DAS MERETRIZES E DAS ABOMINAÇÕES DA TERRA.

6 Então, vi a mulher embriagada com o sangue dos santos e com o sangue das testemunhas de Jesus; e, quando a vi, admirei-me com grande espanto.

7 O anjo, porém, me disse: Por que te admiraste? Dir-te-ei o mistério da mulher e da besta que tem as sete cabeças e os dez chifres e que leva a mulher:

8 a besta que viste, era e não é, está para emergir do abismo e caminha para a destruição. E aqueles que habitam sobre a terra, cujos nomes não foram escritos no Livro da Vida desde a fundação do mundo, se admirarão, vendo a besta que era e não é, mas aparecerá.

9 Aqui está o sentido, que tem sabedoria: as sete cabeças são sete montes, nos quais a mulher está sentada. São também sete reis,

10 dos quais caíram cinco, um existe, e o outro ainda não chegou; e, quando chegar, tem de durar pouco.

11 E a besta, que era e não é, também é ele, o oitavo rei, e procede dos sete, e caminha para a destruição.

12 Os dez chifres que viste são dez reis, os quais ainda não receberam reino, mas recebem autoridade como reis, com a besta, durante uma hora.

13 Têm estes um só pensamento e oferecem à besta o poder e a autoridade que possuem.

14 Pelejarão eles contra o Cordeiro, e o Cordeiro os vencerá, pois é o Senhor dos Senhores e o Rei dos reis; vencerão também os chamados, eleitos e fiéis que se acham com ele.

15 Falou-me ainda: As águas que viste, onde a meretriz está assentada, são povos, multidões, nações e línguas.

16 Os dez chifres que viste e a besta, esses odiarão a meretriz, e a farão devastada e despojada, e lhe comerão as carnes, e a consumirão no fogo.

17 Porque em seu coração incutiu Deus que realizem o seu pensamento, o executem à uma e deem à besta o reino que possuem, até que se cumpram as palavras de Deus.

18 A mulher que viste é a grande cidade que domina sobre os reis da terra.”

Apocalipse 18

1 Depois destas coisas, vi descer do céu outro anjo, que tinha grande autoridade, e a terra se iluminou com a sua glória.

2 Então, exclamou com potente voz, dizendo: Caiu! Caiu a grande Babilônia e se tornou morada de demônios, covil de toda espécie de espírito imundo e esconderijo de todo gênero de ave imunda e detestável,

3 pois todas as nações têm bebido do vinho do furor da sua prostituição. Com ela se prostituíram os reis da terra. Também os mercadores da terra se enriqueceram à custa da sua luxúria.

4 Ouvi outra voz do céu, dizendo: Retirai-vos dela, povo meu, para não serdes cúmplices em seus pecados e para não participardes dos seus flagelos;

5 porque os seus pecados se acumularam até ao céu, e Deus se lembrou dos atos iníquos que ela praticou.

6 Dai-lhe em retribuição como também ela retribuiu, pagai-lhe em dobro segundo as suas obras e, no cálice em que ela misturou bebidas, misturai dobrado para ela.

7 O quanto a si mesma se glorificou e viveu em luxúria, dai-lhe em igual medida tormento e pranto, porque diz consigo mesma: Estou sentada como rainha. Viúva, não sou. Pranto, nunca hei de ver!

8 Por isso, em um só dia, sobrevirão os seus flagelos: morte, pranto e fome; e será consumida no fogo, porque poderoso é o Senhor Deus, que a julgou.

9 Ora, chorarão e se lamentarão sobre ela os reis da terra, que com ela se prostituíram e viveram em luxúria, quando virem a fumaceira do seu incêndio,

10 e, conservando-se de longe, pelo medo do seu tormento, dizem: Ai! Ai! Tu, grande cidade, Babilônia, tu, poderosa cidade! Pois, em uma só hora, chegou o teu juízo.

11 E, sobre ela, choram e pranteiam os mercadores da terra, porque já ninguém compra a sua mercadoria,

12 mercadoria de ouro, de prata, de pedras preciosas, de pérolas, de linho finíssimo, de púrpura, de seda, de escarlata; e toda espécie de madeira odorífera, todo gênero de objeto de marfim, toda qualidade de móvel de madeira preciosíssima, de bronze, de ferro e de mármore;

13 e canela de cheiro, especiarias, incenso, unguento, bálsamo, vinho, azeite, flor de farinha, trigo, gado e ovelhas; e de cavalos, de carros, de escravos e até almas humanas.

14 O fruto sazonado, que a tua alma tanto apeteceu, se apartou de ti, e para ti se extinguiu tudo o que é delicado e esplêndido, e nunca jamais serão achados.

15 Os mercadores destas coisas, que, por meio dela, se enriqueceram, conservar-se-ão de longe, pelo medo do seu tormento, chorando e pranteando,

16 dizendo: Ai! Ai da grande cidade, que estava vestida de linho finíssimo, de púrpura, e de escarlata, adornada de ouro, e de pedras preciosas, e de pérolas,

17 porque, em uma só hora, ficou devastada tamanha riqueza! E todo piloto, e todo aquele que navega livremente, e marinheiros, e quantos labutam no mar conservaram-se de longe.

18 Então, vendo a fumaceira do seu incêndio, gritavam: Que cidade se compara à grande cidade?

19 Lançaram pó sobre a cabeça e, chorando e pranteando, gritavam: Ai! Ai da grande cidade, na qual se enriqueceram todos os que possuíam navios no mar, à custa da sua opulência, porque, em uma só hora, foi devastada!

20 Exultai sobre ela, ó céus, e vós, santos, apóstolos e profetas, porque Deus contra ela julgou a vossa causa.

21 Então, um anjo forte levantou uma pedra como grande pedra de moinho e arrojou-a para dentro do mar, dizendo: Assim, com ímpeto, será arrojada Babilônia, a grande cidade, e nunca jamais será achada.

22 E voz de harpistas, de músicos, de tocadores de flautas e de clarins jamais em ti se ouvirá, nem artífice algum de qualquer arte jamais em ti se achará, e nunca jamais em ti se ouvirá o ruído de pedra de moinho.

23 Também jamais em ti brilhará luz de candeia; nem voz de noivo ou de noiva jamais em ti se ouvirá, pois os teus mercadores foram os grandes da terra, porque todas as nações foram seduzidas pela tua feitiçaria.

24 E nela se achou sangue de profetas, de santos e de todos os que foram mortos sobre a terra.”

Não nos compete, nas palavras do próprio Cristo, ocupar-nos em saber qual será o dia exato da sua segunda vinda, pois somente Deus Pai sabe e determinará quando tal deve ocorrer, até mesmo porque isto depende do cumprimento de várias condições preliminares, como por exemplo a pregação do evangelho em todo o mundo; da multiplicação da iniquidade até o seu transbordamento que conduzirá à grande apostasia, e estas dentre outras condições também são dependentes das ações da humanidade e das nações.

Mas, uma coisa podemos e devemos fazer conforme conselho do próprio Jesus: que devemos discernir os sinais dos tempos, para que intensifiquemos nossas orações e devoção ao Senhor, para que possamos permanecer em um viver piedoso, a par de tudo o que estiver acontecendo.

Nós tomamos como ponto de partida para nossas reflexões, os textos do sermão profético de Jesus em Mateus 24, e as referências à Grande Meretriz, cognominada de Babilônia, em Apocalipse 17 e 18.

Agora, porque devemos também abordar tal assunto apocalíptico e escatológico, sob o ponto de vista da geopolítica, que tem muito a ver com o que acontece com a dinâmica do relacionamento das nações, especialmente entre aquelas que mais se destacam em poder político, econômico e militar, pois é isto que se vê em especial, nos discursos proféticos e escatológicos, mesmo em textos do Velho Testamento.

A salvação da alma é algo eminentemente individual e independe do que esteja sendo feito por pessoas ou nações que insistam em viver na impiedade. Noé que o diga em sua própria geração. Se assim não fosse, quem poderia ser salvo? Pois o mundo como um todo é algo que está sujeito à dissolução final e não pode ser corrigido e conduzido a uma condição de perfeita justiça e paz entre todas as pessoas da humanidade, de modo que aqueles que lutam por tal objetivo, estão se esforçando por algo utópico e inatingível, como por exemplo os que militam a favor da revolução socialista, pela qual pretendem chegar um dia à sociedade perfeitamente justa, pelo caminho inverso ao que está determinado por Deus e revelado em sua Palavra, como por exemplo, a tentativa de abolir os valores morais; a família nuclear; o amor a Deus e proteção à soberania de nossa pátria; dentre muitos outros propósitos que vão na contramão da vontade de Deus, pois, seus adeptos são em sua grande maioria ateístas, e portanto não creem em qualquer retribuição divina em um juízo futuro por todas as coisas que divulgaram, defenderam e praticaram, como por exemplo, a que ofende o direito à reprodução da vida, como no caso da aprovação do aborto; união conjugal de pessoas do mesmo sexo, etc.

E qual foi a fonte de onde as nações beberam estas águas amargas, que Apocalipse chama de cálice de abominações da grande meretriz com o qual bebeu o sangue dos santos? Não foi porventura a partir a rebelião de Babel, nos dias de Ninrode, e sobretudo do desenvolvimento da doutrina humanista/racionalista, que se intensificou a partir de fins do século XVIII, principalmente com o movimento iluminista na França, e que em sua luta contra as monarquias absolutistas e contra o Cristianismo, veio a se desenvolver até a formação no início do século XX em uma revolução comunista/socialista implantada na Rússia em 1917 e que se espalhou pelas nações de todo o mundo, infiltrando-se principalmente nas universidades, nos partidos políticos, na cultura, no aparelhamento das instituições governamentais e jurídicas. Paralelamente a isto, formou-se um sistema em que não somente os socialistas, mas todos os que detêm o grande poder econômico, financeiro, religioso e militar em todo o mundo, visando a se perpetuarem no poder, almejam por uma hegemonia globalista pela qual visam manter o domínio e o controle sobre todas as nações, fazendo com que o Estado seja o grande deus a ser servido e obedecido sem qualquer resistência, e não qualquer instituição ou mesmo o único Deus verdadeiro. É a todo este sistema (stablishment) contra tudo o que é santo e divino, que se denomina de Babilônia, gerado por Satanás, e que se assenta sobre o próprio Anticristo e os poderosos que estão coligados a ele, e que conduz o Anticristo ao poder supremo, mas que uma vez tendo cumprido seu principal propósito segundo o intento de Satanás, virá por fim a ser destruído pelas forças do Anticristo, que estabelecerá no início um novo sistema de governo mundial, com a aparência de ser um domínio de justiça e paz para todas as nações. Ele formará uma aliança com Israel e celebrará a paz de Israel com os árabes, e contribuirá para a construção do terceiro templo em Jerusalém. Mas na metade do período do seu governo, anulará a aliança e se voltará contra Israel com a intenção de destruí-lo.

É importante saber que a destruição da Meretriz pelo Anticristo, não significa a destruição da Babilônia, pois a destruição do Stablishment que conduziu o próprio Anticristo ao poder, não significa a destruição do mistério da iniquidade, ou seja da Babilônia mística com a qual o Anticristo se encontrava intimamente relacionado, pois sob o disfarce de se apresentar como um libertador das opressões do Sistema corrupto que dominava as nações, ele se revelará por estar agindo totalmente sob a eficácia de Satanás, como um mal ainda pior do que o anterior.

