Como Ter a Certeza de se Estar a Caminho do Céu

Como Ter a Certeza de se Estar a Caminho do Céu

 

A474
Alves, Silvio Dutra
Como Ter a Certeza de se Estar a Caminho do Céu

/ Silvio Dutra Alves.

Rio de Janeiro, 2025.
567pg; 14,8x21cm
1. Teologia. 2. Vida Cristã. 3. Paciência Cristã.
I. Título.
CDD 230.227

 

 

Como Ter a Certeza de se Estar a Caminho do Céu

Causa-me grande perplexidade e tristeza ter que testemunhar a forma como vem sendo barateada a salvação por meio da desfiguração da verdade do Evangelho de nosso Senhor Jesus Cristo, em que a porta estreita e o caminho apertado que conduzem ao Céu têm sido ocultados na pregação e ensino de muitos, em todas as partes do mundo, especialmente naquelas em que o avanço da grande apostasia profetizada para o tempo do fim tem sido mais evidente pela multiplicação da iniquidade, também profetizada por nosso Senhor, pela qual o amor de muitos tem esfriado.

Se é com esforço que o Reino do Céu é tomado, e que é pela paciência e perseverança dos santos até o fim que a salvação é confirmada, e com muita diligência em crescer na graça e no conhecimento de Jesus que podemos ter a plena certeza da nossa própria chamada e eleição de Deus para a salvação dentre tantas outras considerações bíblicas a respeito da diligência e empenho que devem existir no crente salvo, pois a graça que o salvou chama por um aumento da graça até a plenitude de varão perfeito; onde há então qualquer espaço para se pregar e ensinar uma graça barata, que não tivesse custado nada a Cristo, ou mesmo a nós, quanto à busca da paz e da santificação, e não sendo poucos os que transformam a graça para argumentarem em favor de justificarem a sua própria lascívia?

Foi portanto, no intuito de discorrer sobre tão importante assunto, que trata da questão da possibilidade de morte espiritual e eterna, dando a ele a devida atenção e aplicação, que viemos trazer a público mais esta breve obra, em que juntamos ao nosso próprio discurso, partes extraídas de textos dos puritanos Richard Sibbes, Johm Dodd e Christopher Love, conforme a direção que recebemos do Espírito Santo, para não somente publicar por escrito, mas também gravar em forma de áudios para serem introduzidos com os demais que já se encontram na Web Rádio Streaming, que criamos sob o título Santificando-se para Ver a Deus, para ajudar-nos a cumprir sobretudo o mandamento de Hebreus 12.14, em que somos exortados a buscarmos a paz e a santificação sem a qual ninguém verá a Deus. (O leitor pode acessar a rádio através do seguinte link: https://stream.zeno.fm/ubovlwo00vhtv )

A paz com Deus nos vem por meio da graça e pela fé, quando buscamos a justificação e a regeneração na nossa primeira conversão, pelas quais somos tornados filhos de Deus e aceitos por Ele em Jesus Cristo.

Mas esta paz da justificação que pôs um fim na guerra que Deus tinha contra nós, por causa do pecado original, uma vez que pelo sangue de Jesus fomos perdoados de todos os nossos pecados, de maneira a podermos ser reconciliados com Deus, deve ser mantida, não que seja possível perdermos a justificação e a regeneração que recebemos no dia da nossa conversão inicial, mas para que possamos permanecer em comunhão real em espírito e em verdade com Deus, que pode ser servido e adorado somente em espírito porque Ele é Espírito.

E o modo de se alcançar esta comunhão ou paz real, é através da busca da santificação, ou seja, não que seremos perfeitamente santificados a partir de determinado momento, mas que esta deve ser uma busca contínua, pois é um processo de aperfeiçoamento espiritual, de fé em fé, de glória em glória, de graça sobre graça. De maneira, que aqueles que se esforçam para vencer o diabo, o pecado e o mundo, e que permanecem em vigilância e oração, na prática da Palavra de Deus, para viverem de modo justo e santo, buscando guardar todos os mandamentos de Jesus, conforme nos são revelados no Evangelho e em todo o Novo Testamento, são santificados pelo poder do Espírito Santo, que estará sempre no trabalho de renovação de nossa mente e coração, para que tenhamos uma boa consciência, um coração puro e uma fé não fingida, sendo assim habilitados a vivermos no amor de Deus, tanto com Ele, quanto com todos os nossos irmãos na fé que também buscam a santificação de suas vidas.

 

 

ALGO MUITO SÉRIO E IMPORTANTE


A forma com a qual uma pessoa ora evidencia e fala muito sobre a sua condição espiritual real.

Aquele que estiver realmente se santificando, ou seja, se arrependendo de forma contínua, pois arrepender-se significa mudança de carnal para espiritual, de um viver segundo o mundo para um viver segundo Deus, em suma, estar santificado, separado para e pelo Senhor, então poderá estar tranquilo quanto à segurança da sua salvação, baseada numa genuína eleição e conversão. Suas orações serão como a do publicano, confessando com humildade perante Ele os seus pecados, para que não sejam apenas perdoados, mas para que não seja mais dominado por eles. Em suma, a buscarem um novo coração realmente transformado pelo poder da graça de Jesus, e não simplesmente para se sentirem aliviados momentaneamente em suas consciências culpadas, para continuarem com a mesma vida carnal e mundana de sempre.

Jesus disse que aqueles que não se arrpenderem perecerão, e o apóstolo Paulo confirma esta verdade quando diz em Rom 8.13 que se vivermos segundo a carne certamente morreremos, mas se pelo Espírito Santo mortificarmos os feitos do corpo certamente viveremos. A morte aqui referida é a morte espiritual e eterna; e a vida, como sua contraparte é uma referência à vida espiritual e eterna que temos por nossa união e comunhão real com Jesus em espírito.

Tão sério e de crucial importância é este assunto, que é enfatizado de maneira clara e firme por Jesus e pelos apóstolos na Bíblia, de forma a não nos enganarmos, nos iludirmos com uma conversão que não passou de uma forte convicção falsa de que somos salvos simplesmente porque confessamos a Jesus como nosso Salvador e Senhor, porque frequentamos cultos em templos, oramos, louvamos etc, e ainda que tudo isso seja importante, no entanto não é suficiente para nos garantir a entrada no reino do céu que é tomado por esforço para a plena certeza da nossa eleição por uma vida transformada, santificada, ainda que gradualmente, pois onde a graça começou o seu trabalho da nossa mudança de carnal para espiritual, ela prosseguirá com ele em graus cada vez maiores até a estatura de varão perfeito.
Se o nosso alvo for simplesmente o de ter novas emoções e êxtases espirituais, em supostas renovações experimentadas com o Espírito Santo, sem o desejo real e prática dos mandamentos de Jesus que visam à nossa santificação, poderemos até mesmo possuir vários dons sobrenaturais extraordinários do Espírito, como foi o caso de Judas e de muitos na igreja de Corinto, e que no entanto não possuindo a graça transformadora atuando em seus corações, pereceram eternamente, afastados para sempre da presença de Deus, de quem não tiveram o testemunho real de sua operação graciosa dando-lhes um novo coração, uma nova natureza, pelo despojamento do velho homem e revestimento do novo; pois não era isso o que desejavam e buscavam, senão simplesmente terem experiências de êxtases, entusiasmo, alegrias naturais e carnais ainda que sob o pretexto de serem espirituais, e outras sexpectativas como estas que não consistem no trabalho de educação da graça divina nos ensinando a ter um viver santo, justo e piedoso na experiência prática e diária de nossas vidas.

 

 

 

 

Buscai a paz e a santificação...” (Hb 12.14a)

Uma ordenança tão simples mas tão cheia de significado!

A paz com Deus se alcança pela justificação pela fé, mas a sua manutenção neste mundo depende da santificação.

Assim, para um viver em paz dependemos da santificação. E é em paz que a santificação é realizada. Devem portanto, ambas, serem buscadas pois a promessa diz que aquele que buscar encontrará, para o que bater à porta do céu, ela se abrirá, e o que pedir tal vida com Deus a receberá.

Agora, como devem ser buscadas a paz e a santificação?

Com todo o nosso empenho e diligência em cumprimento aos meios de graça que nos são ordenados, a saber, a fé, a oração, a vigilância, a meditação e prática da Palavra de Deus; em congregar-nos na comunhão dos santos etc, estando nós conscientes de que temos sido feitos novas criaturas em Cristo pelo Espírito Santo, mas que enquanto estivermos neste mundo sempre estaremos sujeitos à nossa antiga natureza decaída no pecado, ou velho homem, de que devemos nos despojar pela mortificação contínua desta velha natureza pelo Espírito Santo, pois este luta contra a carne, e esta contra o Espírito, e que nesta luta que existe no crente, simplesmente a sua própria vontade em ter a vitória sobre o mal, para praticar o bem, não é suficiente, pois o poder tanto da carne, quanto do Espírito Santo, é muito maior do que a sua vontade natural, de onde se impõe a necessidade de negação do ego e do carregar diário da cruz, para que possa fazer a vontade de Jesus.

Vemos assim, que a paz e a santificação não nos vêm da parte de Deus, por estarmos passivos, apenas esperando que ambas nos venham espontaneamente, sem qualquer luta da nossa parte para confessar e abandonar os nossos pecados e vontade carnal, para obtermos uma mente renovada pelo Espírito Santo, mediante a aplicação da Palavra de Deus em nós.

16 Digo, porém: andai no Espírito e jamais satisfareis à concupiscência da carne.

17 Porque a carne milita contra o Espírito, e o Espírito, contra a carne, porque são opostos entre si; para que não façais o que, porventura, seja do vosso querer.

18 Mas, se sois guiados pelo Espírito, não estais sob a lei.

19 Ora, as obras da carne são conhecidas e são: prostituição, impureza, lascívia,

20 idolatria, feitiçarias, inimizades, porfias, ciúmes, iras, discórdias, dissensões, facções,

21 invejas, bebedices, glutonarias e coisas semelhantes a estas, a respeito das quais eu vos declaro, como já, outrora, vos preveni, que não herdarão o reino de Deus os que tais coisas praticam.

22 Mas o fruto do Espírito é: amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade,

23 mansidão, domínio próprio. Contra estas coisas não há lei.

24 E os que são de Cristo Jesus crucificaram a carne, com as suas paixões e concupiscências.

25 Se vivemos no Espírito, andemos também no Espírito.” (Gál 5.16-24)

 

 

 

 

 

 

Por que o Espírito Não Pode Ser Aniquilado?

Não são poucos os que se consolam com a expectativa falsa de que mesmo tendo vivido impiamente aqui neste mundo, irão certamente para o descanso eterno no céu; ou então, que nada há que temer quanto à morte porque ela consiste na aniquilação total do ser, ou seja, que não mais existirão, e que portanto, não lhes aguarda qualquer tipo de castigo futuro, pois nada se pode fazer a quem não mais existe.

Se tais pessoas tivessem algum conhecimento sobre a verdade dos atributos de Deus, sobretudo os referentes à Sua santidade, justiça e juízo, provavelmente teriam ao menos considerado que é em razão, especialmente, destes atributos, que os seres morais, sejam eles anjos ou humanos, não podem ter seus espíritos aniquilados por Deus, pois importa que por um juízo perfeito baseado em uma justiça perfeita, que cada um seja responsabilizado por seus pensamentos, atos e comportamento, devendo portanto prestar contas ao grande e supremo juiz de todos os espíritos, e isto em uma perspectiva eterna, pois os espíritos criados por Deus devem ser julgados por Ele quer pelo bem, quer pelo mal que tiverem praticado, pois importa que os primeiros sejam premiados com bênçãos e a vida eterna, e os últimos, por sua rebeldia contra Ele, com maldições e a morte eterna, a qual não significa aniquilação do espírito, mas sua condenação a sofrimentos eternos em uma separação irremediável de Deus, e de qualquer participação de Sua natureza divina.

Agora, deve ser devidamente ponderado que o estado abençoado eterno não é alcançado, no caso da humanidade, pela própria justiça do homem, mas de ter alcançado por meio da fé em Jesus, a justificação exclusivamente pela imputação da justiça do próprio Cristo, que é a única que pode agradar à justiça divina, que exige perfeita e completa conformidade com a santidade de Deus. Assim, sem termos a justiça de Jesus, não podemos agradar a Deus e à sua justiça, e a sentença que deveria ser esperada por nós seria a de uma condenação eterna, porque o salário do pecado é a morte espiritual e eterna. O pecado contra um Deus eterno deve ter um castigo também eterno. Então importa que sejamos considerados mortos por Deus para o pecado, e isto só pode ser alcançado por meio da nossa associação à morte de Jesus, que morreu em nosso lugar para que pudéssemos ser feitos novas criaturas, por um novo nascimento do Espírito Santo. É daí que decorre a necessidade que temos de ser convencidos pelo Espírito do que é o pecado, e de nossa total condição de miséria perante a justiça de Deus, para que recorramos a Cristo para sermos perdoados e redimidos, por meio do arrependimento e da fé em Sua morte e ressurreição por nós. É a partir deste princípio que podemos e devemos ser submetidos ao trabalho da santificação do Espírito Santo, para sermos tornados cada vez mais semelhantes a Cristo, pois somos justificados para alcançar a perfeição espiritual completa depois que deixarmos este corpo pela morte física, para que o nosso espírito seja conduzido a Deus para não mais estar sujeito até mesmo a qualquer tipo de tentação, as quais operavam na carne, enquanto estávamos no mundo.

Agora, ninguém pode compreender e viver tais realidades a não ser por uma chamada e revelação da parte de Deus, pois coisas espirituais só podem ser discernidas espiritualmente pela operação do Espírito Santo.

Vemos que atender ao chamado do Evangelho para se ter fé em Cristo, não se trata de uma simples escolha da nossa parte de sermos cristãos ou não; de termos ou não uma religião, pois esta é na verdade uma questão de vida ou morte eterna, uma vez que se tivermos a Cristo e consequentemente a Sua justiça, somos salvos, mas se não o tivermos já estamos condenados enquanto permanecemos em tal condição. Não há e nunca houve qualquer outro meio pelo qual Deus poderia justificar pecadores rebeldes contra Ele e Sua santa vontade, senão o de conduzi-los por meio da obediência da fé à vida santificada que devem possuir todos os que dEle se aproximam, e é nisto principalmente que vemos a crucial importância do nosso arrependimento, ao qual, a propósito, também somos conduzidos por Deus, quando nos humilhamos perante Ele. E isto, como vemos nas Escrituras, só pode ser realizado por meio da mediação de Jesus Cristo que foi dado por Deus para nós, para ser a nossa justiça, redenção, sabedoria e santificação.

 

 

 

O Conflito da Alma Consigo Mesma

Introdução ao tratado de Richard Sibbes

Por que estás abatida, ó minha alma? Por que te perturbas dentro de mim? Espera em Deus, pois ainda o louvarei, a ele, meu auxílio e Deus meu.” (Sl 42.11)

Há sempre dois tipos de pessoas na igreja visível, um que Satanás segue com falsa paz, cuja vida nada mais é do que uma diversão para contentamentos presentes, e uma fuga de Deus e seus próprios corações que sabem que não lhes podem falar bem; estes falam de paz para si mesmos, mas Deus não fala nada. Isso não tem nada a ver com essa Escritura, Sl 42:11; a maneira de esses homens desfrutarem de conforto é ser profundamente perturbado.  A verdadeira paz surge de saber o pior primeiro, e então, nossa liberdade disso. É uma paz miserável a que surge de ignorância do mal. O anjo 'agitou as águas', João 5: 4, e então *curou aqueles que entraram. É a maneira de Cristo perturbar nossas almas primeiro, e então vir com cura em suas asas.

Mas há outro tipo de pessoa, que sendo trazida para o reino e o interior da aliança da graça, a quem Satanás trabalha para inquietar: sendo o 'deus do mundo', 2 Cor 4: 4, ele está irritado por ver os homens no mundo, andarem contrariamente ao mundo. Uma vez que ele não pode impedir sua propriedade, ele perturbará sua paz, abafará seus espíritos e cortará os tendões de todos os seus esforços. Estes devem levar-se a trabalhar como Davi aqui no Salmo 42.11, e trabalhar para manter sua porção e a glória de uma profissão cristã. Pois tudo o que está em Deus ou vem de Deus, é para o conforto deles. Ele mesmo é o Deus de conforto, Rom 15.5; dele é o Espírito Santo mais conhecido por esse cargo, João 14:26. Nosso bendito Salvador foi tão cuidadoso para que seus discípulos não fiquem muito abatidos, para que eles se esqueçam da sua própria paixão amarga para confortá-los, que ele sabia que todos o abandonariam: 'Não se turbe o vosso coração', disse ele, em João 14: 1, 27.

E sua própria alma foi atormentada até a morte, para que não fôssemos perturbados:

'tudo o que está escrito é escrito para este fim', 2 Coríntios 2:9; cada artigo da fé tem uma influência especial no conforto de uma alma crente. Eles não são apenas comida, mas confortos; sim, ele se comprometeu a jurar, para que não tenha apenas consolo, mas consolo forte, como afirmado em Heb. 6:18. Os sacramentos da santa ceia e batismo selam para nós todos os confortos que temos pela morte de Cristo. O exercício da religião, como oração, ouvir e ler a Palavra, etc., é, para que 'nossa alegria seja plena’, como se lê em 2 João 12. A comunhão dos santos é principalmente ordenada para confortar o fraco de mente e para fortalecer os fracos, 1 Tes 5:14. O governo de Deus de sua igreja tende a isso. 

Por que ele adoça nossa peregrinação, e vamos ver tantos dias confortáveis ​​no mundo, senão que devemos servi-lo com bom coração e alegria? 

Quanto às cruzes, ele apenas nos derruba, para nos levantar e nos esvaziar para que ele possa nos preencher, e nos derrete para que sejamos 'vasos de glória', Rom. 9:23, nos amando também na fornalha, como quando estamos fora e estando ao nosso lado o tempo todo. 'Nós somos preocupados, mas não angustiados; perplexos, mas não em desespero; perseguidos mas não abandonados, 2 Cor. 4:8. 

Se considerarmos que é do amor paternal que as aflições vêm, como elas não são apenas moderadas, mas adoçadas e santificadas para nós, como pode, a não ser ministrar uma questão de conforto nos maiores desconfortos aparentes? Como então podemos deixar as rédeas de nossos afetos perdidas para a tristeza, sem serem prejudiciais a Deus e sua providência? Como se pretendêssemos lhe ensinar a governar sua igreja.

Que ingrato é esquecer o nosso consolo e olhar apenas em matéria de queixa! Pensar tanto em duas ou três cruzes, como esquecer cem bênçãos! Para sugar o veneno daquilo de que nós devemos chupar mel! Que loucura é estreitar e obscurecer nosso próprio espírito! E nos indispor de fazer ou receber o bem! Um membro fora da articulação não pode fazer nada sem deformidade e dor; e o desânimo tira as rodas da alma.

De todos os outros, Satanás tem mais vantagem sobre as pessoas descontentes, pois a maioria é agradável à sua disposição, sendo ele a criatura mais descontente sob o céu; ele martela todos os seus enredos sombrios em seus cérebros. O descontentamento dos israelitas no deserto levou Deus a 'jurar que eles nunca deveriam entrar em seu descanso, Sl 95:11. Há outro espírito em meu servo Calebe, disse Deus, Num 14.24. O espírito de Deus é um espírito encorajador. A sabedoria os ensina, se eles sentirem queixas, para ocultá-los de outros que são mais fracos, para que não sejam desanimados. Deus ameaça como uma maldição dar um coração trêmulo, e tristeza mental, Deut. 28:65; ao contrário, a alegria é como óleo para a alma, faz com que os deveres saiam de nós com alegria e doçura, graciosamente para os outros e de forma aceitável para Deus. Um príncipe não pode suportar isso em seus súditos, nem um pai em seus filhos, a saber, ser rebaixado em sua presença.

Esses costumam ter águas roubadas, Prov. 9:17, para se deliciarem.

Quantos estão lá, que sobre a desgraça que segue a religião, estão com medo disso? Mas o que são desânimos, para os incentivos que a religião traz consigo? Que são como os próprios anjos admiram. A religião realmente traz cruzes com ela, mas então ela traz confortos acima dessas cruzes. Que desonra para a religião de Cristo é conceber que Deus não manterá e honrará seus seguidores; como se o seu serviço não fosse o melhor serviço! Que pena é para um herdeiro do céu ser abatido por cada perda e cruz mesquinhas! Ter medo de um homem cuja respiração está em suas narinas, Isa 2:22, em não defender uma boa causa, quando temos certeza de que Deus estará ao nosso lado, nos auxiliando e confortando, cuja presença é capaz de tornar doces os maiores tormentos! 

Meu discurso tende a não tirar os homens de toda dor e luto; pois, a luz para os justos semeia-se na tristeza, Sl. 97:11. Nosso estado de ausência do Senhor, e vivendo aqui em um vale de lágrimas, nossas enfermidades diárias, e nossa simpatia com os outros exige isso; e onde há mais graça, há mais sensatez, como em Cristo. Mas devemos distinguir entre tristeza e aquele mau humor e abatimento de espírito, que é com uma queixa e decolando do serviço. Quando Josué foi abatido demais na casa de Israel virando as costas para seus inimigos, Deus o reprova, 'Levante-se, Josué, por que estás deitado de bruços? Jos 7:10.

Alguns desejam que os homens, após cometerem pecados graves, estejam presentemente confortáveis e acreditarem, sem se humilharem de forma alguma. De fato, quando estamos uma vez em Cristo, não devemos questionar nosso estado nele, e se o fizermos, não vem do Espírito; mas ainda assim uma consciência culpada é clamorosa e cheia de objeções, e Deus não falará paz a ele até que seja humilhado. Deus vai deixar seus melhores filhos saberem o que é ser também ousado com o pecado, como vemos em Davi e Pedro, que não sentiram paz até que tivessem renovado seu arrependimento. A maneira de se alegrar 'com alegria indizível e gloriosa, '1 Ped. 1: 8, é despertar suspiros 'que não podem ser proferidos', Rom. 8:26.

E é tão longe, que o conhecimento de nosso estado de graça não deve nos humilhar, essa mesma engenhosidade considerando o amor de Deus por nós, a partir da natureza da coisa em si, opera tristeza e vergonha em nós, para ofender sua Majestade.

Uma das principais barreiras que impede os cristãos de se alegrarem é que eles dão liberdade demais para questionar seus fundamentos de conforto e interesse nas promessas. Isso é maravilhoso, confortável dizem eles, mas o que é isso para mim, a promessa não pertence a mim? Isso surge da falta de dar toda 'diligência para confirmar sua vocação', 2 Ped. 1:10, para si próprios.

Em vigilância e diligência, mais cedo nos encontramos com conforto do que com ociosidade e reclamando. Nosso cuidado, portanto, deve ser obter evidências sólidas de um bom estado, e da mesma forma para manter nossas evidências claras; onde estamos dando ouvidos aos nossos próprios medos e dúvidas, ou a sugestão de nosso inimigo, que estuda para falsificar nossas evidências, mas para a palavra, e as nossas próprias consciências iluminadas pelo Espírito; e então é orgulho e mesquinhez para se destacar contra o conforto para si mesmos. Cristãos deveriam estudar para corroborar seu título. Nós nunca estamos mais no céu, antes de virmos lá, do que quando podemos ler nossas evidências. Nos faz conversar muito com Deus, suaviza todas as condições e nos torna dispostos a fazer e sofrer tudo. Faz-nos ter pensamentos confortáveis ​​e honrados de nós mesmos, como bons demais para o serviço de qualquer desejo vil, e traz confiança em Deus tanto na vida como na morte.

Mas e se nossa condição for tão sombria que não possamos ler nossas evidências em tudo?

Aqui, olhe para a infinita misericórdia de Deus em Cristo, como fizemos no início, quando não encontramos bondade em nós mesmos, e essa é a maneira de recuperar tudo o que pensamos ter perdido. Ao honrar a misericórdia de Deus em Cristo, chegamos a ter o Espírito de Cristo; portanto, quando as águas da santificação são turbulentas e turvas, corramos ao testemunho de sangue.

Deus parece andar às vezes contrário a si mesmo; ele parece desencorajar, quando secretamente encoraja, como a 'mulher de Canaã, Mat 15: 21–23; mas a fé pode descobrir esses caminhos de Deus e desatar esses nós, olhando para a promessa livre e natureza misericordiosa de Deus. Deixe nossa carne estúpida e rebelde murmurar tanto quanto pode, Quem és tu? E qual é o teu valor? No entanto, um cristão 'sabe em quem acredita', 2 Tim 1:12.

A fé aprendeu a colocar Deus contra tudo.

Ainda, devemos prosseguir para adicionar graça a graça. Um crente em crescimento e frutífero é sempre um cristão confortável; o óleo da graça produz o óleo da alegria. Cristo é primeiro um rei de justiça, e depois um rei de paz, Heb. 7: 2; a justiça que ele opera pelo seu Espírito traz uma paz de santificação, pela qual, embora não estejamos livres do pecado, ainda assim nós somos habilitados a combater com ele e obter a vitória sobre ele. Algum grau de conforto segue toda boa ação, como o calor acompanha o fogo, e como raios e influências emitem do sol; o que é tão verdadeiro, muitos pagãos, após o desenvolvimento de uma boa consciência, encontraram conforto e paz responsável; esta é uma recompensa antes de nossa recompensa futura, præmium ante præmium.

Outra coisa que atrapalha o conforto dos cristãos é que eles se esquecem a aliança graciosa e misericordiosa sob a qual eles vivem, em que a perfeição exigida deve ser encontrada em Cristo.  A perfeição em nós é sinceridade; qual é o fim da fé senão nos levar a Cristo? Agora imperfeitos, a fé, se sincera, nos liga a Cristo, em quem reside a nossa perfeição.

O desígnio de Deus na aliança da graça é exaltar as riquezas de sua misericórdia acima de todo pecado e indignidade do homem; e nós damos a ele mais glória de sua misericórdia por acreditar, do que seria para sua justiça nos destruir. Se nós fôssemos perfeitos em nós mesmos, não deveríamos honrá-lo tanto, como quando trabalhamos para ser encontrados em Cristo, tendo sua justiça sobre nós, Filip 3: 9.

Não há uma porção das Escrituras mais frequentemente usada para buscar declínios espírituais do que esta: 'Por que estás abatida, ó minha alma?' É figurativo e cheio de retórica, e tudo pouco o suficiente para persuadir a alma perplexa a calmamente confiar em Deus; que, sem este retiro para dentro de nós e verificando nossos corações, nunca acontecerá. Crisóstomo traz um homem carregado de problemas, entrando na igreja, onde, quando ele ouviu esta passagem lida, ele prontamente se recuperou e se tornou outro homem, (Homil. em Gênesis 29). Como Davi, portanto, conheceu com essa forma de lidar com sua alma, então vamos, exigindo uma razão de nós mesmos, Por que estamos abatidos; que irá pelo menos verificar e acabar com a angústia e nos preparar para considerar fundamentos mais sólidos de verdadeiro conforto.

Por necessidade, a alma deve ser acalmada e ficar assim antes que possa ser confortada. Enquanto os humores do corpo se enfurecem em grande enfermidade, não há oferta física; então, quando a alma dá lugar à paixão, é incapaz de receber qualquer conselho, portanto, deve ser acalmada gradualmente, para que possa ouvir a razão; e às vezes é mais adequado ser movida com a razão (como sendo mais familiar a ela), do que com razões mais elevadas buscadas de nossa condição sobrenatural em Cristo, como da condição do homem natural sujeito a mudanças, desde a deselegância de ceder à paixão para aquilo que não está em nosso poder consertar, etc; estes e outros motivos semelhantes têm alguma utilidade para ficar em forma por um tempo, mas deixam o núcleo intocado, que é o pecado, o problema de todos os problemas. Ainda quando tais considerações são feitas espirituais pela fé em bases mais elevadas, elas têm alguma operação na alma, como a influência da lua, que tendo a influência mais forte do sol misturada com ela torna-se mais eficaz sobre esses corpos inferiores. Uma luz de vela pronta à mão é às vezes tão útil quanto o próprio sol.

Mas nosso principal cuidado deve ser ter um fundamento evangélico de conforto próximo para nós, como reconciliação com Deus, por meio da qual todas as coisas são reconciliadas conosco, adoção e comunhão com Cristo, etc., que nunca é mais doce do que sob a cruz. Philip Lansgrave de Hesse, sendo um longo tempo prisioneiro sob Carlos Quinto, foi indagado sobre o que o sustentava por tanto tempo? Ao que respondeu que 'ele sentiu o conforto divino dos mártires.' Ou seja, divinos confortos que se sentem sob a cruz, e não em outras ocasiões.

Além de problemas pessoais, muitos estão abatidos com o presente estado da igreja, vendo o sangue de tantos santos sendo derramado, e os inimigos frequentemente prevalecem; mas Deus tem estratagemas, como Josué em relação à cidade de Ai, como relatado em Josué 7. Ele parece às vezes se retirar, para que possa enfrentar seus inimigos com a maior vantagem. O fim de todos esses problemas, sem dúvida, será a ruína da facção anticristã; e veremos a igreja com mais beleza nela; perfeita quando os inimigos estarão naquele lugar que é mais adequado para eles, o mais baixo, isto é, o escabelo de Cristo, Sl. 110: 1. A igreja, como é o mais elevado no favor de Deus, por isso será o mais elevado em si mesma. 'A montanha do Senhor será exaltada acima de todas as montanhas, Isa. 2: 2. Na pior condição, a igreja tem duas faces, uma voltada para o céu e Cristo, que é sempre constante e glorioso; outra para o mundo, que é na aparência desprezível e mutável. Mas Deus vai no fim dar sua beleza por cinzas, e glória em dobro para sua vergonha, Isa. 61: 3, e ela no fim prevalecerá; nesse meio tempo, o poder dos inimigos estão nas mãos de Deus. A igreja de Deus vence quando é conquistada, assim como nossa cabeça Cristo fez, que venceu pela paciência e também pelo poder. A vitória de Cristo foi sobre a Cruz. O espírito de um cristão vence quando sua pessoa é conquistada.

O caminho é, em vez do desânimo, pesquisar todas as promessas feitas para a igreja nestes últimos tempos, e transformá-las em orações e pressionar Deus sinceramente pelo desempenho delas. Então, em breve encontraremos Deus amaldiçoando seus inimigos e abençoando seu povo a partir de Sião, pelas orações fiéis que sobem de lá.

Em todas as promessas, devemos recorrer a Deus de maneira especial. Em todas tempestades, há espaço no mar, suficiente na infinita bondade de Deus para a fé para sermos transportados com a vela de nosso barco, cheia.

E deve ser lembrado que em todos os lugares onde Deus é mencionado, devemos entender Deus no Messias prometido, tipificado em tantos caminhos até nós. E para colocar mais vigor em tais lugares na leitura deles, nós nesta última era da igreja devemos pensar em Deus brilhando sobre nós na face de Cristo, e nosso Pai nele. Se eles tivessem tanta confiança em tão pouca luz, é uma pena para nós não estarmos confiantes no bem, quando uma luz tão forte brilha ao nosso redor, quando professamos crer que uma coroa de justiça está reservada para todos aqueles que amam a sua vinda, 2 Tim. 4: 8. Apresentando essas coisas à alma pela fé, estabelece a alma em tal tom de resolução, que nenhum desânimo é capaz de abatê-la. “Não desmaiamos”, disse Paulo. Por que ele não desmaia?

Porque 'essas leves e curtas aflições adquirem um peso excessivo de glória, 2 Coríntios 4:17.

Lutero, quando viu Melancton, um homem piedoso e erudito, muito abatido pelo estado da igreja naqueles tempos, cai em uma repreensão sobre ele, como Davi faz aqui sua à própria alma: 'Eu odeio fortemente esses cuidados miseráveis,' diz ele, 'pelo qual tu escreves que tu já estás gasto. Não é a grandeza da causa, mas a grandeza da nossa incredulidade. Se a causa for falsa, deixe nós a revogarmos. Se for verdade, por que fazemos de Deus em suas ricas promessas um mentiroso?

Lute contra você mesmo, o seu maior inimigo. Por que tememos os conquistadores do mundo, nós que temos o próprio conquistador do nosso lado? ' 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

O Apagar das Graças do Espírito

por John Dodd

O apóstolo, com grande e pesada consideração, entrega este preceito aos tessalonicenses, “não extingais o Espírito”; pois embora todos sejam digna e justamente condenados, que nunca provaram do Espírito de Deus, uma condenação mais temerosa é a que vem sobre aqueles que tendo uma vez recebido alguns dons do Espírito, depois perdem o mesmo novamente.

Agora, quanto a esta Igreja, quando o apóstolo diz: Não extingais o Espírito, parece que eles receberam o Espírito. Pois assim como não se pode dizer que o fogo seja apagado onde não está; assim também não pode o Espírito naqueles que não o possuem. Portanto, deixem-nos saber que isto pertence propriamente àqueles que receberam o Espírito de Deus, e eles especialmente devem observar isto. Quanto a outros, não pode aproveitá-los, visto que, como a semente que fica por muito tempo na terra, depois floresce e se torna fecunda; então isso continua em suas mentes, até eles experimentarem (em algum tipo bom) do Espírito de Deus, e então gerou neles algum cuidado para que não o apaguem.

Mas, para aprofundar este texto, duas questões devem ser respondidas.

[1. Pergunta.] A primeira é, como podemos saber se temos o Espírito Santo ou não?

[Resposta.] Pois, ao que devemos entender, que assim como aquele que sabe melhor que tem a vida porque a sente em si mesmo, assim é para o Espírito de Deus, etc. No entanto, se quisermos saber isso mais particularmente pelos seus efeitos, consideremos os argumentos que se seguem.

Em primeiro lugar, se não há nada no homem senão aquilo que por natureza e trabalho pode ser atingido, então certamente ele não tem nele o Espírito de Deus; pois isso é sobre a natureza e opera efeitos sobrenaturais; a respeito do qual o Apóstolo opõe o Espírito de Deus ao espírito do mundo, dizendo: Recebemos o espírito, não do mundo, mas de Deus. 1 Coríntios 2. 14.

Por exemplo: Jesus disse que até o ter falado mal dele poderia ser perdoado aos que o tinham feito, e este é o mesmo efeito do amor de Deus derramado em nossos corações pelo Espírito Santo, que quando atuando em nós, não somente nos capacita a perdoar ofensas como até mesmo amar a quem nos tem ofendido.

Em segundo lugar, considere se há em ti alguma alteração e mudança; pois na regeneração, deve haver uma corrupção do pecado, para que, como semente na terra, assim o pecado em nossas almas possa se deteriorar, para que o novo homem possa ser ressuscitado pelo Espírito de Deus tomando posse de nossas almas. Portanto, o Evangelista João afirma que o primeiro trabalho do Espírito, é o de convencer o mundo do pecado; o qual é tão necessário, que sem ele Cristo Jesus nunca pode entrar no coração; porque ele promete habitar somente com os humildes de espírito e contritos de coração, pela visão de suas iniquidades e do desprazer de Deus justamente por eles merecido; e chama somente os que estão cansados e sobrecarregados de peso, gemendo e suspirando por causa do fardo de seus pecados. Assim, vemos que ser repreendido em nossas consciências dessa maneira, é a primeira obra do Espírito, que também é operada em graus.

1. Porque, primeiro há um grande e geral espanto em razão de todos aqueles muitos e gigantescos pecados que cometemos; e isto nos ataca, nos aterroriza e nos mantém maravilhados.

2. Em seguida, nos trata mais particularmente; e nos traz a uma tristeza especial pelos nossos pecados; ele nos priva de nossos desejos mais importantes; e nos tira da vaidade e gosto com as melhores coisas que estão em nós; pois, então, mostram-se diante da vaidade e escuridão de nossa compreensão, como somos adequados e incompreensíveis para compreender e conceber essas coisas, que fazem parte de todas as outras coisas mais importantes para nós.

3. Então nos deixará ver a corrupção de nosso julgamento, como nas coisas que pertencem a Deus, somos como bestas feras, incapazes de discernir as coisas que diferem, nem de colocar uma diferença sã entre o bem e o mal.

4. Então, ele mostra que nossa razão é irracional, ou melhor, que é prejudicial para nós, um grande inimigo da fé e um grande patrono da infidelidade e da fé.

5. Então vem para nossas afeições, e as vira de lado; transforma nossa alegria em luto, nosso prazer em dor, e nosso maior deleite na mais amarga tristeza. Se ela prosseguir e chegar uma vez ao coração, e ao golpe e à ira que está em nós, então o quebra e o derruba com humildade na mão de Deus, ao passo que, quando tínhamos que negociar com os homens, éramos tão fortes como qualquer um e não começávamos bem. Tínhamos razão para dizer por nós mesmos, e coragem para nos defender contra todos os que lutaram contra nós; mas agora o Espírito nos atrai para a presença de Deus; permite-nos ver o que temos que fazer com Deus e que nossa força é enfraquecida em relação a Ele. Então, nossos corações começam a fraquejar; então colocamos nossas mãos sobre nossas bocas, e não ousamos responder. Veja aqui como o Espírito age em convencer a consciência dos homens de pecado; o que quem quer que possa encontrar em si mesmo, pode dizer com certeza que o Espírito de Deus está nele.

A terceira nota e efeito é a antecipação desta obra para a justificação; pois, quando o Espírito nos trouxe até aqui, então começa a abrir-se uma porta para a graça e o favor de Deus. Coloca em nossa mente que há misericórdia de Deus e, portanto, nos desperta para buscarmos misericórdia em suas mãos; depois, vamos ver como Cristo sofreu para tirar os pecados do mundo, para que na justiça de Cristo, possamos ser justificados diante de Deus. E isto não nos deixa ver apenas, mas efetivamente trabalha uma persuasão segura disso em nossos corações, e confirmo isto por dois notáveis efeitos:

O primeiro é o mais inefável e glorioso, com o que nossos corações devem ser totalmente tomados, quando nos vemos pela justiça de Cristo, da misericórdia e graça de Deus, redimidos da morte, libertados do inferno e libertos da terrível condenação dos ímpios.

A segunda é a paz de consciência, que de fato ultrapassa todo entendimento. Enquanto o pecado e a culpa do pecado permaneceram, não havia paz, nem descanso, nem quietude para ser encontrado, senão medo por dentro, e terrores por fora, e problemas em todos os lados; mas quando o pecado é pregado na cruz de Cristo; quando a culpa por isso é tirada de nossas consciências, e o castigo por isso removido, então deve haver grande paz, porque Deus é um conosco; e para isso temos a garantia e testemunho do Espírito; e contra essa certeza sagrada e celestial. carne e sangue não podem trabalhar.

E daí surge uma quarta nota, a saber, a vida e agilidade que está em nós para fazer o bem; porque quando um homem culpado busca o perdão de seus pecados, então o amor de Deus o constrange, e aquela alegria que ele concebe o fortalece e põe a vida nele para o desempenho daquelas coisas que são agradáveis a Deus. Então ele começa a encontrar a si mesmo, não apenas recuperado do mal, mas também moldado para o que é bom. Então seu entendimento é iluminado para ver os mistérios de Deus, então seu julgamento é reformado, de modo que ele seja capaz de discernir entre a verdade e a falsidade, entre o que é bom e o que é mau. Então, suas afeições são em boa medida alteradas; seu desejo está estabelecido, não nas coisas terrenas, mas nas coisas celestiais; seus benefícios não estão na terra, mas nos céus; sua ira foi desperdiçada e consumida, não por causa de sua própria causa e brigas, mas por seus próprios pecados e contra o que quer que impeça a glória de seu Deus. Esta é a vida de Deus nele; assim aquele que recebeu o Espírito, e assim leva sua vida continuamente; pois aqueles que receberam o Espírito são guiados pelo Espírito e vivem de acordo, trazendo os frutos do Espírito.

Mas isso tem fraqueza aliado a ele, e os homens por causa da fraqueza podem então cair; portanto, se não obstante isso, saberemos se ainda retemos o Espírito, devemos provar a nós mesmos por estas regras:

Primeiro, se por causa da fraqueza, caímos, (como quem não o faz) e saberemos se por meio disso se temos apagado o Espírito de Deus, ou não, vamos examinar do que gostamos ou do que não gostamos quanto ao pecado; pois se ainda mantemos nosso antigo ódio por isso, e quanto mais frequentemente caímos, mais ódio mortal e completo teremos concebido contra ele, sem dúvida que a fragilidade ainda não nos privou do Espírito; pois essa santa detestação do pecado é um fruto do Espírito.

Em segundo lugar, considere como isso se aplica à sua tristeza; enquanto a tua tristeza pelo pecado aumentar, não pode acontecer que o Espírito seja apagado em ti.

Em terceiro lugar, tente o seu cuidado, e se você encontrar a si mesmo mais cuidadoso tanto para lutar contra o pecado quanto para evitá-lo, auxiliando-o nas ocasiões dele, então saiba que, não ele, mas a graça tem domínio em teu coração.

Mas o último é o mais certo, e é isso, quando tu tens o cuidado de resgatar aquilo que por tua queda tu perdeste, e tens o cuidado de correr muito mais rápido para a frente, por quanto mais que tenhas deixado com a tua queda; então parece que o Espírito está em ti, sim, e é leal e poderoso em operação, e nunca será tirado de ti, até o dia de Cristo.

Além disso, quando o apóstolo diz: não extingais o Espírito, está implícito que o Espírito é, em alguns aspectos, como o fogo; portanto, se considerarmos apenas um pouco a natureza do fogo, faremos um grande julgamento do Espírito.

Em primeiro lugar, consumirá coisas que são combustíveis; e, portanto, queimando palha, restolho etc, ele reduz tudo a cinzas; assim o Espírito em nossas almas se apagou, e por fim reduziu a nada todas as luxúrias nocivas, seja o que for.

Em segundo lugar, o fogo purifica as coisas; e assim o Espírito nos purifica da escória de pecado diariamente mais e mais, para que possamos ser templos sagrados para ele habitar.

Em terceiro lugar, o fogo dá luz mesmo nos lugares mais escuros; e assim é o Espírito uma lamparina brilhante, sempre dando luz para nós no meio das trevas deste mundo.

E, por último, o fogo dá calor e, por assim dizer, dá vida às coisas que são capazes de vida; pois enquanto um homem está congelado, fica entorpecido e, por assim dizer, sem vida; sendo levado ao fogo, ele se enrubesce e se alegra, e se torna ativo e ágil; também assim o Espírito põe o calor e inflama-nos com um zelo pela glória de Deus, com um cuidado de nossos deveres, e com um amor de todos os homens; sim, dá vida a nós para andarmos no bom caminho que conduz à vida.

Assim, vemos que particularidade existe entre o Espírito e o fogo, razão pela qual às vezes é chamado de fogo; como em Mat 3. 11. Portanto, tão verdadeira e certamente como podemos dizer, há fogo onde vemos palha ou gravetos consumidos, ouro ou prata purgados, grande luz em lugares escuros, ou grande calor e linhas de luz em corpos que foram banhados antes; assim verdadeiramente podemos dizer, e então certamente podemos persuadir a nós mesmos que o Espírito de Deus está em nós, quando vemos nossas corrupções consumidas, nossas almas purgadas, nossos corações iluminados e aquecidos no caminhar e trabalhar de acordo com essa luz.

A segunda pergunta a ser considerada é; se aquele homem que uma vez provou verdadeiramente o Espírito, pode perdê-lo e tê-lo apagado nele?

Resposta: A isso pode-se dizer que, porque o Espírito de Deus vem e atua nos homens de maneira diferente e em medidas diferentes.

[1] Primeiro, há um trabalho mais leve e menor do Espírito, que pode ser extinto; como aparece nos dois tipos de solo, em Lucas 8, a saber, o solo pedregoso e espinhoso, que duvidosamente sentiu algum trabalho do Espírito; pois se diz que eles recebem a palavra com fidelidade e acreditam por um tempo, embora depois ou os prazeres e lucros desta vida sufocassem as graças de Deus, ou então o calor feroz da perseguição os secasse, não sendo tais graças santificadoras que são concedidas aos eleitos. Se alguém quiser ver a verdade disso com mais clareza, deixe-o ler, Hebreus 6, versos 1 a 5.

[2] Há um segundo tipo de trabalho do Espírito, que é mais eficaz, que nunca pode ser perdido. Este Pedro descreve, dizendo, que os escolhidos de Deus são gerados novamente da semente imortal da palavra; isto não é uma luz, mas uma prova profunda da palavra, pela qual os homens são regenerados e entregues a Deus. O apóstolo João estabelece outra nota sobre isso, dizendo que aqueles que são assim nascidos de novo, não pecam, isto é, eles não podem fazer uma ocupação de pecado; eles não podem cair de repente por pecado; e por que? Porque a semente de Deus permanece neles, a saber, aquela semente onde foram gerados novamente, que permanecerá neles até o fim, de modo que nunca mais por seduções secretas, nem por violência aberta serão tirados das mãos de Deus.

Assim, então, vemos a pergunta respondida; nem deve ser estranho, muito menos ofensivo contra nós, que o Senhor tome alguns e deixe outros; ou que ele deve trabalhar eficazmente em alguns, para sua salvação eterna, e mais ligeiramente em outros, para o aumento de sua condenação; pois assim procedeu Deus desde o princípio, e com muita justiça, porque ele pode agir com o que é seu como ele quiser; Rom. 9. 20, 21.

Vamos ver antes o que podemos fazer com isso.

Primeiro, vamos tomar cuidado para não extinguir qualquer graça de Deus.

Em segundo lugar, ainda trabalhe para ter uma quantidade maior de dons, visto que pequenos dons podem ser retirados.

Por último, vamos aprender a fazer uma diferença entre hipócritas e cristãos sãos; porque um dura apenas por um tempo, mas o outro dura eternamente.

Mas se ainda precisamos de uma diferença mais clara entre todas essas operações do Espírito, vamos estabelecer estas regras:

Em primeiro lugar, vamos experimentar que visão temos sobre a Palavra de Deus; com certeza é que tanto o crente quanto o ímpio são iluminados, mas distintamente; pois o conhecimento dos piedosos é certo e distinto e, portanto, em coisas particulares, eles são capazes de aplicar as ameaças de Deus para sua humilhação e Suas promessas para seu consolo; ao passo que o conhecimento dos ímpios é confundido e não os faz aplicar nada a si mesmos para o bem.

[2] Ainda, o conhecimento dos homens piedosos é suficiente para direcioná-los de maneira geral, e em tarefas particulares; ao passo que o conhecimento dos homens ímpios é apenas geral.

Por último, o conhecimento de um continua com eles até o fim; mas o conhecimento do outro os deixa no final. Portanto, o conhecimento dos piedosos é para a certeza e suficiência dele, em comparação com o Sol; e o conhecimento dos ímpios com o relâmpago, que é apenas para um clarão repentino, e quando ele desaparece, os homens têm uma visão mais turva do que antes. Assim, vemos uma diferença em seus julgamentos.

Em segundo lugar, vamos às suas afeições. Certamente que os ímpios desejam a ajuda e o favor de Deus, mas a diferença está na causa; eles buscam ajuda apenas por causa de algum extremo em que se encontram; e suplicam pelo favor de Deus, porque eles desejam ser libertos de dores; e, portanto, é usual para eles dizer: Oh, que eu estivesse fora dessa dor! Oh, que esta minha tristeza fosse tirada de mim! Pelos discursos que eles mostram, para que eles possam descansar e ficarem à vontade, eles pouco pesam sobre a ajuda e o favor de Deus; mas o Deus piedoso encontra tal doçura em seu amor, que eles consideram isso melhor do que a própria vida; na medida em que para a sua obtenção, eles podem se contentar em abrir mão de todos os prazeres desta vida, sim e para sofrer o que quer que seja do agrado do Senhor infligir-lhes.

Além disso, não somente o piedoso, mas o perverso também se entristecem quando pecam; mas os ímpios, portanto, se entristecem, porque o seu pecado tem ou trará algum castigo sobre eles; e a tristeza segundo Deus principalmente porque eles têm ofendido a Deus e deu-lhe a oportunidade de retirar Seu favor deles.

A terceira diferença está em seu nome; embora ambos amem a Deus, mas é de maneira diferente; o do primeiro é por sinceridade, o do outro apenas para vantagens. Um pobre servo que é levado, alimentado e vestido, ama aquele que assim o alimenta e veste; mas se ele não recebeu mais daquele homem do que de outro, ele não gostaria dele ou o desejaria mais do que outro; e é mesmo assim com os ímpios: se suas barrigas estão cheias, suas bolsas entupidas, e eles têm o desejo de seus corações, eles amam a Deus, mas apenas por sua barriga e suas bolsas. Assim Saul amava a Deus por seu reino; Aitofel por sua promoção; Judas por seu lugar de apostolado; mas o que aconteceu com seu amor? Saul um pouco aflito, abandonou a Deus; Aitofel, desapontado com suas esperanças, enforcou-se; e Judas, por ganho traiu a Cristo.

Algumas experiências disto podem ser vistas entre nós; os cortesãos serão professantes, e os estudiosos de inteligência madura serão religiosos, se os cortesãos puderem tornam-se Conselheiros, e os Estudiosos podem ser preferidos para os lugares mais importantes; mas se a promoção não vier, então sua profissão será abandonada e sua religião deixada de lado.

Os filhos de Deus amam dessa maneira? Não, o Espírito Santo que eles receberam de maneira eficaz, derrama a semente de Deus em seus corações, e a faz trabalhar neles um gosto especial pela sua bondade e pela sua santidade, para que não desejem somente suas bênçãos, mas principalmente para si mesmo; como a cria natural ama seu pai naturalmente. Eles têm alimentado e infundido neles uma natureza piedosa, de modo que eles amam voluntariamente a Deus seu Pai; e embora ele os aflija, ou os oprima em seus desejos, ainda assim eles o amam, e em amor executam sua obediência a ele continuamente. Portanto, Jó disse; embora ele me mate, vou confiar nele. E esta é a terceira marca ou regra por meio da qual devemos experimentar e provar nossos valores.

[3] A última regra é considerar o efeito das misericórdias de Deus recebidas. Pois aqui os ímpios mostram suas maldades de duas maneiras.

Em primeiro lugar, à direita, as misericórdias de Deus operam neles um contentamento maravilhoso, mas não tal que os faça retornar a glória a Deus, mas antes atribuí-la a si mesmos; porque as graças de Deus os inflam, e torna-os presunçosos em si mesmos. Disto lá está uma grande segurança, que traz primeiro abandono e depois desprezo de todos os bons meios. Do lado esquerdo, outros ofendem, não ficando nem satisfeitos nem contentes com o que têm; na verdade, esquecendo, ou desprezando levianamente o que têm, e ainda desejando algo novo. Esses homens, além de serem ingratos, eles também murmuram contra Deus, e não estão nem um pouco satisfeitos com ele. Entre esses dois, os filhos de Deus seguem um curso intermediário e médio e, portanto, veremos essas coisas neles.

Primeiro, uma visão e reconhecimento de suas necessidades, que os leva ao leite sincero da Palavra, para que assim suas necessidades sejam supridas e suas graças aumentadas; e tão longe eles estão de serem elevados com orgulho, que eles se alegram quando seu orgulho pode ser abatido, seja por repreensões, ou ameaças, ou correções do Senhor. Pois eles sabem que, se Paulo precisava de meios para humilhá-lo (2 Cor. 12), muito mais eles.

Além disso, como eles precisam da Palavra, assim eles esperam até que agrade ao Senhor trabalhar mais neles; e esta espera é tão séria quanto a deles, que tendo vigiado a noite toda, esperam e aguardam o amanhecer do dia.

Em segundo lugar, como eles veem seus desejos, eles também também veem as graças que eles receberam, e estão por aquele tempo bem ansiosos e contentes com elas; e, portanto, como suas necessidades os humilham, as graças de Deus os confortam; e como suas necessidades os chamam a buscar mais, assim os Seus dons, eles os levaram para ficarem gratos pelo que receberam. E isso quanto à última regra de julgamento. Essas propriedades nomeadas, quem quer que possa encontrar em si mesmo, pode ter a certeza de que o Espírito operou nele de forma tão eficaz, que nunca mais lhe será tirado.

Mas e então? Podem rejeitar todos os cuidados? Não, o apóstolo diz aos tais, não extingais o Espírito. E não sem motivo; pois embora o próprio Espírito nunca possa ser completamente tirado deles, ainda assim, duvido que o orgulho, a segurança ou qualquer outro pecado comece a ocorrer neles, as graças do Espírito podem decair e a compreensão e os sentimentos de conforto podem ter desaparecido, de modo que em seus próprios julgamentos e nos de outros, o Espírito pode parecer completamente extinto.

Tampouco deve parecer estranho; pois se a imagem de Deus, que estava mais perfeitamente colocada em Adão, pudesse ser totalmente perdida, então nada de errado se as graças do Espírito se afogassem em nós por um tempo. Os gálatas foram verdadeiramente regenerados, e receberam Cristo em seus corações; ainda assim, suas graças foram tão sufocadas e apagadas, que fez o apóstolo como que trabalhar novamente, até que Cristo fosse formado de novo neles. Davi também com o cometimento de seu pecado foi trazido a esse caso, que ele orou a Deus para criar nele um novo espírito. O Espírito foi embora? Não, pois logo depois ele orou para que Deus não tirasse o Seu Espírito Santo dele; mas as graças dele foram maravilhosamente decadentes e, portanto, ele desejou que elas pudessem ser renovadas.

Mas para que ninguém abuse desta doutrina, consideremos quais punições se seguem à extinção do Espírito neste tipo.

[1] Em primeiro lugar, devemos saber que embora o Espírito não seja obtido por nosso trabalho, ele é necessário para obtê-lo, e deve custar muitas dores antes de podermos colocá-lo em nossos corações; tudo o que parece estar perdido quando as graças do Espírito secam.

[2] Em segundo lugar, toda aquela paz e alegria, antes falada, se foi, com quão grande tristeza e desgraça eles sabem que em qualquer medida a provaram.

[3] Em terceiro lugar, para que o tempo que eles têm nenhum coração para fazer o bem, mas são feitos imprestáveis.

[4] Além disso, os tais estão em perigo de cair em males repletos e, assim, obter a mão cortante e corretiva de Deus contra si mesmos, que disse que, embora ele não retenha suas misericórdias de seus filhos, ainda assim ele visitará seus pecados com a vara, e suas iniquidades com flagelos; como ele tratou com Davi.

[5] Por último, quando as graças do Espírito de Deus são uma vez decaídas, elas não podem ser reparadas, senão com muita tristeza; pois que será doloroso chamar à memória nossas transgressões anteriores; agravá-las em todas as circunstâncias, aplicar as terríveis ameaças da lei aos nossos desvios? A consideração de todos os inconvenientes deve fazer com que sejamos cautelosos em como apagamos o Espírito.

No entanto, aqui está uma questão de conforto também; pois embora possamos sofrer uma grande degradação das graças de Deus, ainda assim, pela vara ou pela Palavra, ou por ambos, elas serão renovadas em nós novamente.

De murmurar na hora da aflição.

Muitos homens que ouvem as murmurações frequentes dos israelitas, julgam-nos o pior povo do mundo; mas esses não consideram muito, ou as tentações pelas quais foram provocados a murmurar, ou a corrupção de seus próprios corações, que serão dados a murmurar amargamente sob a menor ocasião. Pois embora fossem um povo obstinado e de pescoço duro, ainda assim foram veementemente tentados, que vieram da fartura no Egito, para as cicatrizes no deserto, não tendo comido nem bebido por toda aquela multidão, sendo de seiscentos mil homens, além de mulheres e crianças. Portanto, deixemos de nos maravilhar com este povo e neles ver nossa própria corrupção. Pois não há muitos pontos entre nós, contemplando a abundância que o Senhor concedeu aos magistrados ou ministros para o cumprimento de seus deveres.

É verdade que, não obstante a grandeza da tentação deste povo, seu pecado era muito penoso; pois as misericórdias de Deus foram maravilhosas para com eles mesmo imediatamente antes, e que o mais grato deles havia sido levado à confissão; ainda assim, eles desejavam retornar à sua antiga escravidão, ao invés de serem levados a tais dificuldades; mas apesar da gravidade deste seu pecado, muitos agora vêm atrás deles; porque seus olhos estão tão colocados em suas necessidades, que a falta de uma coisa que eles desejam, embora se for pequena, os inquietará mais, então múltiplas bênçãos os confortarão, para torná-los agradecidos.

Mas contra esse descontentamento devemos nos armar; o que seremos, se pudermos receber o favor de Deus por si mesmo, embora venha sozinho, ainda que venha daí o problema; por obtê-lo, temos todas as coisas e, na sua falta, nada temos. Mais uma vez, se tivermos, nenhuma miséria pode nos tornar miseráveis; e se não tivermos, na maior prosperidade somos os mais miseráveis.

Mas os israelitas aqui agiram de maneira purificada; pois a falta de pão no deserto, sendo apenas para seus corpos, fez com que eles desprezassem sua grande e maravilhosa libertação do Egito, que era para eles um tipo de sua libertação espiritual. E esta é a natureza de todos os mundanos: preferem renunciar a muitos benefícios espirituais, do que a uma comunhão corporal; eles perdem mais e se divertem mais com a riqueza do que com a piedade.

Mas, voltando ao ponto em questão, se a murmuração é um pecado tão grande, será proveitoso considerar alguns remédios contra ela.

Remédios contra a murmuração.

Ora, por mais que a impaciência proceda da infidelidade, o remédio para ela deve ser obtido da fé nas misericórdias de Deus, nos méritos de Cristo, na esperança da ressurreição e na soberania paternal de Deus.

[1] Em primeiro lugar (eu digo) a rica misericórdia de Deus no trato conosco, sendo devidamente considerada, não pode deixar de trabalhar com paciência contra nós; visto que o Senhor nos tolera, e que quando pelos amadurecimentos de nossos pecados ele possa confundir-nos, ele prefere amontoar bênçãos contra nós, isto não pode deixar de refrear-nos de murmurar, embora todas as coisas não caiam de acordo com o desejo de nosso coração. Especialmente vendo que o Senhor negociará conosco ainda como fez com os israelitas, que quando os meios ordinários falharam, houve uma proteção extraordinária feita por eles; as nuvens dando-lhes pão, e a rocha água, para nos ensinar que o homem não vive apenas de pão (como Moisés o aplica, em Deuteronômio 8), mas da Palavra de Deus.

[2] Um segundo remédio é ter uma fé genuína na obra de nossa redenção, a saber, a remissão de nossos pecados, a imputação de Cristo por sua justiça e santificação inerente.

Em primeiro lugar, se pudermos acreditar firmemente que Deus, por amor de Cristo, perdoou gratuitamente todos os nossos pecados e deu seu filho, para que nele possamos ser abençoados, não podemos deixar de estar certos de que com ele, ele nos dará juntamente todas as coisas. Por ver o pecado, que é a causa de toda miséria, ser tirado de nós, podemos ter certeza de que nenhuma cruz jamais nos ferirá.

Ainda, se pudéssemos acreditar que como Deus coloca nossos pecados em Cristo, para que ele impute sua justiça a nós, como devemos duvidar de comida ou outros bens, etc? Pois por este meio ele é feito nosso Pai adorável, que está por poder, capacidade e por vontade, pronto para ajudar em todas as nossas necessidades. E assim ele permanece eternamente e nunca muda.

[3] A estes dois primeiros, deve ser adicionada a segunda parte de nossa redenção, a saber, a santificação do espírito, que se sentirmos por nós mesmos, pode ser um grande auxílio contra a impaciência; pois é uma coisa maior santificar um pecador, do que fazer maravilhas na natureza. Portanto, se pudermos acreditar em nossos corações que Deus é capaz de fazer dos homens pecadores e ímpios, santos e justos, dos prostitutos, pessoas castas, etc, e que ele é capaz e deseja livrar-nos de todas as nossas corrupções, sejam elas nunca tão fortes por natureza ou custódia; se, digo eu, podemos dar crédito a isso, por que deveríamos duvidar que ele falhe nas coisas exteriores?

[4] Além disso, se pudermos acreditar que Deus preparou um reino para nós, e que ele nos levantará no último dia em corpo e alma para nos regozijarmos nEle; como podemos, senão estar certos de que ele dará conta de todos assuntos menores, de todas as coisas desta vida?

[5] Outra coisa para deter nossos corações quando a murmuração nos assalta, é a fé na onipotência de Deus.

A onipotência geral de Deus deve ser considerada, primeiro na criação de todas as coisas; depois, na preservação delas.

Acredite, então, que o Senhor fez todas as coisas do nada, e devemos duvidar de sua habilidade para nos guardar? Quando Deus criou a luz antes do Sol, da Lua ou das Estrelas; e fez a grama crescer sobre a terra, antes que houvesse chuva ou orvalho para regá-la, ele assim nos ensinou; primeiro, que não devemos colocar muita confiança neles enquanto os possuímos; e ainda, que antes que antes que devêssemos sofrer pela falta de luz, grama ou outras coisas semelhantes, o Senhor poderia e cuidaria de nós sem eles. No entanto, agora, se não tivéssemos o Sol, pensaríamos que a luz foi tirada de nós; e se nos faltasse chuvas, então pensaríamos que não deveríamos ter grama, nem trigo; mas o Senhor ordenou estes meios para servir à sua onipotência, não para Si mesmo, pois não depende deles, mas para nós que somos fracos, que de outra forma não poderíamos ser facilmente assegurados de sua bondade.

Em segundo lugar, devemos acreditar que Deus preserva tudo; para que o pardal não caia no chão sem Sua vontade, e ele tem um grande cuidado com os animais e aves; o Senhor cuida deles, e não cuidará do homem, para quem foram feitos e são preservados? Por isso devemos reconhecer a onipotência particular de Deus; Ele fez os nossos corpos e não nos vestirá? Ele deu a vida e não ministrará a comida para o seu sustento? Ele poderia cuidar dos israelitas no deserto árido por quarenta anos seguidos; sim, ele poderia preservar Moisés e Elias por quarenta dias sem qualquer refeição; o que prova que a bênção de Deus é tudo em todos, quer haja ou não meios.

Davi observou pela experiência que a semente justa dos justos nunca foi abandonada nem implorou pelo pão; e se pudéssemos ser justos como muitos o foram, deveríamos encontrar a mesma verdade em nossa própria experiência como ele o fez.

Essas coisas bem consideradas, nos levarão:

Primeiro a se contentar com o que quer que seja o que Senhor envia, sempre reconhecendo a piedade como sendo grande riqueza; pois não devemos procurar grandes questões, nem permitir que nossos desejos sejam levados a coisas altas; por isso o Profeta Jeremias repreendeu Baruque. E Cristo a ensinar que devemos orar apenas pelo pão de cada dia; que também era a oração de Jacó, que ele pudesse ter comida e roupas, com as quais o apóstolo nos ordena a nos contentarmos. Vamos primeiro buscar o reino dos céus, etc, e então, se o Senhor nos der em abundância, sejamos mais gratos e dignos; se não, seu favor é suficiente por si mesmo, e será mais confortável com um pouco, do que outros que estão em grande abundância sem isso. Mas se não podemos descansar no amor de Deus, quando temos falta dessas coisas exteriores, é certo que não o estimamos verdadeiramente, nem temos naquele momento qualquer garantia confortável da remissão de nossos pecados.

[2] A segunda propriedade de uma mente paciente é simplicidade para nos elevar a Deus, e nos encomendarmos na Sua mão, esperando em todos os momentos pela Sua ajuda, que só ele é o autor de toda bondade, e ainda não prescrevendo os meios, nem designando o tempo; porque o Senhor terá a disposição de suas misericórdias livre para Si mesmo, para dar onde e quando lhe agrade, e como for mais para sua glória; e, portanto, devemos nos resignar totalmente a ele. O que, se pudermos fazer, com muita misericórdia Deus nos concede que quando menos desejarmos as coisas exteriores, então as teremos; e se nós as dermos livremente a ele, ele as dará a nós novamente.

Abraão deu ao Senhor Isaque, seu filho, o qual quando o Senhor o viu, rapidamente lhe deu seu filho outra vez; e assim ele negociará conosco também. A maneira mais rápida de reter vidas, bens etc, é entregá-los inteiramente nas mãos de Deus; não com esta condição, que ele deve dá-los a nós novamente, (pois isso seria para zombar do Senhor), mas sem todo o cuidado de recebê-los, devemos entregá-los a ele, ficando cordialmente contentes pela sua glória de esquecê-los, e então se eles forem bons para nós, nós os receberemos novamente; se não, receberemos alguma graça espiritual, que suprirá melhor a falta deles. Sim, a infinita sabedoria e misericórdia de Deus apela-se maravilhosamente aqui, que às vezes ele nos guarda por muito tempo sem essas coisas, porque se as tivéssemos, ele vê que abusaríamos delas e as preferiríamos antes das bênçãos espirituais.

 

 

A Vida Cristã Não Está Livre de Muitas Perplexidades e Problemas

Desde que o pecado entrou no mundo com o primeiro homem criado, com ele também entraram a maldição da Terra por Deus, e do próprio homem, e em onsequência a sujeição a problemas e sofrimentos de toda sorte por enfermidades, pragas, pestes, acidentes, violência moral e física, perdas, injustiças, perseguições, tentações interiores e exteriores, mau relacionamento entre pais e filhos; esposos; enfim na própria família nuclear e entre irmãos na fé; por falta de afeto natural, perdão, submissão; e por se viver em um mundo regido por mentiras, enganos, adultérios, furtos, males de toda sorte e a própria morte. Como ter então um viver abençoado por Deus em meio a tudo isso, com paz, alegria, gratidão e amor em nossos corações?

Apenas saber que somos agora filhos de Deus, por uma certeza alcançada de nossa chamada eficaz e eleição não é suficiente para termos paz, alegria e gratidão em nossas mentes e corações; pois apenas saber o que temos alcançado em Cristo sem que isto seja acompanhado por uma real prática da Palavra, por exercíos espirituais que nos mantenham debaixo da operação da graça de Jesus, pelo poder do Espírito Santo atuando em nós, e formando hábitos de santidade, não será nada surpreendente que sejamos achados em perplexidades, murmurações, iras, e toda sorte de obras da carne que se apodrarão de nós, quando apagamos a boa e necessária influência do Espírito Santo em nosso caminhar diário.

É importante considerar que todas as virtudes de Cristo que acompanham aqueles que foram eficazmente chamados não são encontradas de forma perfeita e absoluta em nenhum destes que foram salvos por Ele, pois todos, sem exceção, logo após a sua conversão inicial, serão submetidos ao trabalho da santificação, a qual sendo um processo, é progressiva, e faz com que haja diferentes graus destas virtudes em todos os crentes, e são muitos os conflitos que as almas salvas têm ao longo do curso da sua jornada neste mundo, conforme podemos ver com mais precisão no extenso tratado de Richard Sibbes, intitulado O Conflito das Almas Consigo Mesmas.

Assim, na busca de evidências quanto a se somos chamados eficazmente de fato ou não, devemos evitar o erro de considerar falhas na santificação como uma prova de possível não chamada eficaz, e portanto, de eleição por Deus, pois há muitos eleitos que se encontram ainda no estado de não regenerados, aos quais Deus chamará eficazmente no tempo por Ele determinado, ou então, que já tendo sido chamados e convertidos, se desviaram de modo parcial ou total da comunhão dos santos, ou da prática dos deveres ordenados quanto ao exercício dos meios de graça que devem ser usados para o nosso aperfeiçoamento espiritual (oração, vigilância, meditação e prática da Palavra, etc.); uma vez que o remédio que os salvou (a graça de Jesus por meio da fé) é o mesmo que será aplicado por Deus para curá-los de suas fraquezas e enfermidades espirituais, ainda que seja, se necessário for em casos extremos, pela morte física dos mesmos. Deus não submeterá seus eleitos a um castigo eterno, mas os disciplinará e repreenderá por amá-los, e ainda que sejam entregues a Satanás para a destruição da carne, isto será com o propósito de o espírito ser salvo no Dia do Senhor.

Em todo caso, somos ordenados, pela Palavra a sermos diligentes para confirmar a nossa chamada e eleição, pois é somente assim que podemos ter para nós mesmos a certeza de que somos de fato filhos de Deus, conforme o Espírito Santo o testificará, à medida da nossa obediência em crescer na graça e no conhecimento de Jesus Cristo, pois é somente assim que poderemos saber que a nossa entrada no Reino do Céu estará sendo amplamente suprida, conforme afirmado em 2 Pedro 1.1-11:

1 Simão Pedro, servo e apóstolo de Jesus Cristo, aos que conosco obtiveram fé igualmente preciosa na justiça do nosso Deus e Salvador Jesus Cristo,

2 graça e paz vos sejam multiplicadas, no pleno conhecimento de Deus e de Jesus, nosso Senhor.

3 Visto como, pelo seu divino poder, nos têm sido doadas todas as coisas que conduzem à vida e à piedade, pelo conhecimento completo daquele que nos chamou para a sua própria glória e virtude,

4 pelas quais nos têm sido doadas as suas preciosas e mui grandes promessas, para que por elas vos torneis co-participantes da natureza divina, livrando-vos da corrupção das paixões que há no mundo,

5 por isso mesmo, vós, reunindo toda a vossa diligência, associai com a vossa fé a virtude; com a virtude, o conhecimento;

6 com o conhecimento, o domínio próprio; com o domínio próprio, a perseverança; com a perseverança, a piedade;

7 com a piedade, a fraternidade; com a fraternidade, o amor.

8 Porque estas coisas, existindo em vós e em vós aumentando, fazem com que não sejais nem inativos, nem infrutuosos no pleno conhecimento de nosso Senhor Jesus Cristo.

9 Pois aquele a quem estas coisas não estão presentes é cego, vendo só o que está perto, esquecido da purificação dos seus pecados de outrora.

10 Por isso, irmãos, procurai, com diligência cada vez maior, confirmar a vossa vocação e eleição; porquanto, procedendo assim, não tropeçareis em tempo algum.

11 Pois desta maneira é que vos será amplamente suprida a entrada no reino eterno de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo.” (2 Pedro 1.1-11)

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Como Superamos as Aflições e Sofrimentos

Aquele que se converte a Cristo, ama a Deus, a Sua Palavra, o seu próximo e especialmente os seus irmãos na fé.

Agora, não se pense que este amor não esteja sujeito a turbulências enquanto estamos neste mundo, pois a carne luta contra o Espírito e o Espírito contra a carne, agindo em oposição um ao outro. Então, se um crente não anda no Espírito, se ele é carnal e não espiritual, o resultado disso é que ele se oporá ao que é espiritual. Foi exatamente este o caso vivido por Paulo com muitos crentes em Corinto e na Galácia. Paulo chega a dizer que os gálatas que antes o amavam a ponto de estarem prontos a lhe dar seus próprios olhos se fosse possível, estavam, por andarem na carne e não no Espírito, considerando-o até mesmo como inimigo deles, por lhes dizer a verdade. Então ele os chama a não viverem apena no Espírito, pois eram eleitos convertidos de fato, mas também a andarem no Espírito, porque este é o único meio de nos despojarmos das obras da carne, e nisto, exercitando-se continuamente para adquirir hábitos santos e espirituais, conforme a Palavra de Deus. Não é sem razão que haja tantos problemas no mundo e na vida do próprio crente, seja em forma de enfermidades, fraquezas, tentações, perturbações exteriores e interiores, que podem abatê-lo e afastá-lo até dos caminhos de paz, de amor e de alegria em Deus, pois, quando deixamos de olhar para Cristo, e paramos de nos exercitar em santificar-nos para que sejamos achados sossegados, quietos e em paz em todas as circunstância, sejam boas ou más, não será apenas difícil, mas até mesmo impossível termos as evidências da ação do Espírito Santo em nossas vidas, comprovando a segurança e certeza da nossa chamada e eleição, enquanto permitirmos que a carne e não a graça de Jesus, tenha domínio sobre nós.

Daí o apóstolo Pedro exortar-nos a ter uma diligência cada vez maior para confirmar a certeza da nossa vocação e eleição, pelo despojamento das obras carne e revestimento das graças e virtudes de Cristo. Preste atenção no tipo de diligência a que somos exortados: “cada vez maior”, ou seja, um esforço contínuo e que aumente em graus cada vez mais, pois se pararmos, a ação do Espírito em nossas vidas também ficará parada. É preciso nadar contra a corrente de tudo o que vem contra nós pela operação das obras da carne, quer no mundo, quer em nós. No mundo teremos aflições, mas devemos cultivar o bom ânimo que nos vem da parte de Deus. Temos variadas tribulações mas devemos aprender a achar nelas motivo para grande alegria, e não tristeza, pois se andarmos no Espírito, Deus nos livrará de todas elas conforme nos tem prometido.

A Garantia de Nossa Vocação e Eleição – Parte 1

Por Christopher Love (Texto traduzido, reduzido e adaptado por Silvio Dutra, nas suas dezesseis partes.)

Por isso, irmãos, procurai, com diligência cada vez maior, confirmar a vossa vocação e eleição; porquanto, procedendo assim, não tropeçareis em tempo algum.” (2 Pe 1.10)

 

Para lhe dar um relato do motivo pelo qual me baseei nessas palavras, é resumidamente assim: Tendo gasto dezesseis Sermões tratando da glória do Céu para os Eleitos e dos tormentos do Inferno para o Reprovado; julguei muito útil calar essas duas Doutrinas no julgamento deste Assunto, da Garantia de nossa Eleição e Vocação, para que se esta Doutrina for bem aprimorada, vocês possam ter confirmado em seus próprios corações, que vocês estão livres dos tormentos dos condenados e podem ter certeza de que será declarado na Glória do Céu, que Deus providenciou para todos os seus santos. E, no final, você pode ter certeza de que será libertado de um e desfrutará do outro; você deve torná-lo seu trabalho de acordo com as palavras do meu Texto, Para ter certeza de seu chamado e eleição: Certifique-se apenas disso, e você terá certeza do céu. Esta é a razão pela qual defendo este assunto: E é meu cuidado, ao pregar a Palavra, não escolher aqueles textos que são mais para minha comodidade no estudo, mas para seu proveito em ouvir; para que um assunto possa apoiar outro, e um assunto possa fortalecer outro, e sendo colocado junto, possa servir mais para sua edificação e conhecimento.

Não vou demorar muito no Prefácio: tudo o que tenho que fazer para administrar essas palavras são essas três coisas.

1. Mostrar a você o alcance e a dependência das palavras.

2. O sentido e o significado.

3. Tirar aquelas observações práticas que naturalmente fluem delas: e então aplicar as observações reduzidas.

Para o escopo e dependência dessas palavras; você pode perceber que sim: Pedro que é chamado de apóstolo da circuncisão, isto é, um apóstolo cujo trabalho e ofício era pregar aos judeus circuncidados (como era o ofício de Paulo pregar aos gentios incircuncisos) ele escreveu sua epístola aos judeus dispersos que estavam espalhados por todo o mundo, através de Ponto, Ásia, Capadócia, Galácia e Bitinia: de onde, observe, o povo de Deus é um povo disperso. E a eles ele escreve que embora fossem pessoas que viviam em lugares diferentes, eles tinham a mesma fé: Simão Pedro, um servo e um apóstolo de Jesus Cristo, para aqueles que obtiveram a mesma fé preciosa. Para que você veja o espírito de Deus, onde atua nos homens, embora vivam em lugares diferentes, ainda assim, todos eles crerão na mesma verdade e todos receberão a mesma fé: embora diferentes na linguagem, mas um só Deus, e uma só fé. O Espírito de Deus operou a mesma Fé entre aqueles cristãos dispersos; e o apóstolo escrevendo a esses judeus, ele começa sua epístola.

1. A título de saudação. verso 2. Graça e paz sejam multiplicadas para você.

2. Ele escreve a título de consolo, verso 4. Ao dizer-lhes que são Participantes da Natureza Divina, que são chamados à Glória, e gozarão de todas as promessas do Evangelho: estes são os grandes suportes com os quais ele eleva seus corações e os conforta. Então,

3. Ele prossegue por meio de exortação e direção, verso 5, e isto é, que eles devem dar diligência para adicionar graça à graça, que eles devem torná-lo seu em alfabeto não latino, o seu principal negócio para o qual eles são enviados ao mundo, não apenas para obter graça, mas para prosperar na graça; e começa com a Fé, porque este é o fundamento ou graça-mãe: e isso ele pressiona por um duplo argumento.

Em primeiro lugar, considerando que o benefício redundará para eles, caso cumpram este dever de trabalhar para prosperar na graça, verso 8. Se essas coisas estiverem em ti e em abundância, elas farão que não sejas estéril nem infrutífero no conhecimento do Senhor Jesus. Se você fizer da sua obra crescer na graça, nunca será um povo estéril ou infrutífero; mas você deve crescer na graça e prosperar em Deus ainda.

2. Do inconveniente que resultaria, no caso de negligenciarem este trabalho, verso 9. Aquele que não tem essas coisas é cego e não pode ver ao longe; isto é, aquele que não tem essas graças, se você não crescer na graça, você vai ser tão fraco em sua visão, você assim amortecerá o seu conforto, e escurecerá suas evidências, de que você não pode ter certeza de que será salvo. E então ele vem com uma exortação geral, concordando com tudo isso, que ver que existe esse bem vem acrescentando graça à graça, e vendo que haverá esse mal se você não fizer isso; ele traz tudo para casa por uma inferência prática, nas palavras de meu Texto: Portanto, irmãos, dêem toda a diligência para tornar seu Chamado e Eleição certos.

As palavras não são difíceis, embora na verdade sejam mutiladas pelos papistas, que trazem este Texto ao Martírio por suas glosas corruptas. Eu darei a você apenas uma breve Explicação Parafrástica, e então passarei às Observações.

Portanto: Para que você possa ver a força da conexão, é como se o Apóstolo dissesse o seguinte: Ver que vem tão grande bem por crescer na graça, e ver a negligência disso dói tanto; não apenas para amortecer seus corações, mas obscurecer seus confortos, de forma que vocês não podem ter nenhuma evidência clara e confortável para o céu; Portanto, diligencie para confirmar seu Chamado e Eleição.

Portanto os irmãos: isto é, irmãos, não na carne, mas na fé em Cristo, envolvendo a mesma fé, mantendo-se na mesma cabeça; o apóstolo chama de irmãos.

Portanto, antes, irmãos, dai diligência: A palavra em grego é mais enfática, e significa fazer algo bastante, não pouco, mas sentar-se pouco, não de uma forma excessivamente e despreocupada, mas fazer algo com diligência, vigilância e despreocupação de espírito: não deve ser uma questão de constrangimento, mas livre e voluntário: dê diligência. E a diligência que você deve usar é em questões da alma. Seja diligente: Em quê? Para ter certeza de seu Chamado e Eleição. Primeiro, devo mostrar-lhe o que se entende por Chamada; em seguida, por Eleição: e, em seguida, mostrar-lhe por que o Chamado é definido antes da Eleição, quando na ordem de tempo Eleição é antes da Chamada.

1. O que se entende por Chamada; que, para que você possa entender; você deve saber que existe uma Chamada dupla: uma externa e uma interna.

O Chamado externo é aquele convite geral, que pela pregação do Evangelho é feito aos homens, para convidá-los a entrar em Jesus Cristo: e muitos no mundo são chamados por este chamado, tanto bons quanto maus.

2. O Chamado interno, quando o espírito de Deus acompanha a administração externa da palavra, para chamar o homem da ignorância ao conhecimento e do estado de natureza ao estado de graça; e isso significa Chamar no meu Texto. Certifique-se de sua chamada; isto é, você que vive sob a pregação do Evangelho, certifique-se de ser chamado por isso.

Seu Chamado e Eleição: A eleição é um ato de Deus, por meio do qual, desde toda a eternidade, ele propõe dentro de si mesmo, de sua própria vontade e prazer, trazer um certo número de homens à salvação por Jesus Cristo.

Mas agora, como se pode dizer: Devemos ter certeza de nossa vocação e eleição? O alicerce de Deus não é seguro, como diz o apóstolo? E não são os dons e a vocação de Deus sem arrependimento? Como, então, devemos ter certeza de nossa eleição, quando todos os decretos de Deus são firmes?

Amado, quando é dito que você deve ter certeza disso, você deve entender neste sentido; não para torná-los seguros da parte de Deus, pois isso não pode ser mais seguro do que já é; aquele que ele elegeu, será glorificado; mas certifique-se por você; isto é, trabalhe para ter uma certeza real, básica e fundamentada de que você foi efetivamente chamado, de que foi eleito por Deus em seu decreto eterno, para obter vida e glória por Jesus Cristo.

Os teólogos, portanto, dão esta distinção; Que existe uma garantia do Objeto, e isso é bastante seguro; pois, se Deus decretou sua glória, isso permanecerá seguro para sempre. Mas então, há uma certeza do Sujeito, uma garantia para a pessoa que é eleita; e isto é, quando por um ato reflexo de fé você tem uma persuasão fundamentada em suas próprias entranhas, que você é efetivamente chamado e eternamente eleito: uma garantia em sua própria compreensão e conhecimento.

Por último, por que a chamada é definida aqui antes da eleição, quando na ordem de tempo a eleição é antes da chamada? Você foi chamado no tempo pela pregação do Evangelho, você foi eleito antes de todos os tempos, antes do mundo: antes que a fundação do mundo fosse lançada, ele nos elegeu em Cristo, Ef. 1.4. E em caso afirmativo, por que motivo a Convocação no meu Texto é colocada antes da Eleição?

A isso eu respondo: Chamar em ordem de palavras é colocado antes da eleição, não como se fosse no tempo antes dela; mas para mostrar que nunca podemos ter certeza de nossa eleição até Deus efetivamente nos chamar pela pregação do Evangelho: e, portanto, Chamar é conjunto com eleição.

Assim, abri as coisas mais materiais, dando-lhes o sentido das palavras. Todo o versículo é composto de duas partes.

Em primeiro lugar, aqui está um dever principal apreciado nestas palavras: Dê diligência para tornar segura a sua vocação e eleição.

Em segundo lugar, aqui está um forte incentivo para obrigá-lo a cumprir este dever; e que nas últimas palavras, Se você fizer essas coisas, você nunca cairá.

No dever desfrutado, há várias coisas observáveis:

1. A questão do dever: Para certificar-se de sua eleição e vocação.

2. A maneira como você deve estabelecer esse dever; e isto é com diligência: dê diligência.

3. O motivo para atraí-lo a isso, na palavra “Portanto”.

4. Aqui está a comparação entre este dever e todos os outros deveres; Portanto, prefira fazer isso ao invés de todas as outras coisas no mundo. E,

Por último, aqui está aquela compaixão amorosa pela qual Pedro os ganharia para se estabelecerem na prática imediata deste dever, nessa palavra, irmãos, portanto, irmãos, dêem diligência para confirmar sua vocação e eleição.

Destas cinco partes, há cinco pontos observáveis.

Como primeiro, Da questão do dever, certifique-se de sua eleição e vocação. Portanto, observe.

1. Que é o principal dever de um cristão nesta vida, a saber, certificar-se de que ele é efetivamente chamado e eternamente eleito.

2. Da Maneira como você deve cumprir este dever; de boa vontade ou diligentemente. Observe, portanto,

2. Que os cristãos devem se empenhar neste dever de zelar por sua vocação intelectual e eleição eterna, com muita diligência.

3. Do motivo para este dever; Portanto, irmãos. Por que? Por que, considerando o mal que vem pela preguiça, e pela negligência de melhorar a graça, portanto, dê diligência. A observação, portanto, é,

3. Porque, vendo muitos sendo feridos por lentidão em não melhorar a graça, isso deve fortemente obrigar os cristãos a serem mais diligentes em todos os assuntos da religião.

4. A partir da comparação desse dever com os outros: Portanto, o melhor, irmãos; isto é, ao invés de fazer qualquer coisa, faça isso, para tornar sua vocação e eleição certas: Portanto, observe;

4. Que de todos os deveres no mundo, você deve antes empenhar a si mesmo com diligência para garantir o céu: para ter certeza de que você é efetivamente chamado e eternamente eleito.

Por último, da exortação de Pedro; Portanto, irmãos. Observe,

5. Que quando nós formos exortar aos outros ao dever, devemos trabalhar para expressar a eles abundância de afeto. Aqui Pedro, quando ele exortava os judeus a um dever, insinua neles por uma expressão amorosa, chamando-os de irmãos; Portanto, irmãos, esforcem-se para confirmar sua vocação e eleição.

Mas eu confundir muito sua memória, quanto cruzar meu Método usual, caso eu falasse dessas cinco Doutrinas assim apresentadas; Eu preferia, então, mutilar o Texto, dar-lhe o escopo e a substância dele em menos Doutrinas. Você pode ficar satisfeito, portanto, em dividir as palavras, para separá-las em duas partes.

1. Um dever geralmente pressionado, e que é nestas palavras, Dê diligência.

2. Os detalhes nos quais nossa diligência deve ser falada, expressada; E isso em duas coisas. Em primeiro lugar, para garantir sua vocação. Em segundo lugar, para garantir a sua eleição.

Das palavras assim divididas, surgirão dois Pontos de Doutrina.

Primeiro, a partir do dever pressionado, dê diligência, observe,

I. Que em todas as questões de interesse da alma, os cristãos devem se esforçar muito.

Em segundo lugar, a partir dos detalhes em que este dever de Diligência deve ser familiarizado; isto é, em fazer com que seu Chamado e Eleição sejam seguros. Portanto, observe,

II. Que a grande diligência de um cristão deve principalmente a de ser empenhado sobre isso, certificar-se de sua alma, que ele está efetivamente chamado, e eternamente eleito. Esses são os dois pontos que extrairei dessas palavras.

Começo com o primeiro, que em todas as questões de interesse da alma, os cristãos devem fazer um grande esforço. No quinto versículo é dito da mesma forma: Dê toda a diligência : como se todos os seus esforços principais devessem ser sobre os interesses de sua alma.

Na gestão deste ponto, devo apresentar as demonstrações dele; então as razões; em seguida, na aplicação.

Primeiro, para a demonstração disso: Parece que em todas as preocupações da alma você deve aplicar uma grande dose de diligência, por aquelas semelhanças com as quais a obra pertencente à salvação da alma é comparada nas Escrituras. Como,

1. Às vezes, a obra do Cristianismo em salvar a alma é comparada a uma corrida, Heb 12.2. Deixemos de lado todo peso e corramos com paciência a carreira que nos é proposta. Portanto, 1 Cor 9.24, 25. Quando você caminha em seus jardins ou galerias, você não se preocupa; mas quando você executar uma corrida, você trabalha e se esforça muito, e emprega todas as suas forças para atingir o objetivo. Por que (amados) importa sobre a alma, eles são comparados a uma corrida; para mostrar que trabalhos e esforços você deve realizar em todos os empenhos da alma.

2. É comparado à luta livre, Ef 6.12. Nós lutamos não contra carne e sangue, mas contra Principados e Poderes. E então 2 Tim 2.5. Uma alusão aos jogos Olímpicos e passatempos públicos, quando os homens lutavam diante da multidão comum, em que colocavam todas as suas forças e habilidades para derrubar uns aos outros; Para perceber que o cristianismo não é nenhum trabalho pequeno, mas uma luta, em que uma grande quantidade de diligência e esforço devem ser empregados.

3. É expresso nas Escrituras lutando em uma Batalha; 2 Tim 4.7. Temos lutado um bom combate. E, como bons Soldados, vocês suportaram a dureza, 2 Tim 2.3. Agora, quando os homens estão lutando por suas vidas, que cuidado, que trabalho e que diligência eles fazem para se salvar? E a obra do cristianismo nas preocupações da alma é demonstrada por essa semelhança.

4. É comparado a alguém que está em agonia; Lucas 13. 24. Esforce-se para entrar pela porta estreita; A palavra em grego é em alfabeto não latino, esforce-se, até que você esteja em agonia, como Cristo estava: Cristo estava em agonia no jardim, quando ele suou gotas de sangue; então diz Lute: Esforce-se, e se esforce até que você esteja em agonia, que você sue sangue novamente no trabalho de suas almas. Agora coloque tudo isso junto, para que a obra do Cristianismo seja semelhante a uma Corrida, a uma Luta, a estar em Agonia, em uma Luta Livre, na qual os homens colocam o máximo de suas forças. A semelhança apresentará isto, Que você deve aplicar uma grande dose de diligência em todos os assuntos relacionados com a alma.

Agora, para as razões pelas quais você deve ser tão diligente nos assuntos do Cristianismo. Devo apresentar dez.

1. Visto que a diligência é exigida em todos os assuntos relativos ao corpo, portanto, muito mais você deveria aplicar diligência em todos os assuntos relativos à alma. Diligência é necessária em todos os assuntos relativos ao corpo, Ec 9.10. Tudo o que tu colocares a tua mão, faça-o com todas as tuas forças. E lemos no Sl. 127.2 de certos homens: “Inútil vos será levantar de madrugada, repousar tarde, comer o pão que penosamente granjeastes; aos seus amados ele o dá enquanto dormem.” Agora, se você deve aplicar tanta diligência e ter tanto cuidado para prosperar no corpo, então muito mais para a alma: a alma é uma peça mais nobre do que o corpo; e se você deve trabalhar em sua vocação, você deve trabalhar muito mais em sua salvação: Se você deve trabalhar para a terra, você deve trabalhar muito mais para o céu: se você trabalha para acumular tesouros aqui, você deve trabalhar muito mais para acumular tesouros para a vida futura. Se você trabalha e labuta e tudo para encontrar a subsistência de um corpo mortal e vil, você deve usar muito mais diligência e se esforçar por uma gloriosa alma imortal.

Porque muitos abortaram por toda a eternidade, por falta de aplicar diligência nas questões de salvação, Heb. 12.15. Olhando diligentemente, pelo menos qualquer queda da graça de Deus: muitos homens falharam na graça de Deus , porque eles não buscaram a graça diligentemente: Por que, amado, quantos perdem a graça, e perdem a Cristo por falta de diligência? As cinco virgens loucas perderam a Cristo por falta de diligência, Lucas 13.24. Muitos perderam o céu por meio de pequenos esforços para o céu; Esforce-se (diz Cristo) para entrar pela porta estreita, porque muitos procurarão entrar e não poderão : Sua falta de diligência, porque somente desejaram e não se esforçaram nos caminhos do céu, portanto se perderam.

3. Porque tudo o que vocês podem fazer por suas almas é pouco o suficiente para salvá-las. Posso usar essa expressão, 2 Ped. 4.17. Os justos dificilmente serão salvos: (embora eu saiba que pode ter referência em algum sentido à salvação exterior apenas), ainda posso fazer uso dela para este propósito, que se os justos dificilmente serão salvos, onde os ímpios e pecadores aparecerão? Toda a diligência e esforços que você possa fazer é pouco, e muito pouco para salvar suas almas: Ef 6.13. Coloque toda a armadura de Deus, para que você possa resistir no dia mau, e quando você tiver feito tudo, ficar de pé. Uma expressão estranha! Tanto quanto se o apóstolo dissesse: Tudo o que você pode fazer é pouco o suficiente para ficar em pé: Quando você fez tudo para ficar em pé, você mal consegue ficar de pé, e quando você fez tudo para obter graça, dificilmente poderá obter graça. E, portanto, quando toda a diligência que você pode exercer nos caminhos de Deus, é pequena o suficiente para salvar a alma; e tudo pouco para manter uma boa profissão nos caminhos da graça; quando você tiver feito tudo que você puder, fique: de pé, Prov 4.24: Guarda teu coração com toda diligência, etc.

4. Você deve aplicar diligência em todos os assuntos relacionados com a alma, porque há muito trabalho e diligência empregados contra sua alma e contra sua salvação; Primeiramente, pelo Diabo, 1 Ped. 5.8. Ele anda como um Leão que ruge, procurando a quem possa devorar: E em Jó 1, quando Deus perguntou ao Diabo: De onde ele veio, ele lhe disse: Eu vim de cercar a terra de um lado para outro. O Diabo ainda é trabalhador e infatigável para condenar almas; ele foi cercando a terra para malditas almas. Por que (ó Amado) o Diabo deve usar diligência para condenar tua alma, e não usarás nenhuma para salvá-la? Será que ele percorrerá a terra para te condenar, e tu não mexerás um pé em Ordenanças e Deveres, e tudo para salvar aquela tua pobre alma? Novamente, como o diabo, homens tão perversos, eles usam diligência contra a alma também: Mat 23.15. É dito dos fariseus: Eles percorreriam o mar e a terra para fazer um prosélito e, quando o fizeram, o fizeram duas vezes mais filho do inferno do que antes. Observe como eles seriam infatigáveis; eles fariam uma viagem tão grande para condenar uma pobre alma? Assim são os homens perversos. Ef 4.14. Diz-se dos falsos mestres: Eles estão à espreita para enganar; eles serão tão industriosos que mentirão e verão oportunidades. Amados, olhe para o mundo, quão diligentes serão seus companheiros para levá-lo ao pecado, para levá-lo ao prostíbulo, para levá-lo à profanação? E, portanto, vendo os homens iníquos usarem diligência para condenar suas almas, você não raciocinou em todas as questões de interesse da alma para desenvolver uma grande dose de diligência?

5. Porque os homens ímpios usam uma grande quantidade de diligência para condenar suas próprias almas, e vocês mesmos o fizeram nos dias de sua não regeneração. Que esforço um beberrão terá para ficar sentado o dia todo e a noite toda em suas garrafas? Que esforço terá um Ladrão para induzir a escuridão da noite, o frio do tempo, o perigo de ser levado e tudo para arrombar uma casa para obter algum ganho? Que diligência um adúltero usará para vigiar uma prostituta no crepúsculo, na maré da noite? Por que? Homens ímpios (na frase de Habacuque) se cansam por vaidades, cansam-se para condenar suas próprias almas; e não farás nada para salvar tua alma? Diz-se de homens perversos, Miquéias 7.3. Eles fazem o mal com ambas as mãos avidamente: Um homem pode pecar com uma mão o suficiente para condená-lo; no entanto, eles estavam tão ansiosos que pecariam com ambas. Devem os homens iníquos estender ambas as mãos para pecar, e não porás tu um dedo para a santidade, porás a mão para os olhos de Deus? Você tem uma frase, Jer 23.10. Todo o seu curso é mau e, portanto, não é certo: Uma expressão estranha! Deus ali se queixa dos homens, de que eles não eram apenas maus, mas eram forçosamente maus; eles eram fortes em sua maldade e laboriosos em sua profanação. E os homens ímpios forçam Deus a condená-los, por assim dizer; Devem os homens ímpios ser violentos no caminho do pecado, e não farás tu com uma só mão, trabalhar para salvar tua alma? Um velho pai vendo uma donzela passar três horas vendo seu rosto em um espelho, para se enfeitar, quando ela desceu ele caiu em prantos; sendo perguntado por que ele chorou? Respondeu, porque esta mulher passou mais horas em uma manhã para se condenar, do que sempre passei em deveres religiosos para salvar minha alma. Ai de mim! Muitos homens são mais diligentes em se condenar, então muitos de nós devemos salvar nossas almas; que isto deva motivá-lo fortemente a aplicar diligência em todos os assuntos de interesse da alma.

6. Porque quanto mais diligente tu és, o menos ocupado e operativo, os movimentos do pecado e sugestões de Satanás estarão em seu espírito. É a fala de Bernard, Por quanto mais (diz ele) o Diabo encontra um homem bem aplicado, por tanto quanto menos ele poderá prender a tentação sobre ele. Quanto mais diligente e industrioso você for no caminho dos céus, menor será a força que a tentação do Diabo terá sobre você. Lembro que foi o discurso do Sr. Greenham, Que quando o Diabo tentou uma pobre alma, ela veio a ele pedindo conselho para resistir à tentação, e ele deu a ela esta Resposta: Nunca fique ociosa, mas esteja sempre bem empregada; pois em minha própria experiência descobri o seguinte: Quando o Diabo viesse me tentar, eu diria ao Diabo: Não tenho tempo para ouvir tuas tentações: e por esse meio resisti a seus ataques. Amado, diga ao Diabo quando ele o tentar, que você não tem tempo para emprestar uma ânsia às suas tentações, e então ele nunca se agarrará a você. O Diabo nunca tira vantagem de nós, quando estamos fora do caminho de Deus, ou ociosos, ou temos nossas mãos em alguma atividade pecaminosa; e então o diabo passa a ter poder sobre nós. Se você negligenciar a diligência, nesta indústria espiritual, você até mesmo tenta o Diabo para tentá-lo: você se expõe a um mundo de pecado e um mundo de armadilhas. Como você sabe que é com a água, enquanto o riacho continua correndo, ele se mantém limpo; mas deixe-o ficar parado, ele cria sapos e rãs, e todo tipo de imundície. Então, enquanto você continua, você se mantém afastado; mas pare uma vez em sua diligência, e fique parado, e oh, que poça de sujeira e pecado será teu coração! As chaves que você guarda no bolso e usa todos os dias são brilhantes; mas se as chaves raramente são usadas, a própria ferrugem as corrói. Assim é com suas graças; não usadas ​​com diligência, logo ficarão enferrujadas e decrescerão; quanto menos diligente você for, mais pecará e Satanás se apegará a você. Heb. 6.12. Em Apocalipse temos uma passagem que define a paciência dos santos como sendo a firmeza de fé para vencer o diabo pelo testemunho que deram da Palavra da verdade e pelo sangue de Jesus, não o negando em nada mesmo em face da morte, pois com paciência cristã, os que seriam escolhidos para a prisão, e os que seriam mortos, continuaram amando o Senhor muito mais do que a própria vida neste mundo.

Desejamos que, diz o Apóstolo, cada um de vós mostre a mesma diligência: para quê? Para que você não seja preguiçoso. Como se ele devesse dizer, se você negligenciar a diligência, o pecado da preguiça logo crescerá sobre você. Ao passo que agora, quanto mais diligente você for, menos operativas serão as sugestões de Satanás, e as operações do pecado em sua alma. Enquanto os homens dormiam, o inimigo veio e semeou joio, Mat 13.25. Como você sabe, é com o corpo: Um homem que é dado a viver uma vida sedentária, uma vida de sentar-se, esses corpos estão mais expostos a humores ruins, (E portanto a vida de estudantes é uma vida mais exposta a doenças) mas aqueles cujo sustento são no comércio de artesanato, sempre em movimento e agitação; o movimento expulsa os humores doentios, e eles não podem apoderar-se do corpo. É assim na alma: quanto menos você agir em questões relacionadas com a alma, mais doenças espirituais crescerão sobre você. Ao passo que quanto mais ativo e trabalhador você for, menor será o poder que as enfermidades e os humores terão de se apoderar da alma.

7. Porque quanto mais diligente você é nas questões relativas à alma, mais se aproxima a semelhança e conformidade com Jesus Cristo: você lê sobre Cristo, que ele andava sempre fazendo o bem: E quando seu pai e sua mãe o perderam de vista e foram três dias tristes em procurá-lo e, havendo-o encontrado, perguntou-lhe: onde estavas? Ou não sabeis, diz Cristo, eu estava sobre os negócios de meu Pai? Como se ele devesse dizer; Eu não estava em qualquer trabalho mau, mas para glorificar meu Deus, e promover a honra de meu pai: este foi o meu trabalho. E em outro lugar ele nos diz, que era sua comida e bebida fazer a vontade de seu pai: Aqui estava uma pessoa diligente. Por que, quanto mais trabalhador você é e quanto mais diligente nos assuntos da alma, mais parecido com Jesus Cristo você é. E onde pode haver um padrão melhor para você se parecer, ou uma cópia melhor para você escrever?

8. Porque quanto mais diligente você for neste empenho, quanto mais paz e mais lucro você acumulará para sua própria alma. Quanto mais paz você acumular, mais trabalhador você será, 2 Ped 3.14. Seja diligente (diz o apóstolo) para quê? Para que você possa ser encontrado por Cristo em paz, sem mácula e culpa. Então Isa 32.17. A obra da justiça é paz, e o efeito dela quietude para sempre. Não é o hábito simples, ou ter a graça, que é paz; mas é a operação disso, e ser industrioso nele, pois é a atuação disso em suas vidas que traz paz para suas almas. E então não trará apenas paz, mas também lucro. Posso dizer como disse Salomão, Prov.10.4. A mão do diligente enriquece. Estou certo de que a mão de um cristão diligente, que é trabalhador nos caminhos de Deus, o tornará rico em graça; quando aqueles que são preguiçosos espirituais, chegarão à pobreza espiritual. Portanto, 1 Coríntios 15, último verso: Sede firmes, inabaláveis, sempre abundantes na obra do Senhor, pois, por mais que saibais, o teu trabalho não será em vão no Senhor. Se então você for diligente na obra da graça, não será em vão, mas você conseguirá por tudo o que você faz no Senhor.

9. Porque você perdeu mais graça em pouco tempo, então você pode sempre recuperar por toda a diligência que puder, caso não viva tanto tempo. Você teve todas as graças uma vez em Adão, mas Adão por um bocado de fruto proibido perdeu toda aquela graça, que você agora não pode nunca recuperar a não ser com muita diligência. Você deve orar até que você não possa falar mais; e você deve suspirar ao quebrar de seus lombos; se cada palavra fosse um suspiro e cada suspiro uma lágrima e cada lágrima uma gota de sangue, você nunca seria capaz de recuperar aquela graça que você perdeu em Adão; Você obliterou a bela imagem de Deus; Você perdeu esse conhecimento por cometer um pecado, que você não pode recuperar por dez mil Sermões, ou cumprindo dez mil Deveres. Não necessitas, pois, de diligência, visto que perdeste tanto em tão pouco tempo que, com toda a tua diligência, nunca recuperará totalmente?

10 Porque o melhor de você viveu muito tempo usando diligência para condenar a si mesmo, ou então não se importando com salvar a si mesmo, um ou ambos; portanto, você precisava agora começar o trabalho. Amado, posso dizer o que Sêneca fez pelos pagãos, Que grande parte da vida do homem se esgota em fazer o mal, a maior parte em não fazer nada, toda a vida de um homem em fazer outras coisas do que deveria. E, em verdade, assim posso dizer a vocês, grande parte de suas vidas passou em pecar e perder sua salvação, em se esforçar para condenar suas próprias almas; e se não for assim em geral, eu acredito que uma grande parte tem passado afastada em não fazer nada para a sua salvação, em não orar por salvação, em não ouvir por salvação, em não ler para salvação, em não lamentar por salvação, em não fazer nada para os céus: e se for assim, que você assim gastou seu tempo, você tem um grande motivo agora para colocar sua mão na obra e usar toda diligência nos assuntos relativos à sua salvação. Um homem em uma jornada, que perdeu a maior parte de seu tempo do caminho, ele precisou corrigir seu ritmo quando voltou a entrar no caminho certo: então, se passamos a maior parte do nosso tempo em vão, nós precisamos dar mais diligência para o tempo por vir.

 

 

 

 

 

A Garantia de Nossa Vocação e Eleição – Parte 2.

Por Christopher Love

Por isso, irmãos, procurai, com diligência cada vez maior, confirmar a vossa vocação e eleição; porquanto, procedendo assim, não tropeçareis em tempo algum.” (2 Pe 1.10)

 

É verdade, que em todos os assuntos de preocupação da alma, você deve exercer uma grande dose de diligência? Primeiro, que embora Deus peça uma grande dose de diligência de suas mãos nos assuntos de suas almas: No entanto, isto de jeito nenhum pressupõe que você pudesse realizar essa diligência pelo seu próprio poder natural; mas aquele Deus que comanda sua força, deve lhe dar força para fazer o que ele manda. Sal 68.28. Teu Deus ordenou tua força: O que então? Pode um homem, portanto, aplicar sua própria força? Não, mas a oração segue; Fortalece, ó Deus, aquilo que tu nos ordenas. Implicando que, embora Deus ordenasse sua força, eles não poderiam exercê-la por seu próprio poder: mas eles fariam uma oração para apoiar o comando: Senhor, tu ordenas que sejamos fortes, Senhor, confirma o que tu comandas. De forma que, embora Deus exija sua diligência, e clame por sua força; no entanto, você não pode aplicar qualquer força por seu próprio poder. Sobre esta consideração, Agostinho tem esta passagem; quando tenho vontade, diz ele, de fazer o bem, não tenho poder; e quando tenho poder, não tenho vontade; e aqui eu vejo minha própria fraqueza, e que devo estar olhando para Cristo para obter força. Você poderia muito bem continuar o trabalho de Criação, como o trabalho de Conversão por sua própria força. Você pode tanto vencer um mundo de homens armados sozinho, quanto vencer uma Sugestão do Diabo, por seu próprio poder.

2. Quando Deus pede sua diligência em questões de preocupação com a alma, tome este cuidado; que você não cumpra seu dever de expressar muito zelo e diligência nos assuntos de sua alma, a menos que o faça de maneira correta e com o objetivo correto. As pessoas pensam, se puderem ser diligentes em ouvir e diligentes em ler, e diligentes em orar e receber os sacramentos; que então cumprindo seu dever e atendem ao comando de meu Texto para serem diligentes. Não, Amado, você não cumpre seu dever para com Deus ao expressar diligência naquilo que é materialmente bom, a menos que o faça de maneira correta e com o objetivo correto: Você tem um exemplo em Jeú: 2 Reis 10. Ele era um homem trabalhador maravilhoso em muitos bons assuntos relativos à adoração de Deus; uma vez ele matou os adoradores de Baal, outra vez ele derrubou as casas onde eles adoravam e quebrou as imagens de escultura em pedaços. Em outra hora ele chama Jeonadabe, para ver seu zelo pelo Senhor dos Exércitos. Diligente maravilhoso! E, no entanto, tudo isso não foi feito de uma boa maneira, nem para o fim certo. Senhor. Não de uma maneira boa porque foi feito pela metade, não completamente; pois embora ele tivesse destruído as imagens de Baal, mas ele adorou os ídolos em Betel. E então não para o fim certo, porque ele não demonstrou seu zelo e trabalho por qualquer referência suprema à glória de Deus, mas apenas por um fim político; para se estabelecer em seu reinado, 2 Reis 10.31.

Quando Deus ordena um dever, todas as circunstâncias incluídas neste dever devem ser observadas ou esse dever não é feito corretamente. Portanto, aqui, Deus comanda a sua divergência, se você não for diligente da maneira correta e para o fim certo, sua diligência não será correta.

3. Embora você nunca coloque tanta diligência no assunto da sua alma, todos os atos que você faz, nenhum deles são meritórios: toda a nossa obediência e todos os nossos atos nos caminhos da graça não podem ser meritórios: Por que?

Porque (primeiro) nós os fazemos não como um dom gratuito, mas como uma dívida devida: devemos a Deus esta diligência, e a ele este dever; e, portanto, não pode ter merecimento, porque só pagamos a Deus o que é devido.

Em segundo lugar, esta diligência, se você pudesse aplicá-la por sua própria força, você teria algo de que se orgulhar; mas toda a sua diligência é apresentada por uma força emprestada, por uma força derivada de Jesus Cristo, por uma força da aliança da graça; é daí que você obtém poder para realizar todos os atos de obediência e diligência espiritual.

Em terceiro lugar, não pode merecer, porque não é perfeito. Não, você está tão longe de merecer por sua obediência, que você merece nada além do inferno pelos defeitos em sua obediência e as imperfeições que permanecem em seus melhores serviços.

4. Tome este cuidado: Que embora toda a diligência que você possa fazer não possa ser meritória para que Deus o salve; no entanto, tome isso como verdade, que quanto mais você abundar no trabalho espiritual nos assuntos da Alma, mais provável será que você receba maiores rendimentos de alegria e maior aumento de graça em sua alma: Àquele que tem será dado, e ser-lhe-á dado com muito mais abundância: Isto é, àquele que melhorou as suas graças e as usou bem, elas lhe serão dadas mais abundantemente: Foste fiel no pouco, tu governarás muito. Quanto mais você age e quanto mais é diligente nos assuntos de sua alma, mais provável é que você seja eminente e cresça em graça acima dos outros.

Embora Deus não nos dê o céu para nosso crescimento na graça; contudo, normalmente Deus introduz uma maior medida e aumento dos dons sobre o bom uso deles enquanto estamos neste mundo: Abra bem a boca e Deus as encherá.

2. Após a aplicação que fizemos antes para exortação, faremos agora uma para Repreensão. É assim que, em todos os assuntos relacionados com a alma, devemos aplicar muita diligência? Então, isso deveria ser um grande flagelo para aquela lentidão de espírito de que a maioria dos homens no mundo é culpada. Que lentidão de espírito repousa na maioria dos homens?

Afinal, por que o céu deve ser tomado por esforço?

Amado, você tem motivo para trabalhar, porque você encontra muitos que têm sofrido pelo céu, que nunca vieram ao céu. Muitos se esforçarão para entrar, mas não poderão, Lucas 13, pois não precisas de prestar atenção? Não, Amado, suponha (é uma suposição que Aegydius tem, embora não seja verdade, mas eu digo, suponha) que todo o mundo seja salvo, mas um homem, ainda, diz ele, você tem motivos para se esforçar para ser feliz, para que você não seja aquele homem que perece. Se todo o mundo fosse salvo, mas apenas um homem; se um homem for condenado, tenho que trabalhar com todas as minhas forças, para que eu não seja esse homem. Aqui, então, grande causa, você não tem que se deitar com lentidão, em todos os assuntos relativos à alma. Você tem muito trabalho e, por acaso, apenas um pouco de tempo; se você conhecesse a gratificação do seu trabalho e é o negócio de sua salvação.

Esta Diligência está familiarizada com muitas coisas:

1. Em obter graça. Aqui você tem um grande trabalho a fazer, para obter graça, acima de tudo, obter compreensão: E a dificuldade de obter graça, mostra a bondade da graça. Como dizemos na natureza, as coisas mais vis são mais óbvias à vista e mais comuns de serem encontradas; você tem pedras e sujeira em todos os lugares, mas coisas de natureza mais excelente são mais difíceis de encontrar; se você deseja ouro, você deve cavar a terra; se você deseja pérolas, você deve mergulhar no mar. As coisas excelentes, a natureza as fez difíceis de se encontrar. Isso mostra a bondade daquelas questões que dizem respeito à alma, que são muito difíceis de serem obtidas. Prov. 2.2. Procure a sabedoria como a prata, e cave por ela como por um tesouro escondido. E então,

2. Diligência é exigida não apenas para obter graça, mas para mantê-la; e não é exigido menos habilidade para manter a graça, então, para obtê-la, existem tantas tentações em seu caminho. E então,

3. Para vigiar o coração, que conspira contra a sua graça e contra a sua alma: Prov 4.23. Guarda teu coração com toda diligência, pois dele procedem as saídas da vida.

4. Ao examinar o coração: Sl 64.6. O coração é profundo; e Sl 77.6. Considerando tudo isso, você tem motivos para se esforçar em todos os assuntos da alma.

Lembre-se sempre que onde há a graça salvadora, ela chamará por mais graça, para um maior crescimento espiritual, e é por isso que se exige diligência para que este aumento de graça aconteça. Então a melhor evidência de que você é de fato um eleito de Deus, é este mover da graça em sua vida, inclinando-o a buscar mais e mais as coisas que são celestiais, espirituais e divinas.

Tendo terminado assim esta Doutrina; Passo agora às Particularidades, às quais se aplica esta diligência. Seja diligente: para quê? Porque, para ter certeza de seu Chamado e Eleição. De onde, a segunda observação que devo tirar, é esta:

Que os cristãos que professam o Evangelho devem empenhar-se em grande diligência e empenho para assegurar que suas almas sejam efetivamente chamadas e eleitas para a eternidade. Esforce-se para confirmar o seu Chamado e Eleição.

Os cristãos devem empenhar-se muito para ter certeza disso para suas almas, de que são efetivamente chamados.

É conveniente que você que vive sob o Evangelho, experimente a sua vocação pelo Evangelho, seja ela verdadeira ou não; pode haver um Chamado externo, quando não há nenhum chamado interno pela operação do Espírito em seu coração.

Na gestão deste Ponto, devo mostrar-lhe essas três coisas.

Primeiro, o que é um chamado eficaz.

Em segundo lugar, porque é necessário que vocês envidem muita diligência para confirmar o seu chamado seguro para as suas almas.

Em terceiro lugar, por quais características ou descobertas você pode ter a certeza em seu próprio coração de que é efetivamente chamado.

Primeiro, o que é chamada eficaz.

Você diz que devemos ter certeza, portanto, qual é a natureza disso? Como resposta, você pode pegar esta descrição dele.

O Chamado Eficaz é o fruto da Eleição de Deus, por meio da qual Deus, por sua livre graça, opera uma mudança maravilhosa no coração de uma pessoa eleita, pela operação interior do Espírito Santo acompanhando o Ministério externo da palavra. Em virtude disso, a alma é trazida do domínio do pecado e de Satanás a um estado de graça, e assim feita adequada para o desfrute de Deus na glória. Somente nesta descrição há quatro diferenças estabelecidas para distinguir o Chamado eficaz daquele Chamado comum ou externo que os homens ímpios têm pelo Ministério da Palavra.

1. Do Chamado eficaz na descrição, é dito ser um fruto da Eleição de Deus; mas o Chamado externo ou geral é fruto apenas da providência comum. Deus, por meio de uma provisão que governa sobremaneira, envia o Evangelho entre um povo, e assim os chama a uma submissão e conformidade exteriores; mas o Chamado eficaz é um fruto da Eleição de Deus que transforma o coração.

2. É dito na descrição, que a Chamada Eficaz muda o coração, por meio da qual Deus opera uma mudança maravilhosa no coração: mas uma Chamada externa de maneira alguma atinge o coração, e somente opera algum tipo de alteração civil ou comum na vida.

3. Diz-se, que a Chamada Eficaz é forjada pela operação interior do Espírito que acompanha o ministério exterior da Palavra; ao passo que um Chamado Externo é somente pela palavra, mas não há obra salvadora interior do Espírito em absoluto.

4. Diz-se da Chamada Eficaz, que é do Domínio do pecado; mas as chamadas externas são apenas externas aos atos de pecado. Na verdade por uma ligação externa a chamada da palavra pode ter esse poder sobre um homem, como para conter e manter visíveis os atos externos do pecado, mas de nenhuma maneira funciona sobre a inclinação para tirar o carinho ao pecado; enquanto o Chamado eficaz atua sobre o coração e atua para subjugar e destruir o poder do pecado, bem como suas ações.

Em segundo lugar, por que Deus exige que façamos tanta diligência em nos certificar de que somos efetivamente chamados pelo Espírito de Jesus Cristo no Evangelho? Existem três razões pelas quais isso deveria ser:

Primeiro, porque há muitos que professam o Evangelho, que nutrem persuasões infundadas de que são efetivamente chamados, quando não o são. Agora, se algum homem for enganado, por que não você? E se alguém está apto a ser enganado sobre este assunto, não tens grande motivo para ser diligente, para não ser também enganado? Muitos homens cometem erros grosseiros por acreditarem que são efetivamente chamados, quando não o são. Muitos são chamados externamente, mas não são chamados efetivamente, Mat 22.14. E, portanto, é do seu interesse não ser enganado neste grande negócio.

Por que você deve confirmar esta grande e preciosa Jóia de Chamada Eficaz, que tanto preocupa suas almas imortais? Agora, corra para buscar o Testemunho do Espírito de Cristo em seu próprio espírito, pela palavra, para provar a você em boa terra, que o navio estará seguro e as mercadorias trazidas seguras para o porto; aquele navio, que é o corpo. A alma e todos virão a salvo para o céu. Se você não tiver certeza de sua alma, se você sofrer naufrágio, você está falido atualmente; Falido para Deus, você o perde para sempre.

É bom ter certeza do céu? É bom ter certeza de que você foi efetivamente chamado por Jesus Cristo; é bom ter certeza de que você é cristão de verdade, não apenas no nome; que vocês são cristãos em atos, não apenas em profissão. Ó, é bom ter certeza de seu Chamado e Eleição!

Em terceiro lugar, os cristãos devem trabalhar para garantir isso, porque quanto mais seguro você estiver de seu chamado eficaz, mais ele aumentará sua paz interior e conforto, 1 Pe 1.8. No qual, crendo, vocês se regozijam com alegria indizível e cheia de glória. É muito observável que em todas as epístolas do novo Testamento, onde o apóstolo fala de sua vocação eficaz para serem santos, no versículo seguinte ele os saúda com estas palavras: Graça e paz sejam convosco, 1 Coríntios. 1.2. Vocês são chamados para serem santos; Graça e paz estejam com você. Rom 1.6, 7. Chamado a ser santo, graça e paz sejam multiplicadas para você: e assim em cada epístola além disso; a nota que quando um homem é chamado eficazmente, mais certeza ele tem da sua vocação, mais paz ele tem em sua própria consciência. Ele terá grande paz e grandes serão seus confortos interiores; portanto, você deve trabalhar para a plena certeza de sua chamada.

Agora, quais são os caracteres ou descobertas, em que minha alma pode ter certeza que eu fui chamado eficazmente por Jesus Cristo?

Primeiro, você pode ter certeza de sua vocação eficaz, se Deus usar esse método, com a alma, o que ele faz ordinariamente com aqueles a quem ele efetivamente chama.

Em segundo lugar, se o Senhor operou em você os efeitos salvadores ou concomitantes, que normalmente acompanham aqueles que são assim efetivamente chamados: se essas duas coisas forem feitas, você pode ter um selo e uma garantia em seu próprio coração de que você também é efetivamente chamado. Amado, há muitos no mundo, mas poucos são chamados eficazmente; há muitos que são chamados, mas poucos são eleitos. Se, ao testar, você descobrir que não está no número dos chamados de Deus, vá para casa e chore sua propriedade não regenerada e não convertida.

Vou agora falar sobre o método que Deus usa para chamar um pecador. E aqui devo estabelecer um método sêxtuplo,

Em primeiro lugar, quando Deus trata efetivamente de chamar um pobre pecador a um estado de graça, ele coloca uma luz clara em sua alma, através da qual ele pode ver a natureza hedionda e agravada de todos os seus pecados, mais do que nunca. Rom 7.8, 9, 13. Paulo diz que, antes que o mandamento viesse, ele estava vivo, e o pecado estava morto; isto é, antes que o poder da Palavra viesse sobre sua consciência para convertê-lo, ele estava vivo; isto é, ele pensou que era um homem bom e justo e pensou que o pecado estava morto, o pecado foi destruído; ele nunca conheceu o pecado tão pecaminoso: senão quando o mandamento veio, o pecado reviveu e eu morri: mas quando a palavra de Deus veio com poder sobre minha consciência e luz sobre meu julgamento, então eu vi que era um homem morto, o pecado tinha me matado e vi que o pecado estava se apossando e o pecado estava se enfurecendo em mim: e então? verso 13. Eu vi o pecado excessivamente pecaminoso: ele nunca viu o pecado assim antes da conversão, antes de seu Chamado, quando ele era um Fariseu; mas quando a palavra de Deus veio com poder sobre sua consciência para chamá-lo, então ele disse: Eu vi que o pecado é excessivamente pecaminoso. Agora (ó Amado) alguma vez Deus fez assim com sua alma? Pode ser que você olhe para o pecado com uma visão geral e transitória, mas você olha para o pecado de forma a ver mais mal no pecado do que você já viu antes? Este é o curso que Deus geralmente segue. Sim, mas você dirá: Pode ser que às vezes Deus faça assim para amedrontar os homens e perturbar os homens em mente, fazê-los ver seus pecados: mas isso é obra normal de Deus?

Sim, é. Eis que essas coisas frequentemente opera Deus com os homens. Observe, não é um trabalho raro, mas é obra de Deus, muitas vezes, ele fará você ver seus pecados, vê-los como inúteis; Veja, essas coisas Deus opera muitas vezes com os homens. Portanto, você lê João 16.8. Quando o Espírito vier (marque seu Ofício), ele convencerá o mundo do pecado: O primeiro ato do Espírito ao converter uma alma e chamá-la é convencê-la do pecado. Esta é a primeira obra do Espírito de Deus, na sua vocação; ele vai te convencer do pecado. Agora, ó Amado, para quantos eu falo hoje, com quem Deus nunca fez este Método, desde que nasceram neste mundo? Quantos há que foram informados de sua embriaguez e de suas concupiscências e de seus enganos e de sua vida licenciosa no dia a dia; e ainda hoje eles nunca viram o pecado como excessivamente pecaminoso; eles nunca foram convencidos do pecado de propósito?

1. Depois que Deus colocou uma luz na alma, para fazer você ver a pecaminosidade do pecado; então,

2. Deus fixa esses pensamentos na alma, para torná-lo consciente da grande miséria a que seus pecados o trouxeram; para clamar com Paulo, Rom 7.24. Desventurado homem que sou, quem me livrará deste corpo de morte? Lá Paulo clama em sua miséria, por causa daquele corpo de morte, a pecaminosidade de sua natureza, que ele confessa o incomodou tanto como se um cadáver devesse ser amarrado ao seu corpo vivo. Amado, você já viu isso? Você já viu aquela miséria que o pecado trouxe sobre você? Que o pecado o destruiu da justiça, roubou-lhe o seu Deus, baniu-o da sua presença, intitulou-o para o inferno e tornou-o objeto da sua ira? Agora você estava ciente dessa miséria? Este é o método de Deus, para fazer você ver sua miséria por causa do pecado.

3. Deus coloca a alma em uma espécie de espanto espiritual, de que o pobre pecador não sabe para onde ir, que curso tomar, que caminho tomar, como ele pode obter perdão por seus pecados e recuperação de sua miséria. Isso você pode ver como o método de Deus, em Atos 2.37, sobre 3000 pessoas de uma vez: homens e irmãos, o que devemos fazer para ser salvos? Ficaram até pasmos com a palavra forjada sobre eles e viram Jesus Cristo crucificado por seu pecado; e agora eles clamam com grande espanto: Homens e irmãos, o que devemos fazer para ser salvos? Quando Deus chama efetivamente um homem, ele o deixa um pouco por conta própria, para que não saiba para que lado se voltar. Agora, quando falo de espanto espiritual, não me engano; porque primeiro, eu não pressiono tal medida de humilhação, nem tal medida de problema de mente, quão grande deve ser;

Em segundo lugar, não pressiono a duração disso, quanto tempo deve ser; que deve ser tão longo.

Nem em terceiro lugar, insisto numa necessidade absoluta disso, como se um homem não pudesse ser chamado sem isso. Na verdade, lemos sobre Lídia, que seu coração foi aberto, e ela nunca se preocupou nem se espantou; e Deus às vezes funciona assim de uma maneira extraordinária.

E aqui, além disso, se você me perguntar: Com quem Deus mais do que tudo faz este procedimento, para colocá-los em tal assombro espiritual; para colocá-los em horror e terror sobre sua propriedade eterna? Eu respondo, primeiro, aqueles que viveram em um curso de impiedade antes da conversão; deixe-os cuidar disso: se você tem sido um pecador nodoso e corajoso contra Deus, Deus deve dar-lhe muitos golpes antes que possa lhe moldar à Sua própria vontade. Você que tem sido culpado de embriaguez e da culpa do adultério, ou da quebra do sábado de maneira grosseira e licenciosa, que fizeram deste mundo um palco para se praticar a maldade, olhe para isso; não te glories da tua vocação: se Deus não te trouxe desta forma, tens fundamento para suspeitar que ainda não foste chamado. Aqueles que antes da Conversão estavam perdidos em suas vidas, se não encontrarem esse assombro espiritual, é improvável que sejam chamados. E, portanto, eu realmente suspeito de seu Chamado, que pode saltar de um curso de profanação para um curso de Profissão; que pode saltar de um curso de Malignidade para o deleite de ouvir Sermões e amar os Ministros. Vocês que foram opositores da divindade, se vocês não mostrarem um trabalho eminente em sua conversão, eu suspeito muito, sejam vocês convertidos ou não: porque é o Método usual de Deus.

Veja como Deus desvencilhou Paulo de qualquer bondade em si mesmo, para fazê-lo descansar em Jesus Cristo: e esta é a obra de Deus contigo; ele te libertará de ti mesmo e te fará ver que não podes ser o teu próprio Salvador.

Depois de te libertar de ti mesmo, ele te coloca em anseios sinceros e interesse em Jesus Cristo. Quando a pobre alma tiver saqueado seus deveres e for a este Ministro, e ao outro Ministro, para ficar satisfeita; e ele vê que os deveres não podem ajudá-lo, e a oração não o ajudará; agora ele pensa, eu não vejo ninguém além de Cristo para reclinar minha cabeça; e eu não vejo ninguém exceto um Cristo ao qual devo recorrer: E agora ele anseia tanto por Cristo, que se todas as pedras nas ruas fossem de ouro, e todas a construção de sua casa fosse de diamantes, e todas as suas vestes enfeitadas com pérolas; nada disso deve interromper ou impedi-lo de correr atrás de Jesus Cristo; e isso, como eu posso dizer, é a segunda obra de Deus: as três primeiras podem estar em homens ímpios, eles podem ver seu pecado e miséria ali, e estar em um labirinto sem saber que caminho seguir: mas estas duas são uma forma além dos ímpios; eles nunca se desabotoaram, nem jamais tiveram qualquer desejo ou respiração por Cristo.