As nações em toda a Terra encontram-se bastante embriagadas com o cálice das prostituições da grande meretriz que trazia escrito em sua fronte o nome Babilônia, quer integralmente como no caso de países comunistas/socialistas (Rússia, China, Coréia do Norte, Cuba, etc) e nas demais nações em que suas populações encontram-se divididas entre socialistas e conservadores, como é o caso dos EUA e do próprio Brasil, e até mesmo em Israel, cujas populações encontram-se divididas entre conservadores e progressistas. Mas muito mais do que uma questão política, está em foco também aspectos econômicos e religiosos pervertidos pelos quais o mundo é conduzido.

A citação de Babilônia em Apocalipse é bastante instrutiva para a compreensão da geopolítica do tempo do fim, comparada com o que aconteceu com a Babilônia histórica dos dias do profeta Daniel, uma vez que tal império foi levantado para dominar as nações, e conduzir muitas delas para seu próprio território em cativeiro, não pela justiça daquele reino ou de seu agrado e aprovação de Deus, mas foi permitido por Ele o seu engrandecimento e influência sobre as nações, para que servisse de chicote de aflição para as nações em razão de serem idólatras, como a própria Babilônia, servindo cada uma a seus falsos deuses, como se deu com a própria nação de Israel, por cujo motivo foi também levada em cativeiro.

Mas, qual é a relação das feitiçarias ou encantamentos da Babilônia do passado, com a Babilônia mundial nestes últimos dias?

Ambas espalharam sua influência sobre as nações por muitos anos, e assim como a do passado veio a cair sob o domínio da Média e da Pérsia, a atual também há de cair, conforme revelado nas profecias do Apocalipse, e isto está em vias de acontecer conforme profetizado nas Escrituras.

E esta queda de Babilônia não se refere a um avanço do conservadorismo sobre o socialismo, nem que tal movimento político conservador responda plenamente à vontade de Deus, que requer de cada pessoa individualmente que seja justa, santa e piedosa, nos termos de sua Palavra revelada, através de uma genuína conversão a Jesus Cristo, por uma experiência de justificação pela fé, regeneração, renovação e santificação do Espírito Santo.

O Reino do Céu não é acessado por alguém ser conservador, liberal, capitalista, e muito menos por ser comunista, socialista, progressista, mas pelos que são humildes de espírito, mansos, pacificadores, de coração puro, misericordiosos, e que são perseguidos por causa da justiça de Cristo e do evangelho. Ficam excluídos portanto os que permanecem na prática da iniquidade, sejam eles de qual denominação política ou religiosa a que pertençam ou que alegam pertencer, pois nada poderá justificar qualquer pessoa diante de Deus, a não ser a cobertura da Justiça de Jesus, que é atribuída apenas àqueles que nele creem e que perseveram em segui-lo, para que sejam verdadeiros adoradores de Deus em verdade e em espírito.

O que então? Qual o significado de todo este movimento geopolítico e de lutas da parte de muitos para a tomada do poder mundial, pois não pode ser esquecido que assim como o propósito dos impérios antigos que se levantaram em sucessão, sempre foi o de um domínio global. Assim, há tanto um projeto globalista da parte dos comunistas/socialistas, quanto dos conservadores/liberais. O primeiro poderá ser vencido pelo segundo, mas ambos caírão diante de Cristo em sua segunda vinda. Quando dizemos que serão vencidos, não nos referimos ao fato de que renunciarão às respectivas doutrinas que defendem de forma militante, pois encontram-se arraigadas em seus corações, mas sim, que tais regimes não prevalecerão em seu domínio, assim como sucedeu a tantos no passado. As monarquias caíram diante dos regimes republicanos, mas ainda há muitos que são monarquistas em seu viés político.

O que divide de fato as pessoas em relação a rejeitarem ou amarem o governo de Cristo, consiste eminentemente na forma como se posicionam diante de Deus e de sua vontade revelada na Bíblia, pois mesmo aqueles que descobrirem que sua preferência política não foi capaz de salvá-los da condenação ao inferno, conforme experimentarão no dia de sua morte, nem por isso desejarão se voltarem para Deus e se converterem a Cristo, antes, o seu ódio por tudo o que é divino e santo, aumentará ainda mais, pois não lhes será dado um coração de carne no lugar do de pedra, e nem arrependimento para a salvação, pois, jamais amariam o que é divino e santo.

Cada um dará contas de si mesmo, e individualmente, a Deus no Dia do Juízo, e não serão justificados por qual tipo de bandeira política ou religiosa que levantaram, pois muitos dirão a Jesus que o serviram, pregaram seu nome, fizeram milagres, e no entanto, Ele lhes dirá que nunca os conheceu, por praticarem a iniquidade.

Os santos e piedosos, justificados pela fé em Jesus, sofrem muitas aflições neste mundo, especialmente da parte daqueles que dizem estar lutando para um mundo melhor, só que não nos termos de Deus, mas de suas próprias ideologias e convicções pessoais.

Os que estiverem no exercício do poder global, nos dias que antecederão imediatamente a volta de Jesus, destruirão a grande prostituta Babilônia que se veste de púrpura e vermelho, pois será revelado o grande engano que ela produziu com o encantamento de sua influência sobre as nações prometendo uma sociedade ideal e perfeita, fundada em seus termos abomináveis e contrários a Deus, que levou a muitos a odiarem a Bíblia, a Cristo, o Evangelho e os próprios cristãos. Então é justo que Deus promova a sua destruição no tempo apropriado, pois aqueles que se prostituíram com ela em seus governos, usando suas blasfêmias, e perseguindo e martirizando os santos, e influenciando todos os que não amam a Deus a fundamentarem seus objetivos de vida em opulência, riqueza, ostentação, materialismo, consumismo, enfim, em buscarem somente as coisas deste mundo, sem qualquer interesse no reino de Deus e sua justiça. Esta destruição do Sistema que vinha imperando no mundo desde a mais remota antiguidade, e que muito se expandiu no tempo do fim, não significa que os seus destruidores que introduzirão uma nova forma de governança com controle total sobre a política, economia, finanças, religião e militarismo, terão se convertido finalmente a Deus e reconhecido que o Sistema era corrupto e contrário a Cristo e ao Evangelho, muito ao contrário, pois quem estará no governo desta nova ação como na anterior, é o próprio Satanás, cujo intento é o de que somente ele seja o grande governante de todas as nações por intermédio da possessão total que terá sobre o Anticristo. O modelo de governos soberanos e nacionalistas sempre seria um grande impedimento para a consecução de tal intento, e daí então se entende melhor que o grande alvo em todas as ações que têm sido vistas nas lideranças do mundo é a de lutarem por um governo central, venham ele de onde vier, seja da esquerda ou da direita, pois no final, uma e outra serão aniquiladas para o estabelecimento de um governo único de caráter fascista em que o Estado, por meio do Anticristo, será um controle total não apenas sobre a economia, dizendo o que pode e deve ser produzido, por quem, quando e onde, bem como sobre todos os demais aspectos da vida humana, sejam eles de qual ordem for, pois as garantias de liberdade serão suprimidas, quer seja para indivíduos, quer seja para as nações.

Mas, o império do Anticristo que se levantará, também será destruído por sua autoexaltação, exigindo o seu líder supremo uma devoção idolátrica à sua pessoa, por se apresentar inicialmente como o grande libertador das nações oprimidas, pela falta de liberdade de expressão, e falta de prosperidade material e segurança política e jurídica. Mas tudo isso não passará de um véu para enconbrir suas reais intenções de obter domínio completo. Uma vez retirada a máscara do engano, ele intentará colocar uma imagem sua para ser adorada pelos israelitas em sua nação na Palestina, ao que eles rejeitarão veementemente, e que será considerado um ato de insurgência contra o Anticristo, que convocará as nações sob o seu governo a sitiarem e destruírem totalmente a Israel, ocasião esta em que Jesus virá em socorro deles e os livrará não somente da destruição, como muitos se converterão finalmente a Ele, reconhecendo-o como o verdadeiro e único Messias.

No livro de Ezequiel, capítulos 38 e 39, é expressamente profetizado que no tempo do fim nações coligadas com a Rússia, Irã, Etiópia, dentre outras, virão contra Israel com o intento de riscá-lo do mapa, mas Deus providenciará a destruição destas nações.

Não importa quanto as nações possam se aliançar para projetos comuns que as conduza a uma maior prosperidade material, educacional, tecnológica, política, financeira etc, enquanto o problema básico da humanidade permanecer que é o de os homens procurarem ser os capitães de seus próprios destinos, pois Deus criou a humanidade para que Ele próprio seja o condutor do destino de todos aqueles que o temem e o amam. Então, seja no âmbito individual ou coletivo, cada pessoa ou grupo procura fazer prevalecer a própria vontade e não a de Deus, quanto ao que considera ser o supremo propósito da nossa existência. Por isso, tudo passará, menos a Palavra de Jesus. Tudo caminha para uma dissolução final e completa, exceto aquilo em que Cristo houver colocado uma coluna, para que permaneça eternamente.

Impérios caíram e continuarão caindo, por maior que seja o tempo de duração deles, pois vem chegando a hora em que somente Cristo será o único governante eterno de todos aqueles que se uniram a Ele pela fé, pois quem com ele não ajunta, espalha, e quem não é por ele é contra ele.

O Reino Eterno de Jesus não é deste mundo e jamais será, pois seu princípio de governo se fundamenta na justiça, na misericórdia, no amor, na santidade, na verdade e em tudo o mais que pode ser achado somente nele próprio, que é o caminho e a verdade e a vida. Enganam-se portanto, todos aqueles que pensam estar edificando sobre um firme fundamento, lutando e militando para que governantes sejam derrubados para que os de sua preferência governem no lugar deles. Isto é subversão e contrariedade do princípio de sujeição às autoridades constituídas que se encontram no poder, conforme é determinado pelo próprio Deus, que é quem se encarrega de dar a cada povo o governante que realmente merece. Mesmo nos regimes ditos democráticos, quem é que conduz ao poder líderes corruptos, inimigos de Deus e da Bíblia, senão o próprio povo, que o decide em sua maioria pelo voto? Quem escolhe um regime socialista em vez de um capitalista? Os judeus nos dias de Babilônia decidiram adorar outros deuses no lugar de Jeová, e então Ele permitiu que fossem levados para uma terra cujos governantes impunham aos seus súditos a adoração a falsos deuses; e os israelitas tiveram que permanecer lá por setenta anos consecutivos.

Então, se ao contrário, os líderes sejam escolhidos por falarem em nome de Cristo, que respeitarão os valores morais e a família, etc, mas que ao mesmo tempo admitem e acolhem como sendo algo aceitável e normal a chamada ideologia de gênero, e que não conduzam o povo que dirigem a adorar e a cultuar somente o Deus da Bíblia, que serviço estarão prestando de fato para uma vida abençoada pelo Senhor, por ensinarem o povo a andar nos seus caminhos e a abandonar as práticas pecaminosas do adultério, da fornicação, do uso abusivo de drogas, de jogatinas e embriaguez etc.? Mas, como isto faria com que perdessem popularidade e votos por contrariarem a maior parte da população que na verdade odeia a própria ideia de um viver santo e piedoso segundo as Escrituras, então falarão o nome de Deus em vão, apenas para cuidarem de seus interesses e conveniências pessoais e políticas. Daí se vê que sempre será impossível de se ver alguma nação justa que agrade a Deus na Terra, antes que Cristo volte para julgar os ímpios e estabelecer os que são verdadeiramente justos e santos.