É o método de Deus depois de tudo isso, fazê-los encontrar abundância de contentamento e aquiescência em Jesus Cristo; para que tenham ocasião de dizer: Vejo que coloquei minha ajuda em alguém que é poderoso; Eu vejo que eu tenho me lançado sobre aquele que é capaz e disposto a me fazer o bem. 2 Tes 2.16. Nos deu consolo eterno e boa esperança por meio da graça

E agora amados, tendo falado dessas coisas, como muitos na Congregação a têm deixado para trás, que por acaso o Senhor use nenhum desses métodos com as suas almas? Ó senhor, não sou capaz de dizer-lhe sua miséria, mas peço-lhe que preste atenção e não fuja em sua alma na presunção e nas persuasões infundadas; para acreditar, estes são métodos que Deus usa comumente com a maioria das almas para trazê-las para a Glória.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

A Garantia de Nossa Vocação e Eleição - Parte 3

Por Christopher Love

Por isso, irmãos, procurai, com diligência cada vez maior, confirmar a vossa vocação e eleição; porquanto, procedendo assim, não tropeçareis em tempo algum.” (2 Pe 1.10)

Terminada a primeira parte da descoberta, em relação ao método que Deus leva com aqueles a quem ele eficazmente chama. Passo agora para a segunda forma de descoberta, ou seja, por aqueles concomitantes salvadores, que fazem e acompanharão uma alma que é efetivamente chamada, ou seja, por quais evidências em nosso comportamento podemos ter a certeza de que somos de fato eleitos.

Primeiro, um homem eficazmente chamado por Cristo, ama sem dúvida a Palavra de Deus e o Ministro que pregou aquela Palavra que Deus usou como instrumento de sua chamada. Primeiro, eu digo, ele vai adorar a palavra, João 8.47. Aquele que é de Deus (isto é, aquele que é chamado por Deus) ouve a Palavra de Deus, portanto a pesoa que não é de Deus não ouve a sua Palavra. Portanto, 1 João 4. 5, 6. Quem é de Deus nos ouve, quem não é de Deus não nos ouve. E, portanto, Davi, quando ele iria evidenciar uma obra de Deus em seu coração, Salmos 119.14. Tua Palavra, diz ele, é uma grande riqueza para mim. E como se ele não valorizasse riquezas comparáveis ​​à Palavra, verso 72. Amo a tua Palavra mais do que milhares de ouro e prata.

Amado, se você é convertido e chamado por Jesus Cristo, você amará a Palavra de Deus, que foi um instrumento do seu Chamado. Portanto todos vocês que rejeitam o Evangelho, que não suportam que a palavra venha com poder sobre suas consciências; todos vocês que estão cansados ​​das ordenanças e não encontram mais sabor em uma ordenança de Deus, então (como disse Jó) não há gosto em uma clara de ovo; este é um argumento de que você ainda não foi chamado.

2. Mas, o que é chamado, ele não ama apenas a Palavra, mas também o ministro que, pregando a Palavra, foi instrumento de sua conversão. E, portanto, é observável, o que alguns teólogos observam, que de todos os homens sobre os quais lemos nas Escrituras, nenhum homem amou a Paulo tão bem quanto Timóteo: Pois não tenho homem com a mesma opinião, diz Paulo, Fp 2.22. Nenhum homem que se importou tão naturalmente com ele, e com a Igreja de Deus, como ele; Pois, diz Paulo, como um filho com seu pai ele me serviu. E qual é o motivo? Por que, Paulo foi o instrumento da conversão de Timóteo, e Timóteo sendo um Ministro, e chegando a um grande momento na graça, ele pensava que de todos os argumentos no mundo, isso deveria induzi-lo a amar Paulo, porque Paulo foi o Ministro que o converteu: por isso ele o chama (1 Tim 1.2.) de seu amado filho na fé. E, portanto, quando o apóstolo atrairia o amor dos coríntios para si mesmo, e os ministros de Cristo que eram o meio de sua vocação, ele insistia neste fundamento, que eles foram os meios que os geraram a Cristo Jesus, 1 Cor 4.1, 15, 16. Que os homens nos considerem, como ministros de Cristo, e como mordomos dos mistérios de Deus. Por que os homens deveriam considerá-los tanto? Pois (verso 15), embora você tenha dez mil Instrutores, ainda não tem muitos Pais; pois em Cristo Jesus eu gerei você por meio do Evangelho. Nisto eles teriam seu amor por ele, porque ele foi o primeiro instrumento que os converteu.

3. Se Deus o chamou de maneira eficaz, ele, por seu Espírito, tirará você de um estado de ignorância e escuridão e lhe dará alguma medida de conhecimento, para se familiarizar tanto com os mistérios de Deus e de Cristo, quanto com a pecaminosidade de vocês mais do que nunca. Isso o apóstolo Pedro sugere, 1 Ped 2.9. Você é uma geração escolhida, um sacerdócio real, um povo peculiar, para que possa exibir o louvor daquele, que lhe chamou das trevas para sua luz maravilhosa: isto é, da ignorância para uma grande medida de conhecimento espiritual. E é chamada de luz maravilhosa.

Deus quando ele te chama, é uma luz maravilhosa, porque é tão contrária à condição em que você estava antes da sua chamada. Is 30.26, Atos 26.18. Ele enviou sua Palavra para chamá-lo das trevas à luz, e do poder de Satanás a Deus.

4. É uma luz maravilhosa, porque ninguém, a não ser o Mediador, poderia obtê-la, Is 42.6, 7. Dar-te-ei como luz aos gentios.

5. É uma luz maravilhosa, porque uma luz que brilha nas trevas, 2 Cor 4.6. Deus que ordenou que a luz brilhasse nas trevas.

6. É uma luz maravilhosa porque tem mais força do que qualquer outra luz: é chamada de luz da vida, João 8.12.

Agora, esta chamada das trevas para a luz tem dois ramos:

1. Um homem terá mais Luz, para ter mais conhecimento e mais clareza nos mistérios de Jesus Cristo: E,

2. mais luz para conhecer a pecaminosidade de si mesmo.

Primeiro, ele terá mais Luz para conhecer os mistérios de Jesus Cristo: E é por isso que Paulo nos conta, Gal 1.16. Agradou a Deus que me chamasse por sua graça e revelasse seu Filho em mim; implicando que onde Deus, por sua graça, chama um pecador, ele revela seu Filho a ele. Portanto, amados, se Jesus Cristo não foi dado a conhecer às vossas almas, se não tendes medida competente do conhecimento de Cristo; você pode estar sob a convicção de que ainda não foi chamado por Jesus Cristo. Além disso, ele não apenas o chama para esta Luz, para manifestar Jesus Cristo a você de alguma forma obscura; mas você terá uma luz clara: 2 Co 4.6. Porque Deus que mandou a luz brilhar das trevas, brilhou em nossos corações (não em uma luz fraca, mas brilhante) para nos dar a luz do conhecimento da glória de Deus na face de Jesus Cristo: isto é, você tem uma luz mais clara para conhecer a Deus na face de Cristo; você não pode conhecer a Deus em si mesmo, mas na pessoa de Cristo você terá luz para conhecê-lo. Este, portanto, é o primeiro ramo, que Deus colocará uma luz em sua alma, por meio da qual você terá um conhecimento claro das coisas que pertencem a Jesus Cristo.

Ainda, em segundo lugar, isto não somente revelará Cristo a ti; mas essa luz também revelará a ti mesmo a ti, a pecaminosidade de ti mesmo. É observável de Paulo, que antes de seu chamado, ele era irrepreensível segundo a lei; ele se considerava um homem sem defeito; mas quando a palavra o chamou então ele grita, Eu vejo o pecado ser superior à pecaminosidade: então ele viu pecado ser pecado, e ele sentiu-se ser um vil e miserável homem. E portanto, amados, qualquer um de vocês que não tem esta luz maravilhosa em suas almas, nem para conhecer a Deus, nem para conhecer Jesus Cristo, nem os assuntos que pertencem a Ele, nem para saber a pecaminosidade de seu próprio coração; levá-lo a Deus, você não está eficazmente chamado: ou estas passagens das Escrituras devem ser lançadas fora, ou então sua chamada não deve ser real e, portanto, preste atenção: eu gostaria de fazer meu Ministério procurando, que os hipócritas não possam estar à espreita sob ele. Vocês seriam melhores cristãos se conhecessem melhor toda aquela enfermidade e toda aquela miséria de coração que há em vocês; e portanto (eu lhe imploro) olhe ao seu redor: Embora eu não queira que nenhum homem piedoso se desanime por isso que é falado; mas que vocês que ainda não foram chamados, tenham seus corações um pouco confusos com o que é e será dito.

3. Um homem efetivamente chamado é expulso de si mesmo e se apega a Jesus Cristo e se fecha com ele, com mais complacência e contentamento do que jamais poderia fazer em toda a sua vida anterior. João 6.45. Aquele que ouviu e aprendeu do pai, virá a mim; ele não diz, todos os que ouvem do pai: muitos homens ouvem a palavra, mas nunca se aproximam de Cristo; mas todos os que ouviram e pelo ouvir aprenderam, e são chamados, vinde a mim e fechai-vos comigo, e apegai-vos a mim, e alegrai-vos em mim. Amado, há muitos que ouvem a palavra, mas nunca saem de si mesmos e nunca se fecham com Cristo: sim, mas todos os que ouvem e aprendem, que ouvem e são chamados pelo ouvir, todos vêm a Jesus Cristo. Portanto todos vocês, que ouvindo, não podem encontrar seus corações no amor de Cristo, não podem encontrar seus corações para se fecharem com Cristo e crer em Cristo; você tem um motivo justo para suspeitar de sua chamada, de que sua chamada não é eficaz. 1 Cor 1.24. O apóstolo lhe diz que houve outros homens que consideraram a loucura de Cristo; mas para vocês que são chamados, Cristo é o poder e sabedoria de Deus: isto é, você reconhece, e você concebe a Jesus Cristo, que ele tem tanto poder quanto Deus nele, e tanta sabedoria quanto Deus nele; e você fecha com Cristo para esse fim, quando outros homens pensam que Cristo é tolo, e Cristo é fraco: homens não chamados, eles têm pensamentos baixos de Cristo: mas para vocês que são chamados, Cristo é o poder e sabedoria de Deus: vocês terão pensamentos elevados em Jesus Cristo se vocês forem efetivamente chamados.

4. Aquele homem que é efetivamente chamado, ele será capaz pelo espírito de Cristo de invocar a Deus, 1 Cor 1.2. A todos em Corinto chamados para ser santos, com todos os que invocam o nome do Senhor. Aí o apóstolo junta chamados a ser santos, com esta frase, a invocar a Deus: a mostrar que todo aquele que é eficazmente chamado a ser santo, o homem será incapaz, senão pelo Espírito de Jesus, de invocar a Deus. Salmo 27.8. Quando disseste: Procura o meu rosto; meu coração disse a ti, teu rosto Senhor procuro. Portanto, leiam Atos 9.11, quando Ananias duvidou se Paulo foi verdadeiramente chamado ou não, e Jesus Cristo convenceria Ananias de que ele foi verdadeiramente chamado: que meios ele usa? versículo 11. não o suspeites, mas levanta-te, diz Cristo, e vai ter com ele à rua, chamada Direita, e pergunta na casa de Judas por um certo Saulo de Tarso, porque eis que ele ora. Se ele não fosse chamado, ele nunca iria a Deus de forma tão cordial, e humilharia sua alma diante de Deus pelas suas falhas passadas: e imploraria forças para o tempo que viria, e trabalharia para ter sua paz feita consigo. Vá até ele, pois eis que ele ora: e, portanto, todos vocês que não têm espírito em qualquer medida para invocar a Deus, e para derramar seus pedidos em uma oração solene; você tem justa causa de suspeitar do seu Chamado.

5. Se você for chamado eficazmente, Deus operou em suas almas, uma aversão total a todos os males que na primeira parte de suas vidas, antes de seu chamado, você cometeu e era culpado. Os 14.8. Efraim dirá: O que mais tenho eu a ver com os ídolos? A interrogação importa uma veemente aversão a eles e indignação contra eles. 2 Cor 7.11. o Apóstolo fala lá de arrependimento (o mesmo com a vocação) quando os homens passam a ter a obra da graça em seus corações: e este é um ramo dela: que a tristeza segundo Deus causa temor e causa indignação: isto é, se alguém é um homem arrependido e um homem convertido: esta conversão causará indignação; isto é, ele ficará até louco consigo mesmo, e com raiva de si mesmo, por ser assim um vil desgraçado antes da conversão, como sempre foi. Assim era Paulo, ele fala com indignação contra os pecados dos quais era culpado antes de seu chamado. Fui um perseguidor, prendi os santos: Não, disse ele, até fiquei louco contra a Igreja. Amado, você considerará loucura os seus pecados, e os considerará muito agravados, que foram cometidos antes que Deus o chamasse. E, portanto, os que não têm pensamentos de aversão contra engano passado, e bebedeira passada, e todos os males passados: suspeitem de sua vocação. Pois se Deus o chamou, ele vai fazer você ficar até mesmo com raiva de si mesmo, por que você sempre foi tão vil como tem sido.

Você está indignado com suas perseguições e males passados? Se não, creia que, apesar de você ir longe, eu temo que você pode estar longe do céu: a sua vocação não é real, se você não tiver indignação contra seus antigos pecados cometidos. E, portanto, ó que palavra triste é isso para todos pecadores insensíveis! Que são homens que nunca tiveram seus corações tocados pelo remorso por qualquer mal: Que palavra triste é esta para você que tem estado bêbado semana após semana; e jurado dia após dia. Viveu hora após hora, e foi impuro vez após vez: e ainda assim, todos esses males nunca tocaram o seu coração? Na verdade, você tem causa para o medo, que Deus não tem ainda chamado eficazmente por Jesus Cristo.

6. O homem que é eficazmente chamado, o seu espírito é trazido para um quadro de obediência, para produzir obediência aos mandamentos de Jesus Cristo: se Deus chamá-lo pelo seu Espírito, ele não vai deixá-lo para as exorbitâncias de seus próprios caminhos e vontade, mas ele o levará a uma desobediência de coração a todos os seus comandos. Rom 15.6., o apóstolo não recebeu somente graça pela obediência; mas o mesmo estava entre eles também: Você recebe graça pela obediência da fé. De maneira que agora, se você é chamado por Jesus Cristo, o Senhor tem esta obra sobre você, ele o conduz à obediência da fé; isto é, ele opera em suas almas uma estrutura para obedecer a todos os mandamentos de Jesus Cristo: e, ainda,

7. Um homem efetivamente chamado por Jesus Cristo, ele será mal falado e reprovado pelos homens do mundo: João 15.19. Se você fosse do mundo, o mundo amaria os seus; mas porque você não é do mundo, mas eu escolhi você do mundo, portanto o mundo odeia você. Eu não digo neste concomitante, que todo homem que é reprovado e mal falado é um homem chamado; mas eu digo: um homem que é verdadeiramente chamado, será mal falado pelos homens ímpios. Agora, a malediência, ou as reprovações dos homens ímpios, é uma promessa de sua vocação eficaz, se você aceitar as seguintes qualificações:

Primeiro, se eles falarem de você de maneira errada apenas porque você é piedoso, e lhe odiarem por causa de sua santidade, então é um argumento, como disse Jesus Cristo: Porque eu te chamei do mundo, por isso o mundo te odeia.

Em segundo lugar, se eles o maldizem quando você dá nenhuma ocasião de ofensa: Se você pode dizer com Davi, Sl 59. Eles falam mal de mim, mas não é por minha maldade, nem por meus pecados: se eles o maldizem sem qualquer fundamento, então é um argumento provável de sua Chamada Eficaz.

8. Um homem eficazmente chamado, ele se esforça para andar dignamente de seu chamado: 2 Tes 2.13, 14. Então, 1 Tes 4.1. Ande dignamente da vocação com a qual você foi chamado. Agora isso é verdade, que a todos aqueles a quem Deus tem eficazmente chamado, ele faz tomar esses métodos antes falado; E ele trabalha esses Concomitantes agora aos chamados? Então:

1. Por meio de Aplicação: Isso deveria ser uma surpresa para todos aqueles que nunca tiveram aqueles Métodos de Deus em suas almas; que nunca tiveram esses efeitos dentro deles para acompanhar seu Chamado. Ó (Amado), eu gostaria de poder fixar o cravinho do Terror profundamente em seus corações, que nunca tiveram nada disso forjado em suas almas; que nunca amaram a Palavra, nem os ministros dela; que nunca foram trazidos por Deus de um estado de ignorância para um estado de conhecimento; que nunca fecharam efetivamente com Jesus Cristo; que nunca tiveram indignação contra os males que fizeram antes da Conversão; que nunca tiveram seus corações conduzidos a uma estrutura obediencial, para tomarem a impressão de qualquer ordem de que Deus deveria estender sobre eles. Quão tristemente essa consideração deve repousar em seus corações?

 

2. Você é efetivamente chamado? Trabalhe para se parecer com Aquele que chamou você em sua conduta. Esta Aplicação que o Apóstolo faz desta Doutrina, 1. Ped 1.15. Como o que o chamou é santo, seja você também santo: se assemelhem àquele que lhes chamou na santidade. Uma excelente frase que você tem, 1 Pe 2.9. Mostrai (diz o Apóstolo) os louvores daquele que vos chamou das trevas para a sua luz maravilhosa. A palavra é mais completa no grego; Mostre, ou manifeste (não os louvores, como lemos, mas) as virtudes ou as graças daquele que te chamou. Se Deus te chamou, e Cristo te chamou, você deveria mostrar as graças de Cristo em sua conduta; isto é, viva como Cristo viveu e ande como Cristo andou. Se você disser que tem comunhão com Cristo, você também deve andar como ele andou, 1 Jo 1.6.

3. Não faça nada que possa de alguma forma manchar esta sua sagrada vocação; isso o apóstolo pressiona, 2 Tes 1.11. Oramos sempre por você, para que nosso Deus o considere digno deste chamado. Então, Ef 4.1. Eu, como prisioneiro do Senhor Jesus, suplico-te que andes dignamente da vocação com que és chamado.

Amado, se você for chamado, preste atenção a qualquer maneira de manchar sua Chamada: Todos os escândalos e falhas que você comete, coloca um ponto sobre essa sua sagrada chamada: O apóstolo cita isso em Gal 5.8. Esta persuasão, diz Paulo, não vem daquele que te chamou. Como se ele devesse dizer; muitos homens vendo os gálatas se tornarem apóstatas, eles podem culpar a religião, e culpar Deus que os chamou; mas diz o apóstolo, não os culpe; pois esta persuasão de suas falhas, não vem daquele que os chamou: sua vocação não é falsa, mas suas corrupções estão em falta. Portanto, é uma acusação injusta, porque alguns homens falham em culpar a Deus e culpar a profissão e a religião por isso.

4. Se Deus o chamou eficazmente, e você pode evidenciar isso para suas próprias almas após a descoberta antes ouvida; minha última aplicação é esta, que você viva em exaltação e magnificação da graça de Deus em seu chamado: você é chamado, diz o Apóstolo, de acordo com o propósito de sua graça; não de acordo com suas próprias obras. Ó viva, viva magnificando aquela graça que te chamou.

1. A consideração de como e para o que você é chamado, deve aumentar muito a sua magnificação da graça de Deus.

Você foi chamado de um curso de pecado para um curso de santidade: Antes de seu chamado, vocês eram do Diabo, e faziam sua obra à vontade; o Diabo (na linguagem de Pauls para Timóteo) deixou você cativo à sua vontade; mas quando Deus o chama, ele o tira do seu domínio e do domínio do pecado; e o leva a um curso de santidade, 1 Tes 4.7. Você foi chamado, não para a impureza, mas para a santidade, 2 Ped 1.3.

Deus te chama da escravidão para a liberdade. Agora, Jesus Cristo, se ele te chamou, ele te chamou para a liberdade. Gal 5.13. Você é chamado para a liberdade, apenas não use a liberdade como um manto para a maldade. Antes de ligar, 2 Tim 2.25. você está nas armadilhas de Satanás; mas depois de chamado, você é posto em liberdade, livre da culpa e da escravidão do seu pecado.

Você foi chamado de uma condição de alienação para uma familiaridade íntima e comunhão com Jesus Cristo. Antes de serem chamados, vocês são estranhos da vida da graça, Ef 4.18. Vocês estão sem Deus no mundo, estranhos à Comunidade de Israel, Ef 2.12 Mas quando Deus o chama, ele o tira da condição de um estranho e o traz à amizade e comunhão com Jesus Cristo. 1 Cor 1.9. Deus é fiel, pelo qual você foi chamado para a comunhão de seu Filho: Você que estava sem Cristo antes de ser chamado, você nunca teve familiaridade com seu Filho.

Você é chamado de Satanás para Deus. Atos 26.18. Ele enviou sua palavra entre vocês, para trazê-los das trevas à luz, e do poder de Satã a Deus. Satã que era teu senhor, e foi teu mestre e governante, tu és livrado agora de debaixo de suas garras, e trazido sob o domínio e sujeição do teu Deus.

Quando Deus te chama efetivamente, tu és levado de um estado de inimizade contra Deus para um estado de amizade e reconciliação para com ele, Jesus Cristo e todas as coisas de Deus. Col 3.15. Deixem a paz de Deus governar em seus corações, pois para isso vocês foram chamados; e sejam gratos. Deus te chamou para a paz, ele não te chamou para a ira. Antes do Chamado, Deus e tua alma eram os inimigos mais inveterados em todo o mundo: Depois do Chamado de Deus somos tornados de inimigos para os maiores amigos: Vós sois chamados à paz, portanto saejam gratos.

Você foi chamado de um estado de vergonha para um estado de glória. Antes de serem chamados, vocês são criaturas vis e vergonhosas aos olhos de Deus; quando ele o chama, ele o coloca em uma condição de gloria. 1 Pe 5.10. Quem nos chamou para a sua glória eterna: e 1 Ts 2. 12. Visto que foste precioso aos meus olhos, e eu te amei, Isa 43.4; 1 Pe. 2.6. Para você que acredita, Cristo é precioso: ou como é no grego, ele é uma honra para você. Jesus Cristo, quando uma vez que você é chamado para um estado de crer, ele não é somente precioso para você, mas ele é uma honra para você.

E, por último, (o que se cumprirá no final), sereis chamados da terra ao céu e da sepultura à glória; esta será a sua chamada após a morte.

Em segundo lugar, ainda, a consideração disso, como, de quê e para quê ; então, pelo que você é chamado, deve aumentar seus louvores. Agora, para o que você é chamado? Você é chamado simplesmente de acordo com o propósito de Sua própria graça; não por obras previstas, nem boa educação, nem graça em você, nenhum de todos esses foram motivos no peito de Deus para chamá-lo. E, portanto, você pode ver que não havia nada em você, porque havia muitas coisas em nós que poderiam induzir Deus a não nos chamar: Muitas vezes temos resistido ao seu chamado; muitas vezes estrangulamos os movimentos de seu Espírito em nossos corações: de modo que nada há em nós, mas apenas sua própria graça que vence nossa impiedade e vence nossa má vontade, e supera aquela rigidez que está em nós; apenas a graça e bondade de Jesus Cristo. Agora, reúna tudo isso e gire-os em seus corações, e você verá que grande causa você tem para viver para engrandecer Jesus Cristo.

 

 

A Garantia de Nossa Vocação e Eleição – Parte 4

Por Christopher Love

Por isso, irmãos, procurai, com diligência cada vez maior, confirmar a vossa vocação e eleição; porquanto, procedendo assim, não tropeçareis em tempo algum.” (2 Pe 1.10)

Há muitos homens no mundo que são chamados exteriormente pela palavra para uma profissão de Cristo, que não são efetivamente chamados pelo Espírito para uma possessão de Cristo. Meu significado é o seguinte: Há muitos homens que têm a palavra de Deus trabalhando muito sobre eles, para a mudança de suas vidas, alterando seu curso, e novos moldes deles em uma profissão externa, que apesar de tudo isso nunca teve a graça salvadora operada sobre seus corações, que é um chamado eficaz: Muitos são chamados, mas poucos são escolhidos, diz Cristo, Mat 20.16. E esta é uma conclusão terrível para todos vocês que são professantes, que não têm uma obra salvadora em seus corações: para vocês que se reúnem para o ministério da palavra, mas não são chamados por isso.

2. Que aqueles que são chamados externamente pela pregação da palavra para uma profissão de Cristo, e ainda não chamados internamente pelo Espírito, eles sofrerão maior condenação e maiores tormentos no inferno, do que aqueles que nunca ouviram uma palavra de Jesus Cristo. Mat 8.12. Muitos virão diz Cristo, do Oriente e do Ocidente e tomarão lugares à mesa com Abraão, Isaque e Jacó, no Reino do Céu: e o que então? Mas os filhos do Reino serão lançados na escuridão total, onde haverá pranto e lamentação e ranger de dentes. Agora, quem são os filhos do reino? Não aqueles que têm o céu preparado para eles; mas os judeus professantes, que são chamados de filhos do reino, porque desfrutaram de uma medida maior, mais clara e completa das coisas de Deus, que lhes mostrou o caminho para o reino dos céus, do que a outros homens. E quando Cristo os chama de filhos do reino, ele chama os pagãos de filhos do mundo. Agora, muitos dos filhos do reino real serão lançados na escuridão total: Se houver algum lugar mais sombrio do que outro, será para os filhos do reino; aqueles que foram, por assim dizer, alimentados sob o cotovelo de Deus por orações; os filhos do reino real, eles terão uma porção mais sombria e um espaço sombrio no inferno do que outros homens terão, que nunca desfrutaram das ordenanças de Jesus Cristo.

3. Que há muitos homens, que são chamados somente externamente em uma profissão nua, que fazem por persuasões que nutrem em seus próprios corações, que eles são eficazmente chamados por Jesus Cristo; quando eles nunca tiveram nenhuma obra salvadora da graça em seus corações. Eu falei sobre isso algumas semanas atrás, de João, 8.41. Os judeus tinham fortes tendências, eles tinham Abraão como pai; e quando Cristo os expulsou disso, eles foram mais alto e disseram, nós temos Deus como nosso pai: e ainda o versículo 44. Cristo diz a eles, eles eram de seu Pai o diabo. E Amado, você também pode ser enganado, em ter persuasões fortes que você é chamado eficazmente, quando você é somente chamado externamente.

4. Que os que são arrogantes o parecer da sua própria bondade, sem ver sua necessidade de Jesus Cristo, são de todos os tipos de pessoas no mundo o mais improvável de que seja eficazmente chamado por Jesus Cristo. Exorto isso de Mat 9.13. Eu não vim chamar os justos, mas pecadores ao arrependimento. Observe, quem são eles? isto é, Cristo não veio chamar os fariseus, que eram justos aos seus próprios olhos, e que tinham uma consciência própria de que as coisas iriam bem com eles; e não viram a necessidade de um Mediador, Intercessor, e Redentor; Eu não vim chamar os justos: Jesus Cristo excluiu que tipo de homens foi chamado por ele: homens que têm uma presunção de sua própria justiça, sem sentir qualquer falta de Jesus Cristo. Em verdade, diz Cristo, então eu vos digo: Publicanos e prostitutas irão para o céu antes de vós. Eu irei chamar mais cedo publicanos e prostitutas, e o pior dos homens, então eu vou chamá-lo. Publicanos e prostitutas; Publicanos, eles eram o pior tipo de homem que existia, eles estavam sentados na alfândega expondo-se a uma grande quantidade de extorsões e barbáries: ainda estes homens devem ir para o céu antes de outros que fizeram uma profissão gloriosa de Jesus Cristo. Ainda,

5. Uma quinta conclusão triste, é esta, que quando outros são efetivamente chamados diante de seu rosto, e ainda assim você permanece não chamado, isso deve agravar grandemente seu pecado e condenação; quando (eu digo) vereis outros que vivem (provavelmente) na mesma casa com você, que ouvem na mesma congregação, que se sentam na mesma cadeira com você; quando você ouvir estes sendo chamados eficazmente, e você permanecer não chamado; isto deve aumentar grandemente o seu pecado e condenação. Mat 21.3. Marque como Cristo argumenta; ele insiste que aqueles homens que ouviram os mesmos sermões que os outros homens ouviram, eles foram convertidos; diz ele, você vê prostitutas e prostitutas convertidas, (aludindo a Maria Madalena, e outras) você vê isso, e ainda assim você não se arrepende, e ainda assim você não acredita: agora você vê uma, depois outra; e ainda assim, quando você vê isso, você não se arrepende para poder acreditar. Amados, esta é uma triste conclusão para vocês, que verão outros convertidos, quando vocês que porventura se deitarem na mesma cama, se sentarem na mesma mesa e ouvirem os mesmos Sermões na mesma Congregação; ainda assim, eles serão convertidos e chamados, e você não: isso aumentará grandemente o seu pecado e condenação.

6. Para quem quer que Deus pretenda chamar efetivamente, é a maneira comum de Deus chamá-los pelo ministério de sua palavra. 2 Tes 2.13, 14. É dito lá que eles foram chamados por meio da santificação do Espírito e da fé na verdade, para obter a glória eterna por Jesus Cristo: eles foram chamados pela fé na verdade, isto é, por crer na palavra pregada, e amar a esta palavra; a fé vem pelo ouvir: a fé é a primeira graça do chamado cristão, e isso vem pelo ouvir. Rom 10.17. Então Atos 26.17, 18. Quando Cristo chama e converte os gentios, ele não o faz imediatamente, mas usa o ministério de Paulo: Vai tu, ensina os gentios, e traze-os das trevas para a luz, e do poder de Satanás para Deus. Deus ainda o faz pela pregação de sua palavra. Agora, esta é uma palavra triste para três tipos de homens. Primeiro, é uma palavra triste para aqueles que nunca se sentaram sob a poderosa pregação da palavra, eles estão fora da maneira comum de Deus de serem salvos.

2. É uma palavra triste para aqueles que podem gostar da palavra, mas ainda assim a desprezam; também não é provável que sejam chamados.

3 É uma palavra triste para aqueles que deixam o caminho comum do chamado de Deus pela pregação da palavra, e confiam em aberturas, revelações, inspirações e meios extraordinários para que Deus os chame: infelizmente, eles também estão fora da maneira ordinária de chamar de Deus; pois Deus ordinariamente usa essa maneira de chamar uma alma pela pregação de sua palavra. Lucas 15.22.

7. Que se os homens continuarem por muito tempo desfrutando da palavra, e não forem efetivamente chamados por ela, provavelmente nunca serão chamados. Eu recomendo-lhe uma passagem para provar isto, em Lucas 13.6, 7. onde Cristo fala a você de uma figueira, ele diz que por três anos esteve à procura de frutos, e não encontrou nenhum; o agricultor orou para poupá-la por mais um ano e, se não desse fruto, ele deveria cortá-la e jogá-la no fogo. Agora, esta figueira eram os judeus professos, que colocaram algum tempo competente sob o ministério de Cristo e de seus apóstolos; e esta figueira, se fosse poupada apenas um ano, e não produzisse fruto, então seria cortada: e Cristo o fez; aparece que ele a amaldiçoou e disse, nunca mais frutos cresçam nesta árvore. Agora, você perguntaria qual é o significado de tudo isso? Ora, amado, uma figueira, se não dá fruto dentro de quatro anos após ter sido plantada, é provável que nunca dê fruto: E aqui a parábola volta para casa até agora, que se após alguma competência de tempo, em que com toda probabilidade os homens podem ter algumas faíscas forjadas neles pelo ministério da palavra; se depois de tudo isso eles não forem convertidos, a maldição da figueira deve se abater sobre o coração daquele homem; nunca deixe a palavra fazer mais bem àquele homem, e nunca deixe a graça crescer mais no coração daquele homem; que nunca mais frutos cresçam naquela árvore: a parábola afirma que, se você viver sob o gozo da palavra por muito tempo, e não se converter, é um argumento que você não será chamado. E esta é uma consideração dolorosa a todos os homens antigos, que viveram mais do que muitos Ministros e viram seus Ministros enterrados; seus Ministros gastaram suas forças e desperdiçaram seus pulmões pregando para eles, e ainda assim eles são tão profanos como sempre, e tão soltos como sempre, e tão indiferentes a Deus e à graça como sempre; na verdade, você está em um caso muito triste se for assim com você, provavelmente você nunca será chamado por Jesus Cristo.

8. Que Deus, nas dispensações de sua graça, normalmente não permite que a vocação eficaz seja dirigida à espécie de homem mais rico do mundo; mas sim para os tipos e classes de homens mais pobres que existem. Eu me lembro que Agostinho em um de seus livros tem este ditado: Homens incultos, eles arrebatam o céu de nós que somos grandes eruditos: e verdadeiramente, como era em seu tempo, assim é agora: homens que são grandes eruditos, que entendem a Escritura, conhecem Línguas, eles se transformam em inferno, quando não eruditos e pobres homens, eles ganham o paraíso. Deus escolheu os pobres deste mundo para serem ricos na fé. Em todas as dispensações de sua graça (embora ele chame alguns homens ricos, é verdade, para conduzir o trabalho, e apoiar seu povo; no entanto, o chamado eficaz de Deus não ocorre tão comumente entre os homens ricos, como os pobres do mundo: os pobres, diz Cristo, recebem o Evangelho; os escribas eruditos e doutores entre os judeus e os fariseus ricos, todos eles desprezaram Jesus Cristo, quando os pobres e ignorantes que não conheciam a Lei, eles o seguiram. 1 Cor 1.26. Nem muitos sábios, nem muitos nobres, nem muitos poderosos são chamados; mas Deus escolheu as coisas pobres deste mundo e as coisas que são desprezadas, sim, e as que não são, para reduzir a nada as que são. Aqui você vê claramente esta conclusão provada, que o chamado eficaz de Deus não ocorre normalmente e comumente entre os maiores tipos de homens do mundo, mas ocorre entre os tipos de homens mais pobres, eles normalmente dão o melhor entretenimento ao Evangelho. E a razão disso é:

1. Para magnificar as riquezas de sua graça: se Cristo chamasse os homens ricos apenas e principalmente, muitos pensariam, seria apenas a riqueza e a honra deles que moveu Cristo a chamá-los: Cristo, para vindicar e magnificar sua graça, ele chamará pobres desgraçados, que alguém pensaria que não deveria haver nada aos olhos da razão ou do bom senso, por que Deus deveria lançar um olhar de favor sobre eles.

2. Magnificar e manifestar seu poder, para que ele preserve uma companhia de gente pobre e desprezível, entre tantos inimigos, tão potentes e tão ricos, que nunca serão capazes de derrubá-los.

3. Porque os homens ricos encontram-se sob mais tentações contra a vocação eficaz, então os pobres sofrem. Homens ricos pensam que, se eu for chamado para ser professante, posso perder minhas riquezas, colocar em perigo meu estado de conservação e eclipsar minha honra; e essas são grandes tentações para os ricos impedirem sua vocação. Portanto, você leu Marcos 10.22, do jovem, que quando Cristo o chamou, é dito que ele partiu triste, pois tinha grandes posses; e não quis seguir a Cristo, que não tinha uma casa onde colocar sua cabeça. Muitos homens, com medo de perder suas propriedades, encontram-se sob esta dolorosa tentação, para impedi-los de serem chamados: E também por sua honra; os homens podem pensar que destruirão sua honra, caso professem um curso de religião, Gál 2.2. Prego publicamente entre as pessoas comuns, diz Paulo, mas prego em particular para homens de reputação, para não correr em vão. Por mais que ele dissesse, homens de qualidade e reputação, eles não possuiriam Cristo publicamente, eles temiam perder sua honra e crédito; portanto, Paulo foi forçado a condescendê-los a ponto de pregar a eles privadamente. Por isso Nicodemos, um grande homem, veio a Jesus à noite.

9. Se você é chamado apenas externamente para uma profissão de Cristo, e não chamado internamente para uma possessão dele, em um momento ou outro antes de morrer, Deus descobrirá a hipocrisia de seu coração, e a insanidade de seu chamado. Muitos homens são chamados agora; um homem não pode discernir se é efetivamente chamado ou não; mas é provável que, antes de morrer, você descubra um ou outro que pode dar base à suspeita de que você não foi chamado para a salvação, seja por cair em algum erro de julgamento ou por incorrer em algum pecado escandaloso ou algo parecido.

Por último, se Deus não tem, ou não pretende chamá-lo eficazmente, você pode tomar isso como uma verdade inegável, Deus não pretende justificar-te, nem salvar-te: a quem ele chama eficazmente, eles são justificados, e ninguém mais; e a quem ele justifica, a eles glorifica, e ninguém mais: De modo que a justificação e a glorificação dependem da chamada, Rom 8.30.

Devo agora mudar meu discurso e voltar minha palavra a uma segunda espécie de homens, e a eles apresentarei dez conclusões consoladoras, para o conforto de vocês que são chamados de Jesus Cristo. E aqui, antes de estabelecer isso, devo primeiro mostrar a você a necessidade de que os ministros preguem confortavelmente a vocês que são efetivamente chamados. Porque primeiro, depois de ser chamado efetivamente, você fica mais exposto às perseguições dos homens. Em segundo lugar, tentações do diabo. Em terceiro lugar, as lutas mais fortes contra as corrupções interiores, como nunca antes; portanto, você precisa de conforto.

1. Eu digo: Depois da conversão, você fica mais exposto a enfrentar perseguições dos homens do que antes. Heb 10.32,33. Chame à lembrança os dias anteriores, nos quais, depois de ter sido iluminado, você suportou uma dura luta de aflição, em parte por ser reprovado e feito objeto de observação etc. Eles não suportaram nada antes, mas depois que foram iluminados, eles suportaram uma grande luta de aflições: você não precisava, portanto, de conforto?

2. Depois da chamada, você está mais exposto às tentações do Diabo do que nunca. O Diabo, quando encontra todas as coisas em paz, deixa os homens em paz; mas quando ele encontra um homem saindo de suas garras para ser chamado, então Satanás o perturba e o ataca. 1 Pe 5.8-10. Seu Adversário, o Diabo, anda como um leão que ruge, procurando a quem possa devorar. Estes foram os que o Deus da graça chamou para a glória eterna. No entanto, são estes contra os quais o Diabo tanto recrimina. Você não precisava, portanto, de consolo, por estar exposto a mais tentações do Diabo?

E 3. Você deve se deparar com operações mais fortes e vigorosas de corrupções interiores em seus próprios corações; como Paulo, antes de seu chamado não fosse perturbado por suas corrupções, o pecado nunca o perturbaria, as operações poderosas e vigorosas de suas concupiscências nunca o cansariam; mas quando a ordem veio, o pecado reviveu: Quando o poder da palavra veio com a autoridade sobre sua consciência, então ele viu o pecado reviver e obter força sobre ele. Amados, eu apelaria a qualquer um de vocês, a quem Deus chamou para a graça e a glória, se antes de serem chamados, você alguma vez achou o pecado tão forte como depois, e já achou as operações de suas corrupções interiores tão violentas como depois? E, portanto, com base nessas três razões, você precisa que o conforto seja pregado a você.

Passo agora às Conclusões, que estabelecerei para o conforto de todos os que são efetivamente chamados.

1. Que Jesus Cristo efetivamente chama um pobre pecador, antes que esse pecador se interesse por Jesus Cristo. Se Deus impusesse o céu com esta condição, que você que tinha sido o primeiro na transgressão, deveria ser o primeiro a buscar a reconciliação, nunca deveríamos ter a diferença terminada entre Deus e nós; mas eis que aqui está misericórdia e aqui está uma base de conforto, que embora sejamos os primeiros na transgressão, Cristo é o primeiro em processar a Reconciliação: Jesus Cristo realmente chama pobres pecadores, antes que eles chamem ou procurem Jesus Cristo. Is 65.1. Fui procurado pelos que não perguntaram por mim, fui achado pelos que não me procuraram; Eu disse: Eis-me aqui, a uma nação que não foi chamada pelo meu nome. Aqui você vê, Jesus Cristo sai primeiro para chamá-lo, antes que você saia para chamá-lo. E que conforto é esse? Cristo não fica até que você pergunte por Cristo, mas Cristo lança um olho sobre você antes que você se importe com ele. Nós lemos de Mateus, o pubcano, que enquanto ele estava cuidando de seu dinheiro sob custódia, naquela época Jesus Cristo estava cuidando de sua alma. Lemos dos Discípulos de Cristo, enquanto eles estavam consertando as redes, e cuidando de seus peixes, Jesus Cristo toma esta ocasião com o anzol do Evangelho para pegá-los. Lemos sobre Paulo, que enquanto respirava perseguição contra a Igreja de Deus e se enfurecia com malícia contra os santos de Deus, naquela época foi chamado a ser santo: De modo que isso é muito confortável. Deus cuida primeiro de um pecador em sua vocação eficaz, antes que um pecador olhe para Cristo. Deus cuida primeiro de ti, iluminando-te com um sermão e apoderando-se da tua consciência por meio de uma ordem, antes de tu cuidares dele.

2. Que Jesus Cristo te chamou eficazmente, quando ele deixou muitos milhares no mundo, de melhores dotes e melhores disposições, com mais bem natural e menos mal neles do que tu mesmo; e ainda assim ele os rejeitou e te chamou. Jesus Cristo muitas vezes rejeitou um pagão paciente, quando te chamou, que és de disposição rígida e apaixonada. Jesus Cristo deixou muitos engenhosos curiosos e eruditos grávidos, e muitas partes singulares, que tivessem a graça de administrá-los, eles poderiam trazer muita glória a Deus; e pode ser que ele te chamou, uma pobre criatura estúpida e ignorante. Jesus Cristo (pode ser) rejeitou muitos que tinham menos pecado do que tu tens em ti. Jesus Cristo rejeitou muitos pagãos honestos, quando ele chamou Maria Madalena, que tinha sete demônios nela: Cristo rejeitou Simão, o mago, e rejeitou Agripa, um cristão meio destruído, e rejeitou Herodes, que ouviu João Batista alegremente, e Félix, que tremeu diante de um sermão, e rejeitou Acabe, que humilhou sua alma perante Deus; quando pode ser que ele tenha te chamado, que nunca teve tal operação em teu coração como estes homens tiveram: E, ó, que base de conforto está aqui!

3. Deus, ao chamar tua alma e te levar a um estado de graça, ele o faz livremente por amor a seu próprio nome; quando não havia nada em ti para movê-lo a chamá-lo; quando havia muito em ti para provocá-lo a nunca te chamar, ainda assim, sua própria graça o compeliu, e sua própria misericórdia o comprometeu a te chamar. 1 Tim 2.9. Somos chamados de acordo com o propósito de sua própria graça, não de acordo com nossas próprias obras.

4. Que aqueles que são mais sensíveis à sua própria vileza, e veem o que mais falta e necessidade de Jesus Cristo, eles de todas as pessoas são os mais prováveis ​​de serem chamados por ele. Quando Cristo rejeita os homens civis honestos, os presunçosos e os homens moralmente bons, e não é provável que sejam chamados; no entanto, aqueles homens que são conscientes de sua iniquidade e veem sua falta de Jesus Cristo, eles são, de todos os homens, os mais prováveis ​​de serem chamados. Mat 9.13. Não vim chamar justos; mas quem? mas pecadores ao arrependimento. Todos os homens são pecadores, mas ele quer dizer aqueles que veem seus pecados e veem sua necessidade de Cristo para perdoar e subjugar o pecado neles, pois assim as palavras importam: O são não precisa de um médico, mas sim aqueles que estão doentes: Aqueles que estão doentes de pecado, e veem suas enfermidades, eles são mais prováveis ​​de serem chamados por Jesus Cristo. E, portanto, isto é mais confortável para vocês, todos vocês que são Cristãos abatidos, que abaixam suas cabeças sob o senso de pecado, que veem o pecado como excessivamente pecaminoso; este é o fim pelo qual Cristo veio ao mundo, para chamá-lo à glória.

5. Que um homem pode ser eleito por Deus desde toda a eternidade, e ainda assim ele pode viver muito tempo em um curso de pecado, antes de chamá-lo, e ainda antes de morrer ele será chamado. João 10.16 Dou a minha vida pelas minhas ovelhas; e tenho outras ovelhas que não são deste rebanho, também devo trazê-las; e elas ouvirão a minha voz e haverá um rebanho sob o mesmo pastor, etc. O significado é este; Cristo disse-lhes que seus convertidos eram suas ovelhas; e que estes não são todos, mas tenho outros que não são convertidos? Contudo, vou convertê-los e trazê-los ao mesmo aprisco também. Para que Cristo tenha suas ovelhas entre aquelas que ainda não foram convertidas e chamadas: e embora muitas vezes você possa ir por muito tempo no caminho do pecado, ainda antes de morrer, você será efetivamente chamado e levado para casa no redil de Jesus Cristo.

6. Um homem pode ser efetivamente chamado, quando em sua própria apreensão não puder encontrar nenhuma evidência real e sólida de sua vocação. Esta frase em Pedro importa, 2 Ped 1.11. Quem não faz essas coisas é cego e não enxerga de longe. É falado de um homem piedoso, de um homem que tem sua eleição certa, mas não adiciona graça à graça para assegurar sua vocação, que o homem é cego e não pode ver de longe; isto é, não pode ver tão longe quanto deveria, que seu nome está escrito ali; não pode ter o conforto mais claro e forte de pertencer a Deus. Muitos homens santos podem ser eficazmente chamados, e ainda que sendo o homem um homem cego, não é capaz de se ver como com o rosto descoberto a evidência de sua vocação eficaz.

7. Um homem pode ter certeza fundamentada de que foi efetivamente chamado, mas não saber a hora, nem a maneira como, nem o instrumento pelo qual foi chamado. E esta é uma conclusão muito confortável. Há alguns que tiveram uma conversão tão rápida, que se um homem não pode dizer o momento em que, ou a maneira como, ou o Sermão pelo qual foi chamado, dizem que ele ainda não é convertido; isso é uma doutrina muito rígida, e a Escritura faz mais para a confirmação desta, que um homem pode ter uma garantia fundamentada da sua vocação eficaz, quando ele não conhece o tempo, nem a forma, nem o instrumento pelo qual ele foi chamado. Marcos 4.27.E ele disse, assim é o Reino de Deus, como se um homem lançasse semente à terra, e dormisse, e se levantasse noite e dia, e a semente germinasse e crescesse ele não sabe como. A semente aqui semeada é obra da graça, pois assim é o Reino de Deus, diz Cristo: e aqui esta semente brota, o homem não pode contar o dia em que a semeou, nem como a espalhou, mas esta semente brota e ele não sabe como. Assim, um homem pode ter a semente da graça plantada em seu coração, que é uma vocação eficaz, e ainda assim ela cresce sem ele saber como, nem quando foi chamado.

8. Para que aqueles que são chamados por Cristo, sejam guardados por Cristo, para que não caiam de sua chamada, mas sejam levados ao estado de glória; e esta é outra conclusão confortável: você não foi chamado por Cristo e, portanto, entregue a si mesmo e ao mundo inteiro, como Adão foi. Adão foi chamado por Deus para um estado de bem-aventurança: mas ele foi deixado por sua própria força, mas você não é assim: Você não é apenas chamado por Cristo, mas você é mantido por Cristo, para que não caia da graça, sendo uma vez chamado para isso: Judas 1. Judas, o servo de Cristo, para os que são santificados por Deus Pai, preservados em Cristo e chamados. Aqui, então, está o seu conforto, que você não foi chamado por Cristo, e deixado a si mesmo; mas você foi preservado por Cristo, e chamado e mantido em um estado de graça, até que você chegará à glória. Portanto, 1 Tes 5.24. Fiel é aquele que te chamou, e o fará: isto é, levar-te àquela glória para a qual foste chamado.

9. Quando Cristo tem a intenção de chamar um pobre pecador, nem sua pobreza, nem sua impiedade impedirá o chamado de Jesus Cristo. Não a sua pobreza; Deus escolheu os pobres deste mundo para serem ricos na fé e herdeiros de um reino. Tg 2. Não a sua impiedade; Os pobres cristãos pensam: Oh, sou tão vil, pecaminoso e profano que temo que Cristo não me chame: Ora, isso não atrapalhará: Maria Madalena, uma Prostituta, possuída por sete demônios, mas chamada: Manassés um sugador de sangue, que fez as ruas de Jerusalém correrem com sangue, ainda chamado: Paulo um perseguidor, um blasfemador, um homem louco de raiva contra a Igreja de Deus, mas obteve misericórdia: e por que? Para que ele possa ser um exemplo para aqueles que depois devem ser chamados. Portanto, aqui está o seu conforto, quando Jesus Cristo tem o propósito de chamá-lo, nem a sua Pobreza, nem a sua Impiedade resistirão à sua chamada, nem desviarão os pensamentos da sua misericórdia de você.

10. Que embora nenhum homem possa se intrometer nos Decretos de Deus sobre Eleição e Reprovação, se você puder cumprir sua Vocação Efetiva, poderá ter a certeza de sua eleição e de sua glorificação. Embora nenhum homem, eu digo, possa entrar no seio de Deus para conhecer seus decretos secretos, ainda se você puder encontrar em bases boas e bíblicas, que você é realmente eficazmente chamado, você pode ter certeza de que é eternamente eleito, e no futuro viverá em glória. Rom 8.28. A quem predestina, a esses chama, a quem chama, a eles justifica, e a quem justifica, a esses glorifica. E, portanto, confortem seus corações nestas Conclusões consoladoras sobre o chamado eficaz.

 

 

 

 

 

 

A Garantia de Nossa Vocação e Eleição – Parte 5

Por Christopher Love

Por isso, irmãos, procurai, com diligência cada vez maior, confirmar a vossa vocação e eleição; porquanto, procedendo assim, não tropeçareis em tempo algum.” (2 Pe 1.10)

Devo agora abordar seis casos de consciência, que tratarei sobre o chamado eficaz. Três dos quais dizem respeito a homens não efetivamente chamados, e três tocantes aos crentes, que são chamados por Cristo à graça aqui, e às esperanças de glória no mundo vindouro.

Os três primeiros casos que afetam homens ímpios são estes:

Primeiro, se um homem ímpio é capaz de resistir ao seu próprio chamado?

Em segundo lugar, que tentações o Diabo sugere para impedir um homem ímpio de receber e abraçar a chamada de Jesus Cristo?

Em terceiro lugar, que ilusões o Diabo usa para enganar os hipócritas, para fazê-los presunçosamente acreditarem que são efetivamente chamados, quando não o são?

Existem três casos que tocam mais homens piedosos: Como:

Primeiro, se um homem que é efetivamente chamado pode ter a certeza de que o é?

Em segundo lugar, se um homem pode ter certeza, então qual é a razão pela qual muitos homens piedosos não têm certeza de sua vocação eficaz?

E então, em terceiro lugar, como ele pode obter a certeza de sua chamada eficaz?

Começo com o primeiro, sobre os homens ímpios que não são chamados; e o caso é este.

Primeiro, se pode um homem ímpio, um homem ainda não chamado, ser capaz de resistir e evitar sua própria chamada?

E para que você possa entender a resposta a isto, devo estabelecer esta distinção; Que existe uma dupla chamada de Cristo:

Um chamado significativo e um chamado operativo.

Primeiro, uma chamada significativa, que é uma vocação em que - por Cristo no ministério da palavra, significa e declara o que ele deseja que os homens façam: Agora, a esse tipo de chamada, os homens ímpios podem resistir; esta chamada, eu digo, e esta vontade revelada de Deus, ao declarar que graça ele deseja que os homens tenham, e que pecado deseja que os homens abandonem: Portanto lemos, Atos 7.5. Vocês são pessoas de dura cerviz e incircuncisos de coração e ouvidos, vocês sempre resistiram ao Espírito Santo; significando a pregação da palavra, pelo ministério de seus apóstolos. Então Prov 1.24. Eu chamei e vocês recusaram, etc.

Mas então, em segundo lugar, há um chamado operativo, e esse é um chamado, pelo qual Deus não significa apenas para um homem o que ele deve fazer, mas com a significação de sua vontade, dá a um homem o poder de fazer o que ele o chama a fazer, acompanhando a palavra com o seu Espírito, fazendo o coração inclinar-se e render-se a Jesus Cristo.

Agora, a esse chamado nenhum homem pode resistir; A graça é irresistível; e a este chamado eficaz pela operação do Espírito, um homem não pode resistir. Todas as declarações de ganho do coração, e toda a rigidez da vontade deve rebaixar, e deve ser submetido a Jesus Cristo, João 6.37. Tudo o que o Pai me deu, diz Cristo, virá a mim. Eles não serão capazes de resistir a Jesus Cristo, mas virão a ele. Então Is 55.10. Como a chuva desce, e a neve do céu, e não volta para lá, mas rega a terra para fazê-la produzir, assim será a minha palavra que sair da minha boca, não voltará em vão; mas cumprirá o que pretendi e prosperará naquilo para que a enviei. Como todo o mundo não pode impedir que a chuva caia sobre a terra, nenhum homem mais no mundo pode, se Deus tiver a intenção de convertê-lo e chamá-lo, impedir o benefício da palavra para redimir sua alma.

Agora, a resposta deste caso, assim resumidamente, admitirá uma dupla aplicação.

Primeiro, uma aplicação de condenação para homens ímpios, que muitas vezes resistiram ao chamado significativo de Jesus Cristo. Quando Cristo definiu, esta é minha vontade, eu gostaria que você deixasse estes cursos, e eu gostaria que você andasse por estes caminhos; Cristo representa sua vontade no ministério do Evangelho; ainda assim, deixe Cristo significar o que ele quiser, você fará o que você quiser; isso é para a sua grande condenação.

Em segundo lugar, a resposta a esta pergunta, é para consolo aos homens eleitos, que ainda não foram convertidos. Você pertence à Eleição de Deus? Por que, antes de se converter, você tem um coração teimoso e contraditório, tens um espírito forte contra Deus, teu coração é tão duro como um diamante, tão duro como as rochas; no entanto, aqui está o teu consolo, todos os ganhos do teu espírito, e toda a teimosia da tua vontade, não será capaz de deixar de converter a misericórdia, e não será capaz de deixar de chamar a graça de ti: Quando Deus tiver com a intenção de chamá-lo, ele virá com o poder por seu chamado, e fará com que você faça o que ele lhe ordena, e fará com que você abrace o que ele o chama. Se Jesus Cristo não usasse uma chamada operativa, bem como uma chamada significativa, nenhum homem no mundo jamais seria chamado. E esta é a razão, que ao ouvir o mesmo sermão e seguir o mesmo pregador, um homem se converte, e um outro não. A razão é esta: A chamada do Ministério é apenas uma chamada significativa de um Reprovado; significando apenas o que Deus deseja que ele faça: Mas não há poder transmitido com o convite para tornar o homem capaz de fazer o que Cristo o chama para fazer; e, portanto, um é chamado, o outro não.

Em segundo lugar, que tentações o Diabo sugere aos homens, que não são chamados, que não deem entretenimento ou aceitem o chamado de Jesus Cristo para a graça e a glória? E em resposta a isso, apresentarei apenas quatro sugestões do Diabo, com as quais ele embaraça um homem, para que ele não deva seguir a religião de Jesus Cristo. Como:

1. A primeira tentação que o Diabo sugerirá é para vocês, que são jovens; e a você ele sugerirá que você ainda é muito jovem para aceitar o chamado de Jesus Cristo: haverá um tempo depois, e você pode fazer isso em breve; vocês são muito jovens agora para serem restringidos de seu prazer e mortificar suas luxúrias, e dirigir-se a um proceder tão sério como Cristo os chama: e por esta tentação, o Diabo prevalece mais com os jovens especialmente.

Deus é o autor de sua vida; as questões da vida e da morte estão em suas mãos; você pode morrer na juventude desnecessariamente, você pode estar condenado, assim como morto. Você pode ser como esses homens, Jó 36.14. que morrerão em sua juventude, e suas vidas estarão entre os impuros. E embora o Diabo possa tentá-lo, que você é muito jovem, visto que não pode assegurar-lhe de suas vidas, você não tem nenhum motivo para dar ouvidos à sua tentação.

Em segundo lugar, suponha que o Diabo pudesse garantir a você que você deveria viver até a velhice; no entanto, leve em consideração que, ao adiar sua vocação e a obra de conversão desde sua juventude, isso pode provocar a Deus, a fim de que ele endureça seus corações em seus dias antigos, de modo que vocês não tenham coração em que pensar, e abraçar o chamado e o convite de Jesus Cristo. Jer 22.21. Eu te falei na tua prosperidade, mas tu não queres ouvir, e este tem sido o teu comportamento desde a tua juventude; Tu não queres obedecer à minha chamada. Deus falou, mas eles não quiseram ouvir, e foi desde a juventude que assim fizeram; portanto Deus nunca mais falaria: Deus endureceu seus corações, para que eles nunca recebessem ou abracassem a

É por isso que Davi, depois de ter sido chamado pelo poder da palavra, clama: Salmos 25. Senhor, não te lembre dos pecados da minha juventude; que embaraçou e irritou sua consciência, os pecados de sua juventude antes de sua chamada.

Amados, quanto mais maldade você encontra em seus dias da juventude, maior e mais profundo alicerce de inquietação e tristeza vocês colocam em suas almas em seus últimos dias, embora devam ser chamados por Jesus Cristo.

Agora, oh, como isso deve vencer a tentação de que você é muito jovem para seguir a Cristo, porque Cristo leva isso tão gentilmente em suas mãos, se você aceitar esta chamada a tempo? Não, Cristo leva isso tão bondosamente, que ele ama a Moralidade e Civilidade pura nos rapazes; e, portanto, é dito em Mateus, quando Cristo viu o jovem, e ele disse a ele, eu tenho observado essas coisas desde a minha juventude, Cristo olhou para ele e o amou: Cristo mostrou um amor geral para com os jovens, aquele era apenas um homem moral desde sua juventude; e se Cristo ama a moralidade, ele amará muito mais a piedade e a verdadeira sinceridade.

Há uma segunda sugestão do diabo aos Homens idosos. Diz o Diabo para eles, agora você não pode dar entretenimento ao chamado de Jesus Cristo, pois você tem chamados no mundo para seguir; você tem uma vocação específica e deve prover a esposa, os filhos e a família, e guardar para os tempos futuros, contra a velhice e a doença, e, portanto, você não pode ficar à vontade agora para dar entretenimento ao chamado de Jesus Cristo; quando estou mais à vontade, posso cuidar de minha vocação eficaz: E isso também fica muito perto de muitos.

E para tirar essa sugestão do Diabo, deve ser considerado:

Primeiro, Deus nunca pretendeu que nossa vocação externa nos impedisse de alguma forma na obra de nossa conversão. Deus nunca pretendeu que nossos implementos na terra justificassem a provisão necessária para o céu. Mas Deus deu nossos chamados aqui no mundo, que os criou e ordenou para serem subordinados à nossa vocação geral e eficaz, ao grande negócio da glória de Deus e de nossa própria salvação.

Diz-se de Noé que ele andou com Deus, e foi perfeito em sua geração. E ainda Noé foi empregado por Deus por algum tempo, a saber, por 120 anos em um chamado de artesanato, para construir uma Arca, para mostrar que Deus nunca pretendeu que Noé fazendo uma Arca deveria impedir de alguma forma seu andar com Deus, ou de continuar o trabalho de sua alma.

Em segundo lugar, considere você que faz este apelo, se você não absorver muito tempo de sua vocação exterior, que você não implique nas preocupações de suas almas, mas nas obras do pecado e de Satanás. Muitos homens podem alegar que não têm prazer em orar, nem prazer em ouvir um sermão; ele deve seguir seu chamado secular; ainda assim, esse homem pode seguir uma prostituta e uma taverna, e esses homens podem passar um dia inteiro em recreação e, ainda assim, não podem poupar tempo, não encontram prazer em dar ouvidos a Jesus Cristo. Esta agora deve ser uma grande convicção para você que finge que deve seguir seu chamado, que pode negligenciá-lo, seguir seus rumos sensuais e vãos, e ainda assim não pode perder tempo para fazer sua alma feliz.

Em terceiro lugar, você que pleiteia sua vocação externa no mundo, para ser uma desculpa por que você não pode dar ouvidos à sua vocação efetiva por Jesus Cristo; considere isto, que este apelo já condenou muitas almas antes de você, e irá condená-lo também, se você não olhar para isso. Este tem sido um apelo antigo, Luc 14.18-20. Quando Cristo chamou uma companhia de homens ali para ir a ele, que desculpa eles deram? Diz um: Comprei uma junta de bois e devo prová-los. Comprei uma Fazenda, diz outro, e devo administrar isso. Casei-me com uma esposa e, portanto, não posso ir, diz um terceiro. Todos esses chamados eram lícitos e, ainda assim, esses chamados os mantiveram longe do Céu e de Jesus Cristo.

Em quarto lugar, considere isto, que este seu apelo (ao fazer suas chamadas são uma desculpa para negligenciar sua vocação eficaz), é a única maneira de provocar Deus para amaldiçoar e explodir todas as suas chamadas externas para você, e engajá-lo para amaldiçoar tudo em que você colocar suas mãos. Ageu 1.6. Porque eles negligenciaram a Adoração de Deus e as Ordenanças de Deus, Portanto, diz Deus, você terá muito, mas será em nada; e o que você conseguir, você deve colocar em um saco com buracos: Você perderá tudo o que você conseguir, e tudo o que você semear e tudo o que você trabalhar, porque você não cuidaria da adoração de Deus. Portanto, Miquéias 6.13, 14. Eu te deixarei doente ao te golpear e desolado por causa de teus pecados. Comerás e não te fartarás; semearás e não colherás; pisarás azeitonas e não te ungirás com óleo; e fazer vinho doce, mas não o beberás. Pois os estatutos de Onri são observados, e todos os costumes da casa de Acabe, e você anda nos conselhos deles. Tanto quanto se o Senhor dissesse: Não darás ouvidos aos meus Estatutos e aos meus Conselhos, mas aos estatutos de Onri e aos conselhos de Acabe atenderás: Portanto agora comerás e não ficarás satisfeito; semearás e não colherás: Isto é, Deus amaldiçoará o que você tem e o que você faz, porque você não dará ouvidos às chamadas e conselhos de Deus. Então Deut 28.38 a 46. Levarás muita semente para o campo e colherás muito pouco; os gafanhotos a consumirão; há uma única maldição: E plantarás vinhas, mas não beberás o vinho, nem colherás as uvas; o verme as comerá; outra maldição. Terás oliveiras em todas as tuas costas, mas não te ungirás com azeite, porque as tuas Oliveiras cairão; há uma terceira maldição. Terás filhos e filhas, mas não os desfrutarás; todas as árvores e frutos da Terra serão consumidos. Agora, qual é a razão de tudo isso, que Deus deve assim explodir seus chamados e seus confortos? Versículo 45. Sim, todas essas maldições virão sobre ti, e te perseguirão, e alcançarão, porque não deste ouvidos à voz do teu Deus, para guardar os seus mandamentos e os seus estatutos que ele te ordenou.