Quão vazia de um verdadeiro propósito é portanto fundamentar a nossa esperança de um viver justo e abençoado em função do regime político que nos governará, pois, já ao profeta Zacarias, quando Israel havia retornado do cativeiro em Babilônia, Deus revelou que não seria pelo fato de retornarem à liberdade em sua própria terra, que o povo de Israel deveria colocar o fundamento da sua esperança de um viver abençoado por Ele, pois abriria uma fonte em dias futuros (o que começou a ocorrer cerca de quinhentos anos depois com a morte e ressurreição de Jesus e o derramamento do Espírito Santo), para a remoção do pecado e da impureza. Todavia, nem todos de Israel seriam beneficiados por esta promessa, nem mesmo todas as nações da Terra, pois apenas um terço de toda a humanidade seria salvo por meio da lavagem purificadora do sangue de Cristo e da água viva do Espírito Santo. E isto nada tem a ver com as decisões dos homens quanto ao modo que escolham para serem governados no mundo por outros homens, mas com o se sujeitarem ao governo de Deus, pela transformação de suas vidas de pecadores em verdadeiros santos. Que sejam os que são salvos, bons cidadãos, cumpridores de seus deveres para com a sociedade e para com Deus, amando o próximo como a si mesmos, e a Deus acima de tudo e de todos, num viver realmente temente a Ele e piedoso. Nada e ninguém no mundo tem o poder de nos oferecer a bênção da salvação de nossa alma, senão somente a fé em Jesus Cristo.

Zacarias 13

1 Naquele dia, haverá uma fonte aberta para a casa de Davi e para os habitantes de Jerusalém, para remover o pecado e a impureza.

2 Acontecerá, naquele dia, diz o SENHOR dos Exércitos, que eliminarei da terra os nomes dos ídolos, e deles não haverá mais memória; e também removerei da terra os profetas e o espírito imundo.

3 Quando alguém ainda profetizar, seu pai e sua mãe, que o geraram, lhe dirão: Não viverás, porque tens falado mentiras em nome do SENHOR; seu pai e sua mãe, que o geraram, o traspassarão quando profetizar.

4 Naquele dia, se sentirão envergonhados os profetas, cada um da sua visão quando profetiza; nem mais se vestirão de manto de pêlos, para enganarem.

5 Cada um, porém, dirá: Não sou profeta, sou lavrador da terra, porque fui comprado desde a minha mocidade.

6 Se alguém lhe disser: Que feridas são essas nas tuas mãos?, responderá ele: São as feridas com que fui ferido na casa dos meus amigos.

7 Desperta, ó espada, contra o meu pastor e contra o homem que é o meu companheiro, diz o SENHOR dos Exércitos; fere o pastor, e as ovelhas ficarão dispersas; mas volverei a mão para os pequeninos.

8 Em toda a terra, diz o SENHOR, dois terços dela serão eliminados e perecerão; mas a terceira parte restará nela.

9 Farei passar a terceira parte pelo fogo, e a purificarei como se purifica a prata, e a provarei como se prova o ouro; ela invocará o meu nome, e eu a ouvirei; direi: é meu povo, e ela dirá: O SENHOR é meu Deus.”

A falta de temor e amor a Jesus e Sua Palavra é a causa de muita incredulidade, mundanismo, falta de vigor espiritual, de alegria no Espírito, de paz e de tudo o mais que é resultante da operação da graça apenas nas vidas daqueles que caminham humildemente com o Senhor, buscando continuamente nele um viver em atitude e conduta que lhe sejam agradáveis, por serem por Ele aprovadas.

Sem a busca da verdadeira santificação e de um viver que seja segundo a piedade não é possível ter a bênção do Senhor se manifestando em tudo o que somos e temos, e não será apenas difícil, mas até mesmo impossível andar na paz, amor e alegria que são procedentes da parte de Deus, pois os seus olhos estão voltados para abençoar somente os que são justos, para recompensá-los com toda sorte de bênçãos espirituais nas regiões celestiais em Cristo Jesus. É do Senhor somente que procede a verdadeira força para vencermos o mundo, o diabo e a carne, e recebermos ânimo e coragem para suportar sofrimentos e aflições por amor a Cristo.

É por isso que somos ordenados a sermos decididos em suportar dores e perdas equivalentes ao arrancar um olho ou uma mão que nos levem a pecar nos afastando da comunhão com Deus; a buscarmos o reino de Deus e a sua justiça em primeiro lugar, em deixarmos aos mortos (espirituais) se encarregarem de cuidarem de seus mortos (físicos ou espirituais), pois não têm qualquer interesse em honrar a Deus e viver para ele; enquanto nos dedicamos à obra de pregar o evangelho de Jesus Cristo, que é o único meio de se gerar vida abundante e eterna naqueles que são chamados por Ele segundo o propósito eterno de Deus para a salvação de suas almas.

Se pedirmos a Deus com sincero coração e fé que nos capacite a suportar nossas tribulações com paciência cristã, ele certamente se compadecerá de nós e nos atenderá expulsando de nós toda forma de cansaço, desânimo e murmuração, em cumprimento à promessa que nos faz no Salmo 50.15: Clama a mim no dia da angústia, eu te livrarei e tu me glorificarás.

Não nos iludamos portanto, julgando que o mero conhecimento teológico ortodoxo é tudo quanto nos importa ter, pois isto os crentes da Igreja de Éfeso citados em Apocalipse 2 por Jesus, o possuíam e no entanto foram repreendidos por ele e chamados a se arrependerem pois haviam deixado o primeiro amor. Sem vivermos na atmosfera espiritual e celestial que é produzida pela graça de Jesus, segundo o poder do Espírito Santo, perecemos e nos faltará o vigor sobrenatural de Deus, pelo qual somos capacitados a vencer todas as vicissitudes deste mundo tenebroso e a nossa própria velha natureza decaída no pecado.

Agora, no fechamento deste assunto relativo à geopolítica apocalíptica e escatológica, pela qual tudo se encaminha nas nações para o Juízo Final de Deus sobre a iniquidade da humanidade, faz-se necessário refletir sobre as causas deste julgamento, e em que bases ele se sustenta, sob a análise do princípio da AUTORIDADE, uma vez que tudo se resumirá em se ter crido ou não na autoridade que foi dada a Jesus por Deus Pai para ser o juiz tanto de vivos quanto de mortos, uma vez que sua autoridade é exercida sobre tudo o que há no céu, quanto na Terra.

Deus Pai é a autoridade suprema, de modo que depois de Jesus ter submetido todas as coisas, ele mesmo também se sujeitará ao Pai, como, a propósito tem feito desde o princípio, em uma sujeição voluntária de obediência amorosa. E é nestes mesmos termos que todos quantos são obedientes e tementes filialmente a Deus, devem ser, sejam eles homens ou anjos. NÃO EXISTE OBEDIÊNCIA À AUTORIDADE DE DEUS FORA DE TAIS TERMOS. Uma obediência à autoridade, mesmo entre humanos, que não seja voluntária e por amor, é uma obediência servil, por simples temor da punição decorrente da desobediência. E, geralmente, os que exercem autoridade entre os homens, sejam governantes, juízes, pais, professores, etc, o fazem por tentar impor obediência aos que lhes são desobedientes, por meios ameaçadores, com a intenção de mudar-lhes os costumes, o que em alguns casos pode ser obtido até mesmo em atitudes e comportamentos dos tais, exteriormente, sem que no entanto sejam mudados no coração.

Por isso, em nenhuma página da Bíblia encontramos relatos em que vejamos Deus argumentando com seu povo que lhes fará obedientes, como se diz na gíria: NA MARRA. Pois, afinal é o Criador e o seu povo mera criatura, em que se subentende que o ser criado deve viver não para fazer a própria vontade, mas a de seu Criador. Ainda que Ele faça muitas ameaças de castigos para os casos de desobediência, isto visa alertá-los para a necessidade de arrependimento, para que sejam aceitos e vivam, e não porque Deus está prazerosamente se vingando deles. O que crer e obedecer é salvo, mas o que não crer está condenado. É a própria pessoa que decide sobre qual lado escolherá. E a Autoridade divina, como é que fica no caso dos que são rebeldes a Ele? Tentará se impor até o ponto em que venham a obedecer? As nações que se afastam de Jesus e do evangelho serão conduzidas pela força e pelo poder até que venham a se converter de seus maus caminhos? Não. Nem por força, nem por poder, mas pelo meu Espírito, diz o Senhor. Até mesmo no caso de crentes é dito: Quem tem ouvidos ouça o que o Espírito diz às igrejas.

A multiplicação da iniquidade no tempo do fim terá sido a grande causa da volta de Jesus para julgar toda a Terra. E o que é a iniquidade (anomia, no grego, que significa literalmente, sem lei) senão a falta de obediência voluntária e amorosa à lei de Deus, aos seus mandamentos que não são penosos? Mas, como os homens têm caminhado cada vez mais para longe dos caminhos de Deus, sobretudo por influência da rápida transformação que ocorreu no mundo nas últimas décadas com a revolução industrial, tecnológica, informática e mais recentemente da IA (inteligência artificial), o coração da humanidade vem se desviando mais e mais das coisas que são espirituais e celestiais, para as que são naturais e deste mundo, e é sabido que aquele que ama o mundo, o amor de Deus não pode estar nele. Assim, com a multiplicação da iniquidade, o amor de muitos a Deus tem se esfriado.

As relações humanas, quando não dirigidas pelo Espírito Santo, deixam de ser norteadas por laços afetivos, mas por interesses egoístas e autoritários de caráter legalista, mas não um legalismo fundado na lei divina, senão nas regras de caráter frio e desumano, estabelecidas por aqueles que pensam somente em lucro e vantagens pessoais mundanos.

O que exerce autoridade não o faz por exemplo de virtude, mas por violência e arrogância. As coisas devem ser feitas pelos que lhe são subordinados, não segundo os princípios do amor e justiça divinos, mas pelos criados por sua própria imaginação, ou segundo a moda da época.

Como Deus deixaria de julgar pessoas e nações como estas? Ele lhes deu Jesus e o seu exemplo para que se desviassem do mal, mas eles insistiram por longo tempo em rejeitá-los, e exercerem domínio autoritário segundo o seu próprio querer e modo, em seus diversos escalões, nas posições em que foram colocados para exercerem autoridade.

A autoridade deve ser servida e honrada, mas também, por seu turno, deve honrar à autoridade suprema de Deus, senão tudo quanto obterá será apenas obediência servil e não amorosa e filial.

Não devemos exercer, mesmo como crentes em posição de liderança, domínio sobre a fé dos que estão sujeitados a nós pelos laços do evangelho, mas seguir o exemplo do Pastor Supremo, que lavou os pés dos discípulos, e nos ensinou que o que mais serve e que é mais humilde é o maior no reino do céu. Ele nunca ameaçou os seus discípulos tentando subjugá-los e humilhá-los, para que obedecessem as suas ordens, mas sempre os constrangeu pelo seu amor, e sua humildade e mansidão.

Deus não visita nossos erros de modo legalista, especialmente nesta dispensação da graça, em que Jesus já se ofereceu como sacrifício morrendo em nosso lugar para cobrir nossos pecados e culpa, pois sempre avalia com perfeição com que intenção erramos, se para afrontá-lo e desafiá-lo, ou se em decorrência da nossa própria fraqueza natural por vivermos ainda meste mundo com os resquícios do pecado atuando sobre nós. Ele não imporá castigos corretivos neste caso, senão que esperará tão somente que confessemos nosso pecado e nos arrependamos. Por isso somente Ele é perfeito Juiz, e devemos nos esforçar para imitá-lo nisto, pedindo-lhe que por sua graça, transforme e renove cada vez mais nosso entendimento e coração.

Deus nos livre portanto, do autoritarismo legalista ou outro de qualquer espécie, pois é algo que não se encontra na natureza de Cristo que é perfeitamente bom, justo, amoroso, terno, paciente, longânimo, manso, como também em todos os seus demais atributos divinos.

As nações sempre estiveram buscando os seus próprios interesses, desde o princípio do mundo, e procurando sobrepujar uma às outras, ainda que seja pela força das armas, ou por imposições comerciais injustas. Quanto maior o poder econômico e militar, maior é a posição que granjeiam na geopolítica, e todas as demais nações se curvam sob elas, mas na expectativa de lhes tomar o lugar, esforçando-se para também se tornarem grandes no mundo. Ora, se é esta a realidade, não importa o regime político que escolham para governarem, pois a árvore está envenenada na raiz, e assim serão também venenosos todos os seus ramos e frutos. Que bem pode advir de algo ruim? Por isso somos alertados por Jesus a não empenharmos todos os nossos objetivos em ajuntar tesouros na Terra, senão no céu. Ele chama todas as riquezas deste mundo como sendo de origem injusta, pois procedem das ações de uma humanidade decaída em sua natureza terrena no pecado. E tudo que procede do pecado é injusto, por maior que possa ser a sua aparência de justiça, pois será enganosa e procedente do Maligno, e não do Pai das Luzes.

As nações buscam prosperidade e riquezas materiais, e não a servirem o único Deus justo e verdadeiro. Então, que prosperidade é esta que estão alcançando os que se tornam poderosos? Ela subsistirá eternamente? Os impérios assírio, babilônico, persa, grego e romano, dentre outros, que o digam.

É preciso pois ler, mesmo os mandamentos da Lei de Moisés, do Antigo Testamento, com os óculos do Evangelho de Cristo. Sempre olhando para o Monte Sinai, a partir do Monte Calvário, pois se a lei veio por Moisés, a graça e a verdade vieram por Jesus Cristo.

A propaganda oficial afirma falsamente que as nações buscam a paz mundial, pois Jesus, que é a verdade, na contramão de tal afirmação nos alerta que sempre haveria guerras e rumores de guerras entre as nações, e que os crentes seriam odiados de todas as nações. Então que busca pela paz e segurança é esta, senão a que é expressada pelo apóstolo em I Tessalonicenses 5.1-5:

1 Irmãos, relativamente aos tempos e às épocas, não há necessidade de que eu vos escreva;

2 pois vós mesmos estais inteirados com precisão de que o Dia do Senhor vem como ladrão de noite.

3 Quando andarem dizendo: Paz e segurança, eis que lhes sobrevirá repentina destruição, como vêm as dores de parto à que está para dar à luz; e de nenhum modo escaparão.

4 Mas vós, irmãos, não estais em trevas, para que esse Dia como ladrão vos apanhe de surpresa;

5 porquanto vós todos sois filhos da luz e filhos do dia; nós não somos da noite, nem das trevas.”

E em II Tessalonicenses 2.1-12:

1 Irmãos, no que diz respeito à vinda de nosso Senhor Jesus Cristo e à nossa reunião com ele, nós vos exortamos

2 a que não vos demovais da vossa mente, com facilidade, nem vos perturbeis, quer por espírito, quer por palavra, quer por epístola, como se procedesse de nós, supondo tenha chegado o Dia do Senhor.

3 Ninguém, de nenhum modo, vos engane, porque isto não acontecerá sem que primeiro venha a apostasia e seja revelado o homem da iniquidade, o filho da perdição,

4 o qual se opõe e se levanta contra tudo que se chama Deus ou é objeto de culto, a ponto de assentar-se no santuário de Deus, ostentando-se como se fosse o próprio Deus.

5 Não vos recordais de que, ainda convosco, eu costumava dizer-vos estas coisas?

6 E, agora, sabeis o que o detém, para que ele seja revelado somente em ocasião própria.

7 Com efeito, o mistério da iniquidade já opera e aguarda somente que seja afastado aquele que agora o detém;

8 então, será, de fato, revelado o iníquo, a quem o Senhor Jesus matará com o sopro de sua boca e o destruirá pela manifestação de sua vinda.

9 Ora, o aparecimento do iníquo é segundo a eficácia de Satanás, com todo poder, e sinais, e prodígios da mentira,

10 e com todo engano de injustiça aos que perecem, porque não acolheram o amor da verdade para serem salvos.

11 É por este motivo, pois, que Deus lhes manda a operação do erro, para darem crédito à mentira,

12 a fim de serem julgados todos quantos não deram crédito à verdade; antes, pelo contrário, deleitaram-se com a injustiça.”

Como se não bastasse a própria falta de verdadeira paz na natureza decaída humana, em razão do pecado, isto ainda é impulsionado pela ação de Satanás que é o pai do engano e da mentira, para criar na humanidade uma falsa convicção sobre a busca de um viver em paz, enquanto amplia as rebeliões e contradições que existem no próprio coração humano.

Ai daquele que fale publicamente contra a segurança, a paz, a fraternidade mundial! Mas pouco ou nada importa a existência da rebelião que existe no coração de todo ser humano contra o próprio Deus e a santidade que lhe é devida por se guardar os seus mandamentos em um coração puro e manso. Então a paz e segurança que é proclamada por aqueles que a buscam por meio da força econômica, política ou das armas, jamais poderá ser alcançado, pois esta planta pacífica, justa e verdadeira não habita no coração natural humano. E se o agente ativo por detrás de tudo é o diabo, que é o Príncipe deste mundo, pois é por sua mão invisível que os governantes são conduzidos, quando não permitem ser conduzidos pela mão de Deus, como poderá haver real paz e segurança eterna entre os homens e nações?

Como pode haver paz quando não se ama a verdade divina, mas a mentira satânica?

Deus não deixará os tais entregues a si mesmos, e por conseguinte, sujeitos ao domínio e governo do diabo?

Não é porque o mundo sempre se acha dividido entre partidos de vieses políticos diferentes que não há paz entre as nações, mas porque cada pessoa está dividida em seu próprio coração, negando-se a consagrá-lo inteiramente a Deus. E se o mundo é poupado da destruição total, por conta da longanimidade de Deus e dos poucos piedosos que nele existem, isto não significa que um dia, em sua grande maioria virá a se converter inteiramente ao Senhor.

Então se verá nação se levantando contra nação, ainda que dissimuladamente, através de acordos e alianças que visam à destruição e rebaixamento mútuos, com a aparência de luta pela liberdade, igualdade e fraternidade, como no slogan da Revolução Francesa, que não se concluía com estas três proposições, mas com “ou a morte”, isto é, aquele que não se submetesse à liberdade, igualdade e fraternidade nos termos dos revolucionários, deveria ser morto. E daí decorreu que muitos morreram decapitados pela guilhotina, na divisão entre jacobinos e gerondinos. Muito sangue foi derramado em nome da segurança e da paz. E nunca se falou tanto de se alcançar tal objetivo de paz e segurança mundial, desde então, mas o que se tem visto é cada vez mais divisões e guerras, conforme profetizado nas Escrituras, até que Cristo venha e ponha um ponto final em tal estado calamitoso da humanidade, pela remoção dos ímpios, para que os que amam de fato a verdade e a justiça, e que são tementes a Deus, herdem a Terra e o Reino do Céu. Maranata. Ora vem Senhor Jesus!

Cabe destacar que as visões e revelações que foram dadas em Apocalipse a João, puderam ser recepcionadas por ele, porque ele se achava em espírito, e assim apresentamos a seguir, uma parte do significado disso:

Achar-se em Espírito

9 Eu, João, irmão vosso e companheiro na tribulação, no reino e na perseverança, em Jesus, achei-me na ilha chamada Patmos, por causa da palavra de Deus e do testemunho de Jesus.

10 Achei-me em espírito, no dia do Senhor, e ouvi, por detrás de mim, grande voz, como de trombeta,

11 dizendo: O que vês escreve em livro e manda às sete igrejas: Éfeso, Esmirna, Pérgamo, Tiatira, Sardes, Filadélfia e Laodiceia.” Apocalipse 1.9-11.

Não foi apenas naquele dia do Senhor (domingo) que João se achava em espírito, pois este era seu costume por diversos anos seguidos desde que Jesus ressuscitou, cerca de sessenta anos antes das visões que lhe dera em Apocalipse, adorar a Deus em espírito especialmente no primeiro dia da semana, através da devoção e oração por meio das quais buscava estar na presença de Deus, sendo arrebatado das preocupações comuns da Terra, para a gloriosa experiência de comunhão com o Senhor em espírito.

Esta forma de se buscar a Deus, segundo o mover do Espírito Santo em nós, é a única que pode efetivamente nos conduzir a uma verdadeira adoração, que pode ser realizada somente quando estamos concentrando todo o nosso pensamento e coração nas coisas que são do alto, e não nas que são da Terra, pois é somente em espírito que podemos ser envolvidos em uma comunhão real com Deus, e tê-lo purificando nossa mente e coração, para sermos transformados à sua imagem e semelhança, uma vez que sendo espírito perfeito e santo, Deus não pode ter comunhão com o que é pecaminoso, natural e terreno. A natureza terrena deve portanto ser vencida para que possamos ter nossa alma elevada à presença do Senhor, não a um lugar material e terreno, mas às alturas celestiais em que o encontro com Deus se concretiza.

Concluímos pois, se não nos acharmos em espírito, será vão todo o nosso esforço para agradar a Deus, mesmo no que diz respeito à busca de um viver moralmente honesto, pois se requer muito mais do que isto, pois fomos criados para adorar e glorificar ao Senhor, e se não o amarmos em espírito, de nada nos aproveitará todos os nossos empenhos religiosos ou morais, conforme o apóstolo Paulo se expresssa em I Coríntios 13, sobre o caminho sobremodo excelente do amor divino se manifestando em nós.

Devemos portanto, fugir do falso pensamento de que um simples viver próspero, sem enfermidades físicas, sem graves problemas para enfrentar, é um indicativo seguro de uma vida abençoada por Deus, e tudo quanto pelo que devemos nos esforçar e lutar para alcançar, pois nada disso tem a ver com o fato de achar-se em espírito diante do Senhor, desfrutando de uma experiência espiritual real com ele. Por isso somos ordenados a nos congregarmos regularmente, enchendo-nos do Espírito Santo continuamente, porque não há outro modo de tanto Deus ficar satisfeito conosco, quanto nós mesmos termos contentamento real no viver.