Agora então, Amado, pense nisto, você que faz de seus chamados um apelo por que você não pode dar ouvidos ao chamado de Cristo; este apelo é uma grande provocação para encorajar Deus a explodir e amaldiçoar seus próprios chamados seculares a você.

Em quinto lugar, leve em consideração que Deus irá abençoá-lo quanto mais abençoá-lo em seus chamados seculares e prosperá-lo no trabalho de suas mãos, e mais consciencioso você será em ouvir o chamado e convite de Jesus Cristo. E a razão é porque a Piedade não tem apenas uma promessa da vida por vir, mas desta vida também. 1 Tim 4.8.

Em terceiro lugar, o Diabo sugere que, se você oferecer entretenimento ao chamado de Jesus Cristo, isso o exporá a uma grande quantidade de pobreza e perseguição neste mundo; e, portanto, você não deve dar ouvidos à sua chamada: E ele insistirá nas Escrituras para isso. Primeiro, pela pobreza, o Diabo pressionará Mat 8.19, 20. Cristo disse, as raposas têm covis, os pássaros do ar têm ninhos; mas o Filho do homem não tem onde reclinar a cabeça: O Diabo insistirá nesta Escritura e lhe dirá que você está exposto à pobreza, necessidade e mendicância, se seguir a Cristo.

E também para a perseguição, que eles não são apenas expostos à carência, Mateus 10.38. Você deve pegar a cruz: esses são termos tediosos para carne e sangue, e isso agride maravilhosamente e impede os homens de receberem Cristo.

Em primeiro lugar, os servos de Deus dos tempos antigos, tiveram pobreza em vez de prosperidade; e perseguição com o povo de Deus, então para não desfrutar das vaidades e lucros deste mundo com homens ímpios. E esta foi a escolha de Moisés, Heb 11.24 25. Moisés quando chegou à maturidade, recusou-se a ser chamado de filho da Filha de Faraó; preferindo sofrer aflição com o povo de Deus, do que desfrutar os prazeres do pecado por uma temporada; estimando o opróbrio de Cristo melhor do que todas as riquezas do Egito.

E amado, isso é uma verdade; embora um homem deva ser um mendigo, se ele for rico em fé, ele é o homem mais feliz do mundo. Embora um homem deva mendigar seu pão de porta em porta, se ele pode implorar a Cristo e tê-lo, e implorar graça e tê-la; ele é o homem mais rico da terra. Esta, portanto, é minha primeira resposta, que os servos de Deus tiveram mais aflições com o povo de Deus, depois tiveram mais prazer que os homens ímpios.

Em segundo lugar, suponha que você enfrente pobreza e perseguição ao seguir a Cristo, mas considere, Jesus Cristo lhe dá abundante recompensa com aquela paz interior, e alegria interior ele preenche seus corações, por todos os problemas exteriores que você encontra no mundo. João 16.33. No mundo você terá tribulação; mas marque o Cordial, Em mim tereis paz, portanto, tende bom ânimo, eu venci o mundo. Apesar de você ter problemas no mundo, mas você tem alegria em mim e paz em mim; e, portanto, por que você deveria estar escandalizado em Mim?

Considere: Embora você tenha falta de muitas coisas no mundo, ainda assim, você não terá falta de nada que seja bom para você; Sal 84.11. Ele dará graça e glória, e nada de bom ele negará àqueles que vivem uma vida piedosa. Se as riquezas forem boas para você, você não terá falta delas; se a propriedade for boa para você, você não terá falta disso; pois ele não reterá nada daqueles que vivem uma vida piedosa.

Um coração misericordioso, se ele tem ou pode descobrir que tem um interesse real em Cristo, embora ele não tenha muito no mundo, ele pensa que não tem falta de nada: senão que ele tem todas as coisas em ter a Cristo; nem se queixará da pobreza, quando dotado das riquezas do céu. Lucas 22.25. E Cristo disse-lhes: Quando eu vos enviei sem bolsa e sem alforje, faltou-vos alguma coisa? Marque a pergunta. Agora, se um homem carnal tivesse respondido isso, o que ele teria dito? O que? Mande um homem sem bolsa, então ele tem falta de dinheiro; mande-o sem alforje, ele terá falta de alimento. Um homem carnal teria dito: Sim, Senhor, tivemos falta de dinheiro e de alimento; mas pergunte aos discípulos, faltou a vocês alguma coisa? Eles disseram: nada. E por que isso? Porque os discípulos sabiam que tinham um interesse fundamentado em Jesus Cristo e um direito a Jesus Cristo, e embora tivessem falta desses pobres confortos exteriores, não lhes faltara o conforto e as graças de Cristo; e, portanto, quando eles não tinham nem bolsa ou alforje, eles não tiveram falta de nada. Ora, ó Amado, se você tivesse o temperamento desses bondosos discípulos, você também diria; que se você puder encontrar um interesse real e fundamentado em Cristo, embora falte muitos dos confortos deste mundo, você dirá que não tem falta de nada.

Vocês que fazem da pobreza e da perseguição um apelo, considerem isto, que os pobres são normalmente a maioria das pessoas que Jesus Cristo chama para abraçar o seu Evangelho. Os pobres recebem o Evangelho, diz Cristo, e bem-aventurados vocês que não se escandalizam por isso; Nem muitos sábios, nem muitos nobres são chamados, mas os pobres do mundo escolheu Deus. 1 Cor 1.26. E em Tiago, Deus escolheu os pobres deste mundo para serem ricos na fé. Portanto, Amados, não façam disso um apelo para se afastar de Cristo, porque normalmente são as pessoas sobre as quais Cristo deposita mais amor e se deleita em torná-los ricos em graça, que são pobres em bens.

No seguimento de Cristo, você está apenas exposto a uma pobreza exterior; mas, ao negligenciar a chamada de Cristo, você está exposto a ser pobre na fé e a ser um mendigo, a ponto de não ser dotado de um único trago de graça, e então você realmente é um mendigo. Como dizemos, é um homem pobre aquele que Deus odeia: Aquele que não tem Cristo, e não tem os tesouros do céu nele, ele está exposto à pobreza pior mil vezes do que ele pode estar por abraçar a chamada de Jesus Cristo, Apo 3.17. Sim, e ele está exposto a pior perseguição também, que por medo da perseguição negligencia Jesus Cristo. Sal 83.5. O Senhor os perseguirá, diz Davi, com fúria e cólera, falando de homens ímpios. Toda perseguição do homem atinge apenas o corpo, mas esta de Deus atinge a alma.

E, por último, isso não deve impedi-lo de seguir a Jesus Cristo, considerando que, embora você deva ser pobre e ser perseguido, ainda assim, o céu fará a você uma compensação por tudo, Heb 11.35. O céu compensará a pobreza, quando você for dotado de todas as riquezas de Cristo, e o céu compensará a perseguição, quando lá os cansados​​repousarão e os perturbados ficarão à vontade. E assim se fala da terceira sugestão do Diabo, que se você receber a chamada de Jesus Cristo, você será exposto a muita pobreza e perseguição aqui no mundo.

 

 

 

 

 

 

 

A Garantia de Nossa Vocação e Eleição – Parte 6

Por Christopher Love

Por isso, irmãos, procurai, com diligência cada vez maior, confirmar a vossa vocação e eleição; porquanto, procedendo assim, não tropeçareis em tempo algum.” (2 Pe 1.10)

Nós vimos na parte anterior três sugestões que o Diabo usa para impedir os homens de atenderem a chamada de Jesus Cristo. Agora há mais uma sugestão. Quando o Diabo vê qualquer uma daquelas três falharem, então ele entra com uma quarta, para dissuadir os homens de abraçarem o chamado de Cristo, e é esta: Ora, diz o Diabo, se você aceitar o chamado de Cristo, você irá restringir seu ego de toda a alegria e conforto de sua vida; você nunca terá dias alegres enquanto viver na terra: Você vê homens que fingem ser convertidos e ouvem sermões, que homens desajeitados e melancólicos eles são, não tão alegres como os outros, que não andam tão precisamente; se você seguir a Cristo e seu Evangelho, isso fará com que todos os seus dias felizes acabem e isso o deixará com um temperamento triste; todas as suas alegrias se foram. Portanto, para tirar essa difamação, de que os caminhos de Cristo são tristes e melancólicos, que tem sido uma difamação que de tempos em tempos, e de geração em geração, tem sido como um adágio que o Diabo usou para afastar os homens do Cristianismo.

Agora, para tirar isso:

Em primeiro lugar, enquanto você diz, que são melancólicos e tristes os que são chamados por Cristo para uma profissão de seus servos, eu responderia assim, que eles, de todas as pessoas no mundo, têm os maiores motivos de alegria, e são as pessoas mais verdadeiramente alegres no mundo. Que eles têm mais motivos para se regozijar é visível. Quando os discípulos vieram triunfando para que pudessem expulsar demônios, curar os enfermos e fazer milagres: Oh, mas diz Cristo: Não se alegrem nisso, mas regozijem-se porque seus nomes estão escritos no livro da vida, Lucas 10.20. Tanto quanto se Cristo dissesse: Todos os dons e dons extraordinários do Espírito, eles não são motivos de alegria, se você os tivesse todos; mas aqui está a sua alegria, e motivo de regozijo, que seus nomes estão escritos no livro da Vida; que você está em Cristo, e suas almas serão salvas. E então Paulo nos diz, Fp 4.4. Alegrai-vos sempre no Senhor, novamente eu digo: alegrai-vos. O Apóstolo não falaria isso a eles com um único comando, mas sem dúvida sua expressão, para mostrar que eles são pessoas que têm seus pecados perdoados; que têm suas almas reconciliadas; que têm um título de glória, cujos nomes estão escritos no livro da Vida; estes de todos os homens do mundo têm os maiores motivos de alegria e regozijo. E eles não têm apenas a maior causa, mas realmente se regozijam e têm mais alegria real em seus corações em um dia, então os ímpios podem ter toda a sua vida, 1 Ped 1.8. Os crentes se alegram com alegria indizível e cheia de glória. Que alegria você tem no mundo, a língua pode falar disso, mas a língua não pode falar daquela alegria interior que os homens piedosos têm em seus corações, pela apreensão do interesse que eles têm em Jesus Cristo, Salmos 4.6. Senhor, erga a luz do teu semblante. E tu porás mais alegria em meu coração, etc. Prov 14.13. Uma boa consciência é uma festa contínua. Os homens nunca são mais férteis do que quando estão em uma festa; homens piedosos, eles carregam consigo a consciência limpa, e isso os torna tão alegres e agradáveis, como se estivessem sempre em uma grande e suntuosa festa. Na verdade, isso é verdade, eles não se regozijam com tais exorbitâncias de alegria como os homens ímpios fazem. Os homens ímpios se regozijam no pecado, o que eles não podem fazer; os homens ímpios se regozijam em suas concupiscências, em sua embriaguez, em seus adultérios e nos caminhos do pecado que os homens piedosos não ousam andar. Uma alegria como essa é a base da tristeza: Essa alegria (como o Pródigo) em uma vida desenfreada é a base da tristeza e se encontrará com você quando estiver para morrer.

Em segundo lugar, conceda que isso seja verdade; no entanto, considere que esta tristeza que as pessoas piedosas têm, é uma tristeza tal, que não terão motivo para se arrepender dela, mas é um fundamento de alegria futura para eles, 2 Coríntios 7.9, 10; pois isto os conduz à presença de Deus para se arrependerem e corrigem seus caminhos errados. Regozijo-me (diz o Apóstolo) por ter feito vocês tristes. Que alegria em vê-los um povo triste? Sim, pela tristeza que eu fiz você sofrer, foi uma tristeza da qual você nunca se arrependerá, você nunca se arrependerá dessa tristeza; e, portanto, Paulo o faria, porque era uma tristeza, para nunca ser triste. Aqueles que semeiam em lágrimas, colherão com alegria. Mas agora toda a alegria dos homens ímpios é uma alegria da qual devemos nos arrepender. Devem arrepender-se de todos os seus ataques joviais e de todos os seus divertidos passatempos; isso será uma tristeza para sua lembrança; ao passo que a tristeza dos piedosos nunca deve ser lamentada.

Em terceiro lugar, é verdade, pode ser que eles estejam tristes, mas eles estão tristes pelo pecado, que você tem razão de ser e que não são chamados, bem como eles, e mais: Agora, se um homem piedoso ficar dolorido por pecado, isso nunca irá prejudicá-lo. Na verdade, a tristeza mundana traz morte, diz o apóstolo, mas a tristeza segundo Deus traz salvação da qual nunca haverá arrependimento.

Ló, sua alma justa era afligida dentro dele, por causa da maldade dos sodomitas; 2 Pe 2.8. E Jeremias, seus olhos se encheram de lágrimas, pela iniquidade das pessoas entre as quais ele vivia. Então Davi, Salmos 119.136. Meus olhos se enchem de água, porque os homens não guardam a tua lei.

E, por último, embora você veja alguns homens tristes e melancólicos, não pense mal dos caminhos de Deus; porque, assim como todos os outros, mais convida à alegria e à alegria no Senhor. Alegre-se cada vez mais, e novamente eu digo, alegre-se, Fp 4.4. E João 16. Falo estas coisas, diz Cristo, para que a vossa alegria seja completa. Na profissão e no seguimento de Cristo, é a intenção de Cristo dar-lhe mais alegria do que antes; não existe tal motivo, portanto, para nutrir um preconceito da tentação do Diabo contra os caminhos de Jesus Cristo, quando ele te chama para professar seu Evangelho.

Há um terceiro caso que toca a homens ímpios, e isto é, por quais ilusões o Diabo engana os hipócritas, para fazê-los nutrir presunçosas persuasões de que são efetivamente chamados quando eles não são?

1. Se você está ouvindo a palavra, seja apenas uma audição pura, e não uma audição com prática; se você não praticou e se alegra com o que ouve; saiba que, o fato de ouvir assim a palavra com deleite não é evidência de sua vocação eficaz, mas o diabo lhe dirá que ouvir com deleite é tudo quanto é necessário. Ez 33.31. Eles vêm diante de ti como meu povo vem, tu és para eles como uma canção adorável de alguém que tem uma voz agradável, como alguém que pode tocar bem um instrumento musical. Aqui o Senhor expõe com que deleite eles ouviram Ezequiel pregar; eles o ouviram como um homem que tinha uma voz muito adorável, e eles o ouviram como um homem que tocava um instrumento musical; muito prazer eles tiveram em ouvir. No entanto, diz Deus, ouvem as tuas palavras, mas não as praticam. Amado, embora você tenha tanto prazer em ouvir um Sermão quanto em ouvir a música mais melodiosa que uma mão astuta pode fazer; no entanto, se você mal ouve com prazer, mas não pratica com alegria; isso não é evidência de um chamado eficaz. Portanto, Tg 1.21. Não sejam apenas ouvintes da palavra, mas também praticantes, para que não enganem suas próprias almas. Implicando, que você enganará sua alma que é efetivamente chamado caso se somente ouvir e não praticar. Isso foi a culpa do terreno pedregoso na parábola do semador, Mat 13.20.

2. Se a sua audiência for uma audiência parcial: quero dizer assim; se você ouvir, senão parte da palavra, ou a ser indulgente com alguma parte de seus pecados pelo ouvir; escolherá quem você ouvirá e o que ouvirá; nesse caso, ouvir com prazer não pode ser evidência de seu chamado eficaz. Se for uma audiência parcial, como primeiro, você ouvirá uma parte, e não ouvirá outra; ouvir a parte que promete, e não a parte que comanda; ouvir com alegria a parte mandante, e não ouvir a parte ameaçadora da palavra: neste caso, ouvir não será evidência de seu chamado.

Então, aqueles em Isaías descobriram esse temperamento, Is 30.10. Profetize para nós coisas suaves, profetize enganos. Havia muitos homens que podiam se deleitar em ouvir uma pregação suave e confortável, mas eles não podiam suportar ouvir uma verdadeira denúncia dos julgamentos de Deus contra eles por seus pecados. Eles adoram ouvir alguma parte da vontade de Deus, não todas; a parte promissora, não a parte reprovadora.

3. Ouvir a palavra com deleite não é evidência de sua vocação eficaz, caso seja uma audição inconstante. Deleitar-se em ouvir a palavra, porque a palavra vem a pedido, porque não há perigo em ouvir; isso homens ímpios podem se deliciar em fazer, quando ainda assim, se tempos de perseguição surgissem, eles seriam inconstantes e deixariam de ouvir. Mat 13.20, 21. Diz-se do solo pedregoso que a semente que caiu entre as pedras são os que recebem a palavra com alegria (é seu prazer ouvir), mas não tendo raízes profundas, em tempos de perseguição caíram. Aqui a Escritura anatomiza um homem, para que às vezes ouça a palavra com alegria, quando a atualidade dos tempos corre para a Religião, quando a palavra entra na moda entre um povo; mas se a perseguição viesse ao ouvir a palavra, e uma prisão assistisse à audiência, você então veria como as delícias deles ficariam em ouvir a palavra: e neste caso você pode se deleitar em ouvir a palavra, mas não há evidência de seu chamado eficaz.

4. Caso sua audição seja egoísta: Como agora, muitos homens podem ouvir a palavra com prazer: por que? Porque eles podem obter lucro por ouvir, e louvor e vanglória por ouvir a palavra, e isso pode torná-los maravilhosamente desejosos de ouvir. Lucas 12.1. Uma multidão foi ouvir Jesus Cristo, de modo que a multidão era tão grande, que um pisou em outro para ouvi-lo; contudo, Cristo disse deles, João 6.26. Eles vêm para me ouvir pregar, mas não pelas palavras que ensino ou pelos milagres que faço, mas pelos pães de que comem. Não foi amor à pessoa de Cristo, ou ao seu ministério, mas apenas porque eles viram Cristo com alguns peixes para alimentar tantos homens, eles vendo este milagre, isso os fez frequentar o Ministério e a palavra de Jesus Cristo. Muitos homens podem ouvir a palavra, quando o egoísmo busca vantagem nesta audição da palavra, para obter mais honra a ser melhor pensado entre seus vizinhos; esta é uma audiência egoísta e, neste caso, você pode ouvir, mas não ser efetivamente chamado. Há uma frase em Oséias 7.14. Eles chamavam por mim, e davam uivos nas suas camas, para o trigo e vinho.

5. Se sua audição for uma audiência dividida e seu deleite um deleite dividido, este não pode ser um argumento de sua chamada. Assim, um homem pode se deleitar em ouvir, mas se esse homem dividir e compartilhar suas delícias, em parte para o pecado e em parte para a Palavra, isso não pode ser evidência de sua vocação eficaz.

1. Um homem pode estar frequentemente na companhia de homens piedosos, mas não ser efetivamente chamado; e assim Demas era companheiro de Paulo no Evangelho, mas ele se envolveu com o mundo e se foi.

2. Eles podem falar bem do povo de Deus. E isto João nos diz, 1 João 3.18. Não amemos de palavra ou de língua. Esse amor em palavra e língua era falar bem de um homem piedoso; isso um homem ímpio pode fazer.

3. Eles podem escrever cartas de recomendação em nome de um homem piedoso.

4. Eles podem pensar em nada demais para dar a homens bons, mas não são chamados. E assim fizeram os gálatas, cujo chamado Paulo questiona, Gl 4.15. Eles arrancariam seus próprios olhos, e não os considerariam queridos demais para Paulo: No entanto, por fim, como eles ficaram frios, e consideraram Paulo seu inimigo, por lhes dizer a verdade.

Por fim, eles podem suprir as necessidades dos piedosos, mas não podem ser chamados de maneira eficaz. Agora, aqui estão altas expressões de amor, mas é evidente, tudo isso pode ser, onde o chamado não está.

Mas agora é verdade, em alguns casos, o amor ao povo de Deus pode ser uma boa evidência de nosso chamado eficaz; a saber, se tem essas quatro qualificações.

1. Se você ama o povo de Deus sob esta noção, porque ser piedoso, é uma evidência de seu chamado eficaz, porque há bem neles, mais do que porque você recebe o bem deles.

Então, Mat 5.46, 47. Se amais aqueles que vos amam, que recompensa tendes? Não fazem os publicanos o mesmo? Para que você veja uma grande diferença entre o amor de um homem piedoso e o de um homem ímpio.

2. Medir o seu amor por eles por suas graças, que você ama aquele homem que mais tem graça, isso é um argumento de vocação eficaz, porque é a graça no homem, e nada mais que você ama.

3. Se o seu amor é universal para todos os que são piedosos, de que tipo ou condição sejam, esta é uma evidência de sua vocação eficaz; porque é evidente, que a graça, como graça, é o objeto de seu amor.

Enfim, amar um homem, de modo a ter compaixão por ele em seus braços, a ter um coração compassivo com ele em seus sofrimentos, 1 Ped 3.8. Sofra um com o outro, ame como irmãos. Isso mostra que seu amor é verdadeiro, quando há piedade e compaixão em atendê-lo.

Eu passo agora para uma terceira ilusão, o que de fato é uma desilusão principal, e tem enganado a muitos, especialmente os que pregam o Evangelho, para fazê-los crer que são efetivamente chamados, quando não o são. E isto é, porque eles discernem uma mudança em sua conduta, que eles não são os mesmos homens que eram no passado; e por meio disso o Diabo apoia esta persuasão, de que certamente eles são chamados eficazmente, e ele alega a Escritura para isso, 1 Coríntios 6.9-11. Tais foram alguns de vocês, mas vocês estão lavados, etc. Agora, isso sendo uma ilusão tão universal entre a maioria dos homens no mundo, que se eles têm esperanças no céu, é nesta base que eles não são os mesmos agora que eram no passado. Devo, portanto, estender-me um pouco ao falar deste particular, e estabelecer seis ou sete elementos nos quais devo mostrar, que este fundamento tomado em geral, não é uma evidência infalível de uma vocação eficaz de um homem.

Primeiro, porque há muitas mudanças graduais, que não surgem, ou equivalem a uma mudança salvadora ou alteração do coração do homem. Assim como houve uma mudança de pagão para cristão, Juliano mudou, embora um homem que nunca tivesse sido chamado por Jesus Cristo.

Há também uma mudança de profanação para profissão e, ainda assim, este é um passo abaixo de uma mudança salvadora.

Pode haver uma mudança na vida, quando não há mudança na natureza, ou no coração, Mat 23, que podem lavar o exterior do copo, quando lá dentro estiver cheio de poluição. A vida pode ser mudada, os atos externos e o curso podem ser mudados, quando o coração não pode ser mudado e a natureza é a mesma ainda.

Pode haver uma grande mudança na vida do homem, decorrente, não de uma mudança em sua natureza, mas dos tempos em que vive: os tempos mudaram, portanto mudaram; os tempos não favorecem a superstição, portanto eles não mostrarão seus corações supersticiosos; as vezes semblante não profanado, portanto não serão profanos. Amado, uma mudança na vida de um homem pode fluir muitas vezes de uma mudança nos tempos em que ele vive, e ainda assim essa mudança não é um argumento de uma mudança no coração, ou de um chamado eficaz por Jesus Cristo.

Ainda, uma mudança em sua vida pode ocorrer a partir de uma mudança em seu pecado, não de uma mudança em seu coração: assim, um homem pode ser um bêbado, pode ser um adultero, pode ser um fígado profano no passado e pode trocar esses pecados por outros pecados. Ele pode mudar sua bebedice para cavilosidade, e ser um mundano ganancioso. Ele pode mudar de seu adultério para a idolatria, e ser um supersticioso. Ele pode transformar profanação em hipocrisia e ser um homem hipócrita. Ele pode transformar sua prática vaga em um julgamento vago e ser um homem errôneo. Agora, esta não é uma mudança no coração, mas apenas uma mudança no pecado; você não tem os mesmos pecados que tinha, mas tem outros pecados no lugar deles; e os homens podem, portanto, ter uma mudança em sua vida, decorrente de uma mudança em seu pecado, mas nenhum argumento de chamada eficaz.

Também, pode haver uma mudança na vida dos homens, decorrente de uma mudança nas ocasiões para pecar, e não de uma mudança no coração: Como agora, um Leão que vai subir e descer rugindo, devorando sua presa quando ele está livre, mas coloque este Leão em uma cova, lá ele fica quieto, e não oferecerá nenhum dano: agora o Leão ainda é um Leão, e ainda tem seu temperamento delirante, só que não tem uma ocasião tão boa para mostrar sua ferocidade. É, portanto, com os homens, muitos homens têm falta de oportunidades para mostrar a sua maldade, e o mal de suas naturezas e, portanto, não as descobrem: qual é a razão pela qual muitos homens eram bêbados antes, e não são agora? Pode ser que a embriaguez trouxe mendicância, e agora ele não tem dinheiro para sentar-se em um banco para tomar cerveja. Qual é a razão, o homem era um adúltero antes, e não é agora? Pode ser que ele tenha gasto seu estoque, e gasto sua força com prostitutas, e agora ele não tem força nem bolsa para segui-las. Não é graças a você, se Deus tira suas ocasiões de pecado: os homens podem ser assim transformados, mas não têm nenhuma mudança no coração.

Ainda, muitos homens podem mudar suas vidas, porque eles estão agora em uma companhia melhor, porque sua companhia é melhor do que no passado, e isso pode operar neles uma mudança em suas vidas. Conforme lemos sobre Joás, durante todo o tempo em que esteve na companhia de Jeoiada, ele foi um homem bem organizado em sua vida; mas quando Jeoiada morreu, ele passou a ter homens iníquos ao seu redor, então ele mostrou a maldade de seu coração.

Por último, nem toda mudança não é uma evidência de chamada eficaz, porque pode haver uma mudança na vida, procedendo de um princípio errado e tendendo para um fim errado: Assim, um homem pode mudar sua vida de um princípio errado; o que é isso? Vou citar dois princípios errados de mudança nos homens não convertidos. Como:

Primeiro, os homens podem mudar suas vidas, por causa de alguma aflição externa presente que está sobre eles nesta vida, suas aflições podem forçá-los a mudar seus caminhos, e não serem tão ruins como nos dias anteriores, Jonas 1.5, quando eles estavam em uma tempestade no navio, cada homem foi e orou a seu deus. Que mudança houve aqui? No entanto, a mudança foi apenas por causa do perigo, eles estavam em perigo de morte e, portanto, tornaram-se religiosos: todo homem quando um perigo e uma aflição cair sobre ele, isso o fará se dirigir a Deus e ter uma mente melhor. E então Faraó, quando Deus enviou dez pragas dolorosas sobre ele, as pragas forçaram Faraó a confessar seu pecado e implorar a Moisés para orar por ele; e, no entanto, essa mudança no Faraó foi apenas por causa da aflição presente que se abateu sobre ele e que causou essa mudança.

Muitos homens mudarão de vida quando Deus lhes trouxer dores, morte e doença; estes são caminhos forçados que Deus usa, para fazer um desgraçado mau e corajoso mudar de vida, Is 16.12. É dito lá, quando Moabe estiver cansado, Moabe virá ao meu Santuário e orará. Que mudança houve aqui em Moabe? Moabe, uma companhia idólatra, que odiava o povo de Deus e era inimigo de toda bondade; contudo, quando estavam cansados ​​e a mão de Deus pesava sobre eles, então oravam, Ez 24.12, para que você veja claramente, embora os homens mudem suas vidas, ainda se essa mudança fluir apenas de uma aflição presente sob a qual estão, a mão de Deus sobre eles os forçará a mudar seu curso; este não é um argumento seguro de uma mudança salvadora e, portanto, por consequência, nenhuma evidência de sua vocação eficaz.

Em segundo lugar, os homens podem mudar seu curso a partir deste Princípio também: por causa do horror da consciência que se apodera deles, na apreensão do inferno e na ira de Deus; e a partir deste princípio um pagão pode mudar seu curso. É notado por alguém naquela passagem de Pedro: Isso acontece a eles, como o Cão que se vira para o seu vômito, etc. Após essas palavras, ele traz esta nota: Que o Cão, ao vomitar, carrega semelhança com um homem perverso deixando seu pecado. Agora, diz o Autor, o Cão quando ele vomita, é por causa de algum escrúpulo e dor que está em seu estômago, e quando ele tiver essa dor, ele vomitará e se aliviará com o vômito; não como se ele detestasse sua comida, mas se ele pudesse se livrar dessas dores, ele gostaria de ter a comida em seu corpo para nutri-lo. Assim, um homem perverso pode se livrar e vomitar seus pecados, e deixar seus pecados, mas por que? Não é porque ele odeia seus pecados, não, ele os manteria como um doce bocado sob sua língua; mas é porque esses pecados causam horror e problemas de consciência, ele não pode enganar, nem ele não pode seguir seus desejos, mas a consciência o seguirá. Agora, se tu mudares o teu pecado, apenas para tapar a boca da consciência e amordaçar a consciência, este não é um argumento de vocação eficaz.

Ainda, os homens são tentados pelo diabo a nutrir pensamentos de que são efetivamente chamados quando não o são, porque são mal falados e reprovados pelos homens deste mundo. Agora pensam eles: eu nunca seria mal falado e censurado por homens ímpios, se eu não fosse chamado por meu Deus.

Agora, para tirar isso brevemente, eu respondo: Cada reprovação de homens ímpios não pode ser argumento de um chamado eficaz de Deus, porque os homens podem ser erroneamente chamados por um motivo duplo: Existem alguns homens que sofrem como cristãos, e alguns como malfeitores; podemos sofrer por causa de Cristo, ou por nós mesmos: A distinção está estabelecida em 1 Ped 4.15-17. Que nenhum de vocês sofra como assassino, como malfeitor, como ladrão, como quem se intromete em assuntos de outros homens; mas, se alguém sofre como cristão, não se envergonhe. Porque alguns homens são punidos por seus próprios males que cometeram, e assim não sofrem mais do que merecem; mas outros homens sofrem por sua profissão, porque professam Jesus Cristo. Agora, sofrer por causa de suas más ações, isso não pode ser uma evidência; mas sofrer por Cristo, apenas por professar seu nome, este é um argumento de vocação eficaz. Portanto, Cristo pronuncia aqueles bem-aventurados, Mat 5.11. Bem-aventurado és tu quando os homens te injuriarem e falarem mal de ti por minha causa: Esta é uma evidência da tua vocação eficaz por Jesus Cristo.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

A Garantia de Nossa Vocação e Eleição – Parte 7

Por Christopher Love

Por isso, irmãos, procurai, com diligência cada vez maior, confirmar a vossa vocação e eleição; porquanto, procedendo assim, não tropeçareis em tempo algum.” (2 Pe 1.10)

Veremos agora mais alguns casos de consciência, no tocante àqueles que são eficazmente chamados por Jesus Cristo: Como:

 

1. Se os homens que são efetivamente chamados por Cristo a um estado de graça e esperança de glória, podem nesta vida alcançar uma certeza infalível e firme de sua própria vocação eficaz?

2. Se for descoberto que é alcançável nesta vida, então qual é a razão pela qual muitos cristãos que são efetivamente chamados, suspeitam e duvidam tanto de sua própria vocação; e andam tão tristemente por falta de sua segurança?

3. O que deve ser feito para que você possa ter certeza para sua própria alma, que você é efetivamente chamado por Jesus Cristo.

Primeiro, se é alcançável nesta vida, que os homens que são efetivamente chamados por Cristo, possam ter uma certeza firme e infalível de seu próprio chamado? E na resolução disso, irei brevemente libertá-lo de duas extrações, ambas as quais são falsas sobre esta consulta.

A primeira é que os papistas, que completamente negam qualquer coisa como garantia de certeza por um homem de ter sido chamado, justificado, ou eleito por Deus, e eles mantêm todos os seus seguidores em suspense, afirmando que o que um homem mais pode ter é uma fé conjectural, uma esperança ou conjectura de que ele será salvo. E daí é que naquele concílio de Trento eles fizeram este Cânon, que se alguém disser: que ele é obrigado pela fé a acreditar que certamente está entre o número de santos chamados, ou justificados, ou eleitos, que seja anátema, que seja anátema. Aquele homem que tomasse essa garantia para si mesmo, eles considerariam aquele homem amaldiçoado. E a razão pela qual o fazem é porque consideram outro erro, a saber, cair da graça; que eles não puderam sustentar, eles não sustentaram isso também: Este é o primeiro extremo.

2. Outro extremo é dos luteranos; eles sendo opostos aos papistas neste ponto de segurança, para refutar aqueles que negam toda segurança, eles correm para este extremo, para sustentar que a segurança é da natureza da fé, e todo aquele que tem fé, tem segurança: mas este é outro extremo, e uma doutrina desconfortável para os cristãos duvidosos, se fosse verdade. Portanto, para manter esta verdade no meio entre dois extremos, estabelecerei esta posição por meio da Resposta: Que embora às vezes as pessoas sejam efetivamente chamadas, podem estar sem uma garantia particular de sua própria chamada, ainda que esta garantia seja atingida pelos cristãos nessa vida; e os cristãos podem ter certeza de sua própria vocação eficaz. E isso provarei por quatro meios.

Primeiro, porque o Apóstolo exorta-nos aqui no meu texto de 2 Pe 1.10, a ter diligência para confirmar a sua vocação e eleição. Ora, esta é uma regra na Divindade, Nenhum homem é obrigado a fazer algo impossível e, portanto, como somos ordenados e obrigados a fazê-lo, é claro que é possível, e pode ser garantido.

Em segundo lugar, porque é a função do Espírito de Jesus Cristo operar esta garantia particular nos corações daqueles que são efetivamente chamados, de que eles estão no estado de graça e serão levados à glória. 1 Cor 2.12 Não recebemos o Espírito deste mundo, mas o Espírito que é de Deus, para que conheçamos as coisas que Deus nos deu gratuitamente. 1 João 5.10. Aquele que crê, ele tem um testemunho em si mesmo; uma testemunha de sua própria alma em que ele acredita. Ef 1.13, 14. Lá o Espírito é chamado de Selo; você está selado pelo Espírito de promessa; e no versículo 14 é chamado de penhor de nossa herança. Agora, um selo é para dar mais segurança a uma promessa; e aqui o Espírito de Deus é dado aos crentes como um selo, e penhor, que como eles têm os primeiros frutos na graça, eles terão sua colheita completa na glória. 1 Jo 4.13: Nisto sabemos que habitamos nele e ele em nós, porque ele nos deu o seu Espírito. É função do Espírito de Jesus Cristo assegurar nossos corações neste particular. Rom 8.16. O próprio Espírito testifica com nosso espírito que somos filhos de Deus.

Em terceiro lugar, servos particulares de Deus nas Escrituras, que têm sido participantes dessa misericórdia, eles têm esta firme afirmação de sua vocação eficaz, citarei três exemplos. Primeiro em Paulo, e as Escrituras nos dizem sobre ele, que ele tinha uma evidência clara de sua vocação eficaz, Gal 2.20. Vivo, mas não eu, mas Cristo que vive em mim, que me amou e se entregou por mim. Lá ele teve uma garantia particular de que Cristo o amava e se entregou por ele. Portanto, 2 Tim 1.12. Sei em quem cri, e também estou certo de que o que lhe confiei, ele o guardará até o último dia. Portanto, 2 Tim 4.8. Combati o bom combate, terminei a carreira, guardei a fé, de agora em diante há uma Coroa preparada para mim. Não somente Paulo, mas Jó também, Jó 19.25. Eu sei que o meu Redentor vive, e que se levantará diante dele no último dia: ele sabia que Jesus Cristo era o seu Redentor. E assim também Davi disse: Tu és o meu Deus, e eu te louvarei. Sl 118.28; e Sl 23.6: Certamente a bondade e misericórdia de Deus me seguirão todos os dias da minha vida. De modo que juntamos estes: Deus ordena, é o ofício do Espírito operar a segurança no coração, e determinados servos de Deus têm essa segurança, então por que não pode ser obtida? Mas se você disser, estes não eram servos comuns de Deus, eram servos de uma posição e forma mais altas; mas os cristãos fracos comuns também sabem disso? Sim. Portanto,

Em quarto lugar, não apenas alguns santos em particular tiveram isso, mas o povo de Deus em geral; eles declararam na Escritura que desfrutaram desta certeza particular de seu chamado eficaz e da segurança de sua condição por Cristo.

Portanto, 2 Coríntios 5.1. Nós sabemos que se nosso tabernáculo terreno for dissolvido, teremos um edifício de Deus eterno nos céus. Eles sabiam que, quando morressem, deveriam ver Deus no Céu; não apenas Paulo, mas outros cristãos piedosos com ele. Então, Heb 10.34. Você sabe por si mesmo que Deus providenciou para você uma substância melhor e mais duradoura. Eles estavam certos de que, quando morressem, ou perdessem suas propriedades aqui, Deus havia provido para eles uma substância mais duradoura. Portanto, 1 João 3.19: Por meio disso sabemos que somos da verdade e asseguraremos nossos corações diante de Deus. Então verso 14: Sabemos que somos transladados da morte para a vida, etc. De modo que o que se pode provar mais claramente do que isto, que essa certeza deve ser alcançada nesta vida: porque Deus ordena, é função do Espírito operá-la, alguns cristãos a tiveram; e o povo de Deus em geral, eles desfrutaram e aproveitaram esse temperamento.

É então que a certeza é alcançável nesta vida? Então, quanta culpa têm os líderes religiosos, que mantêm seus seguidores em suspense, de que devem viver sem a garantia de sua própria salvação, de que suas almas devem ficar penduradas em medos e dúvidas todos os dias, de que o máximo que podem ter é apenas uma conjectura.

Amado, o Senhor no Livro de Deuteronômio, cap. 29, pronunciou como uma maldição, que suas vidas deveriam ficar suspensas, é uma maldição maior que as almas dos homens devam ficar suspensas, que os homens não saibam se serão salvos ou danar-se, é um inferno deste lado; e, portanto, são muito responsáveis todos aqueles que detêm os seus seguidores na mão com um porventura tu serás salvo; quando a Escritura é tão clara nisso.

Em segundo lugar, não deixe que os pensamentos de impossibilidade ou dificuldade de obter essa certeza o desencoraje de cuidar dela. Não é impossível, embora seja realmente difícil; e a dificuldade deve estar tão longe de desencorajá-lo, a ponto de acelerar seus esforços, para confirmar como segura a sua vocação e eleição.

Em terceiro lugar, veja que a segurança é alcançável nesta vida, investigue a causa por que você, que foi efetivamente chamado, não alcançou essa segurança antes de agora. E isso me leva a lidar com o segundo caso de consciência, visto que esta certeza é alcançável, portanto:

Em segundo lugar, qual é a razão pela qual muitos cristãos que são chamados eficazmente por Jesus Cristo vivem em muitas dúvidas e temores sobre sua vocação eficaz?

Em resposta a isto, estabelecerei estes três detalhes, que as dúvidas que surgem nos cristãos sobre sua vocação fluem desta fonte tríplice.

Tanto primeiro por algum defeito aparente que eles apreendem na maneira de sua vocação. Ou,

Em segundo lugar, algum defeito aparente que eles percebem estar nos meios de sua vocação. Ou,

Em terceiro lugar, alguns defeitos aparentes que eles apreenderam na execução de seu chamado; e esses três motivos são a origem de onde muitos cristãos que são efetivamente chamados, duvidam de seu chamado e não têm certeza disso.

Primeiro, surge de algum defeito aparente que eles percebem haver na maneira de sua vocação: Eles dizem: Não fui chamado dessa maneira que vejo que outros são. Assim como (pensam eles), vejo outros homens quando se convertem, que suas humilhações são grandes, vejo que eles têm horror de consciência, que são forjados pelos terrores da Lei, que são extremamente humilhados diante de Deus: Agora, de minha parte, nunca encontrei esta maneira de Deus trabalhando em minha alma, eu nunca descobri que poderia ver meus pecados claramente, ou poderia ser muito humilhado por eles; e nunca encontrei aquelas humilhações e terrores legais dos quais ouço muitos homens falarem, e isso me faz duvidar se sou eficazmente chamado ou não. Agora, para tirar isso, direi apenas três coisas como resposta.

Primeiro, que é verdade; Deus pode proceder desta maneira com alguém, mas Deus não está confinado a uma e a mesma forma de trabalhar com todos. E se ele vier até você com calma, quando ele vier para outros em uma tempestade, se Deus vier até mim de uma forma mais pacífica e quieta? E se Deus não constranger seu coração, como fez com aqueles 3000 nos Atos, se ele gentilmente abrir seu coração como o de Lídia sem barulho? Deus não deve ser amarrado a uma e à mesma maneira na conversão de todos. Como é dito em João 3.8. O vento sopra onde quer, assim também como quer.

Em segundo lugar, você não tem motivo para duvidar disso; porque é a maneira usual de Deus para prosseguir depois desta forma, apenas com esses homens que foram soltos em suas vidas, que têm sido obstinados em suas vontades, que têm sido muito escandalosos na conduta antes de sua conversão e chamada. Mas não é a maneira usual de Deus agir assim sobre os cristãos que foram educados com devoção desde a juventude; não é a maneira de Deus mergulhá-los em tal poço de horror e mergulhá-los em tal profundidade de medos, aqueles que eram de uma vida justa, ingênua e moral antes de seu chamado. Como você sabe que é com os carpinteiros, eles dão mais golpes para trabalhar no nó da madeira, então eles farão para alisar e tenra madeira; assim o faz Deus quando se encontra com um pecador nodoso, um pecador miserável e corajoso, Deus deve dar muitos golpes pela humilhação, antes que ele seja humilhado, antes que ele possa trazê-lo para ser uma peça útil no edifício de Deus, enquanto os cristãos de um temperamento mofado e mais suave, eles sofrerão menos golpes e não terão os terrores de Deus tão fixos em seus corações, como os outros. Por isso você leu essa frase, Os 6.5. diz o Senhor, vou abatê-los por meus profetas, etc. Deus corta alguns homens, corta-os com juízos e corta-os com terror: Sim, mas outros que não são tão soltos como eles: Ensinei Efraim a andar, conduzi Efraim pelos braços e puxei-o com cordas de homem, e com correntes de amor, Oséias 11.4. Deus, você vê, iria abater alguns homens com terror e ira, mas outros ele atrairia com amor e as cordas de um homem. Agora, suponha que Deus não tenha te cortado com julgamentos, se Deus te derreter com bondade amorosa, e se Deus ganhar tua alma com misericórdia e com amor e graça, não deves culpar a Deus, não deves confinar a Deus; pois esta é a maneira de Deus trabalhar às vezes, bem como pela ira. Deus opera sobre alguns com ira; ele vai atrair os outros com bondade amorosa; de forma que você não tem nenhuma causa ou base para temer que você não seja efetivamente chamado, porque você apreende alguns defeitos na maneira de sua chamada; porque é a maneira usual de Deus mergulhá-los na maior humilhação e no maior terror, que foram os homens mais perversos antes de seu chamado, e assim normalmente com homens religiosamente treinados desde a juventude.

Em terceiro lugar, Deus, quando vai chamar um pecador à conversão, ele olha para o temperamento daqueles que serão chamados, e Deus vê alguns homens de temperamento violento, que seus temperamentos não serão vencidos, senão pela ira e pelo fogo, e pelo inferno, e pelo julgamento. E então é como era Félix, seu temperamento era tal que nada poderia transmitir a ele senão a ira e o julgamento vindouro, doutrinas terríveis. Alguns são deste temperamento, de modo que nada além da ira e do fogo pode operar sobre eles. Quando crianças, alguns são de temperamento tão suave e terno que o sacudir de uma vara pode lhes fazer bem; há outras crianças, se um homem as açoitasse todos os dias, elas nunca abandonariam seus truques infantis: É assim com os pecadores, Deus vê alguns de temperamento mais terno e suave, que o amor ganhará sobre eles; outros são de uma disposição áspera, que nada além da ira pode assustá-los: Agora, Deus nas dispensações de sua graça, ele observa seu temperamento, e se ele vir que o amor ganhará mais sobre eles do que a ira fará, ele tomará esse curso; mas se Deus não vê; nada além de ira, e fogo, e horrores o farão, então ele trabalhará dessa maneira. Isso você lê na Epístola de Judas, versos 22, 23. Para alguns, diz o Espírito Santo, tenha compaixão, fazendo a diferença; mas outros salve com temor, tirando-os do fogo. O significado é este: Existem alguns a quem você deve mostrar ternura e compaixão; ao chamá-los e trabalhar com eles, eles são de um temperamento terno; mas existem outros que você deve salvar com medo, isto é, pregar sermões terríveis para eles e amedrontá-los com disparos de fogo e julgamento por vir. Pois Deus observa os diferentes temperamentos nos homens e, portanto, procede de maneiras diferentes de Administração ao trabalhar neles. Agora, pode ser que, tu que assim reclamas, nunca tiveste estes terrores na tua alma, e ainda assim foste eficazmente chamado, pode ser que Deus tenha visto o teu temperamento mais para ser conquistado pela bondade, e por um caminho de amor, portanto operou em ti desta maneira; Deus não está preso a um modo: E, portanto, podemos justamente considerá-los culpados os que pregam unicamente a graça gratuita e o amor de Deus, e assim amarram Deus a um Método: e eles são muito culpados do outro lado da mesma forma (se existe tal) que prega apenas terror e ira; pois Deus observa o temperamento das disposições dos homens, alguns duros como nós de madeira e outros macios, e consequentemente prossegue em sua maneira de trabalhar com eles. Portanto, este fundamento para suas dúvidas é insuficiente.

Em segundo lugar, um segundo fundamento que faz os homens duvidarem de sua vocação eficaz é a apreensão de algum defeito visível que pode estar nos meios de sua vocação. Assim, pensam: eu li na Palavra, que agrada a Deus usar a pregação como um meio comum para chamar e converter pecadores a Cristo. Agradou a Deus pregar para salvar os que creem. Eu li isso também que a fé vem pelo ouvir, (Agora, muitas pobres almas têm isso que embaraça sua consciência e perturba seu espírito), mas, infelizmente, encontrei um defeito neste meio. De minha parte, não posso dizer que fui convertido por ouvir um sermão; o que funcionou em mim foi algum outro meio. Um destes três, ou fui convertido (diz um) por viver em uma família piedosa, entre bons cristãos, vendo seu exemplo, que primeiro me conquistou: Ou, diz outro, fui conquistado lendo um capítulo da Bíblia, ou algum bom livro, e aquele primeiro operou em mim: Ou, diz um terceiro, pode ser, se fosse a Palavra, era a Palavra pregada por um homem ímpio, que agora se tornou errôneo no julgamento, ou profano na prática: e isso causa muito ciúme. A palavra pregada pela boca de um ministro piedoso é a maneira comum de Deus, mas eu estava totalmente fora desse caminho e, portanto, isso o faz suspeitar da verdade de seu chamado eficaz. Agora, amado, eu imploro que você me empreste um pouco seus pensamentos, pois de bom grado eu faria esta Doutrina o mais confortável possível para todos os chamados. Falarei de tudo isso em ordem, e mostrarei a você que, em caso afirmativo, qualquer um desses tem sido o meio de sua vocação, mas você não tem razão para duvidar de sua vocação eficaz.

Primeiro tu suspeitas do teu chamado, porque o meio tem sido, tu dizes, não por ouvir um sermão ou a palavra pregada, mas por viver entre bons cristãos e ver seu exemplo e sua vida, tu vieste por este meio a amar os caminhos de Deus; e este foi o primeiro meio que te converteu. Amado, não tenho dúvidas, mas falo com uma grande certeza, que não posso dizer jamais que um sermão os converteu, mas somente, que eles foram ganhos para os caminhos de Deus, para abraçar a verdade, desta forma: agora o que direi para homens como esses? Por que, eu diria muito; que embora o Senhor não tenha usado sua Palavra pregada, o meio comum de conversão de almas, ao te chamar, ainda assim Deus não está amarrado e preso à sua palavra pregada, mas ele pode usar outros meios para converter sua alma.

Em segundo lugar, e mais particularmente, que viver entre pessoas boas, e vendo seu exemplo tanto na vida quanto no culto, encontramos nas Escrituras um meio muito eficaz, muitas vezes para convencer, às vezes para converter; e se você puder descobrir isso nas Escrituras, pode ter muito conforto. Muitas vezes tem sido um meio de convencer, 1 Pe 3.16. Eles terão vergonha de falar mal de você, enquanto contemplam sua conduta em Cristo. Quando eles virem que você vive em Cristo e anda de acordo com Cristo, eles ficarão envergonhados do que fizeram e do que falaram; pois isto deve convencê-los. Portanto, 1 Pe 2.15. E o apóstolo, quando fala da administração ordeira e regular da adoração a Deus, 1 Cor 14.23,25. Se vier um incrédulo entre vocês e ele vir a sua boa ordem (diz ele), ele cairá no meio de vocês, ele ficará convencido e dirá: Na verdade, Deus está entre vocês. Vendo isso (diz o apóstolo) homens piedosos, santos em suas vidas e santos em sua adoração, embora ele seja um descrente, ele se prostrará e dirá: Na verdade, Deus está entre vocês: isto é, por meio da convicção. Além disso, às vezes Deus abençoa as vidas graciosas e usa o exemplo dos cristãos para ser um meio para converter alguns, quando o Evangelho não pode fazê-lo; e você pensaria que isso seria muito confortável, se pudesse ser reparado. Eu recomendaria apenas um texto das Escrituras para você, para provar que bênção é viver em uma boa família, onde o marido ou a esposa, ou qualquer pessoa da família é piedosa, 1 Pe 3.1. As esposas estejam sujeitas a seus maridos, e então? Para que seus maridos, que não são ganhos pela Palavra, sejam ganhos sem a Palavra, enquanto contemplam a conduta de suas esposas. Um texto notável, havia muitos maridos ímpios, que todos os sermões que ouviram não os converteriam; ainda assim, o apóstolo diz a eles que se a esposa vivesse uma vida santa e piedosa, suas vidas às vezes deveriam ser mais eficazes para converter seus maridos, então que a Palavra deveria ser. E isto, Amado, retira claramente seu primeiro apelo, que porque você foi convertido pelo exemplo e por viver entre bons cristãos e vendo seus passos, isso ganhou sobre você; isso não é motivo de desânimo, porque às vezes (eu digo) o Senhor abençoa exemplos de vidas graciosas, para fazê-los ganhar os homens que são conduzidos ao lar de Jesus Cristo.

Em segundo lugar, eles vão ainda mais longe: Há outra pobre alma trazida para casa por Jesus Cristo, e o que ele disse? Eu duvido dos meios de meu chamado, pois um Sermão nunca foi feito para mim; a primeira coisa de tudo que ganhei sobre mim, foi a leitura de alguns capítulos da Bíblia, ou algum outro livro de um homem santo, e que me fez primeiro odiar o pecado, amar a vontade de Deus e cuidar de sua Palavra por minha salvação. E aqui não tenho dúvidas, mas muitos cristãos descobriram que a Palavra lida é o primeiro meio de conquistar seus corações. E, portanto, para tirar isso da mesma forma, vou falar duas ou três coisas como resposta. Como:

Primeiro, que Deus não está amarrado a nenhum meio, mas pode trabalhar com os meios mais mesquinhos para trazer as pessoas para casa a Jesus Cristo. Se a conversão de Pedro foi por um galo; um galo cantando e um olhar de Cristo, por que Cristo pode não usar as Escrituras lidas como um meio de chamar um homem? Se das pedras Deus pode levantar filhos a Abraão, por que Deus não pode fazer isso também pela Palavra? Fazer a Palavra lida um meio em suas próprias mãos para efetivá-la? Deus que pode fazer todas as coisas com nada, sem meios, pode realizar grandes coisas por meios fracos.

Em segundo lugar, e mais particularmente, que embora a pregação ordinária e o ouvir a Palavra pregada sejam ordenados por Deus e coroados por ele como um meio instrumental para converter almas, ainda assim Deus às vezes abençoa a leitura da Palavra como um meio de converter almas da mesma forma. Ainda assim, amado, eu não faria como os Prelados fizeram, que de bom grado trouxeram leituras para justificar nossa pregação. A pregação é a obra mais nobre e deve ser a mais elevada em nossos pensamentos; no entanto, se Deus agir de maneira incomum, quem pode controlá-lo? Se Deus o fará por meio de um capítulo lido, quando não por meio de um sermão pregado, quem pode resistir a Deus? Se ele vai mostrar seu poder por meios mais fracos. Quem deve contradizê-lo? Deus às vezes honra a leitura da Palavra, para dar ânimo à leitura, para ser um meio para a chamada de algum homem. Eu li de Agostinho que ele foi convertido, não por ouvir um sermão, mas por abrir a Bíblia e ler aquele lugar, Rom 13.13. Andemos honestamente como de dia, não em tumultos e embriaguez: e a leitura deste versículo operou nele. Eu li sobre Cipriano, que ele foi convertido lendo a Profecia de Jonas, ouvindo sobre a misericórdia de Deus para salvar um povo tão perverso, e sobre a misericórdia de Deus para com Jonas, quando ele estava em tão ruim humor de estar com raiva de Deus. Também conheci outro ministro famoso que, ao passar por uma livraria, se converteu ao ler um Sermão de Arrependimento que custou apenas dois pences; e desde então tem sido um Ministro famoso pela conversão de muitas centenas a Jesus Cristo. Junius foi convertido lendo o primeiro de João; então o eunuco foi convertido ao ler Is 53.7. Amado, Deus não está limitado a nenhuma maneira de salvar o homem. Ler é uma ordenança de Deus, e Deus não está limitado, mas pode usar isso como um meio de tua chamada eficaz da mesma forma.

Em terceiro lugar, sim, mas, diz outra alma em dúvida: Provavelmente nunca fui trabalhado, nem por ver pessoas piedosas entre as quais eu vivia e observando seu exemplo, nem fui influenciado pela leitura de bons livros; mas eu primeiro fui forçado a ouvir tal Ministro, que agora vejo que está cometendo um erro; ou um Ministro que se soltou em sua prática (infelizmente, nestes tempos presentes, foi se divertir com o inimigo contra o Reino) e se tornou um homem vil; e o fato de o Ministro ser mau, o que fez com que eu me perguntasse, me faz questionar se a obra não é um trabalho ruim, e isso deixa muitos cristãos também aborrecidos. Ao que respondo brevemente.

Primeiro, suponha que o Ministro foi mau que o afetou, mas a maldade do Ministro não é motivo justo para nos fazer suspeitar de nosso chamado. Pois então nunca devemos ter certeza de nossa chamada. Um homem pode ter certeza de sua própria conversão, embora um homem possa não estar certo da conversão daquele por cujos meios foi chamado.

Em segundo lugar, novamente está claro nas Escrituras, Deus pode usar Ministros que são perversos para converter outros. Os Ministros das sete Igrejas da Ásia, duvido que alguns deles fossem homens maus; Paulo diz a você, 1 Cor 9.17. Eu mantenho meu corpo sob servidão, para que, quando pregar aos outros, não seja um náufrago. Intimando, que um homem possa pregar aos outros, e pode ser um meio para salvar outros, e ainda assim não ser salvo. Portanto, 1 Coríntios 13.1. Os Ministros, neste caso, podem ser como os cozinheiros. Um cozinheiro pode preparar muitos pratos e deixá-los passar por suas mãos para fornecer uma mesa grande e imponente, mas, de todos esses pratos, ele dificilmente saboreia um. Portanto, ministros, eles podem servir muitos pratos para seus ouvintes, mas não lambem os dedos nem provam eles próprios deste alimento espiritual. Como na construção da arca, havia muitos homens que construíram com Noé a Arca, para salvar os outros, e eles mesmos se afogaram; tantos homens podem construir uma Arca pregando a Palavra e os desejos de Deus para salvar as almas de outros homens, quando eles próprios podem se afogar. Portanto, é a Escritura que nos fala de estrelas que caíram do céu; muitos ministros, que pareciam ministros piedosos, como estrelas em sua geração, ainda assim eles caíram, e tornaram-se perversos e soltos. E eu me lembro do Dr. Pembleton, um ministro famoso nas igrejas da Rainha Maria; e um homem cujo ministério havia convertido muitos cristãos, mas por fim ele próprio se tornou papista. Ora, esses cristãos nunca duvidaram ou suspeitaram de sua conversão, porque o homem que os converteu era um homem mau; eles podiam ser boas pessoas, embora ele fosse um mau Ministro: de modo que esta não é a base do mundo; embora eu confesse que não é comum, que Deus torna os homens ímpios meios de conversão, mas Deus normalmente coroa a Palavra mais na boca de um ministro piedoso, mas às vezes eu digo: Deus pode usar um meio para converter almas. E eu daria a você estas razões para provar que um homem perverso pode converter almas, e que Deus não vincula a conversão a um Ministro piedoso. Porque, primeiro, a eficácia da palavra não depende dos homens, mas de Jesus Cristo; e Cristo pode fazer uso de quem lhe aprouver.

Em segundo lugar, se apenas um bom homem pudesse converter, isso se seguiria, que poderíamos estar tão seguros da conversa de outro homem quanto temos da nossa; o que é uma coisa muito falsa. Pois, se apenas um homem piedoso pudesse converter, então se eu tivesse certeza de minha própria conversão, também estaria certo de sua conversão que operou em mim também; o que não pode ser, de modo que claramente isso não deve impedir seu caminho, porque você discerniu o Ministro que fez com que você não fosse um bom homem, visto que a conversão não está ligada exclusivamente a um ministro piedoso.

Em terceiro lugar, um terceiro fundamento de onde surgem dúvidas nos chamados, é de alguns defeitos aparentes que eles apreendem estar nos concomitantes que acompanham, ou nos efeitos que deveriam seguir o chamado efetivo: e isso os faz temer de que não estão efetivamente chamados. Vou citar para você três ou quatro.

Primeiro, (diz um cristão em dúvida), ouço nas Escrituras quais são os efeitos que se seguirão, e o que acompanhará um homem efetivamente chamado, e não os encontro forjados em minha alma. Como agora, primeiro, eu compreendo que quando um homem é efetivamente chamado, ele será capaz de invocá-lo em oração: Eu acho na Escritura, 1 Cor 1.2. Que todos os que são chamados a ser santos, devem invocar o Senhor em todos os lugares; mas, ai de mim, não encontro isso em minha alma. Eu acho que sou um enfadonho, morto, apático, sem orar de coração todos os dias da minha vida; e, portanto, tenho dúvidas se fui efetivamente chamado ou não. Agora, para isso, estabelecerei três coisas para responder.

Primeiro, porventura você julga que não é capaz de orar, porque lhe falta expressões na oração, embora tenha afeições. Agora, se você julga sua incapacidade de orar, por falta apenas de expressões, você julga errado, porque a oração deve ser julgada pelos afetos, não pelas expressões. Expressões são apenas o sopro da natureza, uma língua volúvel natural pode produzir expressões; ao passo que os afetos na oração, eles são o sopro e o fruto do Espírito Santo. Portanto, não julgue que você não pode orar, porque você não tem tais expressões fluentes como outros usam, pois a própria essência de uma oração está no coração e, portanto, é dito que, quando o Espírito de Deus ensina os homens a orar, os ensina não apenas em expressões, mas com suspiros e gemidos que não podem ser proferidos, Rom 8.26. Quando o Espírito move o coração e o faz suspirar em seus pedidos e lamentar suas súplicas, você ora melhor do que todos.

Em segundo lugar, você que julga sua incapacidade de orar e, portanto, pensa que não foi chamado, porque não pode invocar a Deus, eu diria isto a você: Que o melhor dos filhos de Deus encontrou uma grande diferença em seus espíritos em referência ao pagamento de direitos; os melhores filhos de Deus nem sempre oram da mesma forma. Às vezes, os afetos dos homens piedosos são tão rápidos na oração, como as carruagens de Aminadabe; outras vezes, eles dirigem tão pesadamente quanto os carros dos faraós quando as rodas estão emperradas. Às vezes, o povo de Deus está ardendo em suas afeições, quente como fogo; outras vezes, eles estão congelados em suas afeições, frios como o gelo. Nenhum povo de Deus está sempre em sua carruagem da mesma maneira em direção a Deus em oração. Sl 77.4. É o discurso de Asafe, ó Senhor, meu espírito está oprimido dentro de mim, estou muito perturbado, não posso falar. O homem estava tão perturbado que não conseguia falar, mas Asafe disse essas palavras com a boca; mas o significado é que, embora Asafe fosse um homem piedoso, ele estava tão sobrecarregado de problemas que não podia falar com Deus, não podia invocar a Deus com aquele vigor interior de espírito. Embora você possa, às vezes, invocar a Deus com afeição, mesmo assim, quando a dificuldade repousa sobre você, seu coração pode estar fora de controle.

Em terceiro lugar, muitas vezes o povo de Deus está sujeito a um estado de abandono, e abatimentos em suas afeições espirituais, e, em seguida, eles estão fora de uma oração; quando você perde afeições, as engrenagens da oração são derrubadas. Muitas vezes acontece com o povo de Deus, que eles são levados a uma condição enfraquecida e humilde, eles estão em tal estado de abatimento como se eles não tivessem um princípio, nem os atos da vida espiritual. Apo 3.2: Fortalece o que resta, diz o Espírito Santo; que está pronto para morrer. Pessoas piedosas podem ser um povo moribundo, e então a língua falha, quando está morrendo: o povo de Deus pode estar morrendo; embora nunca morram totalmente na graça, podem estar tão enfraquecidos em seus espíritos que não podem derramar seus pedidos a Deus como no tempo habitual, como em 2 Crôn 17.3: Jeosafá andou nos primeiros caminhos de Davi, seu pai: o que implica que os primeiros caminhos de Davi eram melhores, do que o seu último. Muitos homens podem ter suas primeiras ondas boas, mas em algum momento no final, antes de morrer, eles podem ter muitas falhas e morte de espírito sobre eles.

Em quarto lugar, se um homem apenas lamenta que não pode invocar a Deus, Deus considera isso como o invocando. Se você puder apenas suspirar seus pedidos e lamentar que você não pode lamentar, e orar para que você possa orar; o Senhor ouve sua oração. Esta é a música mais melodiosa que você pode fazer aos ouvidos de Deus. Portanto, Davi disse: Salmos 6.8. O Senhor ouviu a voz do meu pranto: Há uma voz nas Lágrimas, assim como nas Palavras. Se o Senhor vê você chorar por sua própria resistência e lamentar por sua própria morte, o Senhor olha para isso com um olhar mais agradável, do que se você pudesse derramar as dilatações de sua língua, com mais fluência.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

A Garantia de Nossa Vocação e Eleição – Parte 8

Por Christopher Love

Por isso, irmãos, procurai, com diligência cada vez maior, confirmar a vossa vocação e eleição; porquanto, procedendo assim, não tropeçareis em tempo algum.” (2 Pe 1.10)

Estou falando ainda de defeitos que alguns percebem sobre os caracteres que acompanham aqueles que são efetivamente chamados, dos quais falei apenas de um em particular, a saber, que eles não podem invocar a Deus em oração; Eu agora passarei para o segundo.