Este corpo de carne e osso há de ser dissolvido, quer na morte, quer na transformação que ocorrerá com os que forem arrebatados por Cristo, em sua vinda. E o que então? Para que agrado de Deus aproveita o viver na carne? Jesus diz que a carne para nada aproveita e que é o espírito que vivifica, de modo que da parte de Deus temos a ordem de vigiar e orar sempre, sem cessar, para que nossa comunicação com ele em espírito possa ser realizada, pois afinal fomos criados por ele e para ele, e não para vivermos independentemente dele. Há uma grande prova disso, pois quando o corpo físico morrer e com ele as próprias funções cerebrais, o que restará então, senão apenas o espírito? E qual a serventia para Deus do espírito dos que são ímpios e que nunca tiveram qualquer comunicação real em comunhão amorosa com o Senhor? Um espírito morto em delitos e em pecados, que não pode ser reconciliado com Deus porque isto só pode ser feito por meio da justificação pela fé em Jesus, para que sejamos regenerados e santificados? Então é dito que a grande razão da condenação eterna ao inferno é a incredulidade, a falta de fé em Jesus para a salvação da alma, pois se o espírito não for ressuscitado para a vida com Deus, e preferindo estar separado dele, assim há de existir para sempre, só que em tormentos eternos. Então a salvação em e por Jesus não significa apenas o livramento do inferno, mas a reconciliação com Deus para se obter um espírito regenerado, renovado e santificado para comunicar-se com Deus e com todos aqueles que foram gerados por Ele pela mesma fé em Cristo. É uma grande prova dessa verdade que é pela falta de fé em Jesus que a condenação eterna ocorrerá, é que Deus se aliançou com os que nele creem por meio do perdão e esquecimento de todos os seus pecados e transgressões, ou seja, ele se determinou unir-se aos que o honram pela fé em Jesus, ainda que haja neles resquícios do pecado, pois nem mesmo isto será um impedimento para a união com ele em espírito, pois por seu amor e graça os cobrirá e perdoará por meio da confissão e do arrependimento, pela purificação que é feita pelo sangue precioso de Jesus, que se ofereceu por nós em sacrifício para que fôssemos resgatados da morte para a vida, e do poder de Satanás, para o poder de Deus.

 

Para um detalhamento maior sobre quem representa a Grande Meretriz em Apocalipse 17 e 18, estamos apresentando a seguir, uma coletânea de citações de vários autores que extraímos da Internet e que representam o que há de melhor para a elucidação do referido mistério de iniquidade, ao qual o apóstolo Paulo afirma em Tessalonicenses, que já operava no mundo até mesmo em seus dias, e que se estenderia até que fosse removido no final do governo do Anticristo.

 

Das ruínas da antiga Mesopotâmia aos luxuosos salões do poder contemporâneo, uma força invisível tem tecido sua influência ao longo da história humana. Seu nome ainda ressoa com mistério e julgamento, Babilônia. Não é simplesmente uma cidade enterrada pelo tempo, nem um império que desapareceu nas páginas do passado, Babilônia é um espírito. Uma presença sombria que transcendeu civilizações, religiões e eras, um sistema que se disfarça de esplendor, autoridade e sedução, mas que em sua essência é corrompido pelo orgulho e idolatria e engano espiritual. Esse espírito seduziu Reis, infiltrou-se em governos, poluiu altares e manipulou culturas. Não se trata de uma lenda antiga, nem de uma figura simbólica sem impacto contemporâneo. É uma realidade espiritual ativa, camuflada sobre o manto do progresso, da falsa liberdade, e de uma espiritualidade enganosa. Quem realmente é Babilônia a grande, como ela tem operado ao longo dos séculos, ela ainda está ativa entre nós, e como os filhos de Deus podem permanecer firmes diante de sua influência demoníaca?

Satanás nunca mudou sua intenção. Desde o início dos tempos, seu propósito tem sido um, rebelar-se contra o Todo Poderoso e arrastar toda a humanidade com ele para a corrupção e idolatria e independência espiritual. Sua essência continua a mesma, o que mudou foram seus métodos. Ele não precisa mais de cobras em jardins ou estátuas em desertos. Hoje, seu trabalho é disfarçado de ideologias modernas, entretenimentos sedutores, religiões diluídas e sistemas que promovem uma vida sem Deus. Ao longo da história, esse inimigo invisível refinou suas estratégias, adaptando-se a cada geração, cada cultura, cada nação, mas seu objetivo permanece o mesmo, fazer com que o homem se afaste do Criador, se contamine e adore o que é falso. E é no livro do Apocalipse, capítulo 17, onde o Apóstolo João, exilado na ilha de Patmos, recebe uma visão chocante. Uma mulher de aparência majestosa, mas profundamente corrompida. Vestida de púrpura e de escarlata, adornada com ouro, pedras preciosas e pérolas, mas em sua mão estava um cálice transbordando com as abominações e com a imundícia da sua fornicação. Em sua testa está escrito um nome misterioso: Babilônia, a grande, a mãe das prostitutas e abominações da Terra. Na visão de João, não era uma simples imagem, mas uma revelação celestial, que rasgou o véu do mundo visível para revelar uma realidade espiritual muito mais profunda e aterrorizante. No meio dessa revelação, João viu uma mulher, mas não qualquer mulher. Ela era imponente, sedutora, cheia de esplendor, mas seu esplendor era um disfarce. Ela usava roxo e escarlate, as cores da realeza e do pecado. Era adornada com ouro, pedras preciosas e pérolas, símbolos de riqueza e poder, mas o que ela tinha em mãos revelava sua verdadeira natureza. Um cálice de ouro transbordando de abominações e impurezas e fornicação espiritual. Aquela imagem não era um símbolo vazio. Foi uma mensagem carregada de julgamento, uma denúncia divina do sistema religioso, político e econômico, corrupto que contaminou gerações inteiras. Muitos acreditam que ao falar da Babilônia, João estava se referindo a antigas cidades que desafiaram a Deus na planície de Sinar. Mas quando ele escreveu esta visão, Babilônia não existia mais como cidade. Suas muralhas estavam em ruínas, seus palácios enterrados na poeira do tempo. Os profetas haviam declarado sua desolação e a Sinar, um lugar habitado apenas por feras do deserto, esquecido pelos impérios, mas não pelo espírito que o animava. Por que embora a cidade tenha sido destruída, sua religião nunca morreu. A religião da Babilônia sobreviveu à sua queda. Ela cruzou os mares, disfarçou-se com novas crenças, adotou novos nomes, mas manteve a mesma essência. Rebelião contra Deus, adoração à criatura em vez do Criador e sedução espiritual. Essa mesma religião hoje se veste com trajes religiosos, com liturgias e rituais, com templos dourados e palavras gentis, mas seu cálice ainda está cheio de impurezas. Quando João fala dessa mulher chamada Babilônia, ele não está descrevendo uma cidade literal. Ele está desmascarando um sistema espiritual global, tão antigo quanto o Éden, mas relevante hoje. Um sistema que seduziu reis, manipulou impérios e até contaminou o que antes era sagrado. Mãe de prostitutas, porque dela surgiram muitas imitações, muitas religiões falsas, todas nascidas da mesma origem pagã e Babilônia. Hoje sua influência continua a cobrir a Terra, está nas catedrais, nos parlamentos, na mídia, na música, nos credos que negam a cruz. Babilônia não é uma história antiga, é o rosto sorridente da falsa espiritualidade moderna, e seu julgamento, segundo o Apocalipse, está cada vez mais próximo. Mas então, o que era essa antiga religião da Babilônia? Como surgiu esse culto oculto, que desafiou abertamente o Criador, marcou o início de uma rebelião espiritual que continua até hoje. E como é possível que algo nascido na mais remota antiguidade ainda respire, se mova, e seduza o mundo moderno com roupas diferentes, mas com a mesma essência venenosa.

Para responder a essas perguntas, vamos viajar no tempo, logo após o dilúvio. Naqueles dias, a humanidade começou a se expandir a partir do Leste. Em Gênesis, capítulo 11, versículo 2, lemos: E aconteceu que partindo eles do Oriente encontraram uma planície na Terra de Sinar e habitaram ali. Foi nessa região, mais tarde conhecida como Babilônia e depois como Mesopotâmia, que a cidade de Babel foi fundada. Este território fértil e regado pelos rios Tigre e Eufrates, acumulou os sedimentos ricos que facilitaram o cultivo de grãos abundantes. No entanto, os moradores enfrentavam um problema sério, a ameaça constante de animais selvagens, que colocavam em risco sua segurança e tranquilidade. Qualquer um que pudesse oferecer proteção contra essas feras, seria muito estimado pela população. Foi então que surgiu uma figura proeminente, Ninrode. De acordo com as Escrituras, ele se tornou poderoso na Terra e deixou uma profunda impressão em sua geração. Tamanha era sua fama que ainda hoje existem tradições no Oriente que relatam seus feitos extraordinários. Ninrode ganhou popularidade entre o povo e idealizou um sistema para proteger a população. Em vez de lutar constantemente contra animais selvagens, ele propôs organizar o povo em cidades cercadas por muros. E posteriormente unir essa cidade sob um único reino governado por um rei. Esse era o seu plano e de acordo com o relato bíblico foi assim que ele executou. E o princípio do seu reino foi Babel, Ereque, Acade e Kalnei, na Terra de Sinar. Assim, no seu primeiro reino mencionado na Bíblia. Embora essas ideias possam ter parecido desenvolvimentos positivos, Ninrode foi retratado como um líder que não temia a Deus. A Bíblia o chama de poderoso. Uma palavra traduzida em hebraico como Gibor, que também pode significar tirano. Além disso, o próprio nome Ninrode significa rebelião. De acordo com a Enciclopédia Judaica, Ninrode foi quem instigou as nações a se rebelarem contra Deus. Esse espírito rebelde também é percebido na expressão poderoso caçador diante de Jeová. Neste contexto, diante não implica reverência, mas oposição. Em outras palavras, Ninrode se colocou contra Jeová. Mas sua rebelião não foi apenas política ou social, mas também espiritual. Ninrode se tornou um sacerdote da idolatria pagã, promovendo cutos, cheios de perversão e práticas demoníacas. Sua morte, segundo a lenda, foi brutal. Seu corpo foi esquartejado, queimado e espalhado por diversas regiões. Um ato que lembra outras cenas bíblicas. Sua morte foi profundamente lamentada pelo povo, mas embora Ninrode tenha morrido, a religião que ele fundou não desapareceu. Pelo contrário, consolidou-se e cresceu sob a direção de sua esposa. Após a morte de Ninrode, sua esposa, Semiramis, o proclamou o Deus do Sol. Mais tarde, quando ela deu à luz um filho ilegítimo, ela o chamou de Tamuz, e declarou que ele não era outro, senão Ninrode renascido. Essa mulher idólatra e adúltera provavelmente conhecia a profecia de Gênesis, que falava de um salvador que viria ao mundo por meio de uma mulher. Satanás, o grande falsificador, distorceu essa promessa, e usou Semiramis como instrumento para espalhar uma versão falsa do plano redentor de Deus, séculos antes do nascimento de Cristo. Semiramis declarou que seu filho havia sido concebido sobrenaturalmente, e o apresentou como a semente prometida, o suposto salvador do mundo. Com o tempo, não apenas a criança passou a ser adorada, mas também sua mãe, que foi exaltada sob o título de Rainha do céu. Este mesmo nome aparece mencionado em Jeremias, capítulo 7.18, onde é denunciada a adoração idólatra que o povo oferecia a esta figura feminina. Observemos o que diz a história bíblica. Os filhos apanham a lenha, os pais acendem o fogo, e as mulheres amassam a massa para fazerem bolos à rainha do céu e oferecem sacrifícios a outros deuses para me provocarem à ira.

 

Assim, Semiramis e Ninrode se tornaram os pilares de uma religião falsa, que imitava o verdadeiro plano divino e seu sistema corrupto se espalhou pelo mundo. A idolatria babilônica era transmitida por meio de símbolos e rituais secretos, razão pela qual era conhecida como uma religião misteriosa. Por exemplo, o bezerro de ouro era um símbolo de Tamuz, filho do Deus Sol. Ninrode considerado Baal ou o Deus do Sol, era representado pelo fogo, colunas, árvores animais e outros elementos naturais. Fogos e velas rituais eram acesos em sua homenagem como uma expressão de adoração. Séculos depois, o apóstolo Paulo, em Romanos, capítulo 1, versículos 21 a 26, descreveu perfeitamente esse processo de corrupção espiritual. Pois, tendo conhecido a Deus, não o glorificaram como Deus, nem lhe renderam graças, mas os seus pensamentos tornaram-se fúteis e os seus corações insensatos, obscureceram-se. Dizendo-se sábios, tornaram-se loucos e mudaram a glória do Deus incorruptível, em semelhança da imagem de homem corruptível e de aves. De quadrúpedes diz-se de répteis, trocaram a verdade de Deus pela mentira, honrando e servindo a criatura em lugar do criador, que é bendito eternamente. Amém. Esse sistema de idolatria não se limitava a Babilônia, quando Deus dispersou as nações após a confusão das línguas em Babel, os povos que se espalharam pela Terra levaram consigo a idolatria babilônica e seus símbolos misteriosos. É por isso que ainda hoje podemos ver vestígios dessa religião em quase todas as religiões falsas do mundo. Como diz-se nas Escrituras, em Jeremias capítulo 51, versículo 7, as nações beberam do vinho da Babilônia e enlouqueceram. Além do testemunho bíblico que identifica a Babilônia como mãe das religiões pagãs, contamos também com o apoio de renomados historiadores antigos. Um deles é Heródoto, um famoso viajante e historiador grego, que testemunhou os rituais das religiões de mistério em vários países e destacou que a Babilônia foi o ponto de origem de onde surgiram os sistemas idólatras do mundo. O sistema religioso do antigo Egito foi herdado da Ásia, especificamente do império primitivo de Babel. Tanto a história secular quanto a sagrada, concordam que a idolatria se originou na região da Babilônia, o lugar onde um dos mais antigos sistemas religiosos da humanidade foi desenvolvido. Um dos exemplos mais claros de como o paganismo babilônico sobreviveu até hoje é encontrado na maneira como a Igreja Romana estabeleceu o culto a Maria, substituindo assim o antigo culto à deusa Babilônia. Como mencionamos anteriormente, após a morte de Ninrode, sua esposa, que havia sido infiel, deu à luz um filho que ela alegou ter sido concebido sobrenaturalmente. Ela declarou que a criança era um deus, que o próprio Ninrode havia ressuscitado e que tanto ela quanto seu filho eram seres divinos. Essa história era amplamente conhecida na antiga Babilônia e deu origem a um sistema religioso estabelecido, o culto à mãe e ao filho. Muitas inscrições e monumentos daquele período, mostram a deusa mãe Semiramis segurando seu filho Tamuz nos braços. Quando os babilônios se dispersaram pelo mundo, trouxeram consigo essa forma de adoração. O que explica por que em muitas culturas antigas, encontramos a figura de uma mãe divina com seu filho, séculos antes do nascimento do verdadeiro Salvador, Jesus Cristo. Embora os nomes variassem devido às diferenças de idioma, a história básica era a mesma. Na China, por exemplo, Nuvva. Os alemães adoravam a virgem Ostara; os escandinavos Diza; os etruscos, Hóter e na Índia Andrânea era venerada, todos com a criança nos braços. Até os druidas adoravam a Virgem Paritura, considerada a mãe de Deus. Entre os gregos, essa figura era conhecida como Afrodite ou Ceres, para os sumérios como Inanna e na Roma antiga como Vênus ou Fortuna. O filho, por sua vez, era conhecido como Júpiter, na Índia, Parvarti. Na Ásia menor, a mãe de Vina era chamada Cibele. Como observou um historiador, não importa o nome ou o lugar, era sempre a esposa de Baal, a Rainha Virgem do céu, que dava frutos sem ter concebido. Até mesmo o povo de Israel, caíu nessa idolatria, como nos diz Juízes, capítulo 2, versículo 13. E abandonaram o Senhor e adoraram Baal e a Astarote. Astarote era o nome pelo qual essa deusa era conhecida entre os Israelitas, também chamada de Rainha do céu, conforme mencionado em Jeremias, capítulo 44, versículos 17 a 19. Apesar das advertências do profeta Jeremias, o povo persistiu em sua idolatria, o que trouxe julgamento divino sobre eles. Em Éfeso, essa figura materna era conhecida como Diana, e o templo dedicado a ela era uma das sete maravilhas do mundo antigo. Seu culto não se limitou a Éfeso, mas se estendeu por toda a Ásia e além, como mencionado no livro de Atos, capítulo 19, versículo 27. E ao perigo não apenas de que este nosso negócio seja desacreditado, mas também de que o templo da grande deusa Diana seja estimado como nada. E a majestade daquela que toda a Ásia e o mundo inteiro veneram começa a ser destruída. Até monumentos antigos foram encontrados na Europa, como um encontrado em Oxford, em 1747, mostrando uma mulher amamentando uma criança, mostrando que essa forma de adoração à mãe e ao fílho era comum da China a Grã-Bretanha, e também em civilizações pré-colombianas, como o México. Esse sistema de adoração se expandiu, assumindo diferentes nomes e formas, até se estabelecer firmemente em Roma e em todo seu império. Um historiador moderno observa que o culto à Grande Mãe era extremamente popular no império romano, e há inscrições que confirmam que a mãe e o filho eram adorados não apenas na Itália, mas também em regiões como África, Espanha, Portugal, França, Alemanha e Bulgária. Foi em meio a esse contexto pagão que Jesus Cristo fundou a verdadeira igreja do Novo Testamento que foi gloriosa em seus primeiros dias. Entretanto, com o passar do tempo, principalmente entre os séculos terceiro e quarto, a igreja começou a se afastar de sua fé original e caiu em uma grande apostasia, como os apóstolos já haviam alertado. Durante esse período, muitas práticas pagãs foram introduzidas no cristianismo. Os líderes permitiram que os convertidos pagãos mantivessem seus ritos, mudando apenas seus nomes ou formas, a fim de facilitar sua integração. Um dos exemplos mais evidentes dessa mistura foi a forma como o culto à deusa mãe foi transformado para se adaptar ao cristianismo. Bastou mudar o nome de Maria, a mãe de Jesus. Dessa forma, os pagãos puderam continuar suas devoções à mãe divina, agora sob um disfarce cristão. Assim, o culto a Maria, como o conhecemos, teve origem em certos setores do cristianismo, especialmente na igreja romana. Essa veneração a Maria superou o respeito que ela merecia como mulher, temente a Deus e mãe de Jesus. Embora Maria fosse uma serva fiel escolhida por Deus para uma missão especial, ela nunca foi apresentada por Jesus ou pelos apóstolos como objeto de adoração. Como aponta a Enciclopédia Britânica, durante os primeiros séculos do cristianismo, nenhuma ênfase especial foi dada a Maria. Foi a partir do século IV, sob o governo de Constantino, que uma veneração idólatra por ela começou a se desenvolver, que foi criticado até mesmo por líderes da igreja como Epifânio, que denunciou grupos em Tiro, Arábia e outros lugares por adorar a Maria como uma deusa e ofereceram sacrifícios a ela em suas capelas. O Teólogo John Gill também observou o que a figura de Maria, conforme representada no século XIII, foi modelada em padrões pré-existentes de adoração a mãe divina em religiões antigas. Roma, o colosso do mundo antigo, foi antes de todas essas culturas. Sua estrutura política, seu calendário religioso, suas hierarquias sacerdotais e seus festivais, refletiu uma continuidade direta com a Babilônia. O imperador romano era adorado como um deus. Títulos como Pontifex Maximus foram uma herança direta dos sacerdotes babilônicos. Quando o cristianismo foi legalizado por Constantino, com o Édito de Milão, em 313 depois de Cristo, uma nova era para a igreja se abriu, mas também uma porta perigosa para o sincretismo. O Concílio de Nicéia, em 325, marcou uma virada. A igreja começou a se institucionalizar sobre o molde do império romano. O historiador Euzébio de Cesaréia relata que Constantino embora tenha adotado o cristianismo, manteve muitos de seus títulos pagãos, incluindo o de pontífice máximo. Isso mostra que não houve uma ruptura total com um sistema religioso romano, mas sim, uma fusão. A acadêmica Lorene Biotner observou que a igreja institucionalizada, em vez de se purgar de elementos pagãos, adaptou as formas cristianizadas. A veneração dos mártires degenerou no culto dos santos, procissões pagãs foram transformadas em peregrinações. Virgens, consagradas a Deus como vestais, agora eram consagradas a Maria. Todo o sistema religioso foi remodelado, mas sua essência idolátrica foi mantida. John Henry Newman, escreveu em sua obra sobre o desenvolvimento da doutrina cristã, que o cristianismo em seu processo de expansão adotou muitas das formas e títulos do paganismo. Templos dedicados aos deuses foram transformados em igrejas, festas pagãs receberam novos nomes cristãos e elementos como incenso. Vestes sacerdotais, água banta, castiçais e imagens foram incorporados e consagrados à nova fé. Essa transformação levou ao sincretísmo religioso. O sagrado foi misturado ao profano, o verdadeiro com o falso. A Igreja, ao buscar a aceitação política e cultural, abandonou sua pureza apostólica. Um missionário e historiador resumiu esta situação dizendo: a Igreja não destruiu o paganismo, mas o batizou. Esta declaração descreve com precisão o que aconteceu, templos renomeados, deuses recebendo novos nomes, festivais redesenhados. Um exemplo claro, é a celebração do dia 25 de dezembro, adotado como data do nascimento de Cristo, quando na realidade corresponde ao nascimento do Sol Invicto, ou Mitras. Ralph Woodrow, em seu livro Babilônia, um mistério religioso, argumenta que isso não foi uma coincidência, mas uma estratégia consciente para facilitar a transição dos pagãos para o cristianismo. Da mesma forma, muitas práticas atuais, como a quaresma, uso de água benta, o acendimento de velas, as vestes sacerdotais, e a hierarquia eclesiástica tem raízes babilônicas, não bíblicas. Tudo isso nos leva a uma conclusão profunda, Babilônia não desapareceu. Ela mudou de rosto, ela se infiltrou, ela se adaptou, e ela ainda está viva. Como um rio subterrâneo, ela flui sobre as estruturas religiosas do mundo, desfarçada de piedade, mas em rebelião contra o Deus verdadeiro. É por isso que Apocalipse 18, versículo 4, declara com poder, e ouvi uma voz do céu que dizia, sai dela, povo meu, para que não sejam participantes do seu pecado, e para que não incorram nas suas pragas. Deus continua chamando seu povo para sair deste sistema, não basta ter religião, tradições porque não são suficientes, Deus busca adoradores em espírito e em verdade. Agora, a Babilônia não está mais nas páginas antigas da história, nem nas ruínas que ficam às margens do Eufrates. A Babilônia de que a Bíblia fala não é apenas um símbolo do passado, mas uma realidade espiritual ativa que continua a operar poderosamente no mundo moderno. A sua essência não é a de uma cidade antiga, mas sim, de um sistema espiritual político, econômico e religioso, que se opõe frontalmente a Deus, e que foi sendo refinado, ampliado e fortalecido ao longo dos séculos.