Em segundo lugar, eles apreendem que aqueles que são efetivamente chamados, têm isso para acompanhar sua vocação, que são tirados de um estado de ignorância para um estado de conhecimento, de um estado de escuridão para um estado de luz; portanto, eles vão insistir nisso contra si mesmos, 1 Pe 2.9: “Vós, porém, sois raça eleita, sacerdócio real, nação santa, povo de propriedade exclusiva de Deus, a fim de proclamardes as virtudes daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz;”. E Atos 26.18: Ele enviou sua Palavra para chamá-los das trevas para a luz e do poder de Satanás para Deus. Agora diz a pobre alma: Ai, eu não encontro esta característica em meu coração, eu não encontro esta luz maravilhosa de que a Escritura aqui fala, 2 Coríntios 4.6. Ai, meu coração é como uma masmorra de escuridão, e como uma casa que não tem varandas, sem janelas para deixar entrar o brilho do sol do Evangelho sobre ela. E muitas vezes há este cascalho em muitas mentes piedosas. Agora, para aqueles que têm essa dúvida, direi apenas duas ou três coisas para tirá-la.

Primeiro, para você que faz esta queixa, eu diria o seguinte: que aqueles que mais sabem, eles sabem, senão pouco nos mistérios de Jesus Cristo; como você não é perfeito em outras graças, também não está aqui perfeito em conhecimento; você conhece, senão em parte. 1 Cor 13.9. Portanto, você não precisa ficar desanimado com isso.

Em segundo lugar, e mais particularmente, você que se queixa de ignorância; embora você seja ignorante e não possa encontrar aquela luz maravilhosa brilhando em sua alma, o que você espera, ainda se sua ignorância não tiver essas três qualidades doentias, você pode descansar confiante de que sua ignorância nunca provará ser um pecado condenatório para você, mas pode ser consistente com seu chamado eficaz.

Primeiro, se a sua ignorância não for uma ignorância teimosa e obstinada. Em segundo lugar, se não for uma ignorância estúpida e bruta. E em terceiro lugar, se não for uma ignorância fundamental.

Primeiro, se não for uma ignorância teimosa e obstinada. Embora você seja ignorante, ainda que esteja disposto a aprender e conhecer os caminhos de Deus revelados em sua Palavra, tal ignorância nunca o condenará: Mas quando a ignorância vier a ser obstinada, o homem não sabe, mas insiste que ele sabe; um homem é um homem ignorante, mas pensa que sabe mais do que todos os Pregadores possam lhe dizer; isso é um triste sinal de que você não é chamado eficazmente. Por isso você lê, Prov 1.22. Até quando, ó néscios, amareis a necedade? Pessoas piedosas podem estar em um estado de ignorância, mas não o amam; portanto, 2 Pe 3.5. A Escritura nos diz sobre os homens ímpios, que eles são deliberadamente ignorantes. De modo que, se a sua ignorância não contiver esta má qualidade, de ser uma ignorância obstinada, ela pode ser consistente com a sua vocação eficaz.

Em segundo lugar, contanto que sua ignorância não seja uma ignorância estúpida e bruta; isto é, que você não fique tão nublado em um estado de escuridão, que você seja incapaz de discernir a bondade da Palavra, e incapaz de apreender qualquer coisa que é ensinada a você; que você não é como aqueles em Jer 4.22: Meu povo não tem entendimento, é um povo estúpido, sábio para fazer o mal, mas para fazer o bem não tem entendimento. Muitos homens são ignorantes, mas não tão ignorantes a ponto de não serem capazes de aprender; se você vai ensiná-los, eles estão dispostos a serrm instruído; mas alguns homens são tão ignorantes, eles não são capazes da aprendizagem. Portanto, é o Profeta que reclama em Is 1.4. O boi conhece o seu dono, e o asno sua manjedoura, mas meu povo não conhece o Senhor seu Deus.

Em terceiro lugar, caso a sua ignorância não seja uma ignorância fundamental, refiro-me a tal ignorância, a ponto de não saber aqueles pontos necessários e fundamentais na Palavra, que devem ser conhecidos, se algum dia você for salvo; como sobre Jesus Cristo e salvação e justificação por seu sangue, e fé em seu Nome, etc. embora você possa ser ignorante sobre as circunstâncias, se não for nos fundamentos, sua ignorância pode ser consistente com o chamado eficaz. Mas agora,

Em terceiro lugar, se um homem piedoso fica satisfeito com esses dois pontos e pensa com felicidade, posso ter o primeiro concomitante a invocar a Deus, e assim evidenciar meu chamado eficaz; e então, felizmente, o segundo pode não estar faltando em mim, que eu não esteja sob o estado de uma ignorância obstinada e fundamental. Mas, infelizmente, ele disse, eu tenho falta de um terceiro concomitante que acompanha efetivamente o chamado, e isso é: Eu descobri na Palavra, que aqueles que são efetivamente chamados são trazidos a uma estrutura de obediência de coração a todos os caminhos de Deus, que tudo o que Deus ordena que eles façam, seus corações possam obedecer prontamente, e isso eu acho, Rom 1.5.6. Deus os chamou, por sua graça, para a obediência da fé. Agora, infelizmente, diz uma alma pobre, eu encontro um defeito neste concomitante da mesma forma, não posso discernir que sou chamado a uma obediência que flui da fé como seu princípio, não posso encontrar este quadro de coração em mim, e então duvido de minha vocação eficaz. Devo trabalhar para esclarecr este ponto.

Em primeiro lugar, quando digo que a obediência é um concomitante que acompanhará alguém efetivamente chamado, não digo nem pretendo me referir à obediência nas ações dela, mas de estrutura de espírito obediencial nos propósitos dela. Muitos homens podem ser efetivamente chamados, embora nem sempre vivam em obediência a Cristo, mas todo homem efetivamente chamado tem um coração obediente; isto é, ele tem propósitos e intenções e resoluções para obedecer a Deus, embora ele não possa agir o que faria; ele tem obediência no hábito e obediência em seus propósitos e resoluções sempre o atendendo.

Em segundo lugar, você descobre nas Escrituras que os cristãos mais fortes e capazes que fizeram mais para Deus, às vezes foram muito defeituosos nos atos de obediência, que não podiam fazer o que deveriam por Deus. E, portanto, Paulo reclama, Rom 7. O bem que faríamos, não podemos fazer. O próprio Paulo que era uma coluna na casa de Deus, ainda assim ele diz a você, ele não poderia sair naqueles atos de obediência que em seu coração ele faria; e, portanto, se você voluntariamente fizer mais do que faz, Deus aceita o pouco que você faz.

Em terceiro lugar, embora você não possa apresentar muitos atos de obediência a Deus; onde há prontidão de mente e coração, Deus aceita os propósitos da mente como sendo a ação, 2 Cor 8.12. Onde há uma mente disposta; é aceito por Deus, como se a ação fosse realizada.

Em terceiro lugar, Cristãos devem ser diligentes em tornar segura sua vocação; portanto, agora onde deve esta nossa diligência estar familiarizada? Ou em que Canal nossa diligência deve correr, para que possamos ter certeza de nosso chamado eficaz? Isto é uma grande questão que eu responderei.

Primeiro, se você deseja ter certeza de seu chamado eficaz, deve aplicar diligência para remover as coisas que o impedirão de certificar-se de seu chamado. E,

Em segundo lugar, use diligência para estabelecer a prática dos deveres que podem ajudá-lo a ter certeza de que você foi efetivamente chamado.

Primeiro, você deve remover aquelas coisas que muito o impedem de ter certeza, e aqueles obstáculos que devem ser removidos:

Primeiro, você deve usar diligência para remover a melancolia de seus pensamentos; pois este é um impedimento natural de se ter a certeza da salvação: A melancolia é um temperamento no homem resultante de um sangue negro correndo sobre o corpo, que ocasiona naturalmente ocasião para desconfiança e medo nas mentes dos homens; estando no corpo esse temperamento, opera uma grande alienação da alma. Agora se seu temperamento é Melancólico, e assim os dispõe à desconfiança e ao medo, esta será uma grande parada para que tenham as alegrias e confortos do Senhor em seus corações, na certeza do Seu amor.

Amado, a melancolia do cristão, fará com que se considere um hipócrita, quando é um santo; e, portanto, preste atenção a um temperamento melancólico e triste; é um obstáculo muito grande a essa graça da segurança. Eu estabeleço isso apenas como um remédio natural.

Em segundo lugar, uma mente cheia de preocupações mundanas, e correndo em empenhos onerosos no mundo, este é um grande obstáculo de segurança. Os cuidados desta vida, Mat 13.15, são comparados aos espinhos: Agora os espinhos sufocam a semente, atraindo para si o suco que está na semente, e assim não cresce o trigo, onde brotam os espinhos. Os cuidados desta vida são como espinhos que têm um poder atraente para sugar o suco de seu espírito e conforto para si, de modo que você não pode ter o suco de seu espírito em reunir suas evidências para o céu; quanto mais sobrecarregado você está no mundo, menos claro você estará tocando a evidência de sua condição interior. Os cuidados desta vida perfuram a alma com muitas tristezas. Agora, quando um homem é atravessado por muitas tristezas, ele está com um temperamento muito inadequado para ser elevado à alegria espiritual; quanto mais você se compromete com os empregos deste mundo, menos você estará no conforto do céu.

Amado, quando você era, senão um crente comum no mundo, você estava em uma maneira de obter a garantia de sua salvação, mas desde que você tem se ocupado com os assuntos do mundo, e sua mente é tão distraída, que você não pode ter qualquer compostura de temperamento para ter qualquer certeza de coração sobre a sua propriedade eterna. É a observação dos Filósofos, que o Sol é eclipsado pela interposição da Lua, a Lua chegando entre o Sol e a nossa vista: Amado, o Sol de seus confortos vem a ser eclipsado pela Lua, (que é feita um emblema do mundo em Apo 12.9). Agora, se a lua do mundo ficar entre o seu conforto e você, ela miseravelmente escurecerá e eclipsará o seu conforto para você. Nada no mundo impede tanto o seu conforto na segurança, como incomodar-se e preocupar-se com as coisas deste mundo.

Em terceiro lugar, preste atenção para não alimentar a culpa de nenhum pecado conhecido em sua consciência. Manter o pecado sobre a consciência é um grande impedimento para seus confortos interiores. Você nunca terá certeza enquanto faz isso; e, portanto, se você quiser ter certeza, remova-o. É uma observação do Sr. Hildersham sobre o Salmo 51.12, 14. O que Davi faz ao orar pedindo segurança? Dizendo: Restaura para mim as alegrias da tua salvação, estabelece-me com um espírito voluntário; restaure meus confortos e minhas evidências para mim. E que curso ele toma? Leia o versículo 14. Livra-me da culpa de sangue, ó Senhor: Tanto quanto se ele dissesse: O tempo todo aquele pecado pesou sobre a consciência sem arrependimento (como aconteceu por nove meses corridos), tudo enquanto Davi perdeu as alegrias do Espírito e os confortos do Céu; E, portanto, quando ele vem para renovar seu conforto e restaurar sua assunção, ele o faz, suplicando a Deus por segurança, implorando a Deus também para livrá-lo da culpa de sangue; sabendo que, se esse pecado pesasse sobre a consciência sem arrependimento e sem perdão, ele nunca deveria ter as alegrias do Espírito de Deus restauradas. Amados, vocês nunca terão certeza de sua vocação eficaz, até que suas consciências sejam libertas de ter pecado sobre si com a aprovação. Pecado sobre a consciência sem arrependimento, é como o vinho na terra, ele vai fazer tremer o coração ali, para que não haja aquela calma, e quietude, e paz de espírito que haveria se o pecado fosse afastado. Por isso lemos, Is 33.6. Os pecadores em Sião estão com medo, e o medo surpreendeu o hipócrita. Os pecadores estão com medo; aqueles que tinham culpa sobre eles, seus pecados geraram terror e medo; e hipócritas que estão cônscios de sua própria culpa, temem surpresas, mas os retos e sinceros de coração não eram assim; Note que este é um grande inimigo da paz interior e para ter certeza sobre seu estado eterno, se assim for, você guarda pecado na consciência sem arrependimento. E é justo com Deus que assim seja; porque se você mantiver o pecado em seu coração, isso será sempre desagradável para o Céu, é justo que Deus esteja em desacordo com você.

Em quarto lugar, evite desviar os olhos, de forma desanimada, para os outros, que são mais eminentes em graça do que você, e têm precedência sobre você nos caminhos da piedade. É verdade, um homem que é dado ao orgulho espiritual e presunçoso quanto à sua própria bondade, é adequado que ele olhe para aqueles que têm precedência diante dele na graça, para mais humilhá-lo. Um homem que está sob o problema da mente e duvidando de seu estado eterno, esse homem não deve olhar para os outros mais eminentes do que ele na graça, porque antes aumentará os desconfortos, do que qualquer forma de fornecer segurança a você. Se você olhar para cima - os raios brilhantes do Sol brilhando com toda a sua força, quanto mais você olhar para aquele corpo oriental e resplandecente, mais ele deslumbrará seus olhos, que você pode ver apenas vagamente coisas sobre a terra: É assim com os cristãos; alguns cristãos eles brilham como tantos sóis no firmamento, suas graças brilham e brilham tanto que se você olhar para eles, eles irão até mesmo deslumbrar seus olhos, e lhe deixar cego, que você não pode ver aquelas pequenas faíscas da graça que estão em seu próprio coração.

Em quinto lugar, preste atenção se você não sente a pedra de toque para testar sua vocação eficaz; pois bom senso e sentimento o enganarão nos assuntos de sua vocação. Amado, muitos de nós temos visão turva em nossos confortos e graças, e se confiarmos no sentimento, podemos ser enganados como Isaque foi. Você pode pensar que quando você tem Jacó pela mão, quero dizer graça no coração, que é apenas um Esaú, é apenas um réprobo. Portanto, preste atenção para fazer sentido e sentir a pedra de toque por meio da qual deve testar sua vocação. Uma criança nasce, mas não sabe que nasceu; vive, mas não sabe que vive; mas aqueles sobre ela sim: então um cristão pode nascer de novo, viver uma vida de graça, e ainda não ter consciência disso.

Em sexto lugar, esforce-se para remover este obstáculo, a saber, Orgulho e dependência de suas graças. Orgulho e dependência, eles não são apenas assassinos de confortos, mas eles assassinam nossas graças também; e se Deus vê você inchar de orgulho, porque você é abundante em graça, ele logo irá picar aquela bexiga inchada. É a observação de um teólogo moderno, que exaltações de espírito após a obtenção da segurança, irão inevitavelmente expor o Cristão, seja a grandes desconfortos, seja a grandes pecados. Consequentemente, a Escritura menciona que o orgulho de seus dons não é apenas um inimigo do conforto, mas um inimigo da graça; não apenas um inimigo dos confortos da graça, mas do próprio possuir da graça, Hab 2.4. Se o coração de um homem é exaltado, seu espírito não é reto dentro dele. Tg 4.6: Deus resiste aos orgulhosos e dá graça aos humildes. De modo que o orgulho não é apenas um inimigo de seus confortos, mas também de obter a graça total; quando os ramos de uma videira crescem luxuriantes, eles devem ter a tesoura de poda. E assim você tem o primeiro tipo de ajuda previsto para você; caso deseje obter garantia, você deve usar diligência para evitar coisas que possam ser um obstáculo para obter a garantia de sua chamada.

Em segundo lugar, um segundo tipo de ajuda, no caso de você obter uma garantia, é usar diligência na prática das coisas que podem ajudar e promover a obtenção de segurança sobre sua vocação eficaz. E aqui vou citar apenas seis ou sete elementos.

Primeiro, se é que você vai uma vez entrar na lista na disputa com o diabo, ele vai mirar em você, e não mais que você. O diabo é um debatedor lógico, e não é seguro, diz o Dr. Preston, discutir com o diabo; o diabo vai contestar e discutir com você. É um trabalho cristão exaltar argumentos de Fé contra sentimentos presentes. Caso deseje obter segurança, você deve fazer como fez Abraão, o pai dos crentes, quando ele deveria acreditar em algo que o bom senso e a razão lhe diriam que nunca deveria acontecer; É dito de Abraão, Rom 4.18, 19. Que na esperança ele creu contra a esperança. Ele exalta a fé contra o bom senso. E como foi? Deus prometeu a Abraão um filho; a razão e o bom senso teriam dito a Abraão, Abraão, você tem cem anos, sua esposa, noventa e nove, seu ventre é estéril e não é provável que você tenha filhos; mas Abraão não argumentaria assim, mas exaltaria argumentos de fé e aplicaria as promessas de Deus e a Palavra de Deus, exaltando-os; Abraão acreditava em esperança contra esperança. Amado, você também deve: embora diga que tem um útero estéril, a graça não deve crescer em você e, embora você seja um cristão velho, decrépito e débil, ainda apresente argumentos de fé a partir do amor de Deus e do poder de Deus, e da Providência de Deus e das Promessas de Deus, e essa é a maneira de ter seu conforto claro e completo.

Amado, gostaria que você respondesse ao diabo assim. Se ele vier a ser mais esperto e reclamar com você sobre seus confortos, diga que você não pode contestar, mas pode acreditar; você pode colocar sua ajuda em Jesus Cristo, alguém que é poderoso, e exaltar os argumentos de fé, e isso fortalecerá muito os seus confortos. Lucas 8.42. Chegou um governante a Jesus Cristo, e rogou-lhe por sua filha, que estava à morte: E enquanto ele estava dizendo isso a Cristo, veio outro mensageiro a ele dizendo: tua filha está morta, mas o que diz Cristo, ouvindo isso? Não temas, somente creia. Como se ele devesse dizer, o bom senso e a razão teriam lhe dito que era uma coisa desnecessária implorar a Cristo por sua filha quando ela estava morta; mas diz Cristo: Não se rebaixe ao bom senso e à razão, não tema, só acredite, e a obra será feita: Portanto, eu vos digo: Não consultem carne e sangue, mas exaltem os argumentos da fé contra os sentimentos presentes; e esta é a forma de obter a garantia do seu conforto.

Em segundo lugar, mantenha a consciência limpa, para que nenhum pecado seja abrigado ali, e você está no caminho para obter seu conforto completo. Deus, diz Davi, falará de paz ao seu povo, mas ele não deve voltar à estultícia. Como se ele devesse dizer, embora Deus fale de paz e assegure-lhe o seu perdão e salvação; no entanto, se você voltar a pecar, Deus pode quebrar sua paz e transformar seus sorrisos em carrancas e olhares zangados. Cuidado com o pecado e mantenha sua consciência limpa, e essa é a maneira de ter paz em seu coração. Jó 11.14, 15. Se a iniquidade estiver em tua mão, afasta-a e não permitas que a maldade habite em teu Tabernáculo. O que se segue? E então tu deverás erguer tua face diante de Deus sem mácula, tu serás firme e não temerás. Uma expressão estranha: Que se você mantiver o pecado longe, então você deve ser firme diante de Deus, e não temer; isto é, você não será exposto a esses medos, dúvidas e ansiedades aos quais outros homens estão expostos. Heb 10.22: Vamos nos aproximar de Deus com um coração reto, em plena certeza de fé. Agora, o que um homem deve fazer para vir a Deus em plena certeza? Marque as próximas palavras: Aproxime-se de Deus em plena certeza de fé, tendo o coração purificado de uma má consciência. Aqui está o caminho, se você foi purificado de uma má consciência, você pode ousar vir a Deus com total segurança. Considerando que, infelizmente, se tua consciência te disser que tu és um prostituto, e tu és um enganador, e um mentiroso, e teimoso, você não pode vir com total segurança; você pode vir em presunção de verdade, mas não com a certeza da fé: e, portanto, mantenha a consciência limpa de nutrir culpa sobre ela, e essa é a maneira de ter o coração cheio de alegria.

Em terceiro lugar, seja diligente em manter a companhia dos cristãos mais piedosos e experientes onde você mora; essa é uma maneira muito especial de aumentar seu conforto. Vós lestes uma passagem excelente, 2 Coríntios 1.4: Somos consolados por Deus, diz o apóstolo, para que possamos consolar outros com a consolação com que nós mesmos somos consolados por Deus. Cristãos piedosos, eles irão confortá-lo com o mesmo conforto com que eles próprios se sentem confortados. Se nos consolamos, é para seu consolo. Homens piedosos, se tiverem algum consolo interior de Deus, eles compartilharão suas experiências com vocês e lhes dirão como Davi o fez, Salmos 66.16. O que Deus fez por sua alma. Não há maneira melhor do que isso, para se manter em comunhão com cristãos piedosos e conhecedores. Sr. Bradford, aquele famoso mártir, que estava na prisão por causa de sua profissão de Cristo, diz a história, ele ficou muito tempo sob o problema da mente e do horror da consciência, de que não poderia encontrar uma evidência real e clara de sua vocação eficaz: muitos homens vieram a ele, e não puderam resolvê-lo. Ainda assim, um pobre Weaver, um cristão antigo e experiente, que geralmente acompanhava o Sr. Bradford na prisão, por sua frequente comunhão com este pobre homem, ele obteve mais conforto interior do que jamais teve em toda a sua vida. Amado, falo com você para incentivá-lo a um maior estudo do valor da sociedade piedosa, e quanto mais você está familiarizado com os cristãos que vivem no gozo da luz do semblante de Deus e na certeza de seu favor durante todo o dia, mais você está no caminho certo para aumentar o seu conforto e segurança.

Em quarto lugar, submeta-se à aprovação de outros e esteja disposto a que eles deem um veredicto sobre você. Quando estiveres dormindo ou em um mergulho, não podes dizer a ti mesmo o que fazes, mas os outros devem dizer-te; Portanto, pode acontecer com os piedosos; eles podem estar em tal nível espiritual, que eles não são juízes adequados de sua própria condição; neste caso submeta-se ao julgamento dos outros, eles podem ver graça em ti, quando tu mesmo não podes vê-la; então o Sr. Throgmorton foi consolado pelo testemunho de uma companhia de ministros piedosos.

Em quinto lugar, viva no aperfeiçoamento diário da graça, e essa é a maneira de obter segurança. E isso significa que o Espírito Santo estabelece no capítulo do qual meu Texto de 2 Pe 1.10 foi tirado: Acrescente graça sobre graça. E eu me lembro que Beza escreve sobre este Texto, que nas Traduções Gregas estas palavras são colocadas: Dedique-se às boas obras para confirmar sua vocação: se é assim ou não, eu não posso afirmar, mas disso eu tenho certeza, e o contexto o provará claramente, que a maneira de garantir sua vocação é adicionar graça a graça. Pois depois que o apóstolo falou de adicionar graça a graça, ele chega com isto, dê diligência para certificar-se de sua vocação: Implicando, que quanto mais você vive nas ações da graça, mais você deve viver no gozo dos confortos. Is 32.17: As obras da justiça serão paz. Não o hábito, mas o trabalho; se você agir com retidão e viver nas obras e prosperando na graça, isso será paz, e o efeito dela será quietude e segurança para sempre. Então João 16.24. Quanto mais você ora, mais aumenta sua alegria. De modo que quanto mais você viver no aperfeiçoamento da graça, mais provável será a maneira de obter segurança.

Em sexto lugar, se você deseja obter segurança, gaste mais tempo fortalecendo suas evidências para o céu, do que questionando-as. É a grande falha de muitos cristãos, eles gastarão muito tempo questionando e não fortalecendo seu conforto. Eles se arrazoarão para a descrença e dirão: Senhor, por que devo acreditar? Por que eu deveria aceitar uma promessa, que sou uma criatura tão profana e não mortificada? E assim eles se arrazoam a tal ponto que não ousam apegar-se a Cristo; ao passo que deve ser seu trabalho raciocinar consigo mesmo em Cristo, tanto quanto você puder. Trabalhe para fortalecer seu conforto e raciocine assim: Por que não devo acreditar em Cristo? Assim fez Davi, Sl 42: Por que estás perturbada, ó minha alma, e por que estás abatida dentro de mim? Não é a misericórdia de Deus mais do que o pecado na criatura? Não há graça livre onde há culpa? Não existem misericórdias perdoadoras, onde a condenação é merecida? Você deve raciocinar sobre seus confortos, ao invés de moderá-los, e gastar mais tempo no fortalecimento, do que no questionamento deles. Você consideraria um homem muito insensato, aquele que tem uma escritura de muita terra, e ele mesmo criará escrúpulos e dúvidas, e não usará meios para tornar seu título bom: E, na verdade, muitos cristãos são tão insensatos para o céu; eles têm, como posso dizer, um bom vínculo e selo de que Deus os levará ao céu, e ainda assim eles irão questionar e se opor à crença. Amado, não deve ser assim, mas você deve antes fortalecer seus confortos e depois questioná-los.

Em sétimo lugar, seja diligente no estudo sério do Pacto da graça: Amado, todas as dúvidas dos cristãos surgem da ignorância do Pacto da graça. E aqui, para que eu possa falar um pouco sobre isso, eu imploro que você me siga, estude a Enseada da graça; o que, se você fizer isso, você discernirá cinco apoios específicos nela para apoiar seus corações contra desconfortos e para fortalecê-los de uma forma segura em relação à sua chamada eficaz.

Primeiro, o Pacto das Obras exige obediência perfeita sob pena de condenação; mas o Pacto da graça ordena e aceita obediência imperfeita, se for sincera: aí está o seu primeiro apoio.

Em segundo lugar, o Pacto das obras não se contenta com bons desejos, a menos que haja boas obras; a Aliança da graça aceita a boa vontade e os bons desejos; quando falta a ação e se contenta com a vontade da ação.

Em terceiro lugar, o Pacto das obras exige que você obedeça à vontade de Deus perfeitamente em sua própria pessoa; o Pacto da graça requer apenas que você obedeça na pessoa de Cristo; então Cristo obedece por você, é aceito, embora você não o faça.

Em quarto lugar, o Pacto das Obras exige que você obedeça a toda a vontade de Deus por meio de suas próprias forças; o Pacto da graça o aceita, embora não a nossa própria força, mas a força de Cristo seja manifestada em qualquer ação espiritual.

Em quinto lugar, o Pacto de obras requer o desempenho da condição, antes de dar a Promessa; Como, faça isso e viva; você não pode viver, diz o pacto das obras, sem você fazer isso: mas o pacto da graça, primeiro oferece a Promessa, e então requer a condição: Obriga você primeiro a aceitar a Cristo, e primeiro crer, e então mostrar os efeitos da fé. Primeiro, apegue-se à promessa e, então, exponha e pratique a condição dessa promessa. Primeiro creia e depois aceite a Cristo, embora você seja indigno e uma criatura miserável, se depois de tomá-lo você estiver consciente de praticar as obrigações que recaem sobre você, e eu te aceitarei. Agora, você colocaria isso em seu coração, para estudar essa vasta diferença entre o Pacto das obras e o Pacto da graça, duvido que esses seriam grandes suportes para seu conforto interior.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

A Garantia de Nossa Vocação e Eleição – Parte 9

Por Christopher Love

Por isso, irmãos, procurai, com diligência cada vez maior, confirmar a vossa vocação e eleição; porquanto, procedendo assim, não tropeçareis em tempo algum.” (2 Pe 1.10)

Tenho ainda mais dois casos de consciência para resolver e, então, reunirei todos para uma aplicação geral. Portanto:

Em quarto lugar, quando ou em que tempo Deus mais preencherá as almas de seu povo com a certeza de sua vocação eficaz? E então,

Em quinto lugar, onde reside a diferença entre a asserção que um homem piedoso tem de sua vocação eficaz e as presunçosas persuasões que os homens ímpios têm, que eles são chamados efetivamente, quando não são.

Primeiro, quando ou em que momento Deus dá a seu povo a mais forte certeza de sua vocação eficaz? E aqui, em resposta a isso, devo resumir tudo o que tenho a dizer em quatro tópicos; que em quatro casos ou ocasiões Deus geralmente dá a seu povo a mais forte garantia.

Primeiro, depois que o Senhor muito humilhou os corações de seu povo, para quebrá-los para o pecado, então que ele dá normalmente mais garantia de um homem chamado eficazmente, e da felicidade de sua condição futura. Quando você puder dizer como Davi disse, Sl 8.3: Não há descanso em meus ossos, por causa do meu pecado. Quando você pode dizer como o salmista no Sl 51.8. Que os ossos que quebraste se regozijem. Então é a hora de Deus fazer você irromper de alegria, quando ele quebrantou seus corações com tristeza. Deus tinha quebrado o coração de Davi sob o sentido de que impureza ele havia cometido: Ao que diz Davi: Você quebrantou meu coração, agora deixe meu espírito quebrantado regozijar-se; e Deus o consolou e restaurou a alegria de sua salvação. Você tem uma frase, Salmo 34.18: O Senhor está perto dos que têm o coração quebrantado, para salvar os que têm o espírito contrito. O Senhor está perto deles. Então, o que faz? Não apenas para dar-lhes libertação de problemas exteriores, mas de tristezas interiores; para dar-lhes alegria interior e conforto interior, para que os ossos que ele quebrou pudessem se regozijar. O Senhor está perto daqueles que têm o espírito quebrantado, para confortá-los. Lucas 4.18, é dito lá, que o Espírito do Senhor estava sobre Cristo, e para fazer o quê? Era para proteger os quebrantados de coração e confortar os que choram. Então, Is 61.1-3. Para aqueles que choram, ele deve pregar consolo e reprimir os que estão com o coração partido. Quando o Senhor te quebrantou sob o pecado, e te humilhou sob a visão de seus males, então é o tempo em que Deus irromperá sobre você com grande alegria. Mt 11.28. Vinde a mim, todos vós que estais cansados ​​e oprimidos, e eu vos aliviarei; e achareis descanso para as vossas almas. Não há apenas referência ao nosso descanso no céu, que nós descansaremos ali do pecado, e descansaremos ali da tristeza, e descansaremos ali da tentação, mas eu lhes darei descanso; também se refere a uma promessa nesta vida, que se você estiver sobrecarregado, considerará suas iniquidades um fardo muito pesado para você suportar, Cristo prometeu-lhe paz, paz interior em sua própria consciência, na certeza de seu estado eterno, na certeza de que você foi chamado a um estado de graça e chegará a um estado de glória. Você sabe quando o solo é arado, os torrões se quebram, e a quebra dos torrões abre caminho para o enraizamento mais profundo do trigo, e que pode brotar com maior aumento. É assim quando vocês aram, na linguagem dos Profetas, Jer 4, o terreno baldio de seus corações; quando vocês quebram os torrões de seus corações por meio de humilhações, isso abre caminho para o trigo e os grãos, aquele grão precioso de segurança, para brotar e crescer em uma medida mais plena; para que você não esteja fora do caminho de Deus, então, para ter forte segurança. Eu digo que é o jeito normal de Deus. Eu não nego, mas Deus pode trazê-lo para o céu, embora você não tenha nenhuma operação legal e horrores sobre você; no entanto, Deus nunca lhe dará uma garantia tão forte e tais confortos arrebatadores, como ele dá aos que estão mais quebrantados de espírito. Olhe através de toda a passagem das Escrituras, e você encontrará que aqueles que estavam com o coração mais quebrantado, eles eram os mais fortes no conforto. Aquela casa que tem o alicerce mais profundo é como ser o mais belo Edifício; considerando que suas tendas e chalés menores, um pouco de enraizamento na terra lhes servirá: É provável que Deus possa fazer de você uma pequena cabana, embora não profundamente enraizada; mas tu nunca serás erguido em um belo edifício, para te tornares um cristão amável no ponto de conforto e segurança, se Deus não te rebaixou na humilhação. É uma verdadeira regra da graça: Aqueles que semeiam em lágrimas colherão com alegria. Quanto mais profundo você estiver na tristeza, mais alta será a alegria. Ao que se humilha Ele dá mais graça.

Em segundo lugar, depois que o povo de Deus foi sacudido e perturbado pelos violentos assaltos e tentações do diabo, então é a hora de Deus encher seu povo com maior alegria e maior conforto. Você sabe no moinho, na comporta, quando o riacho fica mais forte, o moinho vai mais rápido. Amado, Deus permite que a torrente da tentação cresça forte contra ti, mas para fazer o teu moinho rodar, para transformar em pó a tua luxúria e para te fazer moer os teus pecados como grãos sob o moinho. Deus apenas faz com que o dilúvio seja forte na porta, para tornar o teu conforto mais forte, e as tuas graças mais firmes. Quando Deus permite uma torrente de tentação e te lança sobre essas ondas e vagas, então é a hora de Deus te dar o mais forte conforto. Is 54.10-14. Ó tu aflita, sacudida pela tempestade, e não confortada. Marque sua propriedade. Agora, o que Deus fará com uma alma assim lançada em uma tentação? Leia o versículo anterior: Meu Pacto de paz não se afastará de ti, ó aflito. Deus aqui fala mais paz, e opera mais livremente seu Pacto nesta condição, quando eles foram mais jogados e caídos. E o versículo 13. Teus filhos serão todos ensinados por Deus e grande será sua paz. E o versículo 14. Na justiça serás estabelecido e não temerás. Aqui você vê como Deus, por assim dizer, sustenta um coração abatido; Ó tu agitada com uma tempestade, eis que fiz um Pacto de paz contigo e eis que não temerás. Veja como Deus mantém o coração de seu povo nesta condição; quando você é mais sacudido e tombado pela tempestade da tentação, então Deus ordinariamente lhe fala a mais interior paz e a mais forte segurança. Como você sabe que é com o carvalho, quanto mais eles são sacudidos por ventos tempestuosos, mais firmes e rápidos se enraízam nas entranhas da terra: É assim com os cristãos; eles são comparados nas Escrituras a um carvalho, cujo fruto e seiva estão neles: Agora, um cristão, quanto mais ele é abalado por uma tentação tempestuosa, o Senhor o torna mais firme, e mais estabelecido em conforto e segurança fortes.

Em terceiro lugar, quando Deus tem alguma obra extraordinária para seu povo, seja para fazer ou para sofrer, este é o momento em que ele enche seu povo com a maior segurança. Se Deus colocasse seu povo em sofrimentos externos, e lhes desse medos internos, eles não seriam capazes de suportar a condição com alegria ou paciência; e, portanto, quando ele chama seu povo para alguma medida extraordinária de sofrimento, este é o momento em que Deus os preencherá com confortos mais do que comuns. Eu li no livro dos Mártires do Sr. Robert Glover, sobre um homem famoso em sua geração, que durante o tempo de sua prisão, foi muito perturbado por falta de sua garantia, mas a história nos diz que, quando ele foi levado à fogueira para ser queimado, tão logo que viu o fogo, irrompeu na audição do povo e disse, Ele está presente, Ele veio; Agora estou tão cheio de alegria quanto meu coração pode suportar. Todo o tempo que ele estava na prisão, ele estava chorando e muito preocupado, até que Deus o levou a um sofrimento eminente, para sofrer a morrer por ele, e então ele estava cheio de conforto. Eu li também sobre um certo Adolphus Clarebachius, que era um homem sujeito à melancolia, e sujeito a muitas dúvidas e medos, mas assim que foi levado à fogueira, declarou abertamente ao povo: Tenho naturalmente um temperamento triste, mas agora professo diante de todos vocês: Acho que não há coração melhor em todo o mundo do que o meu. Assim, tendo que passar por sofrimentos extraordinários, Deus deu-lhe uma segurança extraordinária. Amado, este é o tempo de Deus, quando ele lhe dará mais segurança, quando ele o chamar para a maioria dos sofrimentos. Quando você passar por um oceano de sofrimentos e aflições, o Senhor o fará nadar em um mar de paz interior e alegrias espirituais.

Em quarto lugar, Deus dá a seu povo a mais forte segurança, quando eles andam mais intimamente em comunhão com seu Deus. Terão grande paz, diz Davi, aqueles que amam a tua lei; eles terão paz e grande paz, enquanto caminham em amor a Deus e seus caminhos. Mantenha-se em comunhão com o seu Deus, e esse é o momento para Deus lhe dar o maior conforto. Se vocês se rebelarem contra Deus e violarem sua Lei, ele quebrantará seus corações. Quando o pastor tem um Cordeiro, ou uma Ovelha, que foge do aprisco, ele se encontrará com um Cajado. Pode ser que Deus te pegue com seu anzol, felizmente você será mordido por uma tentação e mordido por deserção, se você se desviar de seu rebanho; mas quanto mais você se mantém em comunhão com Deus, mais provável é que mantenha seu conforto; andar com Deus é o pouquinho que acende o fogo do conforto no peito do cristão, que mantém o conforto vivo. Comunhão com seu Deus, tem duas particularidades. Primeiro, para mantê-lo livre de pecado, Jo 11.14, 15. Em segundo lugar, em manter o exercício da graça, Is 32.17. Agora, quanto mais você afasta o pecado, mais você se mantém no conforto; quanto mais você aumenta em graça, mais você aumenta em conforto. Graça e conforto, um promove o outro; Graça promove conforto, e conforto aumenta você no aumento da graça: Portanto, Paulo em suas saudações coloca os dois juntos, 1 Coríntios. 1.3.

Em quinto lugar, enquanto aparece a diferença entre aquele homem que tem garantia de sua vocação eficaz em bom fundamento, e entre os homens que têm somente persuasões presunçosas da sua chamada eficaz, quando eles não são chamados?

Primeiro, que o homem que tem verdadeira certeza de sua vocação eficaz, ele é muito cuidadoso contra o pecado, para que assim ele não possa eclipsar seus confortos, ou perder sua garantia. Ele é cuidadoso (digo eu) para libertar o seu coração do pecado, tanto quanto pode ser, como considerando que, embora ele não pode pecar afastado de sua alma, ele pode pecar longe dos confortos; embora ele não possa pecar contra sua salvação, perdendo-a; ele pode pecar contra sua consolação. O pecado de um verdadeiro crente justificado não pode levá-lo a perder a salvação, mas pode levá-lo a perder a certeza da sua chamada e eleição. Um homem que tem essa certeza, ele conhece o valor da garantia, e ele conhece por quanto tempo ela está perdida, e como dificilmente se ganha; e isso o torna muito sensível ao pecado, 2 Cor 7.1. Tendo sempre o cuidado de vigiar e confessar suas faltas para manter sua comunhão com Deus, andando na luz. Tendo essas promessas, vamos nos limpar. Quando um homem piedoso sabe que Deus é o seu Deus (Pois essa é a Promessa falada no versículo anterior) sabendo que ele pertence a Deus e as Proibições pertencem a ele; sabendo disso, faz com que se purifique de toda imundície, tanto da carne quanto do espírito; que ele não guarde nenhum pecado no espírito, nem nenhum pecado no corpo. Um homem que tem a garantia, torna-o muito sensível a todo tipo de pecado: Mas agora, um homem que tem presunçosas persuasões de sua própria piedade, suas persuasões vão torná-lo mais ousado, e mais incentivado a correr para o pecado, e ele não se preocupa com cair em um pecado neste dia, e em outro pecado amanhã, e cometerá maldade dia após dia; ele é ousado em cada pecado. Jer 3.4, 5: Tu clamaste a mim, meu Pai, meu Pai: tu és o guia da minha juventude; Você reservará a ira para sempre e não haverá fim para a sua indignação? No entanto, o que diz Deus? No entanto, você fez o mal tanto quanto podia: Como se dissesse: Você clama, meu pai; você persuade a si mesmo que Deus é seu Pai, e ainda assim você falará e fará o mal tanto quanto você pode: Aqui Deus os marca como um povo presunçoso. Persuadir-se de que Deus é o seu Pai e, ainda assim, praticar o máximo de maldades que puder, e ficar bêbado sempre que puder, e jurar sempre que puder; ai, vocês enganam seus próprios corações nisso: pois Deus não pode ser seu Pai neste sentido. E Amado, eu peço a você ao passar por cima destas cabeças, que você as colocasse em seus próprios corações, e visse se você pode ser distinguido daquelas persuasões presunçosas que percorrem o mundo.

Em segundo lugar, um homem que tem real garantia de sua chamada eficaz, esse homem encontra mais assaltos e tentações do diabo para irritá-lo em sua paz, então outros homens têm apenas uma garantia falsa, como você conhece aquelas lojas que têm as melhores mercadorias e tesouros mais ricos, lojas de ourives, eles estão mais expostos a roubo; quando os homens não os meterão em uma tenda mesquinha. Os navios que estão mais carregados correm o maior perigo de se encontrar com os piratas no mar, quando seus barcos menores carregados com mercadorias de menor valor escapam livres: É assim com os cristãos. Aqueles cristãos, que estão mais ricamente carregados com o Tesouro da segurança, que têm em seus corações esta jóia preciosa, eles estão em maior perigo das tentações do diabo, para ser como um Pirata ou Ladrão para atacá-los pela força, para irritá-los. São aqueles que têm mais segurança, que o diabo mais inveja, que ele nunca os deixará em paz, mas os caça como uma perdiz sobre as montanhas por desânimo, e por sugestões, e por variedade de tentações. Os dardos mais ferozes de Satanás; e por desconfiança, e por escrúpulos injetados, e por raciocínios carnais, e por falta de sentimentos de conforto; o diabo ainda os estará enganando, para ver se consegue amortecer seus confortos e fazer com que se desfaçam de sua confiança, o que traz grande recompensa. Portanto, o apóstolo insiste para que os cristãos não rejeitem sua confiança (uma metáfora que alguns pensam tirada de um navio no mar; Mercadores, quando estão no mar, quando seu navio por uma tempestade é lançado sobre as ondas, e provavelmente sofrerão naufrágio, estando sobrecarregados, eles jogarão fora suas mercadorias para salvar suas vidas. Agora, alguns, em alusão a isso, pensam que o diabo atira uma pobre alma no ponto de conforto, como um navio é atirado ao mar no inverno. Agora, se você for lançado sobre o Mar da Tentação e sobre as ondas de Problemas e Assaltos, não jogue fora suas mercadorias, não jogue fora seus confortos, o que implica que homens piedosos são frequentemente atacados; que embora o diabo não possa levá-lo para o inferno, ele gostaria que você tivesse um inferno em sua consciência enquanto você viver; ele não inveja somente a sua felicidade, mas também o conforto: Ao contrário, os homens que abrigam persuasões de que são chamados, quando não o são; Lucas 11.21. Quando o homem forte possui a casa, os bens estão em paz: isto é, quando o diabo do inferno possui toda a posse da alma de um homem, ele não é tentado, seus pensamentos se aquietam. Quando o diabo vê um homem edificado sobre um alicerce arenoso e corrupto, ele nunca o sacudirá por meio de uma tentação, para que não seja despertado pela agitação para procurar uma substância melhor e mais resistente. Quando o diabo te vê adormecido num sonho dourado da presunção, ele nunca te acordará pela tentação, mas te deixa dormir, porque ele sabe que o sono será um sono de morte. Como um homem adormecido em uma rocha íngreme, sonha alegremente com Coroas e Reinos, mas de repente se enche de alegria, quebra o pescoço e cai no fundo do mar; o mesmo ocorre com um homem que abriga persuasões infundadas de seu bom estado. Aquilo que um homem carnal faz sua evidência, de que ele está em boas condições, é uma demonstração indubitável de que ele está mal. Você terá um homem ímpio, quando ele ouvir um homem piedoso ser perturbado em mente e ferido no espírito, ele lhe dirá, ele agradece a Deus por nunca ter se preocupado desde que nasceu, o diabo nunca o perturbou, e ele tem uma fé forte desde que pode se lembrar. Ai, amado, este é um sinal triste; tu fazes um sinal de teu conforto, ao passo que na verdade é uma demonstração de tua falta de uma sólida segurança; pois se a tua garantia fosse boa, o Diabo nunca te deixaria em paz, mas ainda estaria se esforçando para te fazer rejeitar a tua confiança; mas sendo mau; ele quer que você ainda o alimente. Dizemos que os bois que se alimentam das pastagens mais verdes estão perto da matança; quando o pobre boi magro que tem o jugo e chicote todos os dias, e está em trabalho diário, tem vida longa e está em melhores condições. Aqueles homens que o Diabo deixa em paz e nunca tenta, que são como bois cevados, nunca ficam sob o chicote e o jugo, e nunca são perturbados; é um argumento que eles estão perto da matança, e sob grande perigo de suas almas: mas aqueles que estão sob o jugo, que são frequentemente tentados, e as picadas de Satanás estão sobre eles.

Em terceiro lugar, a verdadeira segurança é mais ou menos no espírito do homem, quanto mais ou menos esse homem se mantém em comunhão com Deus. Se um homem renuncia em sua conduta com Deus, e se torna despreocupado e formal, e um estranho para Deus, ele se tornará um estranho para si mesmo no final, e para seu conforto também: mas se um homem se mantém próximo de Deus, e mantém-se perto dos deveres, pode retirar-se e recolher-se para conversar com Deus de uma maneira mais solene e séria, é preparado e exercitado nas Ordenanças, pode depositar sua alma no seio de Deus; esse homem está no caminho para que seu conforto seja elevado. Ao passo que agora para os homens que têm falso conforto e persuasão, estejam eles muito ou pouco com Deus, tudo é um para eles, seus confortos permanecem iguais. Venha para um homem que tem falsos confortos, e em todos os momentos ele é igualmente peremptório, ele está na mesma persuasão que tinha. anos atrás. Pergunte a ele qualquer semana do ano, qualquer dia da semana, qualquer hora do dia, e ele lhe dirá que tem os mesmos confortos, e as mesmas evidências ainda: ele tinha uma fé forte em Deus, e ainda a tem; ele tinha grandes esperanças de ser salvo, e assim ainda o tem; ele ainda é peremptório em seus confortos, embora nunca mude tanto na comunhão com seu Deus: este é um argumento que suas persuasões são falsas, porque em um cristão a comunhão e a conversa com Deus alimentam seus confortos. Ora, como o corpo, quanto mais ou menos é alimentado, tanto mais se enfraquece ou se fortalece: assim é com os nossos confortos; tanto quanto eles são encorajados por você caminhar com Deus, eles se tornam fracos ou fortes. Agora, deixe um homem perverso nunca se tornar tão vil, e nunca tão pecaminoso, isso não interrompe sua paz; ele ainda tem esperança e segurança, e ainda confiará em Deus, embora peque sempre; este é um argumento que seu conforto é doentio. Você tem uma imagem animada disso, Miq 3.11. Os chefes do povo julgam por recompensa, os sacerdotes ensinam por salário e os profetas adivinham por dinheiro: e ainda assim eles se apoiarão no Senhor, e dirão: O Senhor não está entre nós? Isto é, embora eles tenham esses pecados entre eles, e andem assim e assim, eles esperam que Deus os salve por tudo isso. Bem, amado, achará que Deus falhará com você; embora ele nunca tenha falhado com um cristão seguro, ele falhará com aquele homem que se inclina sobre ele, quando ele não pertence a ele. Quando tu pisas no andar com Deus e mergulha em um golfo e mar de luxúrias, e ainda assim podes dizer que és o mesmo em teus confortos e o mesmo em tuas persuasões; é um argumento que todos os teus confortos são falsos, e as tuas evidências, erradas.

Em quarto lugar, com toda a certeza de sua propriedade, isso sustenta a alma sob a maior tristeza e sofrimentos externos que ela pode enfrentar neste mundo. Heb 10:34. Eles sofreram alegremente a espoliação de seus bens, sabendo que eles tinham no céu uma melhor e mais duradoura substância. O que os fez se alegrar tanto ao ver suas casas saqueadas diante deles, suas propriedades tiradas deles, senão isso, que eles sabiam por si mesmos e tinham certeza em seus próprios corações de que Cristo era deles e o céu era deles; e isso os fez sofrer com alegria a perda de seus bens. Então Sl 119.50: Este é o meu conforto na aflição, que a tua palavra me vivifica: Isto é, quando estou aflito, sinto o que sinto por ter uma palavra sobre a qual construir, que tenho certeza de que tenho interesse em uma promessa sobre a qual construir; isso me acelera e me sustenta sob minhas tristezas. Então Sl 119.81. Meu espírito desmaiou dentro de mim, apenas porque eu esperava na tua palavra. Ou seja, eu tinha esperança e confiança edificado sobre a tua Palavra, e que me impediu de temores, desmaios e desânimos sob minha aflição. Então Is 33.24: O morador não dirá: estou doente; o povo que nela habita será perdoado de sua iniquidade. Amado, a Assunção erguerá e sustentará o coração sob todas as tristezas. A segurança em um cristão é como óleo. Agora, despeje óleo em um mar ou oceano de água, e o óleo nunca será mantido sob a superfície, mas ainda assim estará em cima; assim, esse óleo de conforto e essa garantia de óleo vão te levar ao topo, embora deves ser lançado em uma torrente de problemas e um oceano de tristezas. Eu li nos escritos de Latimers um ditado notável dele para Ridley aquele famoso mártir. Às vezes, diz ele, quando vivo com uma segurança firme sobre o estado de minha alma, penso que sou tão ousado como um Leão, posso rir de todos os problemas, nenhuma aflição me intimida; mas quando sou eclipsado em meu conforto, fico com um espírito tão medroso que poderia correr para um buraco de rato. Amados, é assim com os homens piedosos, quando têm falta da segurança de seu estado e de seu chamado, toda aflição os assusta e todo problema os assusta. Oh, mas quando eles podem viver em uma certeza estabelecida de seu interesse em Cristo, e chamado por ele; eles são tão ousados ​​quanto os Leões e nascem com conforto, sob todas as tristezas e sofrimentos que enfrentam. Mas agora, os homens que têm falsas persuasões, suas persuasões nunca podem sustentar o coração sob um problema, e em uma perda, e um beliscão; porque não é um conforto interior e salvador, que nunca pode criar paz interior. O conforto de homens ímpios quando eles vêm a sofrer, eles são como pano que é mal tecido. Pano que é bem feito, deixe o homem ficar sob uma chuva forte, ele nunca vai encolher; mas pano doente, que seja, encolhe atualmente. É assim com os confortos dos homens; Confortos trazem o bem sob um chuveiro de problemas, e o homem não vai encolher sob o seu problema; mas traga uma segurança doentia, e isso encolherá, e falhará, e não sustentará o coração sob as tristezas e sofrimentos que ele possa enfrentar.

Em quinto lugar, a segurança sadia, onde quer que esteja, torna o coração mais humilde para com Deus e o homem, e torna os homens mais vis aos seus próprios olhos. Gál 2.20. Aí você tem esse caráter; Eu vivo, diz Paulo, pela fé no Filho de Deus; e Cristo me amou e se entregou por mim. Aqui está sua garantia: e então? Isso anima Paulo? Não, isso o torna mais vil; Eu vivo, mas não eu, mas Cristo vive em mim: Paulo se recolhe, eu vivo, não; não sou eu que vivo, mas Cristo que vive em mim. Veja como Paulo foi espancado por um orgulho arrogante e exaltação de espírito em si mesmo. Não sou eu que vivo. Os pensamentos de seus confortos fizeram com que ele se recompusesse e parecesse vil aos seus próprios olhos.

Em sexto lugar, confortos sólidos e segurança real comprometem a alma a andar diante de Deus em um curso de santidade, Salmos 26.3. Tua bondade amorosa está diante de meus olhos; isto é, tenho certeza, se eu visse a coisa com meus olhos, que a bondade amorosa de Deus é para comigo. O que então? E andarei na tua verdade. Andarei diante de ti com um coração santo e sincero; e eu não irei me assombrar com pessoas vaidosas, verso 4, e lavarei minhas mãos na inocência, verso 6 etc. Para que você veja, Davi andaria em um caminho de santidade, porque ele tinha uma evidência e certeza do amor de Deus por ele. Portanto, 1 João 3.3. Aquele que tem esta esperança nele, purifica-se, assim como Cristo é puro; isto é, um homem que nutre esperanças e persuasões do céu, suas esperanças farão dele um cristão empenhado em purificar seu próprio coração e em ser santo como Cristo é santo. Essa é a natureza da verdadeira garantia. Mas agora, por falsa segurança, o homem que a possui não procura santidade de forma alguma; ele se acha bem o suficiente. Que ele tem atingido aquela em que todo homem sábio deve descansar, sem medir qualquer esforço; não, ele está tão longe de se amarrar para andar em um caminho de santidade, que ele preferirá receber encorajamento daí para andar em um caminho de frouxidão e profanação: Porque a graça superabunda, ele abundará em pecado; este é o mau uso que o falso conforto faz da graça de Deus. E, portanto, amados, olhem sobre seus corações. Os confortos que você pretende ter e a certeza de que pretende desfrutar o fazem buscar mais a santidade? Que você pode dizer como Davi disse: Vejo que a tua benignidade está diante de mim e, portanto, amarei os teus caminhos; e odeio a pecaminosidade; ou você pode dizer: que você tem consolo, portanto, correrá para o pecado e chafurdará na iniquidade? Este é um argumento que seus confortos não são verdadeiros.

Em sétimo lugar, Verdadeira segurança, ela é obtida e mantida com muita diligência e perseverança. Suas melhores coisas são as mais difíceis de conseguir e mais difíceis de manter. Pedras comuns devem ser encontradas em todos os lugares; mas ouro você deve cavar fundo e se esforçar para mergulhar nas entranhas da terra, antes que você possa obtê-lo. As ervas daninhas crescem facilmente, mas suas belas flores de jardim devem ser frequentemente molhadas e cuidadosamente observadas, ou então não crescerão: Amado, esta erva daninha de falsa persuasão e segurança, é uma erva daninha que crescerá sob cada cerca e prosperará em cada jardim sem cuidados; que, infelizmente, a flor do verdadeiro conforto e da segurança salvífica, é difícil fazê-la crescer; e, quando cresce, é difícil evitar que murche e morra. Certeza de que custa ao homem a espera de muitos anos, a dispensa de muitas aulas, a realização de muitas orações, antes que ele possa obtê-la ou mantê-la; ao passo que, infelizmente, a falsa garantia é facilmente obtida e mantida. Um homem pode obter presunção sem nenhuma dor; o Diabo irá incitá-lo tanto a obter como a mantê-la: Portanto, você que obtém seus confortos sem orações e mantém seus confortos sem dores, pode ter certeza de que seus confortos são apenas falsos.

Em oitavo lugar, a verdadeira segurança é obtida pela Palavra e fundamentada na Palavra. É obtida pela Palavra, Is 57.19. Eu crio o fruto do lábio, paz, paz, para os que estão perto e para os que estão longe. O fruto dos lábios, isto é, o fruto da pregação dos Ministros; a palavra que sai dos lábios de um ministro piedoso, Deus ordenou e criou para ser a maneira de trabalhar e criar paz; isso é uma paz sólida no coração de seu povo. E isso não é somente obtido, mas está fundamentado na Palavra também. É a Palavra, e algo na Palavra, que sustenta o coração do povo de Deus, Salmos. 119.49. Boa é a Palavra do Senhor, na qual fizeste ao teu servo esperar. Então versos 50, 51. É a Palavra de Deus que sustenta o conforto do povo de Deus; ao passo que olhe agora para os homens ímpios, e eles não obtiveram seu conforto pela Palavra, nem se basearam na Palavra; mas, primeiro, eles têm grandes esperanças em Deus desde que se lembraram; e em segundo lugar, eles os mantêm e fundamentam em seu bom significado, que eles têm boas intenções para com Deus; ou então, em terceiro lugar, eles os fundamentam nisso, que eles não são tão maus quanto os outros homens. Um fundamento fraco e pobre. O fariseu poderia dizer isso; Não sou assassino, não sou bêbado, não sou adúltero e coisas semelhantes: mas nunca vim para o céu por causa de tudo isso. Ou então, em quarto lugar, eles fundamentam seus confortos nisso, porque recebem de Deus abundância de misericórdias exteriores. E esse você achava que era seu fundamento de presunção, Os 12.8. Efraim disse: Enriqueci-me e descobri os meus bens; em todo o meu trabalho eles não encontrarão iniquidade em mim, isto é, pecado. Efraim diria: Fiquei rico e ganhei uma propriedade, e agora sou um homem honesto, e eles não encontrarão nenhum pecado em mim; no entanto, isso era uma simples presunção, porque Deus nos diz, em Ecl 9.1: Nenhum homem conhece o amor ou o ódio pelas coisas que estão diante dele. E às vezes, diz Salomão, Deus dá riquezas ao homem para o seu mal; E, portanto, isso não pode ser evidência de uma garantia fundamentada.

Em nono lugar, aquele homem que tem uma boa segurança, está disposto a ser provado por Deus ou pelo homem, quanto à verdade de sua segurança. Isto você encontra, Salmos 26.2, 3.

2 Examina-me, SENHOR, e prova-me; sonda-me o coração e os pensamentos.

3 Pois a tua benignidade, tenho-a perante os olhos e tenho andado na tua verdade.

Como se ele dissesse: Senhor, faço uma profissão de que tenho tua bondade amorosa em meus olhos, que estou certo de que me amas; Senhor, coloco minha alma à prova: Tu me provas, se meu coração não está certo em minha certeza. E não apenas por Deus, mas eles estão dispostos a serem provados pelo homem também. E, portanto, você tem aquela frase do apóstolo, 1 Ped 3.15. que quando os homens lhe perguntam sobre a esperança que há em você, você deve estar pronto para dar uma resposta; isto é, quando os homens lhe perguntam que esperanças você tem do céu, e em que base você espera ser salvo? O apóstolo diz, você deve estar pronto para dar resposta a essa esperança que está em você. E quem eram aqueles que deveriam fazer isso? Eles eram aqueles que tinham uma boa consciência, aqueles homens que tinham consciência livre de pecado, e tinham evidência em suas próprias consciências, que pertenciam a Deus, eles estavam prontos, quem quer que lhes pedisse, a dar uma razão porque eles esperavam pelo céu. Considerando que um homem que tem falsas persuasões do céu e de sua vocação eficaz, esse homem não pode suportar ser provado por Deus ou pelo homem. Ele é como o homem que roubou mercadorias em sua casa. Homem honesto, venha o policial, faça-se a busca, isso nunca o perturba, porque são seus próprios bens que comprou com o seu dinheiro; mas o Ladrão, quando vier o policial, e a busca é feita, cada cômodo que é aberto, seu coração treme: É assim com o homem insensível; um homem que tem falsa segurança, para que não seja encontrada uma falha nela. Venha para um homem que tem falsa persuasão, (quanto a vocês, formalistas, e aqueles que são canalhas presunçosos) venham a esses homens e façam esta pergunta a eles: Em que base vocês esperam a salvação? Que evidência você pode dar de sua vocação eficaz? Como você pode descobrir, com base nas Escrituras, que irá para o céu? Perguntas como essas confundirão um coração doentio, que ele não pode lhe dar nenhuma resposta razoável. E aqui a diferença é palpável entre uma segurança fundamentada e aquelas falsas persuasões que os homens ímpios têm.

Em décimo lugar, a verdadeira segurança, onde quer que esteja, faz com que o homem valorize tanto os confortos do Espírito de Deus, que subestime todos os outros confortos do mundo em comparação com eles, Salmos 4.6: Senhor, ergue a luz do teu semblante sobre mim; o que então? E isto alegrará mais meu coração do que quando meu trigo, vinho e óleo aumentarem. Amado, certeza, isto transporta e eleva o coração, que faz todas as coisas no mundo, todos os confortos aqui embaixo serem nada em comparação com isso. O favor dos Príncipes não é nada para aquele homem que tem o favor de Deus; A vida, e todos os confortos da vida, não são nada para aquele homem que tem conforto em se referir a sua vida eterna; Sl 63.3: Tua bondade amorosa, ó Senhor, é melhor que a vida. Davi não valorizou sua vida, nem todos os confortos dela, assim como ele valorizou a bondade amorosa de seu Deus. Mas agora, um homem que tem falsas persuasões, estes não transportam tanto o seu espírito, e ocupam todo o homem, e enchem a alma com alegria indizível e cheia de glória; isso não diminui em nada seu conforto no mundo. Um homem que você conhece que provou mel, outras coisas são de um gosto desagradável para aquilo que é comido depois: Amado, a certeza é como o mel; nada há tão doce para um paladar piedoso quanto isso. Agora, quando uma pessoa piedosa prova do mel da segurança, todos os outros confortos externos, eles são apenas como fel e absinto, coisas desagradáveis ​​para seu gosto e paladar. E assim você vê que eu lhe coloquei dez particularidades. Eu gostaria que você fizesse a distinção em seu próprio coração, se você é a pessoa que tem uma verdadeira segurança, ou somente uma falsa persuasão de seu chamado eficaz. E deixe-me dizer a você, a razão pela qual eu falo isso, é porque a maioria dos homens no mundo perde o céu por causa de falsas persuasões. Onde o desespero condena uma alma, a presunção condena milhares. Eu poderia dizer isso, como foi cantado na canção triunfante de Davi e Saul, Saul matou seus milhares, mas Davi seus dez milhares: Assim eu poderia dizer, o desespero matou mil, mas a presunção dez mil. Milhares e dez milhares são mortos e desfeitos para sempre, por abrigar presunçosas e rudes persuasões de sua vocação eficaz, quando não a têm.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

A Garantia de Nossa Vocação e Eleição – Parte 10

Por Christopher Love

Por isso, irmãos, procurai, com diligência cada vez maior, confirmar a vossa vocação e eleição; porquanto, procedendo assim, não tropeçareis em tempo algum.” (2 Pe 1.10)

A aplicação de que falarei será apenas uma aplicação de Exortação e Direção. Minha Exortação será dirigida a duas espécies de homens. Primeiro, para aqueles que desfrutam e estão seguros de sua Chamada eficaz; que são chamados e estão certos de que o são. Em segundo lugar, para aqueles que algum dia desfrutaram dessa certeza, mas agora perderam ou eclipsaram o sentimento confortável de sua certeza. Nessas duas cabeças, ramificarei meu discurso.

E primeiro, a exortação ou conselho que devo dar, é para aqueles que têm certeza de sua vocação eficaz; que fizeram a obra que o apóstolo aqui lhes exortou; que asseguraram a sua vocação, e por indiscutível evidência podem dizê-lo. E a estes eu aconselharia três funções específicas.

Primeiro, você deve ser dirigido justamente a usar a sua garantia.

Em segundo lugar, com cuidado para preservar sua segurança.

Em terceiro lugar, diariamente para melhorar sua segurança. Estas são as três tarefas que eu proponho a vocês, que desfrutam desta jóia preciosa da certeza da salvação.