Em Apocalipse Capítulo 17, a verdadeira identidade desta figura profética nos é revelada quando diz, e na sua testa estava escrito um nome misterioso, Babilônia, a grande, a mãe das prostitutas e abominações da Terra. Este nome não é literal, é espiritual, é um mistério revelado. Ele nos fala sobre uma matriz, uma raiz espiritual que dá origem a todas as religiões falsas, a todos os sistemas humanos que negam a soberania de Deus, a todas as alianças perversas entre o poder humano e a adoração falsa. A Babilônia Moderna, agora se manifesta fortemente na arena política, a Escritura declara que esta mulher cometeu fornicação com os reis da Terra. Observemos o que diz Apocalipse, Capítulo 17, versículo 2, com a qual se prostituíram os reis da Terra e os moradores da Terra se embriagaram com o vinho da sua prostituição. Essa linguagem de fornicação é simbólica de alianças espirituais ilícitas entre o poder religioso corrupto e o poder civil. Hoje, vemos claramente como os governos de muitas nações estão completamente sujeitos a princípios contrários à Palavra de Deus. A legislação moderna legaliza o que Deus condena e proíbe o que Deus ordena. O aborto é aprovado como um direito humano. A ideologia de gênero é imposta nas salas de aula das crianças. A família natural é redefinida. A liberdade de expressão é sancionada se a Bíblia for citada contra o pecado. E uma nova moralidade pública é estabelecida com base no consenso humano e não na revelação divina. Isaías alertou sobre esse fenômeno quando profetizou no capítulo 5, versículo 20: Ai daqueles que chamam o mal de bem e o bem de mal, que transformam a luz em trevas e as trevas em luz, que trocaram o amargo pelo doce e o doce pelo amargo.

Esse investimento moral não é apenas humano, é espiritual, é fruto do sistema babilônico infiltrado nos governos. Além disso, líderes mundiais estão fazendo pactos com estruturas internacionais que são abertamente anticristãs. Eles aderem às diretrizes da agenda 2030 das Nações Unidas, que promove a governança global. Eles se alinham ao Fórum Econômico Mundial, que propõe uma grande reinicialização da economia da sociedade e da cultura, baseada no controle digital, na redução populacional e na redefinição da liberdade individual. Tudo isso faz parte do projeto espiritual babilônico. Um sistema onde Deus não tem lugar, onde o homem é exaltado como legislador moral, e onde a verdade revelada é suprimida pelo consenso coletivo. O Dr. John Walford escreveu: Babilônia representa o sistema mundial demoníaco do fim dos tempos, uma estrutura política, religiosa e econômica sob controle satânico, e é isso que estamos vendo diante de nossos olhos. Mas a Babilônia não corrompe apenas governos, ela também corrompe religiões. Sua manifestação mais sofisticada no reino espiritual é o ecumenismo moderno. Em Apocalipse, capítulo 17, versículo 4, somos informados: e a mulher estava vestida de púrpura e de escarlata, e adornada com ouro, pedras preciosas e pérolas, e tinha na mão um cálice de ouro cheio das abominações e da imundícia da sua prostituição. Essa aparência de santidade, de riqueza, de religiosidade refinada, esconde uma realidade espiritual impura. O ecumenismo de hoje não é um esforço para retornar ao verdadeiro evangelho, mas um pacto entre religiões opostas para alcançar unidade sem doutrina, espiritualidade sem verdade, adoração sem santidade. A fraternidade universal é pregada entre cristãos, muçulmanos, judeus, hindus, budistas e outras religiões, sob o lema da tolerância e da paz. Mas essa mensagem exclui Cristo como um único Senhor e Salvador. Jesus disse claramente: eu sou o caminho e a verdade e a vida, ninguém vem ao Pai senão por mim. E esta afirmação é inaceitável para o ecumenismo, portanto, para alcançar a unidade, as igrejas que aderem a este movimento devem renunciar à exclusividade de Cristo, e parar de falar sobre pecado, parar de pregar arrependimento, e substituir o evangelho por uma filosofia de amor genérico, justiça social e espiritualidade sem a cruz. O Teólogo Francis Schaffer alertou, o ecumenismo será a grande traição final da igreja institucional, ao sacrificar a verdade em nome da unidade, ele prepara o caminho para o falso profeta, essa traição já está em andamento. O vaticano lidera esse movimento há décadas, e hoje vemos encontros interreligiosos onde as pessoas rezam juntas para um deus sem rosto, sem cruz, sem sangue e sem nome. Em 2019, o Papa Francisco e o grande Imã de Alazar assinaram o documento sobre a fraternidade humana, que afirma que o pluralismo religioso faz parte da vontade de Deus. Esta afirmação é incompatível com toda a Escritura, que apresenta Cristo, como o único Mediador entre Deus e os homens. Em 2023, a casa da família Abraâmica foi inaugurada em Abuldab. Um complexo religioso que reuniu uma igreja, uma mesquita e uma sinagoga no mesmo local, para promover uma adoração comum ao Deus de Abraão, mesmo que negue Jesus Cristo. Esta estrutura é uma representação física do sistema profetizado no Apocalipse. Uma mulher sentada na besta, uma religião global aliada ao poder mundial, que busca trazer a paz às custas da verdade. O mais doloroso é que muitas igrejas evangélicas estão caindo nessa armadilha. Os movimentos cristãos que antes defendiam a fé, agora promovem a unidade sem uma base doutrinária. Eles convidam as pessoas a rezarem ao lado de líderes de outras religiões, a aderir a pactos de silêncio sobre questões controversas e a parar de pregar o arrependimento por medo de ofender. A grande prostituta já está embriagando as nações com o vinho da sua fornicação espiritual. Em Apocalipse, capítulo 17, versículo 6 é dito: eu vi a mulher embriagada com o sangue dos santos, e com o sangue dos mártires de Jesus, e quando a vi, fiquei espantado com grande espanto. O apóstolo João, que havia testemunhado perseguição, visões celestiais e julgamento divino, ficou chocado ao ver aquela mulher embriagada, não com vinho literal, mas com sangue. É uma imagem simbólica, mas poderosa. Esta mulher, símbolo do sistema religioso corrupto, fica intoxicada com o sangue dos verdadeiros crentes. Daqueles que não se curvaram, daqueles que amaram a verdade, daqueles que não venderam sua fé por aceitação. Essa embriaguez indica prazer, satisfação, e busca desenfreada pela verdade, e por aqueles que a defendem. Não é uma busca impulsiva, mas uma busca planejada, desejada e celebrada. É uma intoxicação espiritual de ódio contra o sagrado. A grande prostituta que se apresenta como a mãe das religiões, como a promotora da unidade e da paz, como aliada do progresso e da justiça, ela acaba mostrando sua verdadeira face. É uma estrutura falsa, profundamente intolerante com a verdade. Essa religião falsa e aparentemente tolerante, acabará perseguindo o verdadeiro povo de Deus. E não será uma perseguição do ateísmo, ou do paganismo aberto. Mas de uma espiritualidade corrupta, de um cristianismo apóstata, de uma festa com o Evangelho, que se une aos poderes do mundo para silenciar os profetas, aprisionar, pregadores, silenciar a palavra, e destruir aqueles que não se rendem ao seu sistema. Hoje já podemos ver esse espírito em ação. Qualquer um que pregue que Cristo é o único caminho, é rotulado de fanático. Quem afirma que pecado é pecado, é acusado de ódio. Quem clama por arrependimento é rotulado como intolerante, e cada vez mais leis estão sendo criadas para proteger mentiras e punir a verdade. Esta é a obra da grande prostituta. Seduzir primeiro, dominar depois, e finalmente derramar sangue como ela tem feito ao longo dos séculos. Quando o sistema religioso institucional perseguiu, condenou e executou milhares de mártires que não se submeteram ao seu governo. Essa história não acabou. Ela retornará com maior intensidade nos últimos dias. Agora, o mundo em que vivemos não está se afastando de Deus de forma caótica, ou casual, mas tudo está sendo cuidadosamente direcionado para um único destino profético, a manifestação do homem do pecado. Tudo o que vemos na política, na economia, na mídia, na religião global e na cultura global, não é isolado nem acidental. Tudo está sendo preparado, estruturado e alinhado, para que, no tempo determinado, o anticristo, o falso-messias, o grande enganador, se manifeste. A Bíblia é clara sobre isso. O apóstolo Paulo, em segunda aos Tessalonicenses, capítulo 2, versículos 7 e 8 escreveu. Porque o mistério da iniquidade já opera, só que há alguém que atualmente o está segurando, até que ele, por sua vez, seja removido do meio. Então será revelado o maligno. A quem o Senhor consumirá com o sopro da sua boca e destruirá com o resplendor da sua vinda. Esta passagem ensina que o mistério da iniquidade, é uma corrente espiritual organizada e rebelde que já está ativa, mas algo a está impedindo. A maioria dos teólogos bíblicos concorda que quem impede isso, é o Espírito Santo trabalhando por meio da igreja. Portanto, após o arrebatamento, quando a igreja fiel, for removida do meio, o cenário estará pronto para o anticristo aparecer sem oposição. E, então, a Bíblia, o falso sistema religioso global, será a plataforma espiritual que ele usará para legitimar seu poder. O Teólogo John Walford, um dos mais respeitados estudiosos da escatologia, disse o seguinte: o sistema religioso da Bíblia, será um veículo útil para o anticristo. Ele permitirá sua existência no início de seu domínio, porque isso o ajudará a unificar as nações sobre uma única linguagem espiritual. Mas então ele o irá destruir sem piedade. Esta declaração se alinha perfeitamente com o que lemos em Apocalipse, capítulo 17. Nos versículos iniciais do capítulo, João vê uma mulher vestida de púrpura e escarlate, adornada com ouro e pedras preciosas, sentada sobre uma besta escarlate cheia de nomes de blasfêmia. A mulher representa o sistema religioso mundial, a grande prostituta e a besta representa o anticristo. O fato de ela estar sentada na besta, indica que no início, a religião falsa terá uma posição visível e aparentemente dominante. Mas na realidade, será apoiada pelo poder político do anticristo, que permitirá que essa religião floresça temporariamente porque lhe convém, e é exatamente isso que estamos vendo em nosso tempo. A religião mundial única já está em formação. Prega-se uma falsa cruz, uma espiritualidade sem arrependimento, uma unidade sem verdade, um Deus sem rosto que não exige santidade. O ecumenismo, o pluralismo religioso e humanismo espiritual, substituíram a exclusividade de Cristo pela inclusão sem doutrina. A ideia de que somente Jesus pode nos salvar foi abandonada, e a ideia de que todas as religiões levam ao mesmo destino agora é promovida.

O Teólogo Dave Hunt, em sua análise do sistema Babilônico, escreveu: O anticristo não surgirá do vácuo, mas do clima espiritual preparado por uma religião que já acostumou o mundo a um falso Cristo. Essa religião falará de amor, de unidade, de paz, mas negará a cruz, o sangue e o arrependimento. O mundo está maduro. A sociedade atual não precisa de convencimento para aceitar um líder mundial. Ela está pedindo por isso. As crises globais econômica, climática, sanitária e social prepararam os corações das Nações para se renderem a uma figura que promete orden, segurança e paz universal. E quando esse homem se manifestar, não o fará em oposição à religião, mas com o apoio de uma falsa igreja que o exalta. Essa igreja não desafia o anticristo, mas é uma aliada do sistema. Será a Babilônia no seu melhor, a mãe das prostitutas e abominações da Terra. E como mostra Apocalipse, capítulo 17, versículo 6, ela ficará embriagada com o sangue dos santos e mártires de Jesus. Essa embriaguez não é simbólica, sem propósito. Isso indica que o sistema religioso corrupto não apenas tolerou a perseguição dos fiéis, mas participou dela com prazer, com alegria, com abandono. Essa religião falsa e aparentemente tolerante, acabará se tornando a grande inimiga do verdadeiro povo de Deus. Já começou. Hoje, pastores são presos por pregar a verdade e igrejas são fechadas por não se adaptarem às novas leis de gênero e ministros são silenciados por denunciar o pecado. Em nome da tolerância, a fidelidade está sendo criminalizada. E quando o anticristo tiver alcançado seu propósito, unir o mundo sob seu sistema, ele não precisará mais de religião falsa. Em apocalipse, capítulo 17, versículos 16 e 17 diz claramente: E os 10 chifres que viste na besta, esses odiarão a prostituta e a farão desolada e nua e devorarão a sua carne e a queimarão no fogo. Pois Deus colocou no coração deles o desejo de executar o seu propósito. Concordar e entregar o seu reino à besta, até que as palavras de Deus se cumpram. Ou seja, o mesmo sistema político que por um tempo sustentou a religião falsa, acabará destruindo-a. O anticristo, que a princípio permitirá que a grande prostituta, aquela estrutura religiosa ecumênica, apóstata e corrupta, prospere e se associe ao seu poder, fará isso somente enquanto for útil ao seus fins. Ele tolerará isso para unificar as massas espiritualmente para fazer o mundo acreditar que religião e poder político podem coexistir sobre uma falsa paz, mas uma vez que seu governo esteja consolidado, ele o descartará sem piedade. Não é apenas um movimento estratégico do homem do pecado, é parte do plano soberano do Todo Poderoso, que decretou o julgamento contra a Babilônia e contra tudo o que o diabo tem usado ao longo dos séculos para contaminar a adoração verdadeira, perseguir os santos e enganar as nações. O fim da Babilônia também será o fim de toda religião falsa, de toda religião falsa de toda a adoração idólatra, de toda a doutrina impura, de toda a instituição que usurpou o nome de Deus enquanto fornicava com os poderes deste mundo. O anticristo se proclamará deus, como está escrito em segunda aos Tessalonicenses 2, verso 4, que se opõe e se exalta acima de tudo o que se chama Deus, ou é objeto de culto, tanto que ele se senta no templo de Deus, como Deus, fazendo se passar por Deus. Esse será o clímax de sua blasfêmia. Ele não tolerará mais nenhuma religião rival, nem mesmo uma religião servil. Ele não aceitará a competição espiritual, mesmo que essa religião tenha sido quem lhe abriu as portas. A grande prostituta que se apresentou como mãe de unidade e paz, será vista como um obstáculo. O mesmo sistema que a sustentou a deixará desolada. Apocalipse 17, versículo 16, confirma isso claramente. Os 10 chifres e a besta que viste odiarão a prostituta, eles arruinarão e a deixarão nua. Eles devorarão seu corpo e a destruirão com fogo. Não se trata de uma reviravolta política. É um julgamento. Deus usará a mesma besta como instrumento para executar o julgamento contra a Babilônia. Ele irá destruí-la publicamente, despojá-la de todo poder, reduzi-la a nada. O que parecia invencível cairá. O que parecia eterno será consumido em uma hora, e com sua queda, o disfarce religioso deste mundo também cairá. A verdadeira face da escuridão será revelada. E assim, o sistema que hoje se ergue com sua falsa espiritualidade global, com sua linguagem inclusiva, com seus altares, sem cruzes, com seus templos, sem arrependimento, com seu evangelho, sem verdade, será destruído com violência; sem aviso, e sua queda marcará o início do fim de todo poder humano sem Deus. Sua queda será o ato final que abrirá caminho para o reino eterno de Jesus Cristo. Pois Deus julgará não somente a Babilônia, mas tudo que ela representa, a mistura, a idolatria, o engano, o comércio de almas, a corrupção do santo, a aparência de piedade sem poder. Babilônia não será renovada, ela será excluída, seu nome será um memorial de julgamento, e o mundo saberá que o Altíssimo reina para todo o sempre. É o que declara o livro de Apocalipse 18.1. Depois disso, vi descer do céu outro anjo com grande poder, e a Terra foi iluminada com sua glória. Este anjo não é um anjo comum, mas sim alguém vestido com a glória do céu, portador de uma sentença irreversível. O versículo 2 continua: e clamou fortemente com grande voz dizendo: caiu, caiu a grande Babilônia, e se tornou morada de demônios, e guarida de todo espírito imundo e esconderijo de toda a ave imunda e odiável. A repetição nessa passagem não é poética, é uma confirmação profética. Este é o fim oficial e irreversível do sistema espiritual, político, econômico e religioso, que foi erguido desde Babel até os dias atuais contra o Deus Todo-Poderoso. Babilônia se torna nas palavras do mesmo texto, uma morada de demônios, não há neutralidade neste sistema, não é simplesmente erro humano ou desvio ético, é uma estrutura governada por forças espirituais do mal. Sua influência era universal, como revelado em Apocalipse 18.3, porque todas as nações beberam do vinho da ira da sua prostituição, e os reis da Terra se prostituíram com ela, e os mercadores da Terra se enriqueceram com a abundância do seu luxo. Isso significa que a grande prostituta não apenas corrompeu a religião, mas também se prostituiu com governos e seduziu comerciantes transformando tudo em uma teia de idolatria, ganância, poder e mentiras. Este é o ápice do que começou em Gênesis, Capítulo 11, quando o homem tentou construir seu próprio reino sem Deus, e agora atinge seu clímax profético e é derrubado. Deus emitiu um aviso final ao seu povo. Em Apocalipse 18.4,19, e ouvi outra voz do céu que dizia, sai dela povo meu, para que não seja participante dos seus pecados, e para que não incorras nas suas pragas. Esta chamada é urgente, é uma separação espiritual e definitiva, você não pode participar da Babilônia e estar com o Cordeiro ao mesmo tempo. A santidade exige separação. O julgamento será iminente. Não é apenas uma queda simbólica, mas uma retribuição concreta, como afirma o versículo 6, daí a ela como ela, vos deu, e retribuí-lhe em dobro conforme as suas obras, no copo em que ela preparou uma bebida, prepare para ela o dobro. Isto não é vingança humana, mas justiça divina. Babilônia estava embriagada com o sangue dos santos, e agora irá beber o dobro do julgamento de Deus. O versículo 8 acrescenta: Portanto, as suas pragas virão num dia, morte, luto e fome, e serão queimados no fogo, porque poderoso é o Senhor Deus que a julga. Em um único dia, não será um processo lento, será uma destruição rápida como um raio. O versículo 10 reafirma isso. Ai, ai, daquela grande cidade Babilônia, daquela cidade poderosa, porque em uma hora chegou o teu julgamento. Uma hora será suficiente para reduzir a cinzas todo o sistema que levou séculos para ser construído. Os comerciantes, os grandes empresários, os líderes do comercio internacional, aqueles que amavam as riquezas da Babilônia, lamentarão. Observemos o que diz o versículo 11: e os mercadores da Terra choram e lamentam sobre ela, porque ninguém mais compra as suas mercadorias. Então no versículo 13, somos informados de que eles até negociavam corpos e almas de homens. Este sistema não comercializa apenas produtos. Negocia pessoas, explora vidas, transforma almas em moeda. Babilônia não é somente culpada de idolatria, mas de escravidão espiritual. É por isso que ela será julgada sem misericórdia. Nos versículos 17 e 18 está escrito: Porque em uma hora, muitas riquezas foram consumidas, e todo piloto e todos os que viajam em navios e marinheiros, e todos os que trabalham no mar, estavam de longe. E vendo a fumaça do seu incêndio, clamaram dizendo, que cidade é semelhante a esta grande cidade. Esta será a queda da economia global sem Deus. O julgamento não será apenas espiritual, mas financeiro. Todo comércio baseado em corrupção, exploração, mentiras e controle, será destruído. E então vem a frase profética mais forte. Apocalipse 18, versículo 21 diz isso: e um anjo forte levantou uma pedra, semelhante a uma grande mó e lançou-a no mar dizendo. Com impeto será lançada a grande cidade, Babilônia, e nunca mais será achada. Sua queda não será temporária, não vai se recuperar. Não haverá a reconstrução, nunca mais será encontrada. Seu nome será enterrado, sobre o julgamento eterno de Deus. E porque um julgamento tão severo? O versículo 24 explica: e nela foi encontrado sangue dos profetas e dos santos, e de todos os que foram mortos na Terra. Babilônia perseguiu, matou, silenciou e oprimiu aqueles que defendiam a verdade. A história deles está escrita com sangue, é o grande inimigo do povo de Deus. O Teólogo Charles Hyrle comentou sobre esta passagem: A destruição da Babilônia será o ato final do julgamento de Deus, sobre o sistema humano rebelde. Tudo o que o homem construiu sem Deus será demolido para dar lugar ao reino de Cristo. E de fato, após sua queda, Apocalipse, capítulo 19, versículos 1 e 2 declara o cântico celestial: Depois disso, ouvi uma grande voz de uma grande multidão no céu que dizia. Aleluia, a salvação, a honra, a glória e o poder pertencem ao Senhor nosso Deus. Porque seus julgamentos são verdadeiros e justos. Pois ele julgou a grande prostituta que corrompeu a Terra com a sua fornicação, e das mãos dela vingou o sangue dos seus servos. O céu se alegra, porque quando a Babilônia cai, todo o poder das Trevas cai. Sua destruição marca o fim desta era. O fim da Babilônia será o fim do mundo sem Deus. Será a queda do orgulho humano, do comércio corrupto, da religião falsa, da política sem justiça e da cultura sem santidade. Sua queda será o alvorecer do Glorioso Reino de Cristo, então o Cordeiro tomará o seu devido lugar, e a Nova Jerusalém substituirá para sempre a Babilônia.

 

 

 

 

38