Em primeiro lugar, você deve tomar cuidado para usar e gerenciar corretamente sua garantia. Uma coisa dificilmente alcançada, se não for bem administrada, o homem pode desfrutá-la de forma a perder para si mesmo. Usar bem a segurança é a grande arte do cristão. E aqui (para que eu possa falar distintamente nesta direção), estabelecerei oito particulares, como concomitantes, ou qualificações graciosas, que devem acompanhá-lo em uma condição de assunção; Como:

Primeiro, você deve usar e administrar sua garantia com humildade, caso a use bem. Cristãos seguros devem ser cristãos humildes. Quanto mais alto você está no conforto, mais baixo você deve estar no Espírito. Você sabe que as mais grossas espigas de trigo caem em sua haste, quando o joio claro e fulgurante, que nada tem de valor nele, levanta sua cabeça bem alto. Cristãos seguros, eles são como suas espigas de trigo cheias e maduras; quanto mais cheios estão deste fruto do Espírito, a firmeza, mais abatidos se tornam e devem baixar a cabeça. São seus barris vazios que fazem barulho, quando seus vasos cheios, embora você os atinja, não soam: são aqueles cristãos que estão mais vazios de fé e mais vazios de segurança, que fazem mais barulho e têm mais orgulho de seus dons e graças; quando seus cristãos seguros são como vasos cheios da melhor bebida alcoólica; que fazem o mínimo de barulho. Quanto mais Deus te encheu deste conforto, mais você deve brilhar em humildade. Como Paulo quando diz que Cristo o amou e deu a si mesmo por ele; quando ele estava mais cheio de confortos, ele estava mais cheio de humildade, e disse: Eu vivo, mas não eu, mas Cristo vive em mim.

Em segundo lugar, você deve administrar sua segurança com uma alta avaliação do conforto de Deus em você. O homem que recebeu um benefício, se não o valorizar, é uma provocação para o homem que o concedeu, seja para se arrepender de seu dom, seja para tirá-lo. Davi, quando tiver certeza, observe como ele a valoriza: Sl 63.3. Tua bondade amorosa é melhor do que a vida. Ele valorizava o conforto de seu Deus e o brilho do semblante de Deus melhor do que a vida. E Sl 4.6. Ergue a luz do teu rosto sobre mim, e isso me alegrará mais do que quando meu trigo, vinho e óleo aumentarem. Davi valorizaria mais o conforto do Espírito de Deus, do que qualquer outro conforto no mundo. Cristãos seguros, que usam a garantia corretamente, eles devem dar um alto valor a ela. E a razão é: Porque você não se separará facilmente de sua garantia por uma luxúria vil e miserável, e por um pecado frutífero, se uma vez souber o valor disso.

Em terceiro lugar, sua garantia deve fazer você viver com o coração cansado dos confortos deste mundo, 2 Coríntios 4. O último versículo, comparado com o capítulo 5.1. O apóstolo diz a você: Não cuidamos das coisas que se veem, que são temporais. O que fez o apóstolo não cuidar das coisas mundanas; ele dá a razão: Pois quando esta nossa casa for dissolvida, teremos uma morada com Deus, eternamente nos céus. Como se ele devesse dizer: Essa é a razão pela qual não cuidamos do mundo como os homens mundanos o fazem; pois sabemos que, quando deixarmos este mundo, teremos um céu para onde ir. A certeza da bem-aventurança de seu futuro ser, fez com que subestimassem o mundo, como algo que não vale ao olhar; Pessoas que têm segurança, podem dizer como Filipe disse a Cristo, João 14.8. Mostra-nos, diz Filipe, o Pai, e isso nos basta. Assim diz um coração misericordioso: Ó doce Jesus, mostra-nos apenas o teu favor; assegura, senão minha alma, que teu Pai é um Pai reconciliado comigo em ti mesmo, que ele é meu Pai tanto quanto teu Pai; Mostra-me apenas o Pai, e isso me basta; embora eu tenha pouco ou nada no mundo, isso me bastará. Corações misericordiosos, que vivem no gozo da segurança, devem viver com o coração desamparado dos confortos deste mundo. Homens que provaram o mel ou algum outro pedaço doce, eles detestam todas as outras coisas, embora por si mesmas muito agradáveis: Assim, os homens que provaram este mel do amor de Deus, e a doçura desta graça da certeza; isso os fará desgostar e desprezar todas as coisas deste mundo, embora sejam agradáveis ​​e boas. Posso aludir a esse lugar, Lucas 5.39. Ninguém, diz Cristo, tendo bebido vinho velho, logo deseja novo; pois ele diz: O velho é melhor. O que ele quis dizer é: Nenhum homem que tenha experimentado Jesus Cristo, e teve comunhão e companheirismo com Jesus Cristo, e esteve sob o Ministério de Jesus Cristo; ninguém que bebeu deste vinho velho dirá: melhor é o novo; que ter outros confortos e outros prazeres é melhor; nenhum homem vai dizer isso, diz Cristo. E então ele compara seu Ministério, e sua Doutrina, e o conforto que o povo de Deus tem com isso, ao vinho velho: Amados, eu digo, homens que beberam goles deste vinho de consolação, e homens que estão firmemente seguros, e tiveram uma prova de que o Senhor é gracioso, nenhum homem agora dirá que o mundo é melhor e o conforto abaixo, melhor. Não, a afirmação do amor de Deus deve afastar o coração do homem de todos os confortos do mundo. Quando Paulo foi arrebatado ao terceiro céu, ficou tão emocionado que não sabia se estava no corpo ou não; assim também o povo de Deus está extasiado com as consolações celestiais, que eles não incluem essas coisas terrenas. É um discurso que Bernard tem: Que para quem Jesus Cristo uma vez se torna doce, que ele pode saborear a doçura de seu amor, e a doçura de sua misericórdia, a própria doçura no amor de Cristo irá embeber o mundo até ele.

Em quarto lugar, você deve administrar e usar sua segurança com ternura de consciência contra o pecado. Cristãos seguros devem ser cristãos de terna consciência. Sl 85.8: Deus falará paz ao seu povo; mas observe o dever: eles não devem voltar à tolice. Não devem estar novamente em pecado, eles devem ser sensíveis ao pecado, e então Deus falará de paz ao seu povo.

Cristãos seguros devem ser cristãos pacientes, Heb 10.34. Eles sofreram com alegria o espólio de seus bens, sabendo que eles tinham no céu melhor e mais duradoura substância; e isso fez os santos de Deus desprezarem todas as perdas que enfrentaram no mundo. Suponha que um homem esteja no mar e tenha jóias e pérolas preciosas a bordo com ele; se o homem puder ter apenas a certeza de que salvará sua própria vida; e se suas joias, embora perca a caixa, isso não o incomodará muito: tu que estás seguro dos céus, nunca poderás perder aquela Pérola, sua alma; tu podes perder a casca, tua vida; tu deves perder a caixa desta jóia, mas tu nunca perderás a jóia; e isso te incomodará? Se você é um cristão convicto, esteja certo de que qualquer estorvo da Tentação que sopre sobre você, você só perderá a caixa, nunca perderá a Pérola. Isto, portanto, deve fazer os cristãos terem certeza de serem pacientes, no que eles sempre devem sofrer aqui no mundo. Li uma história em Fox, em seus Atos e Monumentos, de uma mulher que, quando foi julgada por sua religião, perante Bonner, aquele bispo sanguinário; ele a ameaçou, que ele tiraria seu marido dela; diz ela, Cristo é meu marido; Vou tirar os teus filhos: Cristo, diz ela, é melhor para mim do que dez filhos; Vou despojar-te, diz ele, de todos os teus confortos exteriores: sim, mas Cristo é meu, e você não pode me despojar dele, diz ela. Os pensamentos sobre isso entristeceram o coração da mulher, estragando-a de tudo e levando tudo embora, mas Cristo era dela, e eles não podiam tirá-lo. Ó Amado, quando tua alma vive na certeza do amor de Deus e de tua vocação para a graça e a glória; isto vos fará plenamente paciente para suportar o que quer que você deve encontrar aqui embaixo. Você tem uma frase notável, Is 33.2: Os habitantes de Sião não dirão: Estou doente; o povo que nela habita será perdoado da sua iniquidade. Uma passagem estranha; ele não diz, eles não estavam doentes, mas o Texto diz, eles não deveriam dizer isso. E qual é o motivo? Por que deveria o povo esquecer suas mágoas e esquecer suas dores? Isso deve torná-los assim, o Senhor havia perdoado suas iniquidades. A sensação de perdão levou embora a sensação de dor. E, amados, os cristãos devem andar assim para mostrar que os problemas não devem assustá-los e as aflições nunca os assustam; vocês que são cristãos convictos, devem ser cristãos pacientes sob todos os sofrimentos. E tome isso como uma regra, que Deus impacienta-se mais cruelmente com as mãos de cristãos seguros, do que com as mãos de qualquer outro homem no mundo: Porque se Deus te dá garantia, ele te dá um selo em teu próprio peito, de que tudo trabalhará juntamente para o teu bem; e ficarás impaciente? Ele te deu um selo em teu próprio peito, que o céu fará as pazes por tudo; e ficarás com raiva? Deus vai levar isso de forma mais cruel com eles do que qualquer outro.

Em sexto lugar, a garantia deve ser administrada com amor sincero a Jesus Cristo. Cristãos eficazmente chamados devem ser amantes de Cristo: Quando Cristo disse a Maria Madalena: Os teus pecados, que são muitos são perdoados. Quando ela teve certeza de que seus pecados foram perdoados, o que disse Cristo? Muito lhe foi perdoado, portanto ela amou muito: porque ela era sensível, muito lhe foi perdoado, ela demonstraria muito amor a Jesus Cristo. E a razão é porque foi o amor de Cristo que trouxe aqueles cristãos em um estado de salvação, e seu amor da mesma forma que lhes deu a certeza de seu próprio chamado, e isso deve levar seus corações a Jesus Cristo.

Em sétimo lugar, a certeza deve ser administrada com abundância de compaixão para com os cristãos que são tentados e perturbados por Satanás. Cristãos seguros devem ser cristãos compassivos. Se Deus lhe deu a certeza de seu amor, você deve levar piedade compassiva para seus irmãos, que permanecem em grande aflição e perplexidade, que jazem agitados e perturbados pelas tentações. Daí você leu, 1 Pe 3.8, 9. Seja compassivo, tenha compaixão por seus irmãos, ame como irmãos. Agora, em que base o apóstolo pressiona essa compaixão? Leia o versículo 9. Sabendo, diz ele, que como você foi chamado aqui, que você deve herdar uma bênção. Como se ele devesse dizer: com base nisso, eu o cortejo para ser compassivo, porque você foi chamado para herdar uma bênção; isto é, você sabe e está certo de que é um povo abençoado e será um povo salvo, portanto, tenha compaixão de seus irmãos, que são tentados e atormentados, para que os leve ao mesmo nível de conforto que lhe foi trazido.

Em oitavo lugar, a certeza deve ser administrada com alegria de coração: Cristãos seguros devem ser cristãos alegres. Você está na presença de um Rei, nEle está o favor de Deus, e isso deve evitar que você fique triste e pesado. Ninguém no mundo tem maiores motivos de alegria do que aqueles que vivem em uma constante certeza do amor de Deus por eles. É para os homens condenados, que estão condenados à forca, baixar a cabeça e torcer as mãos; mas que o povo perdoado do Senhor se regozije. O homem que está condenado baixa a cabeça; mas o homem que vem perdoado do tribunal, com que semblante alegre virá esse homem? Vocês todos são um povo perdoado por seu Deus, vocês podem muito bem ser um povo alegre.

É um discurso do Profeta Davi: Minha alma, bendiga o Senhor por sua maravilhosa bondade amorosa. Tu tens bondade e maravilhosa bondade amorosa; Minha alma bendiga a Deus por isso. Davi não iria manter de volta louvores a Deus, vendo que Deus não iria manter de volta confortos a Davi. No céu, cairemos em admiração, porque possuímos coisas boas; aqui devemos irromper em ação de graças, porque as temos em expectativa. E assim eu fiz com a primeira parte de minha direção para vocês que são Cristãos convictos, vocês deveriam primeiro trabalhar corretamente para usar sua garantia.

Em segundo lugar, todos vocês que são cristãos convictos, devem ser orientados com cuidado para manter e preservar sua convicção. Não há menos habilidade, diz o Poeta, a ser empregada em manter a vertude do que em obtê-la. É dito de Hannibal, que ele era um soldado habilidoso para obter vitórias, mas não tinha habilidade para mantê-las, quando as obteve: Pode-se dizer assim de nós: Cristãos podem obter segurança, mas não têm habilidade para mantê-la quando a obtêm. E aqui, ao falar disso, apresentarei dois particulares; que, no caso de você manter sua garantia, há algumas coisas que você deve fazer; e algumas coisas que você deve evitar e tomar cuidado.

Primeiro, há algumas coisas que você deve fazer, e essas eu irei abranger em duas ou três cabeças.

Primeiro, caso deseje manter a segurança, você deve manter-se em comunhão com seu Deus, no exercício do dever de piedade. Quanto mais você mantém a graça, mais você guarda o seu conforto. E aqui, para que eu possa ramificar esta direção, dividirei esses deveres sob quatro cabeças e mostrarei a você pelas Escrituras que manter-se perto de Deus no uso de quatro deveres será uma maneira fácil de manter sua segurança em você.

Em primeiro lugar, mantenha-se perto de Deus no dever de oração, João 16.24. Peça, diz Cristo, e sua alegria será completa. Peça, para que sua alegria seja completa; implicando que, se você se mantiver perto de Deus no dever de orar, depois de ter certeza; seus espíritos estarão completos e cheios.

Em segundo lugar, mantenha-se perto de Deus, no dever de ler a Palavra com frequência. Ao ler a Palavra com frequência, você frequentemente encontrará Promessas e Apoios para seu conforto. Esta é a razão pela qual os homens diminuem em conforto, porque os homens não leem frequentemente a Palavra; você não pode ler um capítulo, em que não encontre ali um apoio para a fé e um apoio para a segurança. Manter-se constante na Palavra, e essa é a maneira de manter sua segurança, 1 João 5.13: Escrevi estas coisas a vocês que creem, para que saibam que têm a vida eterna. Estas coisas eu escrevi, não apenas para que você tenha vida, mas para que você saiba disso. Ao ler os escritos de João, João lhes diz que devem saber melhor que devem viver para sempre e ser salvos para sempre. Mantenha-se perto de Deus ao ler sua Palavra escrita, e isso será de grande utilidade. Porque existem promessas espalhadas pelas veias das Escrituras. Não há uma Escritura que você possa ler, que não contenha uma promessa ou apoio para sua fé de uma forma ou de outra.

Em terceiro lugar, mantenha-se perto de Deus em um ouvir constante e consciencioso de sua Palavra, e este é um grande meio para obter garantia, Lucas 1.76. Tu serás chamado profeta do Altíssimo, porque tu irás diante da face do Senhor, para preparar o caminho; isto é, tu irás preparar o coração das pessoas para que recebam a Jesus Cristo que os seguirá. Este é o significado de João Batista. E qual foi o efeito de ouvir João pregar? Para dar conhecimento da salvação ao seu povo, para a remissão dos seus pecados; não apenas para dar-lhes a salvação, mas para dar-lhes conhecimento e certeza dessa salvação. Ó vivam sob o Ministério, e sob o Ministério João Batista, que prega arrependimento e humilhação, e esse é o Ministério que dará a maior garantia de sua salvação.

Em quarto lugar, mantenha-se em comunhão com Deus, testando e examinando diariamente seus próprios corações, Gal 6.4 Se alguém pensa ser algo, quando não é nada, engana-se a si mesmo; mas que cada homem prove suas próprias obras, e então terá regozijo em si mesmo. Isto é, que o homem examine a si mesmo e prove seu coração, e este será um meio de produzir alegria no coração, a fim de que eles tenham conforto e alegria em si mesmos, na afirmação de sua felicidade. Amado, qual é a razão de você não manter a segurança? A razão é que você não se mantém perto de Deus em uma forma de comunhão nestes deveres de santidade, você não se mantém próximo a Deus em uma forma de oração e leitura, e examinando seus corações, e provando seu conforto e seu próprio estado, e essa é a razão pela qual você não está mais cheio e não está mais firme.

Em segundo lugar, se você deseja manter seu conforto, mantenha sua consciência limpa de abrigar a culpa de pecado, Jó 11.14, 15. Se a iniquidade estiver em suas mãos, coloque-a para longe; se o pecado estiver em tua conversa, vá embora. Não deixes que o pecado esteja em teu coração, nem em tua casa; então, erguerás a tua face a Deus sem mácula, serás firme diante dele e não temerás. Isso irá equilibrar o seu espírito e manter o seu coração longe do medo, e mantê-lo em uma firme segurança, se você mantiver sua consciência limpa.

Em terceiro lugar, se quiseres manter a segurança, reúna e amontoe todas as experiências que teve de Deus em seu coração no passado. Chamei para lembrar os dias da antiguidade, Sl 77.7. À memória de todas as experiências tiveste de Deus, e de Cristo, e da tua própria graça, e os frutos do Espírito Santo em tua própria alma, e isso vai maravilhosamente manter a tua garantia. Em Rom 5.4 o apóstolo nos diz: A experiência opera a esperança. Quanto mais experimental você for e mais reunir experiência em conjunto, mais você reforçará a tua esperança, e mais garantia é ganha. Estes são os particulares que você deve praticar, caso queira preservar em seu seio esta garantia de sua chamada eficaz.

Em segundo lugar, há algumas coisas que você deve evitar e tomar cuidado, no caso de você perpetuar a segurança em seu coração, e essas eu irei incluir em seis cabeças.

Primeiro, preste atenção para não chafurdar e se entregar à alegria e ao prazer sensual. Não há nada no mundo que corroa mais a alegria espiritual e aquela segurança eficaz em seus corações, do que se entregar demais à alegria carnal e ao prazer sensual, que tira os corações. Quanto mais sua alegria corre nesse canal após o prazer sensual, menos ela corre em direção a Deus e aos confortos que estão acima; a tristeza segundo Deus é a sementeira da alegria espiritual.

Em segundo lugar, o mal da mentalidade mundana, preste atenção nisso, se quiser manter seu conforto. Não há nada no mundo que irá estourar mais seus confortos do que uma ideia terrena de ainda estar debruçado sobre as coisas do mundo. Aqueles homens que cavam profundamente as entranhas da terra, muitas vezes são sufocados pela umidade que vem da terra: Assim é com os cristãos, aqueles que estão sempre se debruçando e cavando sobre as coisas deste mundo, é de um mil para um, se das coisas mundanas não surge a umidade para abafar seus confortos e extinguir suas graças; o mundo transpassa a tristeza, portanto, deve abafar suas alegrias. Uma vela, embora possa brilhar à vista de todos, coloque-a apenas sob o solo e (embora não haja um sopro de vento) a própria umidade abafará a luz da chama.

Não há nada que deixe um cristão mais perdido em sua segurança do que uma mentalidade mundana.

Em terceiro lugar, evite negligência nos deveres religiosos. Se você negligenciar seus deveres, perderá seus confortos; menos deveres e menos conforto andam juntos. Se um homem solta as amarras de seu navio e as velas, aquele navio não pode ir com um movimento tão rápido; especialmente se o vento e a maré estiverem contra ele, o navio deve ir para trás: os crentes que têm a certeza de que são cristãos, eles são como um navio sob o mar; você vai contra o vento e a maré, contra a natureza e contra a corrupção, contra a tentação e o diabo e tudo mais: agora, se você deixar afrouxar as velas e tornar-se negligente nos deveres, rapidamente perderá o conforto; tudo o que enfraquece suas graças e restringe seus deveres prejudicará suas garantias e eclipsará seus confortos; e, portanto, tome cuidado com a negligência em uma forma de deveres; oh não trabalhe menos.

Em quarto lugar, preste atenção ao orgulho espiritual. Se uma vez que você começar a se admirar, você se perderá. Se você já se orgulhou de suas graças, é uma provocação para fazer Deus tirar seus confortos e fazer você perder suas graças; Quer dizer, perdê-los, não no próprio ser, mas no conforto e no exercício deles; o orgulho é o grande assassino dos confortos cristãos.

Em quinto lugar, tome cuidado para não entristecer o Espírito de Deus; Não entristeçais o Espírito Santo, diz o Apóstolo, em que você é selado para o dia da redenção. O Espírito de Deus é um Espírito selador; Oh, não entristeça este Espírito. O Espírito lida conosco, como nós lidamos com ele; se entristecer o Espírito de Deus, Deus irá entristecê-lo, e seu espírito será triste, que você não deve manter os confortos do Senhor em seu seio na certeza do seu amor e favor por você. Você leu Is 63.10. Eles entristeceram seu Espírito, então ele se tornou seu inimigo e lutou contra eles. Amado, embora Deus possa ser seu amigo, ainda assim ele irá desaprová-lo como um inimigo, e parecer lutar contra você também, caso você entristeça o Espírito dele; se você entristece o Espírito de Deus, Deus entristece o seu, e quando o seu espírito está entristecido, você deve perder o seu conforto.

Em sexto lugar, preste atenção ao pecado da hipocrisia, a falsa graça gerará uma falsa alegria. Os corações falsos precisam ter falsos confortos. Você nunca guardará o verdadeiro conforto, se tiver um coração enfermo. Os retos de coração gritarão de alegria em suas camas; eles farão isso, mas os hipócritas não. Portanto, preste atenção a este mal, e você estará preservando sua segurança.

 

 

 

 

A Garantia de Nossa Vocação e Eleição – Parte 11

Por Christopher Love

Por isso, irmãos, procurai, com diligência cada vez maior, confirmar a vossa vocação e eleição; porquanto, procedendo assim, não tropeçareis em tempo algum.” (2 Pe 1.10)

Para aqueles que estão seguros de sua vocação eficaz, dei três instruções. Primeiro, que você administre corretamente sua garantia. Em segundo lugar, preserve cuidadosamente a sua segurança. Em terceiro lugar, diariamente melhore sua segurança; o último dos quais com que eu ainda tenho que lidar. E tocando esta terceira direção, diariamente para melhorar sua segurança, darei a você apenas três cabeças; que se você fizer uso, você pode melhorar a cada dia sua segurança, e trazê-la de uma pequena a uma grande medida.

Primeiro, caso você queira fazer isso, melhore suas graças. Quanto mais você aumenta em graça, mais você cresce em conforto. Graça e conforto, são dois gêmeos siameses, que quanto mais um cresce, melhor se desenvolve o outro. Daí você lê, que na saudação de cada epístola, o apóstolo coloca ambos juntos, graça, misericórdia e paz sejam multiplicadas para você em Cristo Jesus, 1 Coríntios 1.3. Ali o apóstolo faz com que a multiplicação da graça seja a multiplicação da paz. Quanto mais você se multiplica e cresce na graça, mais você aumenta a paz, a paz interior de consciência: ambos se alegram juntos. Você tem uma passagem em 2 Ped 1.5, 11. Adicione à fé a virtude, etc. O apóstolo ali exorta nossa diligência em adicionar graça a graça; isto é, viver no aperfeiçoamento da graça. E o que se seguirá? verso 11. Se você fizer essas coisas, nunca cairá; pois assim uma entrada será ministrada a você abundantemente no reino eterno de nosso Senhor Jesus Cristo. Você não irá apenas para o céu, mas terá uma entrada abundante ministrada antes de chegar lá; você terá abundância de segurança e paz interior antes de chegar lá. E aqui, para lhe dar uma orientação mais específica, existem essas quatro graças principalmente que você deve melhorar.

Primeiro; melhore a graça da humildade, Is 57.15. O Senhor promete ali reavivar o espírito dos humildes. É uma promessa particular a essa graça, que Deus irá revivê-lo e dar-lhe uma nova vida, se você a tiver. E reviver ali não significa a primeira vida de graça, mas uma vida de conforto. Eles tinham graça antes, mas Deus lhes daria uma vida de conforto, ele vai restaurar o seu consolo para você caso você seja um povo humilde. Por isso é, Tg 4.6: O Senhor dá graça aos humildes. Sim, ele dá mais graça. O Senhor dá mais graça à pessoa humilde do que a qualquer homem no mundo. Agora, quanto mais graça você tem, mais conforto você precisa ter. A humildade é um alicerce de mais graça, portanto, as necessidades devem ser um alicerce de mais conforto.

Aquele edifício cujo alicerce é o mais baixo, é de todos o mais belo e formoso. Construa acima do solo: Portanto, aqueles cristãos que estabelecem um alicerce baixo em humildade, é provável que levantem o mais belo Edifício em forma de conforto.

Em segundo lugar, melhore a graça da fé em acreditar, e essa é a maneira de aumentar o conforto. 1 Pe 1.8. Embora você não tenha visto, mas crendo, você se alegra com uma alegria indescritível e cheia de glória. Embora eles nunca tenham visto Cristo, ainda crendo em Cristo, e melhorando sua fé, eles não tinham apenas uma medida comum de conforto, mas eles tinham mais conforto em seus corações, então eles podiam falar com sua língua; Eles se regozijam com uma alegria indescritível e cheia de glória, então Rom 15.13: O Deus da paz te encha de toda alegria e paz no crer, para que você tenha muita esperança por meio do Espírito Santo. Acreditar o torna cheio de toda a alegria e abundante nela. Quanto mais você está acreditando, mais você terá certeza.

Em terceiro lugar, melhore a graça do amor a Jesus Cristo. João 14.23. Se alguém me ama, meu Pai o amará, e viremos para ele e faremos nele morada. Se você melhorar seu amor a Jesus Cristo, Deus Pai e Deus Filho farão morada em seus corações. Agora precisa ser um cristão confortável, aquele que tenha um hóspede tão bom como Deus Pai e Jesus Cristo para entrar e fazer morada com ele. Como você conhece, ao seu amigo íntimo a quem você ama, e você sabe que te ama, você comunicará todos os seus segredos: Assim fará Deus Pai, se ele souber que você é seu amigo íntimo e vir que você o ama, ele comunicará todos os seus confortos a você; você nunca vai ter falta de conforto, se você aumentar seu amor a Jesus Cristo.

Em quarto lugar, melhore a graça da tristeza segundo Deus; você nunca encontrará uma música mais doce no conforto, do que quando você está deitado em lágrimas. Como o som da Trombeta nunca é mais agradável do que quando eles estão sobre as águas; então, quando Deus vê você fluir com a água do arrependimento e da tristeza segundo Deus, é provável que você ouça a mais melodiosa harmonia na apreensão do amor de Deus; Sl 126. Aqueles que semeiam em lágrimas, colherão com alegria. Não tomarás apenas uma bebida, mas um punhado de alegria; como Ceifadores, eles cortam punhados de trigo de uma vez. E como você sabe da semente, embora você semeie apenas um grão de trigo, pode haver uma dúzia de espigas provenientes dessa única semente: então, se você semear apenas um pouco de tristeza segundo Deus, um grão de tristeza segundo Deus pode ser a raiz de muita alegria espiritual.

Em segundo lugar. Se quiser melhorar sua segurança, mantenha a consciência limpa, tanto para com Deus quanto para com os homens. Uma boa consciência é uma festa contínua, Prov. 15.15. Se você nutre o pecado sobre a consciência, você nunca prosperará no conforto; tudo dará uma verificação de movimentos confortáveis. Você deve manter a consciência limpa, do contrário nunca manterá o céu limpo. O céu ficará nublado, se o coração for imundo. Jó 11.14, 15. Se a iniquidade estiver em tua mão, lança-a para longe; Se o pecado está sobre a consciência, não o abrigue; porque então tu deverás levantar o teu rosto diante de Deus, tu serás firme e não temerás. Você só não deve temer, mas terá um certo grau de segurança. Você será fiel, se colocar o pecado para longe de você. Uma consciência manchada e poluída nunca estará em um cristão forte em segurança. Você não crescerá em segurança, se sua consciência abrigar culpa.

Terceiro, se você deseja melhorar sua segurança, mantenha-se em comunhão com Deus. Nada há que alimente tanto consolo quanto o caminhar santo dos cristãos. Is 32.17: A obra da retidão será paz, e o efeito dela quietude e segurança para sempre. Marque como o Espírito Santo cria uma adição; não apenas paz e tranquilidade, mas também segurança: você terá o mais alto grau de paz e o mais alto grau de conforto, se você caminhar diligentemente em um caminho de santidade com seu Deus.

Tenho agora uma palavra para aqueles homens que vivem na falta dessa garantia, que felizmente no passado tiveram algum vislumbre de conforto, no tocante à sua propriedade eterna, e ainda estão agora muito nublados e eclipsados no seu conforto, ou perderam o conforto de que uma vez tiveram, o que eles devem fazer para recuperá-lo. E para estes eu falarei somente quatro coisas.

Primeiro, que você deveria se empenhar em um trabalho de busca. Em segundo lugar, ao trabalho de humildade. Em terceiro lugar, ao orar, trabalhe. E, em quarto lugar, que você se dedique ao trabalho de meditação: esses quatro auxílios, por meio da bênção de Deus, serão muito propícios para restaurar seus confortos habituais.

Primeiro, meu conselho será para você, que você se empenhe em pesquisar e examinar o trabalho. Quando você perde alguma coisa, a primeira coisa que você faz é lembrar de onde você perdeu, para que possa reencontrá-la. Se você perdeu esta preciosa Jóia de segurança, seja sábio para si mesmo; Comece a procurar e ao procurar trabalhe. A Escritura lhe dá esta dica, Gal 6.4 Que cada homem examine sua própria obra, e então terá regozijo em si mesmo. Esta é a maneira de trazer alegria espiritual e conforto espiritual, lidando frequentemente com seus próprios corações. Davi, quando ele se deitou sob alguma enfermidade horrível, observe como ele lida com sua própria alma: Por que estás perturbada, ó minha alma, e por que estás inquieta dentro de mim? Ele coloca seu coração à prova. E aqui em seu trabalho de pesquisa, eu recomendaria cinco coisas para seu exame.

Primeiro, pesquise como você obteve sua garantia.

Em segundo lugar, pesquise como você fundamentou sua garantia.

Em terceiro lugar, pesquise como você gerenciou sua garantia.

Em quarto lugar, pesquise o que deve ter feito com que Deus tirasse a sua segurança.

Em quinto e último lugar, busque o que você daria a Deus, para que possa recuperar sua antiga e habitual segurança. Coloquem essas perguntas em seus corações:

Em primeiro lugar, coloque a pesquisa, como você teve sua garantia. Pode ser que tenha sido a garantia que você tem desde que nasceu do ventre de sua mãe: que você nasceu sem cuidados e sem dor; e se for assim, isso é presunção, não certeza: e se você perdeu isso, está bem. É melhor estar em um estado de desânimo do que em um estado de presunção.

Em segundo lugar, examine como você fundamentou sua segurança. Pode ser que você tenha se baseado nisso, mas em si mesmo, não em Cristo. Pode ser, você fundamentou, senão sobre as ilusões fantásticas de seu próprio coração, e não sobre a evidência fundamentada da Palavra de Deus; em caso afirmativo, que sua certeza teve um fundo doentio, não é de se admirar que Deus a tenha virado de cabeça para baixo. Se ela não for corretamente fundamentada, ela nunca vai ser longamente continuada. Examine portanto sobre que bases você tem assentado a sua garantia, e se você achou a fundação dos seus confortos para ser mal colocada, você deve arrancar tudo de novo.

Em terceiro lugar, pesquise como você gerenciou sua garantia. Pode ser que você tenha administrado sua segurança com orgulho, não com humildade; pode ser com indiferença e carinho de espírito, e não deu atenção às tentações e sugestões que poderiam prejudicar seu conforto; e se assim for, não é de se admirar que o diabo semeie joio entre o seu trigo; não é de se admirar que o diabo tenha roubado seus confortos, se você largou a vigilância.

Em quarto lugar, examinem que causa especial havia em seus corações, que poderia levar Deus a nublá-los em seus confortos e tirar sua segurança de vocês. E aqui para que você possa ser dirigido um pouco nesta busca, você pode reduzir a causa do seu eclipse, e da remoção de sua segurança, a esta dupla cabeça. Ou foi o cometimento de alguma grande transgressão, ou então a omissão de algum dever pesado, que pôde levar Deus a obscurecer seus confortos. Como:

Primeiro, o cometimento de alguma grande transgressão. Grandes pecados eles lançam a base para grandes desconfortos nas consciências sensíveis. Grandes pecados eles devastam a consciência; podem fazer com que fosse como um jardim bem aparado e empalado, virar um deserto em ruínas. Grandes recaídas trazem eclipses normalmente sombrios sobre a alma. E aqui, para que eu possa colocá-lo nesta busca, eu o aconselharia a pesquisar que pecado em particular foi, e como você pode saber a transgressão que pode provocar a Deus, para tirar seu conforto de você. Como:

Primeiro, se Deus tirou seu conforto imediatamente após cometer qualquer pecado grave, então você pode ter certeza de que o pecado foi a ocasião. Ou,

Em segundo lugar, se o cometimento de um pecado trouxer sobre você mais do que uma medida comum de dureza de coração, então você pode ter certeza de que esse foi o pecado, Ou,

Em terceiro lugar, se algum pecado o faz negligenciar seus deveres espirituais, foi esse pecado que levou Deus a tirar seu conforto de você. E, por meio de uma pesquisa como essa, você pode descobrir e dar um palpite astuto sobre a provocação específica.

E aqui as transgressões específicas que eu gostaria que você pesquisasse, normalmente são essas quatro, que levam a Deus para tirar o conforto de um povo. Como:

Primeiro, o pecado da arrogância e falta de compaixão de espírito para com os cristãos que duvidam. Se uma alma tem um olhar orgulhoso e arrogante sobre os pobres cristãos, e não tem compaixão para com as almas que duvidam. Deus, por aquele pecado de declínio das entranhas de compaixão, pode levá-lo ao mesmo estado que ele não poderia ter compaixão em outros homens.

Em segundo lugar, o pecado de entristecer o Espírito; se você entristecer o Espírito de Deus, Deus entristecerá o seu, Is 63.10. Ou,

Em terceiro lugar, o pecado do orgulho espiritual; normalmente, esse pode ser o pecado. Ou,

Em quarto lugar, o pecado da mentalidade mundana, ou busca ansiosa pelas coisas deste mundo. Como cavar na terra põe em perigo o homem ser sufocado pela umidade; portanto, cavar no mundo traz apenas uma umidade sobre os confortos cristãos, e muitas vezes sufoca sua segurança.

Em segundo lugar, outra causa que você deve pesquisar; se não for o cometimento de alguma grande transgressão, pode ser a omissão de um dever necessário e importante, e o Senhor pode levá-lo ao estágio de desconforto por omissão, bem como por cometimento. Se um homem deixar apenas uma ferida ser despida, ele pode muito bem morrer. Amado, se você deixar suas feridas serem despidas e seus desconfortos passarem despercebidos, e se você interromper seus deveres, é justo que Deus o interrompa em seu conforto. Se você não guarda a vigilância, não é de admirar que seja surpreendido. Há muitos cristãos que se mostram cuidadosos em manter a comunhão com Deus, que amam ler e orar sozinhos e examinar seus próprios corações; (ai) homens abandonando seus deveres, faz com que Deus no julgamento faça uma parada em uma forma de conforto.

Em quinto lugar, em seu trabalho de investigação, examine a si mesmo o que faria no caso de Deus restaurar a você suas evidências anteriores; você poderia trazer seu coração a este temperamento, que você não pensaria muito em dor; para receber, nenhum muito custo para dar, nada deve ser aborrecido para você do que Deus deseja que você execute, no caso de ele lhe dar o seu conforto habitual? Se você encontrar esse temperamento em você, esta é uma maneira muito rápida de trazer o seu conforto e devolver-lhe as alegrias da sua salvação.

Em segundo lugar, comece um trabalho humilhante: a única maneira de ganhar o que você perdeu é lamentar suas perdas. Jer 31.18-20. Veja como Efraim vem a ter seus confortos restaurados, quando ele chorou sobre seus próprios desconfortos: Eu ouvi Efraim se lamentando, diz Deus, e eu disse: É Efraim meu filho querido? Humilhando sua alma por seus pecados; e desde que o vi, sinceramente me lembro dele e serei misericordioso para com ele. Aqui você vê Efraim lamentando; e Deus, no próprio tempo em que ele se lamentou, restaurou-lhe o conforto: ouvimos muitos lamentar por suas perdas exteriores, mas quem lamenta pela perda de confortos interiores? E Davi depois que ele perdeu seu conforto por aquele grande pecado de adultério, faz sete salmos penitenciais, Salmos de lamentação ou arrependimento; e ele chama a um deles: Um Salmo para chamar à lembrança. E como um autor bem nota, quando Davi veio para renovar seus confortos, ele fez um Salmo para chamar à lembrança aqueles pecados que poderiam levar Deus a tirar seus confortos dele: Então, amado, que seja sua tarefa fazer Salmos em seu quarto, e tornar sua prática chamar à lembrança aqueles males que fazem Deus eclipsar seu conforto para você, e deixe que isso o humilhe. Se você não puder desobrir o pecado particular, trabalhe para humilhar sua alma por cada pecado, e então tenha certeza de que você não pode errar nisso.

Em terceiro lugar, você deveria restaurar seus confortos habituais? Em seguida, comece o trabalho de oração. Este é o curso que foi feito por Davi; Sl 51.8. Faze-me, ó Senhor, ouvir a voz de alegria e júbilo, para que os ossos que quebraste possam regozijar-se. Crie em mim um novo coração e estabeleça-me com espírito voluntário, versículo 12. Aqui você lê sobre a obra de oração de Davi , como ele derramou sua alma em oração, para que Deus restaurasse a ele as alegrias de sua salvação. E aqui, em seu trabalho de oração, eu seria lançado em três direções.

Primeiro, ore por uma visão distinta daqueles males que levaram Deus a tirar seu conforto de você.

Em segundo lugar, depois de ter uma visão, aplique a força de suas orações ao máximo contra os males que provocam Deus para nublar seu conforto. Ore contra eles, como contra o inimigo mais mortal que você tem no mundo.

Em terceiro lugar, ore para obter aquelas graças que podem ser encontradas para o conforto espiritual, como as graças antes mencionadas: a graça da tristeza segundo Deus, a graça da humilhação, a graça da fé e do amor a Jesus Cristo. Portanto, se você se empenhar em pesquisar, humilhar e orar, provavelmente terá seu conforto restaurado.

Em quarto lugar, comece o trabalho de meditação; e neste trabalho, recomendarei quatro meditações que você deve levar em consideração, que podem ser muito úteis para você restaurar seu conforto. Como,

Primeiro, deixe suas meditações correrem sobre isso: que às vezes vocês não são juízes tão competentes de seu próprio estado espiritual, como outros podem ser; Como,

Primeiro em um tempo de deserção, quando Deus o deixou e desaprovou você.

Em segundo lugar, em tempos de tentação, quando as tentações do diabo são violentas contra você.

Em terceiro lugar, em tempos de recaída, quando você cai em algum grande pecado; e neste momento vocês não são juízes tão competentes de sua própria propriedade, mas os que ficam por perto podem ver melhor o seu caso.

Em segundo lugar, medite e pense sobre os confortos que Deus lhe deu em tempos habituais, e chame-os para a mente. Faça como Davi, Sl 77. Eu chamei a atenção para os dias da antiguidade e os anos de muitas gerações. Chamando aos dias antigos, Deus não te mostrou o rosto dele? Deus não te carregou nas palmas de suas mãos? Deus não te deu muitos sorrisos em sua homenagem e muitas promessas de seu amor, mesmo pela própria aflição? Deus não colocou muitos selos em seu coração, de que seus confortos eram verdadeiros, suas evidências claras e seus objetivos sinceros para com Deus? Amado, chame a atenção para a estrutura anterior de seu espírito, como você flutua em tempos habituais, e esta meditação sendo apoiada pelo Espírito de Deus, pode ser um grande meio para restaurar seu conforto para você; a bondade do passado deve ser um incentivo presente.

Em terceiro lugar, medite de que maneira você obteve seus primeiros confortos e segurança; e da mesma forma que Deus santificará para restaurar novamente o seu conforto. Agora pense sobre isso em sua prática e considere: De que maneira ganhei meu conforto nos anos anteriores? Obtive meu conforto com a tristeza segundo Deus, e lamentando diante de Deus, e lamentando aquelas falhas abomináveis ​​em minha prática? Agora faça o mesmo curso para restaurar tuas evidências. Vá e chore em seu quarto por causa de tua caminhada irregular diante de Deus. Vá lamentar por seus pecados, clame a seu Pai, e diga a ele que você está magoado no coração por ele ser um estranho para sua alma. Você ganhou tua segurança nos dias passados, humilhando sua alma frequentemente diante de Deus? Estabeleça novamente um trabalho humilhante. Você ganhou seu conforto nos dias anteriores por andar perto de seu Deus? Corrija seus caminhos, e direcione seus caminhos ao seu Criador para que os dias que vierem sejam exatamente da mesma maneira de restaurar seus confortos, que foi no princípio para obter seus confortos.

Em quarto lugar, deixe suas meditações trabalharem sobre as promessas reconfortantes do Evangelho, que trazem mais conforto para uma alma abatida. E realmente estou persuadido de que as Meditações Cristãs correndo mais sobre suas próprias falhas, e sobre seus próprios erros, então sobre as promessas do Evangelho, tem sido a grande ocasião que eles colocaram por tanto tempo sob um espírito de escravidão, e sob um eclipse sombrio na falta dos confortos do Espírito de Deus. Portanto, agora deixe suas Meditações trabalharem sobre aquelas Promessas que trazem mais conforto para uma alma abatida e abandonada. E aqui vou citar cinco ou seis promessas mais confortáveis ​​na Palavra; Como Is 57.15. O Senhor que habita nos lugares elevados e santos, ele faz reviver o espírito dos humildes, e dos de coração contrito. Então, Is 66.2. O Senhor habita nos Céus, mas também com aquele que é de espírito humilde e contrito, que treme da sua Palavra; com ele Deus habitará. Então Sl 34.18. O Senhor está perto dos que estão com o coração quebrado, com os que são contritos de espírito. Então, Lucas 4.18. Jesus Cristo foi ungido, isto é, nomeado por Deus Pai, para pregar o Evangelho aos pobres, para consolar os quebrantados de coração e para confortar os que choram. Então Is 66.10. O Senhor vai restaurar o conforto para você e para seus enlutados. E Heb. 12.12. O Senhor vai restaurar as mãos e os joelhos fracos. E com aquela promessa notável e gloriosa do Evangelho terminarei, Is 35.3-6. Fortaleça as mãos fracas e confirme os joelhos fracos. Isso, diz Deus, enfraquece os cristãos, cujas pernas dificilmente podem carregar seus corpos e suas mãos dificilmente alcançam a boca. Diga ao cristão fraco em graça, conforto, e confirme e fortaleça-o: E diga para os que têm o coração temeroso, sede fortes; Pobres almas temerosas e duvidosas, que temem toda tentação e temem toda corrupção, e temerão perder a recompensa: Dize àquele coração temeroso: Sê forte e não temas. Pois o teu Deus virá com vingança, e Deus virá com a recompensa e te salvará. E então os olhos dos cegos serão abertos e os ouvidos dos surdos se desimpedirão; não se entende do olho corporal, mas aqueles que estavam cegos, e não podiam ver os Mistérios de Cristo, e não podiam ler seu próprio conforto; então seus olhos serão abertos. E os surdos que, como Isaías diz, recusavam-se a ser consolados, que não quiseram dar ouvidos ao consolo, mas fechariam seus ouvidos contra todas as doutrinas confortáveis, e apenas cederiam à tristeza, seus ouvidos seriam abertos. E os coxos saltarão como um cervo; o pobre cristão travado, que se detém em seu conforto, que agora está crendo, logo cambaleia; agora regozijando-se, depois se desesperando; o pobre coxo saltará como um cervo: E a língua do mudo cantará: o pobre que não pode falar uma palavra de suas próprias graças, e de seus próprios confortos, e tocando sua própria evidência, a língua do mudo cantará. Ó Amado, aqui está seu trabalho, no caso de você ser cristão para restaurar seu conforto novamente; Comece o trabalho de meditação, para pensar sobre essas preciosas Promessas do Evangelho, que trazem muito conforto para um pecador caído e deprimido.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

A Garantia de Nossa Vocação e Eleição – Parte 12

Por Christopher Love

Por isso, irmãos, procurai, com diligência cada vez maior, confirmar a vossa vocação e eleição; porquanto, procedendo assim, não tropeçareis em tempo algum.” (2 Pe 1.10)

Resta agora apenas uma aplicação a mais para fechar este assunto, e então passo ao terceiro ponto extraído dessas palavras. E a aplicação será de consolação; de tudo o que foi dito com relação à garantia de nosso chamado eficaz, devo apenas direcionar meu discurso para estabelecer seis ou sete Conclusões Consoladoras para aqueles cristãos que são efetivamente chamados, mas não têm uma garantia sensata do próprio chamado.

Primeiro, tome isso como uma verdade, que a certeza é necessária, não para o ser, mas para o bem-estar de um cristão. Não é necessário para sua propriedade, mas para seu conforto. Não é necessário como o alimento é para a vida, mas apenas como o médico o é para o corpo. Um homem não pode viver sem comida; um homem pode viver sem médico. A garantia é apenas um remédio confortável para a alma; A graça é como alimento para manter a alma viva; embora você necessite de assistência, este conforto é para sustentá-lo.

Em segundo lugar, que muitos dos queridos filhos de Deus, eles podem passar muito tempo na falta dessa certeza, no tocante ao seu chamado eficaz. Sl 88. Diz-se de Hemã, versos 14- 16.

14 Por que rejeitas, SENHOR, a minha alma e ocultas de mim o rosto?

15 Ando aflito e prestes a expirar desde moço; sob o peso dos teus terrores, estou desorientado.

16 Por sobre mim passaram as tuas iras, os teus terrores deram cabo de mim.

E isso foi apenas um ataque de deserção ou foi um ato continuado? Sim; Verso 15. Desde a minha juventude, sofro os teus terrores, estou distraído e tua cólera feroz me domina. Hemã jazia em estado de deserção desde a infância; pois aqui ele diz a você sua propriedade, que ele não foi incomodado por um dia, ou dois, ou três, e então seus problemas terminaram; mas desde sua juventude ele ficou perplexo, que pensava que Deus havia rejeitado sua alma, e os terrores de Deus estavam sobre ele: E ainda assim, este homem ninguém questiona sua bondade. Pois ele era o homem, como Ainsworth pensa, que fez este Salmo; e com certeza Deus nunca honraria um homem perverso para ser um redator das Escrituras. O Salmo é chamado de Salmo de ouro; e é assim chamado, porque por meio deste ele ensinaria as consciências aflitas, para que desde sua juventude caíssem sob grande horror e sob triste suspeita e respeito a seu estado eterno, e ainda assim eles podem ter graça na raiz para tudo isto. E Hemã não apenas o expressa, como se tivesse um problema comum de mente; mas ele expressa isso, que jazia sob o peso extraordinário da ira de Deus, Verso 7. Tu me colocaste no mais profundo abismo das trevas e nas profundezas, e tua ira pesa sobre mim. Ele até mesmo afundou em seus próprios pensamentos sob o sentimento da ira de Deus sobre ele. Isso, portanto, é outra conclusão confortável: que os homens piedosos podem não apenas aos trancos e barrancos, mas por um longo tempo, por muitos anos corridos, encontrar-se em um estado de deserção espiritual. Pois alguns homens pensam em Hemã, que ele tinha mais de sessenta anos de idade quando escreveu este Salmo; no entanto, desde sua juventude até aquela idade, ele se deitou sob esse horror e perplexidade.

Em terceiro lugar, que muitos dos queridos filhos de Deus podem estar por tanto tempo mergulhados na deserção e na falta de segurança, que podem recusar e resistir ao conforto, quando Deus o oferece a eles no Evangelho, e ainda assim podem ter graça. Como um homem com medo, ou distraído por alguma doença violenta, embora você traga a ele um remédio que pode diminuir sua doença, o homem em um ataque atravessará a barreira contra a parede, embora seja o único meio o seu remédio. É assim com homens piedosos; muitas vezes estão tão acostumados à tristeza na falta de segurança, que podem recusar consolo quando Deus lhes oferece, Sl 77.2. É a palavra de Asafe, minha alma se recusa a ser consolada; um discurso estranho: embora ele tenha recebido conforto, ainda assim sua alma o recusou. Aqui então, amado, este pode ser um grande suporte para você, que você pode estar por tanto tempo acostumado a uma conduta de dúvida, que você pode recusar o conforto quando Deus o cuidar, e ainda assim ter um coração gracioso.

Em quarto lugar, e isso é ainda mais confortável. Em vez disso, Deus permitirá que seu povo viva e morra sem garantia, ele operará a segurança em você por um milagre, ou de alguma forma incomum ou extraordinária.

Em quinto lugar, que embora a graça em teu coração seja imutável, ainda assim o sentido e sentimento de tuas próprias graças está sujeito a grande variação e mudança. A graça em si mesma é imutável. Todos os demônios no inferno não podem arrancar o crente mais fraco das mãos de Cristo. Os que me deste, guardarei, diz Cristo, e ninguém os tirará de mim. O fundamento de Deus é seguro; embora o teu conhecimento de que constróis sobre esse alicerce não seja seguro para ti. O Senhor sabe quem são os seus, embora tu não possas saber. A graça em si mesma não é mutável, embora teu sentimento de graça esteja sujeito a muitas alterações e mudanças. Embora a graça seja um fundamento inabalável, nosso sentimento de graça não o é. Em nosso sentimento de graça, somos como o ar, às vezes claros, às vezes turvos; somos como o mar, às vezes vazando, às vezes fluindo; diminuindo em seu conforto, assim como fluindo em suas graças. Os crentes em seu sentimento de graça são como as árvores do campo, às vezes verdes florescendo e crescendo; outra vez na queda de folhas, como um toco seco. Da mesma forma, os cristãos estão tocando seus próprios sentimentos; sua apreensão de suas graças está sujeita a muitas mudanças, embora suas graças não o sejam.

Em sexto lugar, que a falta de segurança não é prejudicial à salvação de um cristão, embora seja prejudicial ao consolo de um cristão. Não é prejudicial à sua salvação, pois você pode ser salvo, embora não esteja seguro. Em primeiro lugar, essa falta de segurança não prejudica seu livre acesso ao Trono da graça: você pode vir livremente para apresentar seus pedidos a Deus, embora não tenha certeza de sua aceitação. Como está a palavra de um Autor: Embora Deus não te mostre a sua face, ainda assim ele pode emprestar-te a sua comida, quando te encomendares a ele em oração; Deus empresta a muitos, e um cristão é ouvido na oração, embora não veja seu rosto, nem o vislumbre de seu favor.

Em segundo lugar, tua falta de garantia não deve impedir o teu sucesso na oração, mas tu deves ir embora com um amplo retorno, embora não vá embora com plenitude de conforto.

E, por último, não impede a sua reconciliação, mas você pode estar em paz com Deus, embora não saiba que o pacto foi feito; pode haver amizade real entre Deus e um crente, embora possa haver alguma inimizade aparente. Tu me consideras teu inimigo, sentiu Jó, mas Deus não o fez, embora ele pensasse assim. Sião disse: O Senhor me abandonou, e o meu Deus se esqueceu de mim, Is 49.14. Mas Deus não fez isso, pois ele lhes disse um pouco antes, quase de uma só vez que embora uma mãe possa esquecer seu filho que está amamentando, eu não irei te esquecer: De modo que pode haver alguns frascos aparentes quando não há inimizade em tudo entre Deus e você.

Em sétimo lugar, que os cristãos, que alcançaram o mais forte e elevado grau de fé, ainda têm muitos defeitos e dúvidas misturados com sua fé. Senhor, eu creio, Marcos 9. No entanto, ajude na minha incredulidade, mas aquele homem atingiu um alto grau de fé, 1 Tes 3.10. Noite e dia oramos excessivamente por você, para que possamos ver o seu rosto e aperfeiçoar o que está faltando na sua fé. Agora você não deve tomar estes Tessalonicenses, como se fossem novos convertidos, ou um povo fraco na fé; mas aqui está a ênfase, que embora esses tessalonicenses fossem os cristãos mais eminentes de todo o mundo, mas tinham um grande defeito na fé. Portanto, compare isso com 1 Tes 1.7, 8. Você foi um exemplo para todos os que creem na Maceedônia e na Acaia, pois por sua parte proclamou a palavra do Senhor não apenas na Macedônia e na Acaia, mas também em todos os lugares que sua fé em Deus se espalhou. As pessoas em todos os lugares falavam da grande medida de fé que havia no povo piedoso desta Igreja, e ainda que sua fé fosse tão eminente, e os cristãos, por mais eminentes que fossem, ainda assim tinham alguns defeitos e, por tudo isso, faltavam um pouco na fé. Veja também o Sl 55.5. e Sl 77. Portanto, aqui há um grande conforto para os crentes, que os mais fortes cristãos na Fé tiveram grandes defeitos que acompanharam suas graças.

Assim tendo terminado estas sete confortáveis ​​Conclusões, porque eu não teria nenhum pecador iludido aninhado em presunçosas persuasões de sua própria bem-aventurança, quando ele é um homem amaldiçoado e designado para o inferno. Tenho duas ou três tristes conclusões a formular, para todos vocês que abrigam clandestinidade e presunçosas persuasões de sua vocação eficaz, quando não a têm. Como,

Primeiro, vocês que nutrem presunçosas persuasões de sua vocação eficaz, quando não a têm, concluam que temem seus corações; que é provável que nunca sejam chamados eficazmente por Jesus Cristo. Não há homem tão improvável de ser verdadeiramente chamado por Cristo, como aquele homem que pensa que foi chamado, quando não o é. Mt 9. Não vim chamar justos, mas pecadores, ao arrependimento. Homens justos, isto é, que pensavam que eram justos, e aos seus próprios olhos pensavam que tinham graça e eram tão bons quanto os melhores, eu não vim, diz Cristo, para chamá-los, mas pecadores, ou seja, pecadores que veem seu pecado, e veem sua necessidade de um Salvador, e são conscientes de sua condição perdida e arruinada sem Cristo, Cristo veio para salvá-los e chamá-los ao arrependimento: De todos os homens no mundo, você é o mais improvável de ser chamado para nutrir persistências infundadas de sua vocação eficaz.

Em segundo lugar, enquanto você vive neste mundo, você é mais estranho para aquela alegria interior e espiritual que todo verdadeiro crente sente e encontra por Jesus Cristo. Você não se confunde com aqueles consolos interiores e doces alegrias do coração, que todo crente sincero tem em Jesus Cristo. Um homem que tem segurança em boas bases, ele está tão cheio de alegria que isso o sustentará contra todos os sofrimentos e tristezas que ele possa encontrar aqui no mundo. Aquele que tem segurança, nenhum sofrimento pode intimidá-lo. Como Adolphus Clarebachius, quando ele estava queimando na fogueira, ele estava tão cheio de certeza do Amor de Deus que ele diz de si mesmo, acho que no meu coração, não há coração melhor no mundo do que o meu. E então outro mártir queimando na fogueira disse: Eu gosto de tanta doçura e sinto tanta facilidade agora que estou nas chamas, como se estivesse deitado sobre um leito de rosas. A plenitude de sua alegria na afirmação do amor de Deus, fez com que ele sofresse de bom grado qualquer tormento. O Sr. Sanders esteve na prisão até seu martírio; e disse quando ele estava no fogo: eu não sinto mais do que se eu estivesse em uma cama de penugem. Ao passo que, tu que alimentas falsas persuasões, tuas esperanças encolherão quando tu começas a sofrer, como um pano mal tecido, em um dia chuvoso; tuas ilusões nunca elevarão teu espírito a um nível tão alto como estes são. Esta é a tua miséria, tu nunca terás aquela doce paz e alegria em teu coração que os crentes têm, que estão seguros com base nas Escrituras.

Em terceiro lugar, tome isso por seu pavor, que serás lançado no inferno antes de saber. É o discurso do Sr. Bolton. Aquele homem que adota uma falsa persuasão de seu chamado eficaz, quando ele não é, ele é semelhante a um homem que está em um sonho agradável, que sonha que é um rei, e tem um reino e tesouros cheios de prata e ouro; contudo, quando ele acorda, eis que o homem não tem nada. Ele o compara da mesma forma a um homem que dorme no mastro de um navio; ele está em um sonho dourado e sonha com Reinos, e com os milhares que possui, e em um momento o vento aumenta, o navio é lançado sobre as ondas e o homem é lançado no Oceano e se afoga. É assim com muitos homens, que nutrem sonhos dourados e esperam que o céu seja deles e Cristo deles; quando, como (infelizmente) eles são derrubados e jogados no inferno, antes que eles percebam. E esta deve ser uma meditação terrível para o seu coração,

Assim fiz onze Sermões com esta Doutrina, falando sobre a vocação eficaz. Eu passo agora para o terceiro e último ponto, extraído destas palavras: e isto é:

Que os cristãos devem se esforçar muito para garantir isso a suas almas, que são eternamente eleitos por Deus para a vida e a salvação. Esforce-se para garantir sua vocação e eleição.

Há muitos pontos proveitosos a serem tratados no despacho desta Doutrina, irei apenas neste remanescente de tempo processar alguns. E primeiro vou mostrar-lhe o que é reflexão:

Em segundo lugar, se um homem pode ter certeza de sua própria eleição, visto que a eleição é um ato desde a eternidade. Como pode um homem ter certeza do que foi criado no conselho de Deus antes de termos um ser?

Em terceiro lugar, por quais descobertas pode um homem julgar infalivelmente que é eleito.

Na discussão desta Doutrina, começo com a primeira, o que a eleição é?

O que, para que você saiba, farei uma breve descrição disso.

A eleição é um decreto ou propósito eterno de Deus, por meio do qual ele escolheu livremente entre a massa de homens, uma pequena companhia de homens e mulheres, que chegará à vida eterna e à salvação por Jesus Cristo. Esta é a eleição.

E aqui nesta descrição existem essas coisas a serem observadas.

Primeiro, eu chamo isso de propósito eterno; porque, embora um homem não seja justificado desde a eternidade; no entanto, ele é eleito desde a eternidade. Deus, desde a eternidade, tinha um propósito para que o homem fosse justificado, chamado e salvo. A eleição é desde a eternidade, embora a chamada, justificação e glorificação não sejam assim. Daí você lê na Escritura, quando fala de Eleição, Ef 1.4: Ele nos elegeu em Cristo, antes da fundação do mundo. Mas isso nunca é dito sobre a Justificação. Deus tinha um propósito para nos fazer felizes, um propósito para nos chamar no tempo e um propósito para nos justificar para eternidade, embora a atuação desse propósito seja cumprida no tempo devido.

Em segundo lugar, eu chamo isso de um propósito, pelo qual ele escolhe livremente. E isso eu faço em oposição ao Princípio Papístico, que Deus predestina ou elege os homens para a salvação com base na previsão das boas obras. A mais abominável opinião, e tira a liberdade deste ato da eleição de Deus, 2 Tim 1.9: Não de acordo com nossas obras, mas de acordo com seu próprio propósito e graça: então eu digo em terceiro lugar, por meio do qual Deus livremente escolhe da massa de homens alguns para obter vida e salvação. Em oposição àqueles que defendem a redenção universal e a Graça universal; Como Orígenes, e dele muitos mais foram contaminados com este erro, para manter a eleição universal. E muitos dos papistas: Agora a Escritura nos diz que muitos são chamados, mas poucos são escolhidos. Eleição significa uma escolha; agora uma escolha, a própria palavra significa a rejeição de alguns e a eliminação de outros. A palavra Eleição importa, que nem todos serão salvos. Orígenes afirmava que todos os homens deveriam ser salvos; essa eleição se estenderá a todos os homens. Sim, os próprios demônios no dia do julgamento serão salvos: o que é uma opinião entre os cristãos de não ser nomeada; pois a eleição pertence a apenas alguns.

Em quarto lugar, digo que isso é para trazê-los à vida eterna e à salvação; portanto, chamado de ordenação à vida eterna, At 13.48.

Em segundo lugar, se pode um cristão nesta vida ter certeza de sua eleição eterna; visto que a eleição foi feita por decreto de Deus, antes mesmo que ele tivesse um ser, ou o mundo existisse? Portanto, visto que não estamos cientes do decreto e conselho de Deus, como se pode dizer que podemos saber e ser assegurados de nossa Eterna Eleição? Na verdade, os papistas derrotaram essa doutrina. E, portanto, é que no Conselho de Trento foi feito este Cânon, que se alguém dissesse que era obrigado a crer que era um dos que Deus predestinou, ou elegeu para a vida, que seja um homem maldito. Eles se esforçaram para derrubar a garantia e sustentaram que tudo o que um homem poderia ter, deve ser apenas uma garantia conjectural, ou algum tipo de esperança de salvação, e nenhum outro. Agora que você não pode errar neste ponto, veja o que a Escritura fala neste caso. Que embora a eleição seja um ato de Deus desde a eternidade, ainda assim um crente pode firme e plenamente conhecer sua própria eleição: E isso eu farei valer por várias passagens das Escrituras. Leia Lucas 10.20. Não se alegrem, disse Cristo a seus discípulos, que vocês têm poder para expulsar demônios, que eles estão sujeitos a vocês, mas antes se regozijem nisso, que seus nomes estão escritos no livro da vida. Isto é, não se alegrem por poderem fazer milagres; que os homens ímpios podem fazer e que não são eleitos; antes, regozijem-se porque seus nomes estão escritos no livro da vida; isto é, que no decreto de Deus você é eleito para a salvação. Agora, como eles poderiam se alegrar, a menos que soubessem disso? Portanto, 1 Tes 1.4. Conhecendo irmãos, amados, sua eleição de Deus. O apóstolo dá por certo que os crentes sabiam que foram eleitos. Então, Ef 1.3-5: O Senhor nos abençoou com todas as bênçãos espirituais em Cristo, conforme nos escolheu nele, antes da fundação do mundo, tendo-nos predestinado para a adoção de filhos por Jesus Cristo. 1 Pedro 1.1,2: Pedro, apóstolo de Jesus Cristo, aos eleitos que são forasteiros da Dispersão no Ponto, Galácia, Capadócia, Ásia e Bitínia, eleitos, segundo a presciência de Deus Pai, em santificação do Espírito, para a obediência e a aspersão do sangue de Jesus Cristo, graça e paz vos sejam multiplicadas.

Muitos mais textos, eu poderia recomendar, mas na boca de duas ou três testemunhas, é o suficiente para confirmar toda a verdade:

Mas agora, embora a Escritura seja assim clara, ainda existem algumas objeções que aparentemente se opõem a esta verdade, que devo satisfazer. Os papistas, pelo que li em seus escritos, encontro cinco objeções que eles extraem das Escrituras contra esta verdade, para que um homem possa ter certeza de sua eleição: pois, dizem eles, foi um ato de Deus, feito antes de termos um ser, como podemos ter certeza disso? Portanto, amado, produzirei primeiro as Escrituras que eles pretendem que derrubarão este ponto, e então retirarei o que parece agir contra ele. O primeiro texto que eles recomendam é 1 Pe 1.17. Passe o tempo de sua peregrinação aqui com temor. Esta Escritura (dizem eles) nos faz passar nosso tempo com medo; e se assim for, então não podemos ter certeza de nossa Eleição, mas devemos temer todos os dias de nossa vida, que sejamos eleitos ou não.

A isso responderei brevemente. Você deve saber que o temor que o Espírito Santo pressiona aqui, de que os homens passem o tempo com temor, não significa temer a respeito de nossa eleição; mas significa um medo do pecado; que não devemos pecar contra Deus, mas temer a Deus e temer provocar a Deus com nosso pecado. E se você perguntar como isso aparece, eu faço aparecer claramente assim; pois no verso 18 é dito: sabendo , amados, que vocês não são redimidos com coisas corruptíveis, como prata e ouro, mas com o precioso sangue de Cristo, etc. Agora, este versículo prova claramente que eles sabiam que foram redimidos pelo sangue de Cristo e, por consequência, conheceram sua Eleição. Portanto, o Apóstolo não pressionou o medo de derrubar o conhecimento de sua eleição; mas, passar seu tempo com temor, ou seja, medo de ofender a Deus e medo de pecar contra ele.

Outra objeção que fazem é isto: A Escritura, diz que o temor muitas vezes elogia a nós; e com certeza o medo e agressividade não podem ficar juntos. Prov. 28.14. Bem-aventurado o homem que sempre teme. Agora, se um homem deve sempre temer, então um homem pode ter esperança; e assim ficar entre a esperança e o medo todos os nossos dias. Ao que eu respondo.

Que o temor sempre, ao qual Salomão anexou bem-aventurança a ele, não significa o medo da eleição de um homem, mas apenas o medo de pecar contra Deus. E se você me perguntar como isso parece, leia o versículo inteiro, Bem-aventurado o homem que sempre teme, mas aquele que endurece o seu coração correrá para o mal. Agora observe, pela antítese é aparente, que o medo lá, não é um medo de nosso estado eterno, mas apenas um medo em oposição à dureza de coração em homens ímpios, que seguem em uma trajetória de pecado.

Outro lugar que eles insistem é 1 Coríntios. 10.12. Portanto, aquele que pensa que está de pé, tome cuidado para que não caia. Agora, dizem eles, a Escritura nos diz que todo homem, embora nunca seja tão firme, como pensa, sobre sua eleição; ainda assim, ele deve tomar cuidado, ele pode cair em desgraça e ser condenado por tudo isso. Agora, como resposta a isso, eu estabeleceria duas coisas.

Primeiro, o apóstolo não fala de homens que têm uma garantia fundamentada de sua eleição; mas para os homens que jazem em segurança carnal e têm iludido a perseverança de seu bom estado, e isso aparece no Texto; pois ele diz: Aquele que pensa que permanece. Ele não diz: seja ele o que for; pois ele não pode cair, mas aquele que pensa que ele permanece. Aqueles homens que nutrem persuasões presunçosas e infundadas, que eles estão em um bom estado e em uma condição feliz, que eles prestem atenção; para que não caiam.

Em segundo lugar, a queda aqui não significa uma queda da graça, ou uma queda finalmente após a eleição, pois isso é impossível; mas significa apenas cair no pecado: e então o significado é este: Aquele que pensa que está de pé, isto é, que pensa que é forte na graça, e está de pé sobre suas próprias pernas, que aquele homem tome cuidado para não cair no pecado. Ora, um homem pode tomar cuidado para não cair no pecado, mas não há como questionar sua eleição. E se você perguntar como faço aparecer que esta é a intenção e o escopo do lugar; eu respondo, pelo contexto. Leia o versículo anterior: Não tentemos a Cristo, pois eles o tentaram; não vamos murmurar, como alguns deles murmuraram, pois estas coisas lhes sobrevieram como figuras, e estão escritas para aviso nosso. Aquele, pois, que pensa que ele está de pé, tome cuidado para que não caia. Por mais que se ele deveria dizer, você tem visto aqui alguns homens caindo em pecado, você já ouviu alguns homens murmurarem, assim os homens tentam a Cristo; isto deve lhe deixar com temor, para que você não caia no pecado e sofra o castigo que eles tiveram. Mas é isso a negação da certeza de que um homem não pode ter certeza de sua eleição?

Outro lugar que desejo também mostrar, é Fp 2.12: Trabalhe sua salvação com temor e tremor. Agora dizem que, se um homem deve trabalhar sobre o negócio da sua salvação com temor e tremor, então certamente um homem nunca pode ter certeza nesta vida de sua eleição. Ao que eu respondo:

Que o temor e tremor de que aqui se fala, não é um temor e tremor em oposição à garantia da nossa eleição; mas em oposição a essa segurança carnal e dependência pecaminosa de nossa própria força; Isso fica aparente nas próximas palavras, pois é Deus que opera em você a vontade e a ação: E, portanto, porque você não tem força própria e nenhum poder próprio para fazer qualquer coisa, portanto tema e trema a esse respeito.

Em segundo lugar, o medo e o tremor podem muito bem ser consistentes com esta graça da segurança; pois lemos, Salmos 2.11: Alegre-se no Senhor com tremor. Você pode ter medo, mas também se regozijar. Então Sl 5.7: Quanto a mim, entrarei em tua casa na multidão de tuas misericórdias, e em teu temor adorarei em direção a teu santo Templo. Aqui está o temor e a confiança nas misericórdias de Deus alegrados juntos; para mostrar, que temor e segurança podem muito bem ser consistentes entre si. Mas então eles objetam, como pode ser isso? Pois diz João, o amor perfeito lança fora o medo. Eu respondo, que embora João diga , o amor perfeito lança fora o medo: ainda assim João não diz que o amor imperfeito expulsa o medo. Agora, nesta vida, nosso amor é imperfeito e, portanto, misturado com medo; mas no céu nosso amor é perfeito e, assim, expulsa todo medo.

Outro lugar que eles objetam é Rom 11.20. Não te ensoberbeças, mas teme. A isso respondo: Estas palavras não são faladas sobre nossa eleição, que devemos temer se estamos eleitos ou não. Mas serve para derrubar qualquer opinião da nossa justiça própria, como se fôssemos, portanto, aceitos por Deus; e guardar-nos de insultar os Judeus rejeitados; agora que fomos recebidos, em seu lugar.

Um versículo a mais (que de fato é o pilar principal sobre o qual eles repousam) é Rom 11. 34. Quem conheceu a mente do Senhor? Ou quem foi seu conselheiro? Aqui, dizem os papistas, a Escritura desafia qualquer homem no mundo a vir e dizer que conhece a mente de Deus; por mente de Deus significa decreto de Deus. E aqui Paulo desafia a todos, que nenhum homem conhece o decreto de Deus desde a eternidade. Portanto, se nenhum homem conhece a mente de Deus, então certamente ninguém conhece sua própria eleição, pois essa é a mente de Deus, e o decreto de Deus: isso eles sustentam num argumento inegável.

E aqui para satisfazer você nesta Escritura, eu fixarei três coisas:

Primeiro, quando é dito: Nenhum homem conhece a mente de Deus; nem nenhum homem é seu Conselheiro: isto é verdade, que nenhum homem conhece a ordem ou decreto do Senhor, a respeito da eleição de outros homens. O apóstolo não fala isso, como se nenhum homem conhecesse a mente de Deus sobre a sua eleição, mas sobre a eleição de outros homens, se são eleitos e não são; pois esse é o escopo do lugar. Os gentios, eles pensaram que todos os judeus eram homens condenados; e eles os censuravam e se vangloriavam. Agora, diz Paulo, ninguém conhece a mente de Deus sobre outros, quer quem será salvo ou condenado, enquanto eles estão neste mundo.

Em segundo lugar, nenhum homem conhece a mente do Senhor neste sentido, isto é, para dar uma razão para o decreto de Deus; por que Deus decretou isso e aquilo; por que Deus escolheu Pedro, e não elegeu Judas; nenhum homem conhece a razão do decreto de Deus, e de seus caminhos.

Em terceiro lugar, nenhum homem conhece a mente do Senhor, isto é, nenhum homem conhece o decreto de Deus, olhando para ele somente por seus próprios meios; mas trazendo a vontade secreta de Deus à sua vontade revelada; e assim podemos conhecer seu decreto. Posso aproveitar esse lugar, Rom 10.8. Que ninguém diga, vou subir ao céu para buscar a Cristo daí, mas o que diz a palavra? A palavra está perto de ti, mesmo na tua boca. Confie nisso. Como se ele dissesse: Que nenhum homem pense em conhecer os decretos de Deus indo para o céu, e lá pesquisando os decretos de Deus, pois isso ele não pode fazer; mas olhe para a palavra, e ali encontrará a quem Deus elegeu e decretou salvar, 1 Coríntios 2.16. Nenhum homem pode saber olhando apenas para o decreto; mas se compararmos o decreto de Deus com sua palavra, e pela palavra olharmos para os que são eleitos, podemos facilmente saber se somos eleitos ou não. O que me coloca na premissa do terceiro ponto principal: Como um homem pode ter certeza em sua própria alma, que ele foi eleito para a vida e salvação por Deus Pai.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

A Garantia de Nossa Vocação e Eleição – Parte 13

Por Christopher Love

Por isso, irmãos, procurai, com diligência cada vez maior, confirmar a vossa vocação e eleição; porquanto, procedendo assim, não tropeçareis em tempo algum.” (2 Pe 1.10)

Venho agora para mostrar-lhes como o povo de Deus pode ter a certeza em seus próprios corações de que são eleitos para a eternidade. E aqui, para compassar este conhecimento ou garantia de nossa Eleição, eu não apenas levo isso tão longe como os papistas fazem, que por exemplo, você pode ter uma persuasão, que eles chamam fé conjectural, ou esperar que você pode ser salvo, mas não chegará tão longe quanto as palavras do meu Texto, com certeza. Agora, caso um homem não use mais do que as palavras do Texto, visto que é pressionado como uma ordem, é um argumento que pode ser feito para o próprio homem. Pois nenhum homem está preso a algo impossível; e nisso é necessário ter certeza de nossa eleição, a Escritura nunca obrigaria nossa obediência ao que é impossível por si mesmo. Não dirijo apenas tão longe, mas mais longe. O que um homem eleito deve fazer para ser certamente persuadido de que é eternamente eleito por Deus para obter vida e salvação. Agora estou entregando uma doutrina para ser estremecida, enquanto você a atende. E ao resolver esta questão, você deve seguir esta regra; que você não pode obter segurança ascendendo ao decreto de Deus, mas descendo em seus próprios corações, examinando-os pela palavra se aqueles efeitos salvadores, que Deus opera em uma pessoa eleita, são operados em sua alma ou não: e isso é a maneira de chegar a um conhecimento seguro e certo de sua eleição. O conhecimento de sua eleição não é alcançável pela ascensão ao decreto de Deus; pois quem vos fez seus conselheiros. Nem é apreciado por meio da Revelação; pois esse é um terreno incerto, e você pode entrar em entusiasmo, bem como na persuasão sobre sua eleição. Não é feito pelo Apocalipse, nem contra nem sem a palavra. O que sempre testemunha lá está, se não vir da palavra, você pode suspeitar que ela seja uma ilusão. Agora, a forma mais segura, para que você possa passar em busca se você está no número dos eleitos de Deus, é a pesquisa em seus próprios corações, se estas coisas são feitas em você, que são operadas naqueles a quem Deus elegeu para a vida e salvação: e aqui devo me contentar com a nomeação de seis efeitos salvadores.

Primeiro, todo homem eleito, mais cedo ou mais tarde, será efetivamente chamado e convertido de maneira salvadora pelo poder da palavra. Isso o apóstolo afirem, 1 Ts 1.4, 5. Conhecendo, irmãos, amados, sua eleição de Deus. Como isso deve ser conhecido? Verso 5. Pois a nossa palavra não veio a você apenas em palavras, mas no poder, e no Espírito Santo: isto é, o Evangelho não veio somente em palavra, para afetar você e descansar lá; mas a nossa palavra veio com poder, sendo acompanhada com a operação do Espírito, para sua conversão. Este trabalho todos os homens que são eleitos, mais cedo ou mais tarde, devem receber, para ter o poder da palavra vindo com autoridade sobre a Consciência, por sua chamada eficaz. Então Rom 8.30. Quem ele predestinou, a quem constituiu para a vida, também ele chamou. E, portanto, amados, quem quer que você seja, se você viver e morrer sem ter o poder da Palavra de passar em cima de sua alma, para a sua chamada eficaz, você pode se colocar sob esta conclusão, que você não tem ainda uma evidência para saber se é eleito por Deus para a vida e salvação. Pois, a quem ele predestinou, a eles chama de forma eficaz. Mas como esta chamada poder ocorrer até o final da sua vida, ainda que em idade avançada, então o melhor a fazer é continuar clamando ao Senhor para ter misericórdia de sua alma e que o salve, pois tem prometido não lançar fora a qualquer que vier a Ele.

Em segundo lugar, um homem que é eleito por Deus para a vida, mais cedo ou mais tarde Deus o santificará pela graça renovadora e regeneradora: E isso é apenas diferente do anterior em grau; porque a chamada é Santificação começada. Agora, quando Deus elege um homem, ele não apenas começa a obra da graça, mas a leva avante em um curso de santificação. E disso você leu 2 Tes 2.12, 13: Ousamos dar graças a Deus sempre por vocês, amados do Senhor, porque Deus desde o princípio os escolheu para a salvação, por meio da santificação do Espírito e da fé na verdade. Se Deus desde o princípio escolheu um homem para a salvação, o Senhor o faz por meio da santificação; não para santificação, como os papistas dizem, ou pela fé prevista, mas é por meio dela, como um meio pelo qual somos levados à salvação; A Santificação correrá através de nossas vidas, como a água através de um canal. Então, 1 Pe 1.2. Os que são eleitos segundo a presciência de Deus Pai, por Cristo, por meio da santificação. No original a preposição “em” no original grego, antecede a palavra santificação, de modo que somos eleitos em santificação do Espírito, ou seja, por meio disto, e não especificamente para isto, ainda que seja verdade que o Espírito é quem dá prosseguimento a esta santificação.

Portanto, 2 Tim 2.21. E, portanto, amados, se os homens vivem e morrem, e não têm o poder da graça santificadora em seus corações e consciências, e trabalhando em suas vidas, sem dúvida esses homens não são eleitos; porque isso você vê claramente, que em um momento ou outro Deus operará isso em tais homens. Judas 4.

Em terceiro lugar, os homens eleitos por Deus para a vida e salvação serão mais cedo ou mais tarde levados a um estado de fé, Atos 13.48. Todos os que foram ordenados para a vida eterna creram. Nenhum homem que é ordenado para a vida eterna, deixará de ser levado a um estado crente. E, portanto, os homens que vivem e morrem em um estado de descrença, não são eleitos. Por isso você leu, Tito 1.1: é chamada, a fé dos eleitos de Deus; implicando que todos os eleitos, antes de morrerem, terão fé; e ninguém terá fé, senão somente eles; e, portanto, de uma maneira peculiar, a chamada de fé dos eleitos de Deus, é apropriada apenas a eles.

Em quarto lugar, aquele homem que é eleito, mais cedo ou mais tarde antes de morrer, Deus operará em seu coração um deleite especial e um amor inteiro pela palavra pregada. Isso é expressado, em João 8.47. Aquele que é de Deus ouve a palavra de Deus; portanto, não sois de Deus, porque não ouvis as suas palavras. Ser de Deus, isto é, pertencer a Deus por eleição. Agora, aquele que é de Deus, Deus com o tempo o fará ouvir sua palavra com deleite e amor.

5 Eles procedem do mundo; por essa razão, falam da parte do mundo, e o mundo os ouve.

6 Nós somos de Deus; aquele que conhece a Deus nos ouve; aquele que não é da parte de Deus não nos ouve. Nisto reconhecemos o espírito da verdade e o espírito do erro.” (1 João 4.5, 6)

Em quinto lugar, o Senhor mais cedo ou mais tarde trabalhará no coração de um homem eleito, com amor ao povo de Deus e compaixão por aqueles que não são eleitos e escolhidos de Deus, Colossenses 3.12: Vista-se como o eleito de Deus, com entranhas de misericórdia e amorosa bondade. O apóstolo ali, pela maneira da frase, parece sugerir muito assim: Revesti-vos como eleitos de Deus, etc. Como se fosse uma coisa ordenada e inseparável de um homem eleito, após sua vocação eficaz, que ele tivesse entranhas de misericórdia para com aqueles que não são chamados, e que ele deveria ter bondade amorosa para com aqueles que são chamados. Para um homem que uma vez é eleito e tem a execução desse decreto em uma vocação eficaz, é apropriado ter entranhas de misericórdia.

Em sexto lugar, Deus cedo ou tarde conduzirá um homem eleito a um novo rumo de vida e obediência, de acordo com o que ele tinha no passado. 1 Pe 1.2: Você é eleito de acordo com a presciência de Deus em santificação do Espírito para a obediência; que embora você tenha sido desobediente antes, servindo a várias concupiscências, ainda assim Deus, se ele o escolheu, o conduzirá a um curso de obediência, Rom. 8.29 Ele nos predestinou. O que fazer? Para que possamos ser conformes à imagem de seu Filho. Deus pretende que aquela pessoa a quem ele escolheu para viver seja conformada a Jesus Cristo, e que viva outra forma de vida da que tinha antes; que embora ele tenha sido anteriormente sujeito a pecado e a Satanás, ainda assim, ele andará em obediência a Jesus Cristo.

Assim, tendo terminado brevemente estas cabeças, tenho apenas quatro ou cinco advertências para estabelecer, para limitar o que foi dito dentro dos limites da verdade. Como,

Primeiro, observe que esses seis efeitos não se estendem às crianças que morrem enquanto são crianças, mas aos homens e mulheres que já cresceram. Uma criança que não consegue agir com razão, como é uma criança, não pode ter nenhum desses detalhes operados nela, pelo menos dessa maneira que os homens de idade têm. Uma criança, como é uma criança, não tem conversão da mesma maneira que um homem, embora tenha algo equivalente a ela; como algo semelhante à santificação, e um tanto semelhante à fé que os homens de idade têm; mas o que isso é, e até que ponto, o homem não pode determinar. Ao insistir nisso, portanto, eu digo, não se estende a crianças que morrem em sua infância, mas apenas aos homens que chegam a anos de discrição, se eles vivem e morrem sem ter esses seis efeitos, eles podem concluir, eles não podem ser eleitos.

Em segundo lugar, que a falta desses seis particulares por um tempo não é um argumento de não eleição de um homem; pois antes da conversão (que é o primeiro tratamento de Deus com um pecador), um homem eleito pode ser tão vil e tão mau quanto qualquer homem perverso vivo. Como nos diz o apóstolo Paulo, Tito 3.3: No passado, também éramos desobedientes, servíamos a diversos desejos e vivíamos em prazer e excesso etc. Então, 1 Tim 1.12. De forma que a falta disso por um tempo, não é argumento da não eleição de um homem, pois então se seguiria, um homem não convertido não é um homem eleito, o que cruzaria todo o teor das Escrituras: Mas um homem vivendo e morrendo como dentre estes, não pertence à eleição da graça.

Em terceiro lugar, eu não insisto em ter esses efeitos na verdade, se você os tem habitualmente. O que quero dizer é o seguinte: um homem pode ser eleito e, ainda assim, não pode agir em nada que responda a uma vocação efetiva, nem agir com prazer e amor à palavra, nem agir de forma alguma no sentido de santificação; no entanto, se você os tem habitualmente, por hábito, podem ser testemunhos ou evidências de eleição.

Em quarto lugar, eu não insisto em ter esses efeitos sensatamente para ser uma prova de eleição, se assim for, você realmente os tem. Existem muitos homens que realmente têm isso, quando não os têm em sua própria apreensão.

Em quinto lugar, eu não insisto em ter esses efeitos gradualmente, então você os tem sinceramente. O que quero dizer é que um homem pode ser eleito; sim, e ele não pode ser escolhido apenas no decreto eterno de Deus, mas a execução desse decreto pode ser passada sobre ele, para que possa ser efetivamente chamado, e ainda assim não pode ter todos esses seis efeitos em grande medida no mais alto grau, ainda assim ele pode tê-los sinceramente, e assim ser uma garantia para seu próprio coração de sua eleição eterna.

E assim, tendo terminado esta terceira questão, venho agora para entrar em outra, dependendo da primeira; cujo fato é um assunto muito terrível, e um ponto a ser trêmulo, enquanto ele está lidando, e é este: que suposição provável pode ser dada a um homem, que ele não está dentro da esfera da eleição de Deus? Este é um ponto muito alto e deve ser tratado com muita seriedade; sendo um ponto concernente à salvação ou condenação de todos os homens na terra. E, portanto, eu gostaria que você olhasse ao seu redor. Os decretos de Deus estão no céu, e é apenas uma verdadeira obra da graça em seus corações na terra, que pode dar a vocês evidências de que esses decretos são para o seu bem, pois o bem feito é uma evidência do propósito de Deus de salvá-los; então o trabalho contrário pode ser uma evidência do propósito de Deus de nunca salvá-lo, mas de deixá-lo sem a esfera de sua eleição eterna. Não pode haver nada estabelecido de forma absoluta e certa, mas pode haver muitos palpites prováveis ​​dados dos homens que não estão dentro da bússola da eleição de Deus: Dos quais eu darei o nome, mas seis ou sete tipos. E desejo a Deus que nenhum de vocês que está diante do Senhor hoje, tenha seus nomes escritos neste livro negro para que não tenham motivo para temer que seus nomes não estejam escritos no livro da vida.

Primeiro, Aquele homem que volta de um curso de profissão para um curso de profanação, sem retornar em tempo hábil; a Escritura dá uma perspectiva de tal homem, que ele não está ao alcance do propósito de Deus de salvar. Eu não digo, cada retrocesso e cada afeição decadente, mas um total e recaída final; quando um homem cai e não se levanta novamente; quando um homem foge de Deus, e não volta novamente; a Escritura lhe dá uma ideia de que ele não está na esfera da eleição de Deus. Heb 10.38, 39. Se alguém recuar, minha alma não terá prazer nele. Os intérpretes observam que nessas palavras há uma figura, em que há menos expressão, então se quer dizer: Minha alma não terá prazer nele. É como se Deus tivesse dito: Minha alma o odiará, ou o odiarei excessivamente. Mas não somos daqueles que recuam para a perdição; mas daqueles que creem, para a salvação de suas almas: quais palavras claramente importam, que os homens que recuam sem voltar, recuam para a perdição, para a danação; mas nós não somos deles, diz o apóstolo. E aqui então, amados, esta palavra cai sobre algum homem diante de Deus hoje? Você deixou um curso estrito, e caiu em um curso de profanação e relaxamento? Caíste de teu Deus e nunca pensaste em voltar? Não vou te censurar agora, mas se você vive e morre nesta propriedade, é um argumento indubitável, você não está dentro do compasse do decreto de Deus para salvar.

Em segundo lugar, homens que fazem da misericórdia e da bondade de Deus argumentos para encorajá-los ainda mais no pecado, tais homens provavelmente não serão as pessoas que Deus elegeu para a vida e glória. Na Epístola de Judas, v. 4. É falado lá dos homens, que transformou a graça de Deus em devassidão. E o que diz o apóstolo deles, eles são homens ordenados no passado para a condenação. A Escritura ali torna o emblema de um homem ordenado na antiguidade para a condenação, quando ele persistir neste temperamento pecaminoso, para transformar a graça de Deus em luxúria; isto é, aceitar argumentos da graça, misericórdia e bondade de Deus, para andar nas margens do pecado. E, portanto, olhe para isso, e com seus corações acredite, todos vocês que estão aptos a abusar das doutrinas da graça; e porque Deus é bom, você será mau; porque Deus é misericordioso, portanto, você será pecador; se você morrer com esse temperamento, a Escritura declara que você faz parte dos homens condenados na antiguidade.

Em terceiro lugar, um homem que anda em uma trajetória de pecado, intencionalmente, com malícia, e conscientemente contra a consciência, e obstinadamente sem relutância; e persistir nisso, e viver e morrer assim, que o homem não está no compasso da eleição de Deus. Existe uma frase, Salmos 59.5. Não tenha misericórdia, ó Senhor, dos transgressores ímpios. É em algumas traduções, não seja misericordioso com eles aquele pecado de malícia perversa, ou de maldade maliciosa. Agora, há esta regra que os teólogos dão; que aquelas orações que foram feitas por Davi, são antes profecias do que deveria ser, então meras orações para que assim seja. Enquanto Davi orava contra os judeus, Sl 69.2, que sua mesa pudesse ser uma armadilha para eles, e que eles deveriam sempre se curvar sob seus orações que era uma profecia, e eles o fizeram. E assim ele falou aqui, que Deus não seria misericordioso para homens que pecam com malícia perversa; o que é tanto quanto uma profecia de que Deus não será misericordioso com os homens que pecam por maldade. E portanto, amados, todos vocês que assim vivem e decidem morrer, e por acaso morrerão, e ainda assim pecarão obstinadamente; que, deixe Deus comandar o que ele pode, você fará o que quiser; deixe o Ministro dizer o que ele quiser, você fará o que pretender; que peca contra o conhecimento e contra a consciência, e sem qualquer relutância; resolva viver e morrer em um curso de pecado: o Senhor seja misericordioso com essas pessoas; pois certamente não deve haver Bíblia, se tais homens se enquadram na esfera da eleição de Deus.

Em quarto lugar, aquele homem que por viver sob o poderoso ministério da Palavra é mais duro de coração e pior de vida; se um homem cresce assim, é um argumento, ele não está dentro do propósito da eleição de Deus. Mat 13.14, 15. Ao ouvir, você ouvirá, mas não compreenderá; vendo, você verá, mas não perceberá; seu coração está endurecido, seus ouvidos fechados para a audição, os olhos fechados, para que em qualquer momento não vejam com os olhos, ouçam com os ouvidos, entendam com o coração, e se convertam, e eu os salve. Aqui está o julgamento que Deus faz sobre tais pecadores, que devem ter olhos, e não verem, eles serão ignorantes que terão o coração endurecido, eles serão incapazes de terem qualquer impressão da Palavra sobre eles. E no que acabaria tudo isso? Eles se converteriam, e eu deveria salvá-los; implicando que, se Deus permite que você que vive sob a misericórdia, tenha olhos escuros e corações duros, é um argumento que Deus não tem intenção de salvá-lo e, portanto, seu propósito é condenar você. Então, João 12.40. Ele cegou-lhes os olhos e endureceu-lhes o coração, para que não vissem com os olhos e entendessem com o coração e se convertessem. Aqui está declarado como um ato de Deus, que Deus endureceu seus corações, e Deus cegou seus olhos, para que não se convertessem; implicando que se os homens vivem e morrem, neste temperamento, eles têm vivido ano após ano sob um poderoso Ministério, e ainda assim eles ficam mais cegos no julgamento, e mais profanos na vida, e mais endurecidos no coração, após 20, 30, 40 anos ouvindo, então eles eram como antes; que a palavra apenas extrai sua maldade e os torna mais profanos e mais opostos à piedade; que o Senhor tenha misericórdia de tais almas, pois certamente se Deus os deixar assim, é um argumento que ele nunca pretende salvá-los; porque o Senhor faz assim com os tais, para que não sejam salvos. Há uma passagem em Rom 11.7: Israel não obteve o que busca, mas a eleição o obteve e o resto se endureceu. Por eleição entende-se o eleito. Como frequentemente na Escritura, circuncisão colocada para circuncidado; e então aqui; Eleição posta para eleito. Os eleitos conseguiram e o que eles obtiveram? Eles obtiveram salvação e glória; mas o resto que não foi eleito, eles foram endurecidos. O Senhor ali torna o emblema daqueles que não são eleitos, que são um povo cego e um povo endurecido. Insinuando que os homens que não são eleitos, eles viverão sob a palavra, mas serão cegos de mente, duros de coração, serão ímpios na vida, e o ministério da palavra nunca os reformará. E se algum de vocês for tal, ó Deus, que o Senhor os faça tremer neste dia, trema para que não esteja nos pensamentos de Deus, para fazer-lhe qualquer bem outro dia.

Em quinto lugar, quando Deus entrega os homens a fortes ilusões, não apenas para acreditarem em mentiras, mas para ensinar mentiras para seduzir outros, quando o Senhor os deixa para viver e morrer naquele estado, a Escritura torna isso um argumento daqueles que não são escolhidos por Deus para a vida e glória. Você deve ler, portanto, naquela grande ilusão do Anticristo, 2 Tes 2.10, 11, 12. Deus os entregou a fortes ilusões, para acreditar em mentiras, para que todos fossem condenados, que não acreditam na verdade? É feito uma marca de danação, quando Deus os entregará para acreditar em mentiras. Embora um homem piedoso possa morrer em uma opinião corrupta, pois todo erro não é um símbolo de condenação; mas erram os que o fazem no fundamento, na base da Religião, onde os homens correm até agora, como para nunca se arrependerem de seus erros; do que, a Escritura faz o emblema de um homem, cuja alma está em um mundo de perigo. Leia esse texto, 2. Pe 2.1-3. Havia falsos profetas entre o povo, como os deles serão falsos mestres entre vocês. E quem são eles? Verso 2. Eles negarão o Senhor que os comprou, eles introduzirão heresias condenáveis. (nem todo erro é uma heresia), mas esses homens trarão heresias condenáveis, e muitos seguirão seus caminhos perniciosos. Agora, qual é a sua censura? Cujo julgamento agora de um longo tempo não tarda, e sua condenação não dorme. Sua condenação não estava adormecida, mas por muito tempo a condenação os acompanhou, e eles estavam em perigo. De modo que, amado, é um grande perigo para os homens serem patronos do erro, especialmente quando são grosseiros e palpáveis; e quando na linguagem das Escrituras, eles podem ser chamados de heresias condenáveis. É um argumento, se os homens vivem e morrem assim, que eles não estão dentro do propósito do Conselho de Deus para lhes fazer o bem.

Em sexto lugar, homens que vivem e morrem em contínua rejeição e oposição ao Evangelho, e à palavra de Deus pregada com poder, é um terrível sinal de que eles não estão dentro da esfera da eleição de Deus. 1 João 4.5, 6. Você não é de Deus, porque não ouve a sua palavra. Portanto, João 12: Quem ouve a palavra é de Deus, mas vocês não ouvem a sua palavra, portanto não são de Deus. Portanto, você não pertence a ele. Mas mais prenhe para este propósito, é aquele lugar, At 13.46-48. Era necessário que a palavra de Deus primeiro tivesse sido falada a você, mas visto que você a afastou de você e se julgou indigno da vida eterna, eis que nos voltamos para os gentios. Agora compare isso com o verso 48. E quando os Gentios ouviram isso, eles ficaram contentes e glorificaram a palavra do Senhor, e todos os que foram ordenados para a vida eterna creram. A oposição é a seguinte: Tantos quantos Deus intentou salvar, eles glorificaram a Deus por sua palavra, e se alegraram e se alegraram em sua palavra; mas aqueles que não foram decretados para a salvação, eles rejeitaram a palavra do Senhor, eles o rejeitaram e se opuseram a ele, e não puderam suportar a palavra do Senhor. Portanto, o Texto diz: Os judeus incitaram as mulheres devotas e honradas, e elas levantaram perseguição contra Paulo e Barnabé, e os expulsaram de sua cidade. Foi dito a Amazias, 2 Crôn 25.16: Por isso eu sei que o Senhor intentou destruir-te, porque não acataste o meu conselho. Assim, você vê, a Escritura torna o emblema de um homem, que não se enquadra na esfera da eleição de Deus, para trazê-lo à vida e à glória, por viver e morrer em oposição à palavra de Deus.

Em sétimo lugar, e isso podemos falar com mais confiança e positivamente, que aquele homem não está no compasso da eleição de Deus, que peca o pecado contra o Espírito Santo, Mt 12.32. Ele não será perdoado nesta vida, nem na vida futura. Este é um pecado imperdoável, 1 João 5.16. Agora eu sei que há muitos homens que confinam este pecado apenas aos fariseus, como se eles fossem os únicos culpados dele. Há outros que dizem que este pecado é cometido sozinho; e tantos teólogos falam favoravelmente sobre isso: mas, Amado, estou convencido de que este pecado é cometido com frequência, então a maioria dos homens no mundo sonham; e muitos homens estão mergulhados neste pecado, que pensam bem de suas próprias almas. O pecado contra o Espírito Santo é apenas este:

É um ato intencional e deliberado de um professante de religião, pelo qual ele não abandonará apenas sua profissão; mas ele corre em um curso de pecado conscientemente, contra a consciência; obstinadamente, contra o conselho; e maliciosamente, contra Jesus Cristo. Esta é uma breve descrição desse pecado. Agora estou convencido de que há muitos no mundo que professam a religião, que estão, se não neste pecado, mas na porta ao lado dele. E se um homem se foi para tanto, isso é chamado na Escritura, um pecado para a morte; um pecado, no qual se um homem cair, ele pode estar certo de que será condenado.

Tenho agora, a partir desta triste Doutrina, apenas algumas posições confortáveis ​​para estabelecer e, assim, concluir. Como,

1. Que, embora essas particularidades possam lhe dar uma ideia daqueles que não estão dentro da esfera da eleição de Deus, ainda assim, nenhum homem é obrigado a certificar-se de que não é eleito. Você é obrigado a confirmar sua eleição, mas você não está obrigado a confirmar sua reprovação. Por essas cabeças eu dei, não para fazer qualquer homem piedoso questionar sua eleição, mas para assustar os homens ímpios, que vivem totalmente contrários e opostos aos eleitos de Deus.

2. Que um homem pode chegar muito perto do pior desses pecados, e ainda assim pode ser um homem eleito. Éramos (diz Paulo) às vezes desobedientes, enganadores e servíamos a várias concupiscências. Tito 3.3. E Ef 2.2: No passado, vocês andaram de acordo com o curso do mundo, de acordo com o poder do Príncipe do ar, que opera poderosamente nos filhos da desobediência. No passado, vocês eram filhos da ira, assim como outros. Em tempos passados, antes de ser chamado, você pode vir muito próximo a esses males, mas estar dentro da esfera da eleição de Deus, desde que você não viva e morra nesses males. Pois se for assim, não há esperança de misericórdia.

3. Que os homens questionarem sua eleição, apenas porque não encontram os efeitos salvadores da eleição em seus corações e vidas, é antes um argumento de sua existência, do que de não terem sido eleitos. Porque os homens que não são eleitos, eles nunca cuidam de sua eleição, para ter certeza, eles confiarão todos na misericórdia de Deus e na graça de Deus, e nunca cuidarão da santidade; o pecado nunca os perturba, a profanação nunca os entristece, a falta de santidade não os deixa perplexos. O questionamento, portanto, da sua eleição decorrente dos males da sua conduta, é antes um sinal de que Deus o escolheu para a vida e para a glória.

4. Eleições muitas vezes correm para aqueles que são os piores tipos de homens do mundo. As eleições ocorreram para aqueles que foram os piores em suas vidas, antes de serem chamados. E assim, Deus magnifica as riquezas de sua graça.

Deus, para magnificar as riquezas de sua graça gratuita, permite que a eleição corra para o pior dos homens que há no mundo. E isso deve ser um grande conforto para você; embora você tenha se embriagado, e tenha sido violador do sábado e adúltero, e embora tenha sido profano, se você puder, agora se fechar com Jesus Cristo e cuidar do céu, se você puder, agora lamentar sobre sua condição, e arrepender-se de suas faltas anteriores e vir para Jesus Cristo; pode a eleição correr aos homens tão ruins quanto você, e que você pode ser agora um homem profano em sua vida, mas você pode ser objeto da eleição de Deus.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

A Garantia de Nossa Vocação e Eleição – Parte 14

Por Christopher Love

Por isso, irmãos, procurai, com diligência cada vez maior, confirmar a vossa vocação e eleição; porquanto, procedendo assim, não tropeçareis em tempo algum.” (2 Pe 1.10)

A última Doutrina que tirei dessas palavras foi esta: Que os cristãos devem se esforçar muito para garantir que suas almas sejam eternamente eleitas por Deus à vida e à glória. No processo do qual, examinei algumas questões. Há quatro dificuldades ou dúvidas nas quais devo insistir ao tratar deste ponto. Como a saber,

Primeiro, se essa eleição será universal ou não?

Em segundo lugar, se um homem que uma vez é eleito por Deus para a salvação, pode vir a ser condenado, sim, ou não?

Em terceiro lugar, se Deus, ao eleger um homem para a vida e glória, não é por qualquer previsão da fé, ou por qualquer outra graça que ele vê no homem?

E em quarto lugar, se esta doutrina da eleição, que Deus em seu próprio conselho determinou quem será condenado, e quem salvo, não retira os homens de qualquer esforço para sua própria salvação, para torná-los desesperados e negligenciar o uso dos meios; que eles dirão, se eu for condenado, eu serei condenado; e se salvo, serei salvo, deixe-me viver como eu devo? Se esta doutrina favorecerá esta conclusão desesperada, sim, ou não?

Primeiro, se a eleição é universal ou não? Isso é o que os arminianos e papistas atacam poderosamente. E aqui eles colocam esta conclusão, que eles tornam inquestionável: Que existe algo como uma certa eleição universal de Deus, sem limitação ou restrição de pessoas, pela qual Deus determinou salvar toda a humanidade por Cristo, a qual caiu em Adão. Essa opinião foi tirada primeiro de Orígenes, que sustentava que todas as criaturas deveriam ser salvas; e os papistas e arminianos minando o assunto, para torná-lo um pouco mais plausível, do que ele fez, eles dizem, que Deus em seu propósito pretendia salvar toda a humanidade por Jesus Cristo; mas o homem apostatado e andando contrário aos seus princípios, o defeito está neles, que eles não são salvos: e a isto teólogos chamam de redenção universal.

Contra isso, apresentarei várias Escrituras e, em seguida, retirarei as objeções que parecem fortalecer essa opinião.

Primeiro, para as Escrituras. Na Epístola de Judas, verso 3. Você lê sobre alguns que foram ordenados no passado para serem condenados. Portanto, com certeza nem todos poderiam ser salvos. 1 Ts 5.9. Alguns homens são designados para a ira, mas nós devemos obter a salvação por meio de Jesus Cristo. Portanto, nem todos os homens poderiam estar dentro do propósito da primeira intenção de Deus de salvar. Mt 22.14. Muitos são chamados, mas poucos são escolhidos. Então Rom 11.7. Os judeus não obtiveram o que buscavam, mas os eleitos o obtiveram e o resto foi endurecido. 2 Tim 2.20. Existem vasos de honra e vasos de desonra. A Escritura torna um ato discriminatório em Deus, que alguns ele escolheu para viver; e outros desde a eternidade em seu conselho, ele escolheu a ira e condenação. E essas Escrituras irão derrubar totalmente esta opinião. E, de fato, a própria palavra escolher o confunde, o que sugere uma aprovação de alguns, com o desprezo de outros.

Mas agora vamos ver um pouco os Argumentos das Escrituras das quais eles abusam, para fortalecer esta opinião doentia de sua autoria.

O primeiro é, 1 Coríntios 15.22. Como em Adão todos morrem, assim também em Cristo todos serão vivificados. Agora, dizem eles, todo homem morreu em Adão; todo filho da queda de Adão tornou-se sujeito à morte: mesmo assim, em Cristo todo homem será vivificado; o Senhor pretendia que todo homem fosse beneficiado por Jesus Cristo.

Agora, para tirar isso; vou responder mostrando a você a verdadeira intenção e escopo desta Escritura. Esta frase universal de vivificar não se refere à salvação da alma, mas à ressurreição do corpo: E então o sentido é este: Que como em Adão, em virtude de seu pecado, todo homem veio a morrer naturalmente; Assim, em Cristo, todos serão vivificados; isto é, pelo poder de Cristo todo homem ressuscitará dos mortos. E se você perguntar como eu faço isso parecer ser a intenção do Texto. Eu respondo: as próprias palavras vão deixar isso claro. Verso 11. É dito: Por um homem veio a morte, também por um homem veio a ressurreição dentre os mortos: isto é, como por aquele homem Adão veio a morte, assim por aquele homem Cristo virá a ressurreição dentre os mortos: pois, como em Adão, todos morreram, etc. de modo que aqui você vê, isso é apresentado como uma prova do versículo 21: Intimando, que este ser vivificado, não tem referência à vida da alma, mas apenas à Ressurreição do corpo; que, assim como Adão, por seu pecado, trouxe a morte a todos os homens, assim Cristo, por seu poder, ressuscitará todos os homens dentre os mortos; cada homem em sua própria ordem. No entanto, se isso for concedido, esse tornar vivo deve ter referência à vida da alma; não suportaria mais senão isto, que todos os que estão condenados estão condenados como nos lombos de Adão; e todos os que são salvos serão salvos como nos lombos de Jesus Cristo. E então não faz nada para provar isso que eles chamam de eleição universal.

Outra Escritura (eles pensam que é inegável) é Rom 11.32. onde está dito: Deus encerrou todos os homens sob desobediência, para que ele pudesse ter misericórdia de todos. Agora dizem eles: Se Deus fizesse um agir para fazer os homens verem sua incredulidade, e por esta ação pretendeu ter misericórdia de todos, então Deus em seu conselho pretendeu salvar a todos.

Agora a isso, para que ele tenha misericórdia de todos; Eu respondo: Esta frase (todos) não deve ser tomada em um sentido ilimitado, que Deus encerrou todos os homens na incredulidade; isto é, Deus fez com que todos os crentes vissem sua própria miséria; para que ele tenha misericórdia de todos os que creem. E se você perguntar como eu provo que este é o significado do Texto, eu respondo: A Escritura deixa isso claro, Gal 3.22: A Escritura encerrou todos os homens sob o pecado. (As próprias palavras citadas anteriormente.) Mas qual é a limitação? Todos os homens serão salvos? Não, para marcar as próximas palavras. A Escritura concluiu que todos os homens estão sob o pecado, para que a fé em Jesus Cristo deve ser dada àqueles que creem. Agora, embora Paulo não diz isso aos Romanos, embora as palavras sejam as mesmas, a Restrição vale em ambos os lugares. Para que fique claro, Para que ele possa salvar a todos, ou tenha misericórdia de todos. Isso não significa tudo universalmente; mas todos, com limitação de Paulo aqui; todos aqueles que acreditam. De novo,

Outra objeção, ou Escritura, que eles abusam é, 1 Tim 2.4: Quem deseja que todos os homens sejam salvos e cheguem ao conhecimento da verdade. Este Texto Orígenes abusa grosseiramente; sustentando, portanto, que é a intenção e vontade de Deus que todos os homens sejam salvos. Agora, para tirar esta objeção; Devemos primeiro distinguir aqui da vontade de Deus e, em seguida, desta palavra: Tudo. Que terá todos os homens para serem salvos.

Primeiro, da vontade de Deus; e os escolásticos dão esta distinção sobre isso. Que existe uma vontade do agrado de Deus; e há uma vontade significante de Deus.

Agora, a vontade do bom prazer de Deus é o verdadeiro propósito de Deus para salvar um homem. E não há homem que neste sentido Deus deseje ser salvo, mas ele deve ser salvo; mas neste sentido Deus não deseja que todos os homens sejam salvos.

Mas, em segundo lugar, existe a vontade significativa de Deus, isto é, por meio das Escrituras, Deus oferece a salvação a todo homem que se apodera de Jesus Cristo: e assim, a vontade signficativa de Deus não exclui ninguém da salvação; mas os ministros, se pregam a dez mil pessoas, devem oferecer a Cristo universalmente a todos, porque não sabem quais deles são eleitos e quais são réprobos; qual deles será salvo, e qual condenado. Esta é a vontade de Deus, e embora Deus por isso lhe diga o que os ministros devem fazer, para oferecer Cristo e salvação a todos; no entanto, isso não significa que a vontade determinante da boa vontade de Deus esteja envolvida nisso, como se todos os homens devessem ser salvos. Perkins em seus escritos tem essa distinção. Que existe a vontade absoluta de Deus, e por isso ele não deseja que todos os homens sejam salvos: e a vontade condicionada de Deus, que caso cada homem cresse, eles deveriam ser salvos; pois Deus não tem inveja da salvação do homem; há graça suficiente em Deus para salvar todos os homens do mundo.

Mas em segundo lugar, pode haver uma resposta mais distinta dada a este lugar. Deus deseja que todos os homens sejam salvos. Tudo, às vezes é tomado em um sentido distributivo, e às vezes em um sentido coletivo. Em um sentido distributivo, para cada homem debaixo do céu; e assim Deus não deseja que todos os homens sejam salvos. Mas em segundo lugar, em um sentido coletivo; para todos os tipos e graus de homens, e assim Deus pretende salvar a todos; isto é, alguns de todos os tipos e de todos os graus de homens no mundo. E isso aparece se você marcar o contexto. Ele deseja que todos os homens sejam salvos, ou seja, alguns de todos os tipos. Alguns reis, alguns grandes homens, alguns ricos e alguns pobres, alguns príncipes e alguns mendigos. E, portanto, o apóstolo os manda orar por todos os homens. Ore, disse ele, para reis e para aqueles em autoridade: porque Deus deseja que todos os homens sejam salvos. Tanto quanto se ele dissesse: orem pelos reis, porque Deus de sua graça pode salvar os reis, bem como os homens mais pobres, que têm menos encargos e menos empregos no mundo, e menos retrações em suas próprias almas, então eles têm que Deus salvará a todos: a salvação virá para todos os tipos de homens e, portanto, você pode orar legalmente por eles. E assim Calvino judiciosamente expõe este lugar; que Deus terá todos os tipos de homens para obter a salvação por Jesus Cristo: mas não deve ser estendido universalmente, como se cada homem e mulher devesse ser salvo.

3. Estas palavras devem ser tomadas com aquelas que seguem depois, Deus deseja que todos os homens sejam salvos e cheguem ao conhecimento da verdade. Agora que Deus deseja salvar aqueles que vêm ao conhecimento da verdade, é inquestionável todos que se arrependem, Atos 17.30. Toda oposição ao tempo do Velho Testamento, Rom 16.25.

Em Ezequiel 18 Deus afirma que não tem prazer na morte do ímpio, antes que ele se converta e viva, mas deixa claro expressamente que se o ímpio não se converter de seu mau caminho, ele não será salvo e morrerá. E com isto em vista que se deve entender os textos anteriores em que se afirma que Deus é o salvador de todos os homens.

Agora, isso é verdade, que a eleição não é universal; mas que alguns homens são eleitos e outros reprovados? Então, para encerrar esta questão em uma curta aplicação; isso deve ensinar a todos vocês, que estão na Terra dos vivos, a não se enganarem; não se acalme dormindo em segurança, pois pode ser, você pode estar no conselho de Deus para a salvação e pode não estar. Talvez você esteja nos pensamentos de Deus para a salvação, talvez você esteja no conselho dele para a condenação; e isso deve colocá-lo no trabalho que meu texto exige de você, para se empenhar em tornar segura sua vocação e eleição.

2. Uma segunda questão é esta: Se alguém que é um homem efetivamente chamado pode cair de sua eleição e vir a ser um homem maldito, ou não? Os religiosos protestantes contra os arminianos e papistas têm tido grandes controvérsias, mas não vou lidar com isso de maneira controversa; Apenas, como é melhor para um púlpito, mostrar a você as Escrituras e razões positivas que podem esclarecer a verdade, e então responderei às objeções mais fortes que eles produzem em contrário.

Se um homem eleito pode cair e depois perecer? A isso eu respondo. Não. Um homem uma vez eleito por Deus nunca pode perecer. E a isso eu darei a Escritura, e razões para pleitear isso. Mt 24.24. Cristo nos fala do erro, que viria tão facilmente, que se fosse possível, enganaria os eleitos. Intimando, que é impossível tanto seduzir os eleitos, a ponto de fazê-los finalmente cair. Então, João 6.37. Tudo o que o Pai me deu virá a mim: isto é, tudo o que Deus, o Pai, decretou salvar por Cristo, virá a Cristo. Verso 39. Esta é a vontade do Pai, que de todos que ele me deu, eu não perca nenhum. Esta é a vontade do Pai e a Comissão a Cristo, a de todos aqueles que por seu decreto que ele tinha dado a Cristo para serem redimidos, ele não deve perder nenhum. E disse Cristo: Eu não perdi nenhum. Então João 10. 27-29.

27 As minhas ovelhas ouvem a minha voz; eu as conheço, e elas me seguem.

28 Eu lhes dou a vida eterna; jamais perecerão, e ninguém as arrebatará da minha mão.

29 Aquilo que meu Pai me deu é maior do que tudo; e da mão do Pai ninguém pode arrebatar.”

Deus, por seu decreto, pretendeu salvar a tantos, e Cristo para vindicar seu Pai, nos diz que tantos quanto Deus o Pai havia decretado para a salvação, nem o homem nem o Diabo deveriam prevalecer para arrancá-los das mãos de seu Pai. Então Rom 11.1. Deus não rejeitou o seu povo que antes conheceu. Isto é, a quem Deus predestinou, ele não rejeita nenhum deles, nenhum deles perecerá. Muitos, muitos outros versículos que eu poderia multiplicar, para mostrar que um homem uma vez eleito, nunca pode perecer; como 2 Tim 2.19; 1 Cor 18.9; 2 Tes 3.3. Mas eu mencionaria as razões e também as Escrituras. E,

Primeiro, se a eleição fosse mutável, então Deus deve ser mutável; que o só pensar, não há nada mais absurdo. Se o decreto de Deus é mutável, a essência e a natureza de Deus também o são; a eleição nada mais é, mas o próprio Deus concentra tudo em Deus. E isso a Escritura nos diz, está longe dele; pois não há variação ou sombra de mudança em Deus. Tg 1.17; Isa 46.10; Mal 3.6.

Em segundo lugar, se os eleitos pudessem perecer, então Jesus Cristo deveria ser muito infiel a seu pai, porque Deus, o pai, deu este encargo a Cristo, que quem quer que ele elegesse, Cristo deveria preservá-los em segurança, para trazê-los ao céu. Agora que isso não deveria ser realizado, Cristo seria infiel a seu pai. João 6.39. E a vontade de quem me enviou é esta: que nenhum eu perca de todos os que me deu; pelo contrário, eu o ressuscitarei no último dia.

Esta é a vontade de Deus, salvar muitos por Cristo. Agora, se isso não fosse consertado, Cristo deve ser infiel à comissão de seu pai.

Em terceiro lugar, se isso for verdade, a corrente de ouro de Paulo deve ser quebrada. Rom 8.30. A quem ele predestinou, a estes ele chamou; a quem ele chamou, a estes justificou; a quem ele justificou, a eles glorificou. Agora, se esta cadeia se romper, aquele a quem ele elege, a quem chama, a quem chama, a eles justifica, e aí cessa (como dizem os Papistas) e o homem será após danado, então as grandes e principais ligações seriam perdidas, que quem ele justifica, ele glorifica, e assim trazer uma obstrução da Escritura assim.

Agora, para responder a alguns textos da Escritura que eles abusam, (que à primeira vista você pensaria ser muito plausível) para manter, que um homem pode ser um homem eleito e trazido a Cristo, mas depois condenado. O primeiro é João 6.70. Não escolhi doze, e um deles é um Diabo? Agora dizem eles, havia doze escolhidos, ou eleitos, e um deles é um diabo, que pereceu; intimando, que os homens podem ser eleitos, mas perecerem por tudo isso. Ao que eu respondo.

Que há uma dupla eleição. Primeiro, uma escolha para algum ofício peculiar. Em segundo lugar, há uma eleição para a graça, vida e glória. Agora, quando Cristo diz: Não escolhi vocês doze? Significa escolhê-los para um ofício, para o lugar de um apóstolo, para serem seus discípulos. Ora, é verdade que um homem pode ser escolhido para algum ofício peculiar na Igreja de Deus e, ainda assim, ser um homem condenado; mas esta frase não tem relação com o decreto de Deus desde a eternidade, apenas com a eleição temporal de doze homens para um Ofício temporal, para o Ofício de um Apóstolo.

Outra Escritura que eles abusam é: Êxodo. 32.32. Foi a oração de Moisés: Se tu não (disse Moisés a Deus) perdoares seus pecados, então apaga meu nome do livro da vida. Agora, dizem eles, o livro da vida é a eleição de Deus: e aqui Moisés orou, para que Deus apagasse seu nome do livro da vida. Intimando, dizem eles, que um homem pode ser eleito e escrito naquele livro, e ainda depois apagado e perecer.

Ao que eu respondo. Que esta oração de Moisés é apenas um desejo ou suposição, como Paulo fez, quando ele desejou ser amaldiçoado por Cristo, por seus parentes na carne. Ora, um homem pode supor montanhas de ouro e supor coisas que nunca existiram, nem nunca existirão: suposições simples não colocam nada em existência; então aqui, que Moisés faz uma suposição em uma oração patética, isso de maneira alguma

Ainda, eles objetam isso em Salmos 69.28. diz-se: sejam apagados do livro da vida. Agora, dizem eles: Essa é a eleição de Deus, e ser apagado implica que um homem pode ser eleito e, ainda assim, perecer.

A isso eu respondo, como anteriormente, que o livro da vida naquele lugar não tem referência ao decreto da Eleição de Deus, mas apenas ao seu livro da providência, que Deus não protegeria os homens ímpios, como faz com seu próprio povo, a título de prova. E outras frases nas Escrituras favorecem um pouco essa interpretação. Como Ez 13.9. Eles não devem ser escritos nos escritos da casa de Israel. O que é isso? isto é, que não mais sejam considerados israelitas, nem inscritos entre o povo. E Ainsworth, eu me lembro, compara o Salmo. 69.19 com este lugar em Ez 13.9, e ele faz com que o sentido seja um e o mesmo; que ser apagado do livro da vida nada mais é do que estar fora da proteção de Deus; ser apagado do catálogo dos vivos, e ter a vida em perigo de ser levado à morte. E este desejo Davi desejou para aqueles homens perversos.

Mas então eles se opõem mais a Apoc 22.19. Se alguém tirar as palavras deste livro, Deus tirará sua parte no livro da vida. Aqui, dizem eles, por livro da vida significa inquestionavelmente o decreto de Deus; e a Escritura diz: Os que tiram qualquer coisa deste livro, Deus o apagará do livro da vida e, sem dúvida, o condenará.

Ao que eu respondo. Confesso neste lugar que o livro da vida é levado por decreto de Deus; e pode-se dizer que um homem foi riscado deste livro, e ainda assim não se segue esse caminho, que um homem eleito pode ser condenado. E aqui, deixe-me dar-lhe as palavras de Agostinho sobre o lugar, que é uma resposta muito clara e satisfatória. Que um homem pode ser riscado do livro da vida em dois aspectos: Primeiro, é equivalente a esta frase, que este nome nunca será escrito no livro da Vida. E você costuma encontrar essas frases nas Escrituras. Como é dito em Mateus: Aquele que pratica maldade a si mesmo e ensina os homens a fazê-lo, será o menor no Reino dos Céus. Intimando, não como se ele devesse ir para o céu, mas que ele não deveria ir lá de forma alguma. Estar pelo menos lá é nunca estar lá. Então aqui, ser apagado é equivalente a isso, que eles nunca estiveram dentro.

Em segundo lugar, pode-se dizer que o nome de um homem foi apagado do livro da vida, não como se estivesse ali de fato e de verdade, mas em sua própria opinião; eles pensaram que foram eleitos, e pensaram que seus nomes estavam escritos ali, eles tinham fortes conceitos disso; e embora agora estejam iludidos e perdidos, Deus os fará saber um dia, quando estiverem no inferno, que seus nomes foram riscados do livro da vida, ou seja, não foram considerados dignos para serem registrados nele. De novo,

Outra passagem da qual eles abusam é, 1 Coríntios 10.12. Aquele que pensa que está de pé, tome cuidado para que não caia. Agora, dizem eles, se não fosse possível que um homem eleito caísse, e finalmente caísse, para que fim é essa cautela do Apóstolo? Seria uma cautela desnecessária, se não fosse possível cair.

Ao que respondo duas coisas. Em primeiro lugar, o apóstolo não diz: Aquele que está de pé, preste atenção à queda, etc. mas o apóstolo disse: Aquele que pensa que permanece em pé, cuide-se para que não caia. Intimando, que os homens que se julgam eleitos e se acham em boas condições, devem tomar cuidado, para que não desapareçam por toda a eternidade.

Em segundo lugar, tome cuidado para que eles não caiam. Esta queda aqui não significa uma queda final da graça, e uma queda no inferno, e perecimento; mas a queda aqui é somente a queda em pecado, e assim um eleito deve vigiar. Um homem eleito, embora permaneça firme no decreto de Deus, deve tomar cuidado todos os dias de sua vida, para que não caia no pecado. E se você me pergunta, como faço isso, eu respondo, a partir do contexto. Esta é uma conclusão, ou advertência que o apóstolo dá sobre a enumeração de vários exemplos do povo de Deus, que em épocas anteriores pecou contra Deus. Como alguns que tentaram a Cristo, e caíram num dia 23.000. Outros que caíram em fornicação, e incitou-o no deserto. Com tantos pecados contados, e a soma de tudo é que, vendo que aqueles que eram o povo de Deus, caíram no pecado e foram punidos, portanto, você que pensa que está de pé e pensa que é eleito, deve tomar cuidado para não cair em pecado, como eles fizeram. E assim resolvi esta segunda questão.

Em terceiro lugar: Se Deus elege algum homem para a vida e salvação com base na previsão de sua fé ou boas obras? Prevendo que este homem vai acreditar, portanto eu o elejo para a salvação; e o outro homem não vai acreditar, portanto, eu o elejo à condenação. Se, eu digo, Deus em seu decreto eterno leva algum homem à vida com base na previsão das obras. Aqui, os papistas e os arminianos se divertem juntos em manter isso. A razão, dizem eles, pela qual Deus elege alguns, e não outros, é porque Deus previu desde a eternidade que aquele homem seria santo e acreditaria em Cristo e, portanto, Deus o elegeu para a salvação. Essas são as imputações difíceis que eles atribuem a Deus.

E na resolução disso, vou respondê-la na Negativa. Que Deus, ao eleger certo número de homens para a vida e salvação, não o fez com base na previsão de quaisquer boas obras que viu neles; seja fé, arrependimento, santificação ou qualquer outra graça. Na verdade, é verdade, os papistas muitos deles não dizem grosseiramente que foi a previsão das boas obras em geral, mas a previsão da fé apenas, e assim os arminianos.

Mas agora, para derrubar este parecer infundado: Primeiro, eu fixarei Escrituras para confirmar isso, que Deus na eleição de homens para a salvação: Porventura não o faz sobre a previsão de boas obras, e depois se deitou razões; e depois disso tirarei as objeções que parecem obscurecer esta verdade.

Primeiro, para as Escrituras que confirmam isso, temos Rom 11.5. Ele salvou um remanescente de acordo com a eleição da graça. Intimando, que o remanescente que é salvo, é unicamente da graça, não das obras previstas. Então, Ef 1.5, 11. Ele nos elegeu de acordo com o beneplácito de sua boa vontade.

Da mesma forma, Rom. 2.11: Para que a eleição de Deus permaneça, não de acordo com nossas obras, mas de acordo com o beneplácito daquele que nos chamou. Portanto, 2 Tim 1.9: Não de obras, mas de acordo com seu próprio propósito e graça. Em sua boa vontade e em sua boa vontade para com a humanidade, nesse fundamento a eleição permanece.

Mas agora, para acrescentar algumas razões pelas quais não pode ser que Deus deva determinar em seu próprio conselho, salvar o homem com a previsão de suas obras. Vou citar quatro ou cinco.

Em primeiro lugar, porque os privilégios que Deus concede ao seu povo, como vocação e justificação, não são pelas suas boas obras (embora estejam em existência), portanto, muito menos é a eleição pelas boas obras apenas prevista. Em primeiro lugar, para a vocação, 2 Tim 1.19: Somos chamados, não de acordo com nossas próprias obras, mas de acordo com o propósito de sua própria graça. E então, para a justificação, não somos justificados pelas obras também. Rom 3.24: Somos justificados gratuitamente por sua graça, pois pelas obras da lei nenhuma carne será justificada. Ora, se vocação e justificação não são pelas obras, muito menos é a eleição pelas obras, e pelas obras previstas, não estando de fato em nós.

Em segundo lugar, porque então se seguiria que crianças morrendo na infância não poderiam ser eleitas; pois a criança estando no ventre da mãe, se ela tem vida, ela tem uma alma e, portanto, deve ser salva ou condenada. Mas um feto, enquanto está no útero, nem age bem nem mal. Agora, se Deus elegeu pessoas para a vida com base na previsão das obras, então crianças morrendo no útero não poderiam ser eleitas; porque não há obras que Deus pudesse prever nelas. E essa seria uma doutrina muito desconfortável para os pais que têm filhos morrendo cedo.

Em terceiro lugar, então o homem teria algo de que se gabar diante de seu Deus, como se pudesse reivindicar a salvação dele. Se Deus fosse obrigado a escolher os homens para a salvação com base na previsão de boas obras, então o homem poderia dizer: Não agradeço a Deus, mas agradeço à minha fé e agradeço às minhas boas obras, pois foram esses os motivos pelos quais ele me escolheu para se gloriar; e assim o pobre homem se gabaria de seu Criador.

Em quarto lugar, porque Deus elegeu o pior dos homens; quando outros que têm mais valor natural e bondade são rejeitados, 1 Cor 1.27, 28: Deus escolheu as coisas loucas do mundo para confundir os sábios, e Deus escolheu as coisas fracas do mundo, etc. e as coisas vis do mundo, e as coisas que são desprezadas, Deus escolheu, etc. E Mt 11.25: Agradeço-te, ó Pai, por teres ocultado estas coisas dos sábios e prudentes e as revelado aos pequeninos. Aqueles que tinham a maior sabedoria mundana, e habilidades naturais, que mais se destacavam na rigidez exterior e nas virtudes morais, são rejeitados, quando aqueles que são apenas bebês no entendimento, que muitas vezes são os piores por sua moralidade, são eleitos; o que é uma demonstração clara de que a eleição não se baseia na fé, nem nas obras previstas; pois então o melhor seria escolhido antes do resto.

Em quinto lugar, nossas obras não têm proporção com o que Deus nos elegeu; somos eleitos para eterna glória, mas nossas obras são finitas, imperfeitas, não mais que nossa obrigação, sim não feitas por nossa própria força, mas pelo poder da graça de Deus, e portanto não pode ser o que move a Deus para nos eleger.

Existem algumas objeções agora que se encontram no caminho que devem ser removidas.

Deus, dizem eles, elege os homens com base na previsão de suas boas obras; e eles citam quatro passagens bíblicas para provar isso. Tg 2.2: Não tem Deus chamado aos pobres deste mundo para serem ricos na fé? Agora, dizem, sua colocação para fora de suas propriedades para bons usos, e assim tornar-se pobre, que é a razão pela qual Deus os escolheu, e negligencia homens mais ricos.

Ao que eu respondo. Esse pobre aqui é apenas mencionado, como a qualidade das pessoas que são escolhidas, não como a causa pela qual foram escolhidas. E esta resposta o Sr. Perkins dá: que a pobreza não é a causa, mas a descrição das pessoas que são escolhidas, que o decreto de eleição de Deus geralmente ocorre entre os tipos de homens mais pobres, para promover sua própria graça; esse homem não dirá: a eleição se inicia sobre as obras: porque, se a pobreza fosse a causa de sua eleição, então todos os pobres deveriam ser eleitos, o que é falso. Mais uma vez, eles objetam, com 2 Tes 2.13: Deus desde o princípio nos escolheu para a salvação, por meio da santificação do Espírito e da fé na verdade. Agora dizem que, santificação e fé é como o canal, através do qual a eleição deve correr, e, portanto, que é a causa ou motivo por que Deus nos elegeu. A isso nós respondemos.

Que é verdade, Deus elege os homens por meio da santificação e da fé, como o fim que Deus visa nas pessoas eleitas, não como o motivo pelo qual ele os elege. E essa resposta que Rivet dá. Todos os homens eleitos serão santificados e todos os homens eleitos acreditarão; embora não seja por essa santificação e crença que eles são eleitos. Não, é pela graça, e pela graça eles são escolhidos. Esta distinção a Escritura dá, 1 Pe 1.2: “eleitos, segundo a presciência de Deus Pai, em santificação do Espírito, para a obediência e a aspersão do sangue de Jesus Cristo...”

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

A Garantia de Nossa Vocação e Eleição – Parte 15

Por Christopher Love

Por isso, irmãos, procurai, com diligência cada vez maior, confirmar a vossa vocação e eleição; porquanto, procedendo assim, não tropeçareis em tempo algum.” (2 Pe 1.10)

A última Conclusão ou Doutrina tirada dessas palavras é isso, que os cristãos devem ter uma grande diligência para confirmarem que suas almas são eternamente eleitas por Deus para a vida e glória. No processo do qual, despachei várias perguntas. Devo agora prosseguir no despacho do que ainda resta a ser falado a respeito deste assunto. Segue-se uma quarta pergunta:

Se o decreto de Eleição, ou o propósito de Deus de ter uma companhia de homens, sendo desde a eternidade, e sendo imutável, não dá isso para o homem ficar seguro e despreocupado no uso dos meios da graça, para que eles não se preocupem em obter graça e obter o céu, enquanto estão no mundo? Este é um ponto muito útil para insistir, visto que os arminianos nos acusam disso, que se fizermos a eleição sem respeito à previsão de Deus das obras nos homens, então isso abrirá uma lacuna para que os homens vivam como desejarem; que dizem: Se Deus determinou que eles serão salvos, eles serão salvos; se eles serão condenados, serão condenados, sejam eles santos ou profanos; se Deus os elegeu para a vida, eles serão salvos, deixe-os viver como eles desejarem. Assim, os Arminianos afirmam. Esta é, portanto, a questão: se esta doutrina da eleição administra alguma razão para que tal objeção esteja nas mentes dos homens?

Para responder a isso, primeiro estabelecerei esta conclusão geral, que o decreto, ou o propósito de Deus sobre a eleição do homem para a vida e salvação, de maneira alguma administra qualquer base justa aos homens, para fazê-los viver como eles quiserem, e para fazê-los negligenciar os meios de graça e salvação. No clarear os quais quais, eu devo estabelecer três elementos, para satisfazê-lo sobre este assunto. Como,

Primeiro, que o decreto de Deus sobre questões civis e temporais, de maneira alguma encoraja os homens a negligenciarem o uso dos meios de graça e viver a consideração do cumprimento de seu decreto; e, portanto, não é assim no espiritual. Como agora, por exemplo: Deus determinou desde toda a eternidade quanto tempo cada um de nós viverá no mundo; nossos dias estão entorpecidos em seu conselho. Agora, embora Deus tenha determinado quanto tempo viveremos, isso de jeito nenhum nos encoraja a dizer, portanto, eu nunca vou colocar um trapo de manto para me cobrir no inverno, e nunca vou colocar um bocado de alimento na minha boca; pois Deus determinou por quanto tempo viverei e, portanto, se comerei ou não, até então não morrerei. Novamente, Deus determinou desde toda a eternidade, com relação a cada um de nós, se seremos pobres ou ricos neste mundo e, portanto, para tirar esta conclusão, que não importa se eu sou trabalhador em seguir minha vocação e cuidar de meu comércio, ou se eu gasto meus bens em tumultos e embriaguez; Deus tem determinado se eu serei rico ou pobre; se ele decretou que serei pobre, serei pobre; ou que serei rico, serei rico, deixe-me viver como quiser: este raciocínio é muito tolo nas coisas temporais, portanto muito mais nas espirituais. Deus determinou desde toda a eternidade que você será salvo ou condenado, e o decreto de Deus não pode ser alterado; mas agora, para tirar daí, que não importa como eu vivo, se em tempos de santidade, ou em tempos de pecado, esta é uma interpretação abusiva do decreto de Deus. Porque, como Dr. Preston diz, se um homem não usa aqueles meios que podem evidenciar para sua alma que ele foi eleito, é um argumento que ele não foi eleito. Se disseres, se Deus determinou, ele me salvará, quer eu seja santo ou profano, e, portanto, nunca ouvirei sermões, nunca orarei em minha família, nunca usarei deveres sagrados; diz Preston, se você negligenciar esses meios, é um argumento que você não foi eleito; porque, como Deus te elegeu para o fim, ele também te ordenou para usar os meios.

Em segundo lugar, para você que faz este fundamento, eu diria o seguinte: Que naquele exato instante em que Deus decretou ou determinou trazer um homem para a vida, nesse mesmo instante Deus declarou que aquele homem seria santificado antes de morrer; ele deve usar todos os meios sagrados e santificados que conduzam à sua salvação. Rom 8.29. A quem predestinou também a estes chamou para serem conformes à imagem de seu Filho. Deus Pai, naquele mesmo decreto no qual ele ordenou um homem à vida, constituiu que esse homem eleito deve viver conforme Jesus Cristo. Ef 1.4: Ele nos elegeu em Cristo, antes da fundação do mundo, e que devemos ser santos e inculpáveis diante dele em amor. Deus decretou que nossas vidas deveriam ser santas; ele ordena a santidade como o meio, assim como o céu como o fim. Então, Ef 2.10. Deus nos criou em Cristo Jesus para as boas obras, que antes ele ordenou, para que andássemos nelas. 2 Ts 2.13. Deus, antes que o mundo existisse, nesse mesmo instante em que ele ordenou, e escolheu homens para a vida, também ordenou, que os homens devem viver uma vida santa e sem culpa aqui na Terra. Agora então, para os homens fazerem esta objeção, que ver que Deus decretou aos homens a vida, portanto os homens podem viver como eles quiserem, é um absurdo: pois se os homens vivem como eles desejam, é um argumento que Deus não os decretou para a vida, porque Deus, ao decretar aos homens a vida e a salvação, decretou que eles deveriam seguir um curso de santificação e uma vida santa neste mundo.

Em terceiro lugar, suponha que isso deva ser dado como certo, que Deus decretou condenar-te; que Deus, em seu propósito, determinou que ele não nos salvaria; no entanto, Deus, como Criador, merece teu serviço. Deus, como Criador, pode reivindicar seus deveres. Embora Deus deva nos condenar, ainda assim, Ele nos fez, merece obediência e merece deveres de gratidão de nossa parte.

Adão, embora ele nunca devesse vir ao céu, sendo inocente, mas sendo feito e criado por Deus, estava empenhado em viver uma vida santa. E assim é com cada homem vivo, pois somos criaturas, e temos um ser de Deus, e o conforto desta vida de Deus, tudo isso nos obriga a um curso de obediência e viver justos para com Deus, embora ele deva nos lançar no inferno, quando terminarmos. E muito mais para resolver a quarta questão, que o decreto de Deus sobre a eleição do homem para a vida, de maneira alguma encoraja os homens a viverem como eles quiserem, com base nos fundamentos mencionados. Agora passo para a quinta questão.

Quais tentações o diabo sugere na mente dos homens piedosos, para fazê-los duvidar de si mesmos, que eles não são eleitos por Deus, quando na verdade são, para fazê-los pensar que são prata reprovada, quando são vasos de honra, para uso de seu Mestre? Felizmente, posso falar com alguns, cujos espíritos estão perplexos neste caso. E a resposta a isto, reduzirei a três cabeças e, ao colocá-las de lado, trabalhe para tirá-las, para que não sejam motivo justificável para fazer você duvidar de sua eleição.

Primeiro, o diabo tenta um homem piedoso com isso, que com certeza você não pode ser eleito, porque antes de sua chamada você era tão pecaminoso e profano em sua vida; tão excessivamente profano, vil, de fígado perverso, que certamente (o diabo dirá) como você não poderia cair na esfera do propósito de Deus de salvar.

Em segundo lugar, o diabo lhe dirá que certamente você não pode ser eleito para a vida, porque depois de ser chamado a Jesus Cristo, você caiu em crimes e pecados escandalosos.

 

E em terceiro lugar, porque Deus persegue continuamente seu povo com grandes aflições externas; daí o diabo dirá que você não é o escolhido e amado de Deus. Essas três grandes tentações muitas vezes se apega a dez consciências, apenas para criar um mundo de dúvidas e perplexidades nos vasos de misericórdia escolhidos. Eu começo com o primeiro.

Em primeiro lugar, o diabo os tenta, para que, com certeza, vocês não sejam eleitos, porque suas vidas eram extremamente profanas, e vocês eram tão abomináveis, antes de assumirem a profissão de Jesus Cristo, o diabo está diante de muitas pobres almas para tropeçar.

Para satisfazê-lo nisto, portanto, apresentarei quatro particularidades como forma de resposta.

Primeiro, muitos dos servos de Deus antes de seu chamado, foram muito obscenos, perversos, notórios profanos, e ainda assim estiveram na esfera da eleição de Deus para a vida e glória. Lance seus olhos sobre Paulo, e lá você encontrará o que ele era antes de seu chamado. Ele mesmo diz a você, eu era um blasfemador, (um pecado horrível) eu era um perseguidor, eu era injurioso para a Igreja de Deus. Arrastei homens para a prisão por professarem o nome de Jesus. (Esses são grandes pecados). Além disso, diz ele, eu estava extremamente louco contra a Igreja de Deus. Um homem enfurecido de malícia contra o povo de Deus. Agora, o que poderia ser mais vil do que isso? E ainda assim você encontrará este homem, um vaso escolhido de misericórdia. E você deve encontrar, Deus para fortalecer a confiança dos homens em sua eleição, colocando um homem escandaloso e eleição juntos, para fazer os homens verem que uma vida escandalosa antes da conversão não prejudica a eleição de um homem. Atos 9.13, 14: E Ananias disse: Senhor, muito ouvimos sobre este homem (falando de Paulo) quanto mal ele fez aos santos em Jerusalém. Temos ouvido por muitos que homem mau é, e que ele tem autorização dos Sacerdotes para prender todos os que invocam o teu nome; e que este homem o fez, executando sua comissão; aqui estava um fígado mau; mas agora observe o que o Senhor diz: Vai, porque ele é um vaso escolhido para mim. Aqui você vê que Ananias expõe sua ofensa e sua maldade diante de si; e ainda assim, vai , diz Deus: vai, porque ele é um vaso escolhido para mim. Exemplos semelhantes que temos em Manassés e Maria Madalena. Esta é, portanto, minha primeira resposta, que muitos dos servos de Deus foram homens de vidas muito enfermas e notórias, antes da conversão, e ainda assim eles estiveram dentro da esfera da eleição de Deus para a salvação:

Em segundo lugar, embora os homens tenham sido notoriamente ímpios em suas vidas antes do chamado, ainda se esta notória maldade colocar qualquer compromisso sobre eles, para fazê-los trabalhar para serem mais eminentes na graça após o chamado; isso é antes um sinal de eleição, do que de reprovação. É observável em Paulo, que ele era um homem perverso notório antes de sua chamada; mas agora isso ultrapassando a maldade de seu chamado anterior, o comprometeu a trabalhar para exceder todos os outros em bondade depois que ele foi convertido; e quanto mais mau ele foi antes, mais ele trabalha para ser santo depois. Ao trabalhar antes para levar homens à prisão por professarem Jesus Cristo, ele agora é tão zeloso em atrair homens a Jesus Cristo após seu chamado; ele era muito trabalhador para fazer o mal antes de seu chamado, e isso o fez depois de seu chamado, como ele mesmo diz: Eu estava em trabalhos mais abundantes do que todos eles. E então Maria Madalena, que antes de seu chamado era uma mulher vil, que era uma prostituta comum; uma mulher de quem Jesus Cristo expulsou sete demônios; e, no entanto, esta mulher, após seu chamado, ela se esforçou para ser mais eminente na tristeza segundo Deus, do que qualquer mulher antes ou depois; ela lavou os pés de Cristo com suas lágrimas e os enxugou com os cabelos de sua cabeça. Do tipo que você não leu sobre nenhuma mulher nas Escrituras. E isso era um sinal muito bom; quando sua notoriedade em caminhos de pecado antes de invocar, colocará tal compromisso sobre você para se tornar mais eminente na graça depois de invocar; este é um encorajamento muito bom ou evidência de que você está dentro da esfera da eleição de Deus; e, portanto, você não tem motivo para ficar desanimado. Suponha que antes que a palavra se apoderasse de sua consciência, você fosse culpado de pecados imundos, e não merecesse ser mencionado na congregação; se vocês honrarem mais a Deus e louvarem a Deus agora, e caminharem mais humildemente, e trabalharem para exortarem uns aos outros na graça agora, como fizeram no pecado no passado. Este é um grande sinal de que você está na esfera dos Eleitos de Deus.

Em terceiro lugar, vocês que têm sido escandalosos em suas vidas antes de clamarem, para seu conforto, saibam que Deus em seu conselho eterno comumente torna o profano e o perverso e o pior dos homens, os objetos de sua eleição, ao invés de homens honestos, em vez de homens que têm uma conduta honesta e civilizada e moral aqui neste mundo. E o Senhor o faz nesta base, ainda mais para magnificar a liberdade e as riquezas de sua própria graça em eleger homens para a vida. Pois, se Deus apenas escolhesse homens honestos moderados e civilizados no mundo, os homens estariam aptos a pensar que é a moralidade e a civilidade do homem, que foi o motivo que levou Deus a elegê-los; e, portanto, Deus, para derrubar esses pensamentos, ele deixa que a eleição corra entre os homens que têm sido notoriamente grosseiros e pecaminosos em suas vidas. Manassés um homem sanguinário notório, ainda cai dentro da esfera da eleição de Deus, quando muitos homens públicos são deixados de fora. Maria Madalena, uma meretriz comum, mas escolhida, quando muitas mulheres modestas e castas foram lançadas no inferno. Mt 21.31, 32.

Em quarto lugar, que não importa o que você era antes de sua chamada, se você é um arrependido e povo santo depois; seus abortos anteriores de maneira alguma prejudicarão sua futura bem-aventurança, 1 Cor 6.9-11: Aqui você vê um catálogo de males vis amontoados, e tais foram alguns de vós; mas agora estais lavados, santificados, etc. De forma que não importa o que você era antes da conversão, embora culpado de grandes pecados, você agora é um povo reformado, agora um povo santificado. Tito 3.3-7:

3 Pois nós também, outrora, éramos néscios, desobedientes, desgarrados, escravos de toda sorte de paixões e prazeres, vivendo em malícia e inveja, odiosos e odiando-nos uns aos outros.

4 Quando, porém, se manifestou a benignidade de Deus, nosso Salvador, e o seu amor para com todos,

5 não por obras de justiça praticadas por nós, mas segundo sua misericórdia, ele nos salvou mediante o lavar regenerador e renovador do Espírito Santo,

6 que ele derramou sobre nós ricamente, por meio de Jesus Cristo, nosso Salvador,

7 a fim de que, justificados por graça, nos tornemos seus herdeiros, segundo a esperança da vida eterna.”

Você era assim, mas depois que a bondade e o amor de Deus apareceram para você, depois que eles se converteram, não o eram. Para que esses quatro elementos claramente tirem esta objeção, que não importa o que você era antes da conversão, se você agora é um povo arrependido, e lamenta seus males e reforma seus hábitos, sua vida anterior mal conduzida não será um obstáculo em tudo para a sua eleição. Na verdade, devo dizer que você que tem sido mais notório no pecado, Deus espera isso em suas mãos, que você seja mais eminente na graça, mais profundamente na humilhação, mais eminente na tristeza divina, embora seus males anteriores não prejudiquem sua eleição.

 

Em segundo lugar, se o diabo não pode fixar esta em cima de você, ele vai vir em cima de você com esta acusação, que. sua queda frequente em enormidades escandalosas e sujas, e grosseiras, depois que você assumiu a profissão de Jesus Cristo. E o diabo estará perto disso: felizmente, o pecado antes da conversão não era tão grande; mas agora, desde que você seguiu os sermões, e desde que professou Jesus Cristo, desde então você caiu em pecados grosseiros e escandalosos, e certamente isso é inconsistente com a graça, e não pode ser uma pessoa dentro da esfera da eleição de Deus.

E eu confesso que isso é triste e perigoso; todavia, estabelecerei três coisas para te sustentar, para que ainda assim, possas estar dentro da esfera da eleição de Deus. Como,

Primeiro, que várias pessoas que estavam na esfera da eleição de Deus, caíram em pecados grosseiros após seu chamado. Ló, depois de ser chamado, tornou-se incestuoso e caiu na embriaguez; Davi, depois de ser chamado, caiu em adultério; Pedro, depois de ser chamado, negou Jesus Cristo. Sim, você leu sobre Salomão, 1 Reis 11.9. Que seu coração estava separado do Senhor, depois que o Senhor se revelou a ele duas vezes. Depois que Deus se revelou a Salomão e o converteu; depois desse tempo, ele fez o mal contra seu Deus. Não, você lê mais: As esposas de Salomão afastaram seu coração do Senhor, embora ele fosse o amado de seu Deus. Embora ele fosse amado por Deus e eleito por ele, suas esposas afastaram seu coração do Senhor. As frases semelhantes você tem em Num 14.23: Depois de todos esses trabalhos, que fiz entre eles, e os milagres que eu lhes mostrei no Egito, e no deserto, eles me provocaram, diz o Senhor, essas dez vezes. Depois de serem do Senhor por aliança e depois de serem um povo libertado; depois disso, eles o provocaram muitas vezes, pecando contra ele, e ainda assim vários deles eram vasos eleitos de misericórdia. De modo que, eu digo, muitos dos servos de Deus após seu chamado, caíram em pecados escandalosos e, ainda assim, estiveram na esfera da eleição de Deus.

Em segundo lugar, se você cair em pecados grosseiros e escandalosos, não tem esses quatro ingredientes pecaminosos, sua queda no pecado após o chamado, pode ser consistente com a eleição. Primeiro, se você não cair no pecado voluntariamente. Em segundo lugar, se você não cai no mesmo pecado com frequência. Em terceiro lugar, se você não cair no pecado com complacência. E em quarto lugar, se você não mentir sob sua queda impenitentemente. Se esses ingredientes forem misturados com seu pecado após sua chamada, eles são inconsistentes com a eleição.

Primeiro, se você cair no pecado voluntariamente, você se precipitará no pecado, como um cavalo na batalha.

Em segundo lugar, se você comete o mesmo pecado com frequência, isso é perigoso. É verdade que Pedro negou a Cristo, mas foi apenas em um ataque de tentação. Davi caiu em adultério, mas nunca foi senão uma vez; Ló era culpado de embriaguez, mas apenas em um ataque: Para os Servos de Deus, embora eles caiam, eles não caem frequentemente no mesmo pecado, se grosseiro e escandaloso.

Em terceiro lugar, se você cair no pecado com complacência, terá prazer nos males em que cai; se você fizer como Jó disse, chafurde o pecado debaixo de sua língua, contando com isso doce e delicioso para você.

E, por último, se tudo isso se regozijar com impenitência, por não ter um coração para se arrepender dos males em que cai, o Senhor tenha misericórdia de você; com certeza, se você cair em pecado com esses ingredientes, você não estará contido na esfera da misericórdia de Deus para salvar. Mas agora, embora você caia no pecado, se não for voluntário, mas pela força da tentação: se não for com complacência, mas com uma aversão aos pecados em que você cai; e tão logo você caia, e veja seus pecados, você se arrepende e se levanta novamente, embora você caia dessa forma, não haverá prejuízo para sua eleição.

Em terceiro lugar, cair no pecado após o chamado e a profissão feita por Jesus Cristo, pode ser consistente com a Eleição nestes quatro casos.

Primeiro, se os pecados em que você cai forem claramente discernidos. Em segundo lugar, se forem Sinceramente, se forem sensatamente lamentados. Em terceiro lugar, se houver forte resistência a eles; e por último, se eles trabalham diariamente e recebem oração.

Embora você caia no pecado, ainda assim, nesses casos, o pecado não será condenatório para você, ou um impedimento para sua eleição. E assim fiz com o segundo caso de consciência. Apenas deixe-me exortar uma coisa antes de deixá-lo, (pois eu não quero que você faça desta Doutrina uma Doutrina de liberdade; mas eu gostaria que você guardasse isso a sério) que se algum de vocês cair terrivelmente após a conversão, acredite, Deus vai torná-lo inteligente para isso, embora não no inferno, mas você terá um inferno em sua consciência, você terá as próprias antecipações do inferno, uma consciência ferida, e Deus esperará humilhação profunda e grande arrependimento, se você pecar após a profissão feita por Jesus Cristo. Pode ter essa influência sobre você, como sobre Davi, que clamou: Não tenho sossego em meus ossos, por causa do meu pecado. Deus não lhe dará descanso durante a noite nem de dia por causa do pecado, se você correr atrás dele após a profissão de Jesus Cristo.

Em terceiro lugar, os homens duvidam de sua eleição, porque Deus os purifica com aflições contínuas e aplica os golpes contínuos de sua forte ira sobre eles; e isso faz com que muitos homens piedosos pensem que não estão entre os eleitos de Deus. Ao que responderei brevemente.

Que isso nada mais é do que uma tentação, e não uma verdade; e foi a mesma polêmica que os amigos de Jó tiveram com ele; eles firmariam isso em Jó, que ele era um Reprovado e um Hipócrita, porque Deus assim o afligia: mas Jó manteve sua sinceridade, e mostra seus fundamentos, que Deus era seu amigo, e que ele não o rejeitou, embora ele o afligisse. Mas para falar mais particularmente.

Primeiro, nenhum homem pode infalivelmente e certamente julgar os propósitos de Deus sobre a eleição ou reprovação do homem, por qualquer das dispensações de Deus em relação a seus corpos nas coisas desta vida. Ec 9.1, 2. Nenhum homem conhece o amor ou o ódio por qualquer coisa que está diante dele. Todas as coisas são iguais para todos. O mesmo acontecimento para aquele que teme a Deus, e para aquele que não o teme, para aquele que jura e para aquele que teme o juramento.

Em segundo lugar, as aflições de Deus estão tão longe de serem motivos, ou evidências de que um homem não é eleito, que em alguns casos podem provar evidências de que são os próprios eleitos de Deus. Heb 12.6, 7. Ele corrige a todo filho que recebe; eles são bastardos, e não filhos, a quem ele não corrige. Como a quantos eu amo, eu repreendo e castigo, sê pois zeloso e arrepende-te. Apo 3.19. Em alguns casos, as aflições de Deus são antes sinais de amor de Deus, então o contrário. Como agora, no caso de as aflições serem um estímulo para você, para fazer você acelerar seu passo no caminho do céu. No caso de suas aflições serem como tesouras de poda para você, para cortar os ramos exuberantes e obras de pecado no coração. Caso a aflição seja para você uma cerca para mantê-lo dentro e para fazer você andar em íntima comunhão com Deus, e não se desviar dele. Caso a aflição seja como um arquivo para você, para limpar aquela ferrugem que se agarra à sua natureza. No caso de a aflição provar ser uma fornalha para refinar você daquela corrupção que se mistura com seus serviços. Nestes casos, as aflições estão tão longe de serem motivos para duvidar de sua Eleição, que antes podem dar-lhe evidências, que você é o próprio eleito de Deus.

Em terceiro lugar, que Deus em sua sabedoria, muitas vezes expõe seu próprio povo a maiores problemas nesta vida, então ele permite que os homens ímpios e réprobos sofram. Deus não dará a reprovados seu inferno aqui, para que ele possa dar-lhes o inferno depois. Deus não dará aos eleitos o céu aqui, para tornar o céu mais desejável para eles enquanto viverem aqui; e mais bem-vindos quando eles vierem lá. É o prazer de Deus nas dispensações de sua providência entre os homens, permitir que seu próprio povo se deite sob mais dores exteriores, então os homens ímpios o farão, Salmos 73.5. Seus olhos transbordam de gordura; eles não são perturbados como os outros homens, nem são atormentados como os outros homens. O Senhor em suas dispensações trata os homens iníquos de maneira que eles não sejam atormentados, não sejam perturbados como os homens piedosos estão neste mundo. E, portanto, certamente aflição não é argumento do desagrado de Deus, ou de elas não estarem dentro do propósito de Deus de lhes fazer o bem.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

A Garantia de Nossa Vocação e Eleição – Parte 16

Por Christopher Love

Por isso, irmãos, procurai, com diligência cada vez maior, confirmar a vossa vocação e eleição; porquanto, procedendo assim, não tropeçareis em tempo algum.” (2 Pe 1.10)

A Doutrina em que ainda estou aprendendo é esta: Que os cristãos devem fazer muita diligência para garantir à sua alma que são eternamente chamados por Deus para a vida e a salvação. No julgamento dessa Doutrina, examinei vários detalhes; e tenho agora apenas uma Questão a mais para satisfazer sobre a Eleição, e então para ganhar esta Doutrina, ao estabelecer algumas proposições explicativas, muito adequadas para ilustrar esta Doutrina da Eleição. E a Questão a ser resolvida é esta.

Quais são as ilusões do Diabo por meio das quais ele nutre as persuasões presunçosas na mente dos homens, de que são eleitos por Deus, quando não o são? E para responder a isso, vou reduzir tudo o que tenho a dizer sob esses três títulos.

Primeiro: O Diabo convence os homens ímpios de que eles são eleitos nesta base: Porque eles não irrompem em tais enormidades grosseiras e escandalosas em suas vidas, como muitos homens que vivem ao redor deles fazem: e, portanto, o Diabo os confunde nisso: Certamente, se você não fosse eleito, você seria tão ruim quanto qualquer um, e tão vil e exorbitante quanto qualquer um. Agora, vendo que Deus o mantém, você não age em suas vidas como os outros homens fazem; esta pode ser uma evidência confortável para você, que você está no número dos eleitos de Deus. E essa ilusão engana milhares de pessoas, especialmente homens moralizados e civilizados; eles fogem para o inferno, nutrindo esperanças de vida e salvação, e nunca sentem o contrário, até chegarem à morte e ao inferno. Devo declarar que isso é uma ilusão, ao estabelecer quatro ou cinco detalhes. Como:

Primeiro, que há muitos homens, que são mencionados nas Escrituras, não terem estado dentro da esfera da eleição de Deus, que ainda eram homens de vidas honestas, não manchados com quais males escandalosos. Leia Lucas 18.11, 14; sobre o fariseu. Ele agradece a Deus porque não era roubador, nenhum adúltero, nem era tão mau quanto o publicano. Você vê um homem que falava verdadeiramente, que ele não é um homem que irrompeu dentro daqueles abortos que outros homens fizeram; ainda o que era este homem? Um eleito? Não. Leia verso 14 e o Texto te diz, que o publicano foi embora justificado, em vez do outro; o fariseu, embora estivesse livre de enormidades escandalosas e grosseiras em sua vida, ainda assim ele não era um homem justificado e, por consequência, não era um homem eleito. Você lê sobre hipócritas, Mt 23, que purificavam o exterior do copo e do prato, isto é, purificaram suas condutas e purificaram o homem exterior de escândalos grosseiros, mas por dentro estavam cheios de sujeira; e Cristo nos diz, eles eram hipócritas, que deveriam receber sua porção no inferno. E se você olhar para os historiadores que escrevem sobre os escribas e fariseus, e homens rígidos entre os judeus, eles vão te dizer que homens maravilhosos de vida santa eles foram; estavam frequentemente em serviço, jejuavam duas vezes por semana, oravam todos os dias nas esquinas das ruas; ninguém é tão estrito quanto eles na observância do sábado; e, no entanto, esses mesmos homens tão maravilhosos, estritos e cautelosos, eram homens que não tinham nenhum toque de graça neles. Embora fossem um povo bem vestido em suas vidas, ainda assim a Escritura nos diz que publicanos e meretrizes deveriam ir para o céu antes deles. Este, portanto, é o primeiro, que muitos homens tiveram suas vidas livres de escândalos grosseiros e, ainda assim, foram homens que não foram eleitos por Deus para a vida e a salvação.

Em segundo lugar, que a conduta de um homem pode estar livre de pecados escandalosos; mas se essa liberdade de escândalos procede de um princípio errado, pode ser em uma pessoa não eleita. Pode haver uma libertação dos pecados grosseiros provenientes de um princípio triplo, e ainda um homem estar em um estado de danação e de reprovação.

Em primeiro lugar, pode haver uma libertação de escândalos, procedentes da educação religiosa; em segundo lugar, de uma disposição natural; e em terceiro lugar, do poder da graça restritiva.

Em terceiro lugar, que um homem tendo uma vida boa, livre de pecados escandalosos; se ele não tiver um bom coração, isso não é argumento de um homem que está dentro da esfera da eleição de Deus, Rom 2.28, 29. Ele não é judeu, o que o é exteriormente; nem é circuncisão o que é no exterior; na carne; mas é judeu o que o é interiormente, e a circuncisão é do coração, cujo louvor não vem dos homens, mas de Deus. Intimando, que ele não é um cristão; ele não é um judeu eleito, que o era exteriormente; isto é, que estava de acordo com os ritos e costumes dos judeus; mas era um judeu eleito aquele que era um interiormente, que teve seus pecados mortificados, sua natureza mudada, e seu coração foi purificado. Portanto, ter uma vida santa, se um homem não tem um coração santo, não é sinal de que um homem está dentro da esfera da eleição de Deus.

Em quarto lugar, Deus, ao eleger homens para a vida, passa por homens honestos morais e civis, que confiam e dependem de sua própria justiça e de uma vida estrita, em vez de qualquer tipo de homem no mundo. Mt 21:31, 33. diz Cristo, João Batista pregou o Evangelho do arrependimento, mas você não creu, mas os publicanos e prostitutas acreditaram. Aqueles fariseus que dependiam de sua própria justiça e de sua própria bondade, Cristo não os chamou, Cristo não os possuiu, Deus não os fez objetos de sua eleição. Por isso é dito, Mat 9.13. Cristo não veio chamar os justos, mas pecadores ao arrependimento: isto é, os homens dependendo de sua própria justiça, e de seus próprios dons, eles são deixados de fora por Cristo, como se Ele não tivesse vindo por eles; mas Cristo veio para chamar pecadores, que veem seus pecados e eram vis aos seus próprios olhos, Cristo veio para chamá-los. Ainda,

2. O segundo engano, pelo qual o diabo faz os homens pensarem que são eleitos por Deus, é derivado de sua vocação externa; que eles não são apenas civilizados e moralizados, mas encontram o poder da palavra para chamá-los; e nesta vocação eles depositam as esperanças de sua eleição. E eles têm Escritura para isso, Rom 8.30. A quem Deus predestina, ele chama. Agora Deus nos chamou pela palavra, e eles descobriram que a palavra vem com poder sobre suas consciências, para reformá-los dos males da sua vida. (E o poder da vocação que eles consideram superior (como de fato é) do que o poder da educação, ou temperamento natural) e, portanto, pensam assim: eu tendo vocação, esta é uma prova da minha eleição. A essa ilusão, direi apenas duas coisas, como resposta.

Primeiro, é verdade, de fato, diz a Escritura, todos os que Deus predestina, ele chama; mas a Escritura não diz que todos a quem ele chama, ele predestina. Nenhum homem que Deus designe para a vida, mas antes que morra, Deus o chamará pela palavra; mas Deus não diz em lugar nenhum que aqueles a quem chama, os predestinou para a vida.

Em segundo lugar, muitos homens são chamados exteriormente pela palavra a uma profissão de Cristo, quando não são eternamente eleitos por Deus para a salvação. Mt 22.14. Muitos são chamados, mas poucos são escolhidos. Muitos são chamados, mas nem todos aqueles que são chamados externamente pela palavra, são escolhidos, nem todos ordenados à vida. Um homem pode ser chamado da ignorância ao conhecimento, mas não ser eleito Heb 6.4 Depois de terem sido iluminados e provado a palavra de Deus e o poder do mundo por vir, ainda assim eles caíram. Um homem pode ser chamado da profanação à profissão; do mundo à Igreja, como Simão Mago foi, ainda não eleito, mas permanece no fel da amargura e laço da iniquidade.

Em terceiro lugar, uma terceira ilusão pela qual os homens são enganados pelo Diabo, pensando que são eleitos, quando não o são, é esta. Se eles não podem pleitear sua educação e maneira moral de viver, ou se eles não podem pleitear sua vocação, seu último apelo é, a misericórdia de Deus, e eles esperam que Deus seja um Deus misericordioso, e que Deus não fez todos eles para condená-los; eles são criaturas de Deus, feitas por ele, e Deus que os fez os salvará; e por isso eles firmam suas esperanças de que estão no número dos eleitos de Deus. Esta é uma grande ilusão, especialmente entre pessoas ignorantes. E a isso respondo em dois detalhes.

Primeiro, quando como os homens dizem, Deus é um Deus misericordioso, portanto eles esperam que sejam eleitos, eu respondo: É verdade, Deus é um Deus misericordioso, mas Deus é tão misericordioso quanto; ele é misericordiosamente justo. Sua misericórdia não pode interferir sobre a sua Justiça, nem entrincheirar sua Justiça sobre a sua misericórdia; um Atributo não entrará em conflito com outro; ele não é mais misericordioso do que justo, nem é mais justo do que é misericordioso.

Em segundo lugar, embora Deus seja um Deus misericordioso, a misericórdia salvadora de Deus não é tão ampla a ponto de se estender a todas as criaturas que ele criou. Você leu Is 27.11. Este é um povo sem entendimento; portanto, aquele que o criou não terá misericórdia dele e o que o formou não lhe mostrará nenhum favor. Aqui você vê o Profeta lhes dizer que aquele Deus que os criou os condenará, e que Deus que os formou, que Deus não lhes mostrará nenhum favor. Para que a misericórdia de Deus não se estenda tão longe, a ponto de alcançar todas as obras de suas mãos; pois se assim for, os demônios podem reivindicar a salvação tanto quanto o homem; pois Deus os fez quando eles eram anjos gloriosos, assim como o homem: e, portanto, se todas as obras das mãos de Deus implorassem por salvação, eles poderiam muito bem entrar na esfera da eleição de Deus, como fazem os ímpios.

E assim você vê nestes vários sermões, que eu terminei as Doutrinas da Vocação Efetiva e Eleição Eterna. Vou agora ilustrar um pouco esse ponto, estabelecendo em Proposições, que servirão para esclarecer a Doutrina da Eleição em muitos pontos a respeito, e assim concluir.

Primeiro, que todos os homens não são objetos da eleição de Deus, ou da escolha de Deus. E essa proposição refuta a opinião de Orígenes. Orígenes era dessa mente, que toda a humanidade deveria ser salva, ou melhor, os próprios demônios, todos deveriam ser salvos por Cristo. Uma opinião absolutamente inédita; pois todos os homens não são eleitos para a salvação. Judas nos diz em sua epístola que alguns dos antigos foram ordenados para condenação; e se assim for, certamente eles não poderiam cair dentro da esfera da eleição de Deus, 1 Tes 5.9. Existem alguns ordenados para a ira; mas não estamos entre eles, disse o apóstolo, mas fomos ordenados a obter a salvação por Jesus Cristo. Nem todos são objetos da eleição de Deus para a vida.

Em segundo lugar, que o menor número de homens e mulheres que Deus criou são os objetos de sua eleição. Deus em seu conselho eterno elegeu para a vida e salvação da espécie menor de homens e mulheres no mundo. E este é um ponto muito terrível. Muitos são chamados, mas poucos são escolhidos. Mat 22.14. Rom 11.5. Um remanescente, de acordo com a eleição da graça. E aqui, ao perseguir esta cabeça, devo estabelecer duas coisas sob esta proposição:

Primeiro, que existem poucos homens ricos escolhidos por Deus para a vida e salvação.

Em segundo lugar, existem poucos homens civis honestos escolhidos por Deus para a vida e a salvação. Existem poucos homens ricos que se enquadram na esfera do propósito de Deus para salvar, 1 Cor 1.26. Nem muitos poderosos, não muitos nobres, não são muitos grandes do mundo que são escolhidos. Você leu Mt 19.24. Isso é que é mais fácil para um camelo passar por uma agulha do que um rico entrar no Reino de Deus. Tão fácil para um camelo. Não é neste sentido, como alguns o expõem. Que havia um portão em Jerusalém chamado de olho das Agulhas; um portão pequeno e baixo, pelo qual seus camelos não podiam passar e, portanto, eles deveriam descarregar o fardo, e o camelo se abaixava antes que eles pudessem entrar. Mas as palavras eram um discurso proverbial entre os judeus, que tinham o provérbio entre eles, que quando alguém dizia coisas improváveis, eles diziam: Isso pode ser feito tão facilmente quanto um camelo pode passar pelo olho de uma agulha. E Cristo, aludindo a este provérbio, diz, que os homens ricos, que se apegam à sua riqueza, Cristo torna coisa impossível para homens tão ricos entrarem no céu. Como uma vez contei o que Buchanan disse, deitado em seu leito de morte em uma mensagem ao Rei Tiago, Eu estou indo para aquele lugar, onde poucos reis vêm. E, Amado, o discurso é verdadeiro, pois não foram muitos os sábios, nem muitos poderosos, nem muitos nobres que o Senhor escolheu.

Em segundo lugar, homens morais, que confiam em sua civilidade e honestidade moral e no trato simples; que são justos ao próprios olhos, poucos ou nenhum deles vão para o céu. Publicanos e prostitutas virão para o céu antes de você. Mt 21.32. Publicanos e prostitutas acreditam em mim, quando você não, diz Cristo.

Em terceiro lugar, que embora Deus em seu próprio conselho tenha determinado ou feito a escolha do menor número de homens e mulheres para a vida e salvação, mas isso de forma alguma se intrinca na misericórdia de Deus, isso de maneira alguma diminui ou impede a misericórdia de Deus. Os homens podem pensar, como se Deus tivesse rejeitado todas as entranhas, e rejeitado toda misericórdia. O que? Deus fez um mundo de homens como ele fez, e salvou apenas alguns deles? O homem pode pensar, como se Deus fosse um Mestre severo, que se deleitou na destruição do homem, que se esqueceu de ser gracioso; tal acusação difícil eles estarão aptos a lançar sobre Deus. Mas agora, amado, que Deus elegeu tão poucos para a vida, isso de maneira alguma impede a misericórdia de Deus. E isto eu faço aparecer assim: porque Deus não estava obrigado a salvar ninguém; portanto, você não pode desafiar a Deus com falta de misericórdia ou infidelidade, se ele não salvar ninguém. Foi um mero ato de sua generosidade e boa vontade, que ele salvaria qualquer pessoa.

E, em segundo lugar, há isso no homem, no melhor dos homens, que poderia justamente provocar a Deus para não salvar ninguém: E, portanto, se Deus salva alguém, é pela graça. E esta é uma certa regra, que Deus mostra mais misericórdia ao salvar um, então ele teria feito o rigor da Justiça, se tivesse condenado a todos. Como pode ser feito claramente por esta comparação. Suponha que quarenta homens culpados de rebelião foram processados ​​por suas vidas, e foram condenados a morrer pela lei; se o Príncipe perdoa esses quarenta, ele mostra mais misericórdia ao perdoar quatro, então ele faz o rigor da Justiça ao condenar os quarenta. Porque? Porque o Fato merecia a morte de todos. Assim é com Deus: todo homem na terra merece a morte e a condenação; e se Deus abater qualquer parte da humanidade, para salvá-los, ele mostra mais misericórdia, então ele faria justiça rigorosa, se ele tivesse destruído tudo.

Em quarto lugar, Deus ao eleger um certo número para a vida, o faz sem previsão de quaisquer boas obras que ele viu que estariam neles. Que Deus não escolheu os homens para a vida, com referência a quaisquer boas obras que ele previu neles. Esta certamnete é uma verdade incontestável; Todos os homens a quem Deus elegeu para a vida, ele previu que teriam boas obras neles; mas a previsão de Deus disso não foi a causa pela qual ele os elegeu. Não, o motivo era sua própria vontade, de acordo com o prazer de sua própria graça, Rom 9.11 e Rom 11.5. Um remanescente é salvo de acordo com a eleição da graça, pois se fosse pelas obras, a graça não é mais graça. Se a eleição fosse baseada na previsão de boas obras, seguir-se-ia que crianças morrendo na infância não estavam na esfera da eleição de Deus, porque uma criança morrendo assim não poderia realizar nenhuma boa obra; e assim o caso deles seria extremamente miserável. Além disso, não somos justificados por obras reais, portanto, não somos eleitos por obras previstas. Rom 3.24, pois existe a mesma razão entre esses dois.

Em quinto lugar, todos os homens eleitos por Deus para a vida e salvação, mais cedo ou mais tarde, antes de morrerem, serão chamados a um estado de conversão e fé, Rom 8.30: aos quais ele predestinou, esses também serão chamados; e Atos 13.48: Todos os que foram ordenados para a vida eterna creram. De modo que Deus, o pai, ao ordenar o homem à vida, ordenou isso também, que antes de morrer, eles serão um povo convertido e crente e, portanto, os homens permanecendo não convertidos, não chamados, incrédulos, eles não são os objetos da eleição de Deus.

Em sexto lugar, que um homem pode ser um filho eleito de Deus, e ainda assim não expressar o fruto de sua eleição em muitos anos aqui no mundo, e este é um ponto muito confortável. Um exemplo que você tem disso é em Paulo. É observável de Paulo, a Escritura nos diz que ele foi um vaso escolhido, Atos 9.15. E ainda assim Paulo viveu muitos anos, antes que o fruto de sua eleição aparecesse nele. Alguns historiadores dizem que Paulo viveu 37, pelo menos 30 anos, antes que o fruto da eleição aparecesse nele, pois ele foi convertido exatamente no ano após a morte de Cristo; e todo o tempo antes, ele expressou frutos que eram aparentemente repugnantes para uma propriedade eleita, como se um homem não pudesse ser um vaso eleito, que era tão vil como ele: ele foi um blasfemador, um perseguidor, injurioso para a Igreja, lançando crentes na prisão, louco de raiva contra os professantes de Jesus Cristo. E, ele foi um homem que ajudou a matar Estêvão, o primeiro mártir. Por tanto tempo ele viveu em um curso de iniquidade, por 30 anos seguidos, e ainda assim este homem era um vaso eleito. Assim, o ladrão sobre a cruz, um eleito de Deus, ainda não expressou o fruto de sua eleição em arrependimento e conversão, até a última hora de sua vida. Para que eu diga que um homem pode ser um eleito de Deus, e ainda assim não expressar o fruto de sua eleição em sua vida por muitos anos.

Em sétimo lugar, que Deus, pelo grande amor que ele tem para com seus eleitos que estão no mundo, permite que os réprobos e os homens iníquos desfrutem de muitas misericórdias e libertações exteriores, por causa deles, Marcos 13.19, 20. Haverá tribulação, diz Cristo, como não houve desde o princípio do mundo, nem haverá até o seu fim: mas por causa dos eleitos aqueles dias serão encurtados. Por causa dos seus eleitos, Deus mitigou, encurtou, Deus tirou aquele problema deles. Então, Is 1.9. Não tivesse Deus nos deixado um pequeno remanescente, seríamos como Sodoma, sim, como Gomorra. Não tivesse Deus deixado um punhado de seus homens eleitos e piedosos entre eles, todo o resto teria sido destruído. Então, Is 65.8. E o Senhor disse: Não destruas o povo, porque uma bênção está entre eles. Isto é, meu povo está entre eles, e meus eleitos estão entre eles, portanto, não os destrua. Deus não destruiu a nação dos judeus, porque Deus tinha seu próprio povo misturado entre eles. E esta conclusão administra a questão de gratidão, a todos os homens na terra, para fazer você bendizer a Deus, que ele mantém seu povo vivo entre vocês, pois é por causa dos eleitos que vocês têm todas as bênçãos e misericórdias externas de que desfrutam.

E por último, tome esta conclusão: Que este mundo não deve continuar, então, até que o número dos eleitos de Deus seja completado; quando Deus tiver realizado e trazido a Cristo o número de seus eleitos; o mundo não permanecerá um minuto a mais depois que esta obra for concluída. Deus apenas sustenta o mundo, até que o número total de judeus e gentios entre. Se o número fosse preenchido, Jesus Cristo entregaria o reino a seu Pai. Os céus deveriam se enrolar como um manto, e os elementos deveriam derreter com calor fervente, e este mundo deveria chegar a uma dissolução. São os eleitos no mundo que mantêm o mundo, para que não caia sobre os nossos ouvidos. E assim, tendo passado estes 16 Sermões tocando à vocação efetiva do homem e àa Eleição eterna, eu agora trouxe tudo a uma conclusão. E eu sinceramente imploro a você, que seja seu trabalho, que aplique sua diligência para assegurar isso a sua própria alma, que você foi efetivamente chamado, e que você está eternamente eleito para obter vida e salvação por Jesus Cristo.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

SALMO 119

Nós temos no Salmo 119 um excelente exemplo de uma verdadeira oração, meditação e exaltação da grandeza da majestade, bondade, misericórdia, justiça; e dos juízos, e do amor de Deus e de Sua Palavra, que devem ser buscados por todos os que o temem e amam desde a mais tenra juventude, para que se tenha um coração puro e santo.

O salmista se reconhece incapaz de si mesmo, pelo seu próprio poder, de alcançar tão sublime propósito divino para os seus filhos, e por isso pede ao Senhor humildemente que lhe ensine o Seu caminho e o faça caminhar sempre por ele, e que seja livrado por Deus de permanecer em um eventual desvio para a direita ou para a esquerda, e principalmente de um retrocesso na fé, para que não incorra no desagrado divino.

Temos aqui revelado o que é um coração quebrantado e que exalta e glorifica somente o Senhor, por Sua bondade e palavra, e que ora segundo a Sua santa vontade, e não por disposições carnais e mundanas, de caráter egoísta, que como no dizer do apóstolo Tiago, não podem de maneira alguma contarem com o agrado e o favor de Deus, pois tem posto a Sua graça à disposição de seu povo, para que seja aperfeiçoado por ela em santidade, e não para atingirem propósitos relacionados a seus próprios prazeres e interesses carnais.

Mas passemos à leitura do Salmo 119 propriamente dito:

Salmo 119

1 Bem-aventurados os irrepreensíveis no seu caminho, que andam na lei do SENHOR.

2 Bem-aventurados os que guardam as suas prescrições e o buscam de todo o coração;

3 não praticam iniquidade e andam nos seus caminhos.

4 Tu ordenaste os teus mandamentos, para que os cumpramos à risca.

5 Tomara sejam firmes os meus passos, para que eu observe os teus preceitos.

6 Então, não terei de que me envergonhar, quando considerar em todos os teus mandamentos.

7 Render-te-ei graças com integridade de coração, quando tiver aprendido os teus retos juízos.

8 Cumprirei os teus decretos; não me desampares jamais.

9 De que maneira poderá o jovem guardar puro o seu caminho? Observando-o segundo a tua palavra.

10 De todo o coração te busquei; não me deixes fugir aos teus mandamentos.

11 Guardo no coração as tuas palavras, para não pecar contra ti.

12 Bendito és tu, SENHOR; ensina-me os teus preceitos.

13 Com os lábios tenho narrado todos os juízos da tua boca.

14 Mais me regozijo com o caminho dos teus testemunhos do que com todas as riquezas.

15 Meditarei nos teus preceitos e às tuas veredas terei respeito.

16 Terei prazer nos teus decretos; não me esquecerei da tua palavra.

17 Sê generoso para com o teu servo, para que eu viva e observe a tua palavra.

18 Desvenda os meus olhos, para que eu contemple as maravilhas da tua lei.

19 Sou peregrino na terra; não escondas de mim os teus mandamentos.

20 Consumida está a minha alma por desejar, incessantemente, os teus juízos.

21 Increpaste os soberbos, os malditos, que se desviam dos teus mandamentos.

22 Tira de sobre mim o opróbrio e o desprezo, pois tenho guardado os teus testemunhos.

23 Assentaram-se príncipes e falaram contra mim, mas o teu servo considerou nos teus decretos.

24 Com efeito, os teus testemunhos são o meu prazer, são os meus conselheiros.

25 A minha alma está apegada ao pó; vivifica-me segundo a tua palavra.

26 Eu te expus os meus caminhos, e tu me valeste; ensina-me os teus decretos.

27 Faze-me atinar com o caminho dos teus preceitos, e meditarei nas tuas maravilhas.

28 A minha alma, de tristeza, verte lágrimas; fortalece-me segundo a tua palavra.

29 Afasta de mim o caminho da falsidade e favorece-me com a tua lei.

30 Escolhi o caminho da fidelidade e decidi-me pelos teus juízos.

31 Aos teus testemunhos me apego; não permitas, SENHOR, seja eu envergonhado.

32 Percorrerei o caminho dos teus mandamentos, quando me alegrares o coração.

33 Ensina-me, SENHOR, o caminho dos teus decretos, e os seguirei até ao fim.

34 Dá-me entendimento, e guardarei a tua lei; de todo o coração a cumprirei.

35 Guia-me pela vereda dos teus mandamentos, pois nela me comprazo.

36 Inclina-me o coração aos teus testemunhos e não à cobiça.

37 Desvia os meus olhos, para que não vejam a vaidade, e vivifica-me no teu caminho.

38 Confirma ao teu servo a tua promessa feita aos que te temem.

39 Afasta de mim o opróbrio, que temo, porque os teus juízos são bons.

40 Eis que tenho suspirado pelos teus preceitos; vivifica-me por tua justiça.

41 Venham também sobre mim as tuas misericórdias, SENHOR, e a tua salvação, segundo a tua promessa.

42 E saberei responder aos que me insultam, pois confio na tua palavra.

43 Não tires jamais de minha boca a palavra da verdade, pois tenho esperado nos teus juízos.

44 Assim, observarei de contínuo a tua lei, para todo o sempre.

45 E andarei com largueza, pois me empenho pelos teus preceitos.

46 Também falarei dos teus testemunhos na presença dos reis e não me envergonharei.

47 Terei prazer nos teus mandamentos, os quais eu amo.

48 Para os teus mandamentos, que amo, levantarei as mãos e meditarei nos teus decretos.

49 Lembra-te da promessa que fizeste ao teu servo, na qual me tens feito esperar.

50 O que me consola na minha angústia é isto: que a tua palavra me vivifica.

51 Os soberbos zombam continuamente de mim; todavia, não me afasto da tua lei.

52 Lembro-me dos teus juízos de outrora e me conforto, ó SENHOR.

53 De mim se apoderou a indignação, por causa dos pecadores que abandonaram a tua lei.

54 Os teus decretos são motivo dos meus cânticos, na casa da minha peregrinação.

55 Lembro-me, SENHOR, do teu nome, durante a noite, e observo a tua lei.

56 Tem-se dado assim comigo, porque guardo os teus preceitos.

57 O SENHOR é a minha porção; eu disse que guardaria as tuas palavras.

58 Imploro de todo o coração a tua graça; compadece-te de mim, segundo a tua palavra.

59 Considero os meus caminhos e volto os meus passos para os teus testemunhos.

60 Apresso-me, não me detenho em guardar os teus mandamentos.

61 Laços de perversos me enleiam; contudo, não me esqueço da tua lei.

62 Levanto-me à meia-noite para te dar graças, por causa dos teus retos juízos.

63 Companheiro sou de todos os que te temem e dos que guardam os teus preceitos.

64 A terra, SENHOR, está cheia da tua bondade; ensina-me os teus decretos.

65 Tens feito bem ao teu servo, SENHOR, segundo a tua palavra.

66 Ensina-me bom juízo e conhecimento, pois creio nos teus mandamentos.

67 Antes de ser afligido, andava errado, mas agora guardo a tua palavra.

68 Tu és bom e fazes o bem; ensina-me os teus decretos.

69 Os soberbos têm forjado mentiras contra mim; não obstante, eu guardo de todo o coração os teus preceitos.

70 Tornou-se-lhes o coração insensível, como se fosse de sebo; mas eu me comprazo na tua lei.

71 Foi-me bom ter eu passado pela aflição, para que aprendesse os teus decretos.

72 Para mim vale mais a lei que procede de tua boca do que milhares de ouro ou de prata.

73 As tuas mãos me fizeram e me afeiçoaram; ensina-me para que aprenda os teus mandamentos.

74 Alegraram-se os que te temem quando me viram, porque na tua palavra tenho esperado.

75 Bem sei, ó SENHOR, que os teus juízos são justos e que com fidelidade me afligiste.

76 Venha, pois, a tua bondade consolar-me, segundo a palavra que deste ao teu servo.

77 Baixem sobre mim as tuas misericórdias, para que eu viva; pois na tua lei está o meu prazer.

78 Envergonhados sejam os soberbos por me haverem oprimido injustamente; eu, porém, meditarei nos teus preceitos.

79 Voltem-se para mim os que te temem e os que conhecem os teus testemunhos.

80 Seja o meu coração irrepreensível nos teus decretos, para que eu não seja envergonhado.

81 Desfalece-me a alma, aguardando a tua salvação; porém espero na tua palavra.

82 Esmorecem os meus olhos de tanto esperar por tua promessa, enquanto digo: quando me haverás de consolar?

83 Já me assemelho a um odre na fumaça; contudo, não me esqueço dos teus decretos.

84 Quantos vêm a ser os dias do teu servo? Quando me farás justiça contra os que me perseguem?

85 Para mim abriram covas os soberbos, que não andam consoante a tua lei.

86 São verdadeiros todos os teus mandamentos; eles me perseguem injustamente; ajuda-me.

87 Quase deram cabo de mim, na terra; mas eu não deixo os teus preceitos.

88 Vivifica-me, segundo a tua misericórdia, e guardarei os testemunhos oriundos de tua boca.

89 Para sempre, ó SENHOR, está firmada a tua palavra no céu.

90 A tua fidelidade estende-se de geração em geração; fundaste a terra, e ela permanece.

91 Conforme os teus juízos, assim tudo se mantém até hoje; porque ao teu dispor estão todas as coisas.

92 Não fosse a tua lei ter sido o meu prazer, há muito já teria eu perecido na minha angústia.

93 Nunca me esquecerei dos teus preceitos, visto que por eles me tens dado vida.

94 Sou teu; salva-me, pois eu busco os teus preceitos.

95 Os ímpios me espreitam para perder-me; mas eu atento para os teus testemunhos.

96 Tenho visto que toda perfeição tem seu limite; mas o teu mandamento é ilimitado.

97 Quanto amo a tua lei! É a minha meditação, todo o dia!

98 Os teus mandamentos me fazem mais sábio que os meus inimigos; porque, aqueles, eu os tenho sempre comigo.

99 Compreendo mais do que todos os meus mestres, porque medito nos teus testemunhos.

100 Sou mais prudente que os idosos, porque guardo os teus preceitos.

101 De todo mau caminho desvio os pés, para observar a tua palavra.

102 Não me aparto dos teus juízos, pois tu me ensinas.

103 Quão doces são as tuas palavras ao meu paladar! Mais que o mel à minha boca.

104 Por meio dos teus preceitos, consigo entendimento; por isso, detesto todo caminho de falsidade.

105 Lâmpada para os meus pés é a tua palavra e, luz para os meus caminhos.

106 Jurei e confirmei o juramento de guardar os teus retos juízos.

107 Estou aflitíssimo; vivifica-me, SENHOR, segundo a tua palavra.

108 Aceita, SENHOR, a espontânea oferenda dos meus lábios e ensina-me os teus juízos.

109 Estou de contínuo em perigo de vida; todavia, não me esqueço da tua lei.

110 Armam ciladas contra mim os ímpios; contudo, não me desvio dos teus preceitos.

111 Os teus testemunhos, recebi-os por legado perpétuo, porque me constituem o prazer do coração.

112 Induzo o coração a guardar os teus decretos, para sempre, até ao fim.

113 Aborreço a duplicidade, porém amo a tua lei.

114 Tu és o meu refúgio e o meu escudo; na tua palavra, eu espero.

115 Apartai-vos de mim, malfeitores; quero guardar os mandamentos do meu Deus.

116 Ampara-me, segundo a tua promessa, para que eu viva; não permitas que a minha esperança me envergonhe.

117 Sustenta-me, e serei salvo e sempre atentarei para os teus decretos.

118 Desprezas os que se desviam dos teus decretos, porque falsidade é a astúcia deles.

119 Rejeitas, como escória, todos os ímpios da terra; por isso, amo os teus testemunhos.

120 Arrepia-se-me a carne com temor de ti, e temo os teus juízos.

121 Tenho praticado juízo e justiça; não me entregues aos meus opressores.

122 Sê fiador do teu servo para o bem; não permitas que os soberbos me oprimam.

123 Desfalecem-me os olhos à espera da tua salvação e da promessa da tua justiça.

124 Trata o teu servo segundo a tua misericórdia e ensina-me os teus decretos.

125 Sou teu servo; dá-me entendimento, para que eu conheça os teus testemunhos.

126 Já é tempo, SENHOR, para intervires, pois a tua lei está sendo violada.

127 Amo os teus mandamentos mais do que o ouro, mais do que o ouro refinado.

128 Por isso, tenho por, em tudo, retos os teus preceitos todos e aborreço todo caminho de falsidade.

129 Admiráveis são os teus testemunhos; por isso, a minha alma os observa.

130 A revelação das tuas palavras esclarece e dá entendimento aos simples.

131 Abro a boca e aspiro, porque anelo os teus mandamentos.

132 Volta-te para mim e tem piedade de mim, segundo costumas fazer aos que amam o teu nome.

133 Firma os meus passos na tua palavra, e não me domine iniquidade alguma.

134 Livra-me da opressão do homem, e guardarei os teus preceitos.

135 Faze resplandecer o rosto sobre o teu servo e ensina-me os teus decretos.

136 Torrentes de água nascem dos meus olhos, porque os homens não guardam a tua lei.

137 Justo és, SENHOR, e retos, os teus juízos.

138 Os teus testemunhos, tu os impuseste com retidão e com suma fidelidade.

139 O meu zelo me consome, porque os meus adversários se esquecem da tua palavra.

140 Puríssima é a tua palavra; por isso, o teu servo a estima.

141 Pequeno sou e desprezado; contudo, não me esqueço dos teus preceitos.

142 A tua justiça é justiça eterna, e a tua lei é a própria verdade.

143 Sobre mim vieram tribulação e angústia; todavia, os teus mandamentos são o meu prazer.

144 Eterna é a justiça dos teus testemunhos; dá-me a inteligência deles, e viverei.

145 De todo o coração eu te invoco; ouve-me, SENHOR; observo os teus decretos.

146 Clamo a ti; salva-me, e guardarei os teus testemunhos.

147 Antecipo-me ao alvorecer do dia e clamo; na tua palavra, espero confiante.

148 Os meus olhos antecipam-se às vigílias noturnas, para que eu medite nas tuas palavras.

149 Ouve, SENHOR, a minha voz, segundo a tua bondade; vivifica-me, segundo os teus juízos.

150 Aproximam-se de mim os que andam após a maldade; eles se afastam da tua lei.

151 Tu estás perto, SENHOR, e todos os teus mandamentos são verdade.

152 Quanto às tuas prescrições, há muito sei que as estabeleceste para sempre.

153 Atenta para a minha aflição e livra-me, pois não me esqueço da tua lei.

154 Defende a minha causa e liberta-me; vivifica-me, segundo a tua promessa.

155 A salvação está longe dos ímpios, pois não procuram os teus decretos.

156 Muitas, SENHOR, são as tuas misericórdias; vivifica-me, segundo os teus juízos.

157 São muitos os meus perseguidores e os meus adversários; não me desvio, porém, dos teus testemunhos.

158 Vi os infiéis e senti desgosto, porque não guardam a tua palavra.

159 Considera em como amo os teus preceitos; vivifica-me, ó SENHOR, segundo a tua bondade.

160 As tuas palavras são em tudo verdade desde o princípio, e cada um dos teus justos juízos dura para sempre.

161 Príncipes me perseguem sem causa, porém o que o meu coração teme é a tua palavra.

162 Alegro-me nas tuas promessas, como quem acha grandes despojos.

163 Abomino e detesto a mentira; porém amo a tua lei.

164 Sete vezes no dia, eu te louvo pela justiça dos teus juízos.

165 Grande paz têm os que amam a tua lei; para eles não há tropeço.

166 Espero, SENHOR, na tua salvação e cumpro os teus mandamentos.

167 A minha alma tem observado os teus testemunhos; eu os amo ardentemente.

168 Tenho observado os teus preceitos e os teus testemunhos, pois na tua presença estão todos os meus caminhos.

169 Chegue a ti, SENHOR, a minha súplica; dá-me entendimento, segundo a tua palavra.

170 Chegue a minha petição à tua presença; livra-me segundo a tua palavra.

171 Profiram louvor os meus lábios, pois me ensinas os teus decretos.

172 A minha língua celebre a tua lei, pois todos os teus mandamentos são justiça.

173 Venha a tua mão socorrer-me, pois escolhi os teus preceitos.

174 Suspiro, SENHOR, por tua salvação; a tua lei é todo o meu prazer.

175 Viva a minha alma para louvar-te; ajudem-me os teus juízos.

176 Ando errante como ovelha desgarrada; procura o teu servo, pois não me esqueço dos teus mandamentos.

 

 

 

 

 

 

 

 

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